24 de outubro de 2015

Sistemas cognitivos


Por
RIVA



Estou enviando através do nosso GE essa boa matéria escrita pelo Fábio Rua, da IBM Brazil, publicada no Linked In. Vale a leitura e comentários no Pub da Berê.

Na semana passada, a IBM compartilhou sua visão para uma nova era nos negócios, em que sistemas cognitivos – avançadas plataformas digitais com capacidade para compreender, raciocinar e aprender – transformarão as sociedades e governos de todo o mundo. Estamos vivendo um momento único na história da humanidade, em que os negócios digitais se unem, de maneira inequívoca e permanente, à inteligência digital ou, como alguns convencionam chamar, inteligência artificial.  E é este casamento duradouro que a IBM batizou de Era da Cognição. 




A cada dia, as informações produzidas pelo homem ou pelas máquinas crescem em progressões inimagináveis.  E de maneira cada vez mais rápida e detalhada.  Em 2016, o tráfego total de dados na internet deverá ser quatro vezes maior que o atual e superará pela primeira vez o "zettabyte", uma medida que equivale a um sextilhão de bytes.  O crescimento do volume de informações geradas no mundo é tamanho que, ao final do próximo ano, terão circulado mais dados do que a soma de tudo o que foi gerado e compartilhado na rede entre 1984 e 2012. 

Neste contexto, sistemas cognitivos contribuirão sobremaneira para que as pessoas, indústrias, universidades e governos tenham acesso a informações cada vez mais estruturadas e precisas.  

Para os formuladores de políticas públicas, em especial, esta nova era enseja questões intrigantes e oportunidades crescentes.  As tecnologias cognitivas já estão atuando para auxiliar governos a revolucionarem a maneira como suas fronteiras são protegidas de ataques cibernéticos, seus professores aprendem e compartilham conhecimento, as verbas para a saúde são alocadas, as cidades são gerenciadas, ou até como os médicos fazem seus diagnósticos e prescrevem tratamentos.  
Para aproveitar todo o potencial das tecnologias cognitivas, nossos legisladores devem estabelecer políticas que incentivem a inovação e o investimento na economia digital. Com todos produzindo essa grande quantidade de dados, governos precisam construir arcabouços de proteção à informação que garantam o aproveitamento do poder dos dados para impulsionar o desenvolvimento econômico. 



As perspectivas que a cognição traz, desafiam os líderes de governos a “pensarem fora da caixa”. A palavra PENSE (THINK, em inglês) tem um significado especial para a IBM, seus clientes e funcionários. Mais do que um verbo, a palavra é um chamado a ação, que remonta à fundação da empresa há mais de um século. PENSE impulsiona nossos funcionários a resolverem os problemas mais proeminentes do mundo, aproveitando os talentos únicos dos indivíduos, por meio de parcerias estreitas e de longo prazo com clientes, academia e reguladores. 

Com um olho na era cognitiva e com a crença de que uma boa política começa com uma discussão bem fundamentada,  estamos lançando o THINKPolicy, uma nova série com a nossa visão sobre políticas públicas para assuntos vitais para o futuro do comércio, da inovação e da sociedade. Os artigos do THINKPolicy, escritos originalmente em inglês, mas adaptados à realidade da maioria dos países em que atuamos, se estenderão pelas próximas seis semanas e se propõem a mapear a visão da IBM em relação a importância da formulação de boas políticas para o uso de dados no Brasil e no mundo.  


Notas do editor:
1) texto publicado originariamente em:
https://www.linkedin.com/pulse/tecnologia-e-governo-em-seis-cap%C3%ADtulos-fabio-rua

2) aos não iniciados informamos que Pub da Berê é o nickname do blog, adotado pelos mais assíduos debatedores, posto que simulamos conversas informais em torno de uma mesa saboreando cada qual sua bebida favorita. Por que não bar ou botequim? Pelo nível de sofisticação (também intelectual) dos participantes.

23 comentários:

Paulo Bouhid disse...

Na minha breve passagem pela IBM - que afinal me formou para a carreira que abraçaria - percebi que em cada mesa havia uma plaquinha com a palavra "THINK". Isso, lá em 1970, no tempo dos dinossauros...

Lembro que a trouxe como recordação quando saí de lá, mas não sei que fim levou nas mudanças domiciliares que fiz.

Paulo Bouhid disse...

Não sabia que já haviam escolhido o nome "Pub da Berê". Favor desconsiderar minha sugestão lá no post do Freddy sobre o RiR.

Freddy disse...

Minha primeira reação foi: manter a IBM longe daqui!
Imagina só dar meios ao governo de proteger a informação, permitindo-o controlar e impulsionar o desenvolvimento do Brasil à sua feição!

Faz uns 20 anos que assisti palestra da IBM onde era apresentado o escritório do futuro, onde os empregados de grandes empresas trabalhariam em casa. A palestra detalhou inclusive peculiaridades como, por exemplo, se a família do empregado tinha perfil para receber o home office. Sim, esposas há que simplesmente iam alugar o marido o tempo todo para diversas tarefas do cotidiano, só porque ele estava "em casa".

A IBM, portanto, costuma pensar longe. Nesse mesmo seminário me disseram que lá para o ano de 2015, a quantidade de informação disponível no mundo dobraria a cada 2 meses.

Ainda não chegamos lá, mas a IBM prevê para muito breve. Para permitir o convívio com tal cenário, ela se propõe a criar equipamentos e programas para auxiliar empresas e governos a conhecer o que é realmente importante, tipo separar o joio do trigo. Depois, ainda auxilia na tomada de decisões.

O risco é colocar tudo sob controle de máquinas inteligentes porém na mão de governos mal intencionados.

Não está longe o mundo concebido na novela 1984, de George Orwell. Internet, GPS, processamento distribuído e a criação de nuvens para armazenamento de informações privadas é o começo do fim. O Big Brother pode chegar na figura não de um computador, mas de um ditador.

Jorge Carrano disse...

Durante um período de minha vida profissional fui gerente de RH. Conheci, por intercâmbios, participações em simpósios, etc., muitas empresas multinacionais.
Quase todas tinham conceitos, filosofias que impunham aos seus colaboradores.
A GE, por exemplo, tinha como norma colocar na cabeça da equipe que era um orgulho trabalhar lá. E os empregados assumiam esta postura.
Numa outra o lema era que o alvo era o mercado, assim todas as ações (em todas as áreas) eram voltadas para atender ao mercado (vender).
Trabalhei em uma cujo grande mote era: qualidade acima de tudo. Preocupação em tempo integral com a qualidade do produto.
As multinacionais trouxeram para o país grandes contribuições conceituais e de responsabilidade junto ao consumidor.
Mas a esquerda festiva sempre combateu o imperialismo, o capital internacional, as empresas com controle acionário no exterior. Como se nós tivéssemos cultura empresarial, know how, para administrar, crescer e sustentar posição no mercado.
Na época as empresas nacionais eram de controle familiar. A política era paternalista e em geral quando o o big boss (ou owner) se aposentava ou morria, os herdeiros se colocavam em disputa pelo poder, levando a empresa a bancarrota. Querem um exemplo? Matarazzo.

Jorge Carrano disse...

Com relação ao nome do pub resta somente uma questão a resolver. Tem ou não a preposição?
Chama-se Pub Berê, ou Pub da Berê?
Votação, com justificativa, em aberto.

Ana Maria disse...

A IBM faz parte da história de nossa família. Desde nosso avô José, continuando com nosso pai e seu irmão até a quarta geração (neto de nosso tio), lidaram com o sistema holerite na parte gráfica, na computação de dados, impressão de contra cheques de pagamento até a tecnologia da informação dos dias atuais.
Infelizmente, a continuar a política nos moldes atuais, não utilizaremos os benefícios de tantas estudos e pesquisas. O Governo achara por bem decretar reserva de mercado e utilizar tecnologia própria gerada por uma empresa do sobrinho de algum figurão.
Ou, em caso de esperteza, acionar hackers nativos para distorcer as informações, a serviço de pedaladas e pixulecos.
Hoje amanheci pessimista. Sorry.

Ana Maria disse...

Errata.
1) não utilizaremos os benefícios de tantOs...

2) o Governo acharÁ...

Riva disse...

O pub é da Berê, aquela personagem na vida de alguns ou alguém. Pertence a ela. Propriedade, produtos, clientes, mobiliário, tudo rsrsrs.

Nós pertencemos à Berê, não conseguimos passar 12 horas sem sentar numa das suas mesas no pub para ler ou comentar alguma coisa.

Portanto é DA Berê.

Riva disse...

Em 1973, se não me engano, ou 1974, tive a oportunidade de ingressar como estagiário na IBM. Eles estavam com um projeto de um "mini" computador chamado /32, e estavam formando equipe no Brasil.

Na época eu ganhava muito bem (em relação aos meus colegas de faculdade) como estagiário da Tecno Acqua Piscinas e Construções, e a IBM pagava o dobro do que eu ganhava ! Mas eu cismei de não sair de onde estava, por estar cursando Engenharia Civil.

Um amigo meu, Eugênio Carvalhal, gaúcho, torcedor do Grêmio, entrou em uma das vagas de estagiário e fez carreira dentro da IBM. Já deve ter se aposentado. Nunca mais tive contato com ele.

IBM e BB ... deixei escapar.

Riva disse...

Hmmmm, ERRATA :

É "pertencemos à Berê" ou "pertencemos a Berê" ? Alô, Profª Rachel !!

Se essa moda de errata pegar, teremos uma seção só para erratas ou para teclados traíra. Eu prefiro combinarmos de relevarmos erros ou tecladas erradas ... já aderi .... PROMETO RSRSRS

Paulo Bouhid disse...

Riva, eu entrei na IBM em 1970... vc deve ter sido meu calouro. O mini computador a que vc se refere era o "barra 3"... /3, e lembro que um foi instalado num laboratório aqui de Niterói (B. Braun).

Jorge Carrano disse...

Se bem entendi, o Riva disse que recusou a oportunidade na IBM, preferindo ficar na Tecno Acqua Piscinas e Construções.
Não foi isso?

Anônimo disse...

Eles (autor e IBM) estão se referindo à algo que, com nomes diversos, é discutido desde o final dos anos 90. Está no contexto do que tem se chamado de Internet das Coisas, mas é só propaganda da IBM. Cada empresa dá um nome e fala como se fosse a dona da ideia. Coisa de publicitário, não de engenheiro.
Sério, as pessoas adoram buzz words.

Jorge Carrano disse...

Parabéns Anônimo (a), você foi o único (a) que enfrentou o assunto do post, manifestando opinião.
Não conheço o assunto para papiltar se é ou não procedente o seu comentário, mas apimentou o debate.
Todo mundo tergiversou ou ficou em torno do tema.

Freddy disse...

Data venia, não concordo que o anônimo tenha sido o único a enfrentar o conteúdo do post. No meu comentário fiz correlações entre o que a IBM previu em 1995 e como a massa de dados gerada no mundo evoluiu. Ela pode ter errado no número, pois foi exagerada, mas não no conceito. Já está preocupada com 2016 e adiante.

A solução da IBM apresentada no post também foi por mim correlacionada com o perigo de alguém (indústrias, universidades, governos) ter em mãos uma sistema de processamento capaz de estruturar a imensa massa de dados disponível de maneira a poder direcioná-la de acordo com propósitos bem definidos. Pode ser bom (versão da IBM = Pollyanna) ou preocupante (versão pessimista).

Eu, pessimista, tirei minha opinião da frase "sistemas cognitivos contribuirão sobremaneira para que pessoas, indústrias, universidades e governo tenham acesso a informações cada vez mais estruturadas e precisas". Julgo-a indicativa de alerta amarelo, dado que facilita a tomada de decisões muito bem direcionadas, influenciando a vida de toda uma sociedade ou parte dela - para o bem ou para o mal.

Jorge Carrano disse...

Freddy, você já está fidelizado, o Anônimo não, por isso bajulo.
Quem sabe ele se identifica e passa a frequentar nossa mesa no pub?

Freddy disse...

OK, está bem.
Aliás, a frequência na mesa do pub voltou a crescer.
<:o)

Ana Maria disse...

Também ouso discordar . O anônimo falou genericamente e gostaria que fosse mais específico sobre o que se projetava em 1990. Abordou talvez os notebooks pequenos e acessíveis.
Creio que mesmo os engenheiros da área não sabiam em 1990 dos rumos que tomariam a tal rede.
Além disso, uma regra bem conhecida da publicidade reza que "quem não anuncia, se esconde"

Anônimo disse...

https://pt.wikipedia.org/wiki/Internet_das_Coisas
(mas o verbete em Inglês é superior)

Riva disse...

Prezado Xará, eu não entrei para a IBM. Desisti (infelizmente), e um amigo meu entrou, o Eugênio Carvalhal ... não sei se vc o conheceu, pq ele por lá ficou bastante tempo.

Quanto ao comentário do Anônimo, está me parecendo coisa de concorrente da IBM ... rs. Hanna & Barbera, quando idealizaram o cartoon OS JETSONS, são os verdadeiros donos dessas idéias todas ! kkkkkkkk #simplesassim

Quanto aos que temem os sistemas cognitivos, lembro que o MAL sempre caminhou e sempre caminhará à frente do BEM, pelo simples fato de que o BEM não faz o MAL. Então, "ajoelhou, rezou". Não tem jeito.

Jorge Carrano disse...

Valeu, Anônimo. Matou a cobra e mostro o pau.

Ana Maria disse...

Pelo que li e vivi na década de 90, a internet estava em contrução. O WWW só foi idealizado em 1989 e os sistemas de navegação http e html também foram desenvolvidos nesta época.
Fui pesqisar para refrescar minha memória visto que, nos anos 90 era uma internauta analfabeta que navegava com uma velocidade inimaginável nos dias atuais. http://www.tecmundo.com.br/infografico/10054-a-historia-da-internet-a-decada-de-1990-infografico-.htm#!

Freddy disse...

Se eu achei o texto de Fábio Rua preocupante, o da Wikipédia apontado pelo anônimo (claramente traduzido em Portugal) é estarrecedor.
O derradeiro parágrafo é para a Pollyanna em carne e osso. Só ela veria apenas as coisas boas que a Internet das coisas trará, quando o que realmente estará a ser manipulado, controlado e enquadrado é o indivíduo na sociedade.