29 de setembro de 2016

Orgasmo matinal

Hoje, ao levantar pela manhã, tive um orgasmo. A ereção espontânea, seguida de gozo, deu-se quando ouvi, no rádio, que o Flamengo perdera para o Club Deportivo Palestino.

Como meu amigo, minha amiga, vocês não sabem de quem se trata? Pois saibam que este clube, chileno, sem tradição no cenário internacional, nem mesmo no sul-americano, sequer no próprio país de origem, eliminou o todo-poderoso Flamengo, clube da maior torcida do Brasil, quiça do mundo, jogando aqui tendo a desvantagem de haver perdido no jogo de ida, no Chile.

Até ontem á tarde, para a crônica esportiva carioca, o Flamengo era o clube de melhor elenco do Brasil. Tinha um banco de causar inveja. Qualquer peça trocada na equipe não fazia a menor diferença. Muitos clubes queriam ter aqueles reservas em suas equipes principais.

Pois muito bem, bastou o vexame da eliminação, e a história já não é bem assim, alguns jogadores que entraram ontem  em campo não são do mesmo nível. E mais uma série de outras desculpas, tipo cansaço, acomodação porque o empate bastaria e o time entrou desligado. Enfim, leiam a matéria usando o link a seguir.
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2016/09/analise-eliminacao-evidencia-cansaco-do-fla-e-pressao-pelo-hepta-aumenta.html

Esta é a segunda vez, que me lembre, que o time dos urubus protagoniza vexame desta ordem. Na outra o Luiz Penido, narrador da Globo, pagou um mico descomunal a anunciar, a plenos pulmões, que o rubro-negro já estava classificado, sem chance de perder para o Galo mineiro (Atlético) em jogo disputado em Minas Gerais.

Ouçam a narração entusiasmada, eufórica, desmedida, anunciando, antes do final do jogo que seria impossível uma reviravolta e o Atlético marcar 4 gols no Flamengo. O Atlético marcou. 

https://www.youtube.com/watch?v=MIydPZ4Ho5Q



Transcrevo aqui a narração do gol do Flamengo que segundo o Penido classificaria o time carioca porque seria "ruim hein". Segundo ele o Galo não faria mesmo, nunca, os 4 gols necessários.

- Entrou na área Everton, apontou, atirou, guardou! É finalista! Gooooool do Flamengaço! É do Mengão queridão! Do Flamengaço! Queridaço! Classificadaço! A galera do Galo começa a cantar “eu acredito”. E eu afirmo daqui: eu duvido! Mengão vai para a final galera! Agora, só se o Galo fizer quatro. É ruim hein. Não vai fazer mesmo! Isso é Flamengo. Deixou chegar, hum! – bradou.

Como Penido não combinou com o Galo e como em futebol não há vitória antes da disputa da partida e nem existe time imbatível, ficou a vergonha do narrador perpetuada em gravação.

E o tal do maior clube, do melhor elenco, cuja torcida sente cheiro de hepta, vai margar mais este vexame em competições internacionais.





28 de setembro de 2016

Até relógio parado uma vez está certo


Por 
GUSMÃO


Num determinado momento do dia, um relógio que esteja parado assinalará o horário correto, até nos segundos. Portanto, se o relógio com defeito ou falta de pilha ou de corda, está certo pelo menos  uma vez, porque pessoas não podem estar certas pelo menos uma vez?

Quero chegar a Pelé que quando deu entrevista dizendo que o brasileiro não sabe votar foi açoitado por parte da imprensa e alguns “intelectuais”.

Esta e outras declarações do “rei do futebol” fizeram-no alvo de críticas contundentes. Uma delas ganhou notoriedade porque emitida por outro gênio do futebol. Romário chancelou: “Pelé calado é um poeta”.

Outra vítima da fúria da imprensa esquerdista e da futura quadrilha que assumiria o controle político do Brasil, foi Regina Duarte. Quando ela, em horário de propaganda política obrigatória, fez um depoimento dizendo ter medo da vitória do PT estava coberta de razão. Estava ou não estava?

Nunca na história deste país (se me permite o Lula), se roubou tanto. Sangraram as estatais, locupletaram-se praticando corrupção ativa e passiva, organizados em quadrilha, segundo decisão do STF. 

As fraudes, as manipulações de dados e tudo o mais “que não sabíamos do que eles seriam capazes” (outra vez peço licença ao Lula), vieram a superfície e mostraram claramente que atrás do projeto de poder, havia também o propósito de enriquecimento pessoal.

Não queriam apenas se perpetuar no poder, queriam também enriquecer as custa dos cofres públicos, das negociatas, das licitações fraudadas, dos desvios de verbas, aceitação (ou pedido) de propinas e favores, enfim uma indecência total.

Se era disso que a atriz “Namoradinha do Brasil” tinha medo estava coberta de razão.

Quando, na década de 1960,  Andy Warhol celebrizou a frase “um dia, todos terão direito a 15 minutos de fama” era profecia demais se levarmos em conta o tempo, mas ele estava certo nisto, não, em minha opinião, em sua obra.

A tese da celebridade instantânea esta confirmada pelo sucesso dos participantes de BBBs, duplas sertanejas, chefes de quadrilhas, traficantes, algumas mulheres que se despem por tudo e por nada, alguns blogueiros, e políticos caricatos que ganham o status de celebridade pelas mais diferentes razões, principalmente condenáveis.

Aqui neste blog todo mundo, num dado momento, está certo. Certo? 

26 de setembro de 2016

Quem não se comunica se trumbica

A palavra yoga, do sânscrito, em português é feminina e deve ser escrita com a letra i - a IOGA. Seu praticante é um iogue.

Se você anda cansado da política  e/ou estressado por causa da instabilidade e recessão econômica, nada como fazer meditação, orientado por quem tem qualificação para ensino do método milenar.

Se você vai enfrentar vestibular e está esgotado com a maratona de estudo, também deve relaxar e trabalhar sua concentração .

É yoga mas não é contorcionismo ou acrobacia. Sua mente trabalha. O corpo relaxa.

O endereço a procurar é o do espaço de yoga recentemente inaugurado no Center IV, na Rua Gavião Peixo, 182, na sala 713, nos dias e horários abaixo.

Faça uma sessão, sem custo, para experimentar, e verifique se é propaganda enganosa.

Vejam dias e horários alternativos:





Entrada

Interior

Assista e ouça no link abaixo uma palinha sobre meditação. É só clicar:



23 de setembro de 2016

Não poder contar era o pior

Por
GUSMÃO



Quando passava diante da casa da dona Marina, instintivamente Ney apertava o passo. Não poderia viver com a vergonha das pernas trêmulas e da broxada quando estava a beira do êxtase e do deleite sexual.

Quando era inevitável se cruzarem, Ney baixava os olhos e apenas murmurava,  em resposta, o cumprimento de dona Marina. E assim foi durante muito tempo, até que ele foi com Ariovaldo, o colega nordestino e mais velho, a um casarão na Rua Alice, na "casa das quengas"  e teve um desempenho condizente com o de um jovem saudável. Torrou uma mesada e recuperou a autoestima.

Mas até que isto acontecesse tentava se convencer de que só Marina sabia daquele episódio, naquela triste tarde,  e que o segredo estaria garantido, até porque também ele guardava uma informação que não poderia ser revelada sob pena de destruição da imagem da vizinha. E ela deveria contar com esse silêncio dele.

Marina e Osni formavam um casal discreto e de hábitos rotineiros. Dele o que se sabia era que saia de casa por volta das 9 horas para ir para o Banco do Brasil, onde trabalhava e voltava ao final da tarde, início da noite.

Aos domingos, ia jogar ou assistir futebol de areia na praia que ainda existia na Rua Visconde de Rio Branco, na qual era disputado um campeonato. Os times participantes  utilizavam uniformes correspondentes aos dos clubes do Rio de Janeiro. Osni envergava a camisa do Botafogo.

Raramente o casal era visto juntos, mas quando acontecia dava para perceber que ela era pouca coisa mais alta do que o marido. Ela quase sempre de roupa cinza, ou azul marinho, em vestidos  de modelo elegante, com bainha quatro dedos abaixo dos joelhos, porque Mary Quant ainda não havia revolucionado a moda feminina.

Agora, pensando bem sobre como dona Marina se vestia é que constato que nunca a víamos de calças cumpridas. Nem ela e nem nenhuma  outra das mulheres que moravam naquele pedaço do bairro. Era impensável.

Um pecado não poder apreciar na íntegra as pernas daquela vizinha. Era roliças, e bem torneadas, a parte aparente de suas canelas, entre seus sapatos com pouco salto e a bainha do vestido. A imaginação tinha que ser colocada a prova.

Isso para os outros jovenzinhos, mas não para ele - Ney - que tivera a oportunidade  única de vê-la quase desnuda.

Aquela visão sublime que teve o privilégio de ter diante de si, estava condenada a ter  que guardar com ele para sempre. Não poderia revelar sem ter que mentir sobre o epílogo, sobre a vergonha que passou.

E isso o amargurava mais ainda. Poder compartilhar a história de como comeu a desejada vizinha era o coroamento de tudo. Imagina o Ariovaldo. Iria morrer de inveja, porque se gabava de certa feita a menina do bordel não ter cobrado dele o michê, praticando o ato por amor. Eu acho que era bazófia, mas enfim ...

Mas Ney jamais teria este prazer  de poder contar sobre a dona Marina e sua carência e fraquejo. O filme "A bela da tarde" só seria lançado anos depois.

Agora devem estar se perguntando como eu sei desta história. Eu seria o Ney? Ou, parafraseando Flaubert, devo dizer que Marina sou eu?


Nota: Certa feita Gustave Flaubert, face a repercussão de sua obra "Madame Bovary", em razão da curiosidade geral sobre quem seria  na verdade Emma Bovary, respondeu "Madame Bovary sou eu".

22 de setembro de 2016

Sigilo absoluto


Por
GUSMÃO



Como já contado, nossa vizinha Marina era o sonho de consumo  de dez entre dez dos adolescentes que morávamos  naquelas imediações.

O Ariovaldo dava bandeira porque olhava desavergonhadamente para ela ao se cruzarem e a comia com os olhos. Ela devia imaginar, e certamente imaginava, pela razão que vou relatar agora.

Ney era quem morava mais próximo dela, casas quase lado a lado. Havia apenas uma outra  entre a dele e a dela.

Embora quem morasse mais próximo fosse o Paulo Roberto, porque os quintais faziam fronteira. Aliás abro parentesis para dizer que o Paulo Roberto estava sempre espreitando por sobre o muro para ver se flagrava alguma intimidade, mas nunca deu sorte.

O Ney chegava da escola, um pouco cansado e desalinhado porque fora dia de educação física e jogara futebol naquela tarde. Ao passar diante da casa da vizinha, esta varria sua porta. Naquela época e lá onde moravam, não havia serviço público de limpeza urbana. Era cada um por si.

Mas voltemos ao que interessa. Ney passando diante da casa de Marina que interrompeu a varrida e perguntou: - Tudo bem, Ney? Você parece cansado hoje.  – De fato, tô mesmo. – Acabei de tirar um bolo do forno, está esfriando. Você quer provar?

Este diálogo fez os olhos de Ney brilharem. Empolgado ele falou: - Vou em casa largar os livros, lavar o rosto e as mãos e volto. - Pode ser? – Claro, te espero para o café. Ele com seus botões pensava: aí tem coisa, no que será que vai dar?

Pouco tempo depois saberia, pois foi até sua casa num pé e voltou no outro.

Tocou sem muita força com os dedos na porta de entrada e ouviu: entra Ney. A mesa da sala estava posta e sobre ela o tal bolo, duas xícaras e café ainda saindo fumaça pelo bico do bule.

Sentou e foi servido de bolo no pratinho diante dele com um garfinho ao lado. – Está bom assim? Marina referia-se provavelmente ao tamanho da fatia do bolo. – Você toma com muito ou pouco açúcar?

Abro outro parêntesis para esclarecer que esta conversa rendeu muito e abordou vários assuntos. Até que, finalmente, Marina tocou no ponto onde queria chegar e perguntou sobre o quê ele e os amigos tanto conversavam na esquina até as 10 da noite quase todos os dias. Ney respondeu que falavam de futebol, do filme da matinê de domingo, da prova de matemática, estas coisas.

- E de namoradas, vocês não falam? – Sim falamos um pouco. – Você tem uma, Ney? – Não, namorada mesmo não tenho não. – Você não gosta de namorar? – Gosto, gosto ...

- E das vizinhas vocês não falam? Qual é a mais chata reclamando do jogo de bola em sua porta, da mais simpática, essas coisas? – Falamos, falamos sim. – E de mim o que falam? Diga a verdade, sou considerada antipática?

- Não, de jeito algum, a senhora é até uma das mais queridas. – Querida como? Ney ruborizou, gaguejou,  mas conseguiu falar que ela era considerada uma das mais bonitas. – É mesmo? Você gostaria de ter uma namorada como eu?

Ney, um pouco aflito com o rumo da conversa, respondeu  que claro que gostaria. Marina, oferecendo mais bolo comentou que o marido  -  Osni – estaria envolvido com o balanço, no banco, e chegaria mais tarde em casa, por isso iria repetir o bolo porque o jantar aquele  dia seria mais tarde.

Ney certamente era, dentre todos os jovens ali daquela rua e adjacências, o mais ingênuo,  o menos experiente, mas não era um palerma. Pensou com seus botões que talvez tivesse uma chance e avançar no assunto namorada poderia render alguma coisa.

Arriscou comentar: - e não sou só eu que gostaria de ter a senhora como namorada. – Ah é? Como assim? - Todo mundo elogia muito sua beleza. – E que mais dizem?

Ney ficou mudo, seu rosto ardendo e vermelhão. Marina percebeu, claro, e perguntou de chofre, dando um cheque mate: - você gostaria de me namorar, só por um dia, já que sou casada?

Cla ... cla... claro. Foi isso e assim que Ney respondeu.

Ela se aproximou, diminui o tom da voz, para caracterizar cumplicidade e perguntou: - Você promete nada contar para ninguém? – Sim, prometo. – Promete mesmo, olha lá, posso confiar?

O menino de 15 anos apenas balançou a cabeça pois não conseguia mais articular uma palavra. Ela se levantou e pagando a mão de Ney caminhou para o quarto. – Você já teve alguma namorada mais íntima? – Essa intimidade assim,  não. – Fique tranquilo, disse Marina enquanto tirava o vestido.

Ela só de calcinha e sutiã falou para que ele tirasse a calça e viesse para a cama.

Quando Ney tirou a calça, e, claudicante, o short que tinha por baixo, cadê? Nem uma excitação, o medo, o pânico tomara conta dele, diante daquela visão e da promessa do que iria acontecer. Ele estava trêmulo e o pênis encolhido. Envergonhado ficou mais corado, mas isso é licença poética porque não havia como.

Calmamente e com doçura na voz, Marina falou: - Fica tranquilo, sabe aquele nosso pacto de lealdade e sigilo? Pois é, você não conta nada a ninguém e guardarei entre nós este segredo.


Naquela noite Ney não conseguiu dormir direito torcendo para que tivesse tido um sonho. Nada daquilo realmente ocorrera. Levantou, foi até o banheiro, a casa às escuras, todo mundo  dormindo, ele se possuiu.

21 de setembro de 2016

A contundência de uma palavra

Por
GUSMÃO




Era normal conhecer toda a vizinhança. Principalmente a mais próxima. E algumas vizinhas eram cobiçadas pelos dotes físicos.

Eu e minha turma, na faixa entre 14 e 17 anos, em nossas conversas “reservadas”, trocávamos opiniões sobre quais das mulheres de nossa rua eram mais atraentes, mais apetitosas.

Dona Marina era uma unanimidade. Casada com um bancário (do Banco do Brasil), não tinham filhos. Mulher discreta, elegante. Seus trajes, sempre sóbrios, não revelavam as curvas de seu corpo. Portanto tínhamos que imaginar como seriam aqueles 1,75 m de mulher trajando uma camisola. A altura era presumida, comparando com o Ariovaldo.

Observem que tratei a vizinha de “dona” Marina por causa do respeito que lhe era devido; ela jamais deu sinais de aceitar mais liberdades, mais intimidades.

Nossa regra, mera tradição oral, nos obrigava expressamente a manter à distância e fora das conversas  nossas mães e nossas irmãs. Para nós eram homens. Admito, entretanto, que a mãe do Sidney foi homenageada devidamente, algumas vezes, durante meus banhos de final de tarde.

As empregadas domésticas, que estavam fora do acordo tácito, eram hipóteses consideradas, assim como primas  do interior que vinham durante férias para alguns dias na capital. Niterói era a capital do Estado do Rio de Janeiro.

Todos ficavam jogando verde para cima daqueles em cujas casas havia doméstica. E aí, já comeu?  O medo de admitir era maior do que a vontade de contar vantagem sobre o que fez e aconteceu com aquela menina jeitosa que atendia pelo nome de Esmeralda.

O risco era que a confissão de que Esmeralda gostava de brincar de médico, acabasse por gerar uma chantagem com a pobrezinha. Aquela velha chantagem: ou dá para mim também ou conto para todo mundo.

Orlando tinha uma priminha que morava em Carangola, que todos pensávamos  inocente e pura, mas que era da pá virada.  Deixava todos nós muito loucos. Topava aquelas preliminares básicas, para as quais demonstrava particular vocação. Não permitia, entretanto, nem com oferecimento de um mimo ou outro, e promessa de sigilo absoluto, a consumação do ato carnal.

Ariovaldo, o mais velho dentre nós, e que dizia já ter ido à zona, embora seus 17 anos, levado por irmão mais velho que ele, era o mais pragmático e direto nas conversas sobre que vizinha seria desfrutável, ou aquela que valeria correr qualquer risco de uma cantada rechaçada com vigor. O filme ficaria queimado, mas o prêmio, se obtido, valeria a pena. Ele dizia, usando o vocabulário corrente entre nós e da forma  direta que chocaria os ouvidos mais sensíveis, naquela época: Dona Marina deve ser um fodão!

20 de setembro de 2016

Conhecendo o Parque Olímpico (Barra)




Por
RIVA






Neste domingo, último dia das Paraolimpíadas, fomos ao Parque Olímpico na Barra conhecer as instalações e assistir alguma competição.

A compra dos ingressos era feita pela Internet, com cenários muito dinâmicos – eram alterados a todo momento. Com alguma insistência e paciência acabamos escolhendo a modalidade RUGBY em CADEIRAS DE RODAS, disputa pela medalha de bronze, que começava às 9h da manhã.

Estudei com antecedência as opções de como lá chegar, pois estacionamentos inexistem, e os táxis não podem pegar ou deixar passageiros no Parque Olímpico. Conversando com algumas pessoas que já tinham ido, optamos por ir de carro e estacionar no Shopping Metropolitano, e de lá pegar um táxi para ir e voltar – assim foi feito, ao custo de 35 reais ida e volta.


Chegamos no local antes dos funcionários, mais ou menos às 7:45h (rsrsrs). Entrada tranquila, revista de pertences tranquila, tudo show de bola. Foi bom, porque rodamos todas as enormes instalações do Parque à vontade, e ainda compramos antecipadamente nossos lanches, para evitar filas quando saíssemos do jogo. Éramos 4 : eu, a MV (Matriarca Vascaína), um dos meus filhos e nosso neto de coração.



Entramos na Arena Carioca 1. O jogo era entre Japão e Canadá, ambos com torcida fantasiada e organizada. Um pouco sobre essa modalidade para quem não tem idéia de como seja – nem nós tínhamos a menor idéia (rsrs) :

- o jogo é realizado numa quadra tipo de basquete ou vôlei.
- 4 atletas de cada lado.
- 4 tempos de 8 minutos corridos, o que faz o jogo durar mais de 1 hora.
- o gol é marcado quando o atleta ultrapassa a linha de fundo entre 2 cones, como no “touchdown” do rugby tradicional.
- cada tentativa de fazer um gol, de qualquer dos times, não pode passar o tempo de 40 segundos.
- quase todo ataque resulta em gol. São raríssimas as roubadas de bola, que ficam ou na mão do atleta cadeirante, ou encaixada na cadeira de rodas do mesmo.
- valem trombadas de qualquer maneira nos bloqueios. As faltas existem, quando um atleta tem seu corpo tocado pelo adversário. 

Um coisa surpreendente é a infraestrutura operacional de um jogo desses. Na beira da quadra, além do treinador e reservas, tem os médicos, ajudantes de quadra para quando as cadeiras tombam durante o jogo, e os mecânicos que consertam rapidamente as cadeiras que se danificam com as trombadas.

Mas o que mais nos surpreendeu, como marinheiros de 1ª viagem, foi o clima, o astral, o ambiente nas arquibancadas. Já nos hinos eu quase chorei de emoção, uma beleza a qualidade do som, a concentração dos atletas durante a execução. Fiquei imaginando o que deve sentir um atleta ouvindo seu hino depois de receber uma medalha !



Durante o jogo, os brasileiros são incomparáveis, contagiando qualquer um. Holas se misturavam à música tocada nos intervalos, com todos pulando, dançando e cantando, brincadeiras puxadas por voluntários na quadra, impossível não aderir ! Puxadores japoneses rodavam as arquibancadas distribuindo bandeirinhas do Japão e pedindo à torcida o incentivo ao seu time. Os canadenses perderam nesse quesito (rsrsrs).

O Japão ganhou o jogo por 52x50 e levou a medalha de bronze, para emoção impressionante dos seus atletas. Foram realmente muito melhores, e o placar não demonstra a sua superioridade durante a partida.

Saímos energizados da Arena e deparamos com muuuuuuita gente já espalhada pelo Parque Olímpico. Fomos resgatar nossos lanches – sanduba de linguiça com mostarda, sanduba de filé de frango, double cheeseburguer e bebidas. Uma imensa área com mesinhas para 6 pessoas, patrocinadas pela Coca-Cola, ao melhor estilo alemão-americano, estavam distribuídas para os torcedores. E tome Sol !!!!! Tinham nos avisado sobre esse detalhe : levar filtro solar e chapéu !



O Parque Olímpico é imenso, e sentimos falta, como nos parques da Disney e da Universal, de carrinhos elétricos individuais/duplos para aluguel de pessoas com dificuldades de locomoção, bem como de Segways para qualquer um.

Dali fomos à MegaStore da Rio 2016 …. só não desistimos porque a oportunidade era única, com preços com 50% de desconto. Mais de meia hora na fila para poder adentrar a loja. Uma fila imensa !! Impressionante mesmo !



E fim de festa.

Retornamos para o Shopping Metropolitano, com nossos corações vibrando com tudo que vimos e sentimos por lá.  Uma experiência marcante, uma festa lindíssima, tudo dando certo, muita alegria, mas chegou a hora da carruagem virar abóbora, não é ? 

18 de setembro de 2016

Almoço em família


Por
GUSMÃO


Um radar de maior alcance indicaria a presença de parentes, mais próximos ou mais remotos na genealogia de nosso clã, em algumas partes do planeta. 

Mas não é destes parentes que vou tratar. Nem dos que jamais vi, face ao crescimento desordenado e aleatório da família. E principalmente o êxodo provocado pela situação do país, que desiludi os jovens que almejam oportunidade de crescimento humano e profissional. E não é de hoje.

Nunca em minha família foi tentada a reunião de todos que estejam vivos, em um mesmo local. Assisti, faz tempo, em noticiário de TV, uma reunião familiar, em uma fazenda, e eram tantos os membros ali reunidos, alguns que nem se conheciam pessoalmente, que todos usavam crachás. Achei interessante e invejei.

No nosso caso o mais comum é nos reunirmos, em boa parte, em velórios ou sepultamentos de membros mais velhos. E está se aproximando o momento em que virei a ser o velho da vez a morrer e aproximar parte da família.

Vou falar de almoços familiares do passado, num núcleo mais restrito, até o grau de bisnetos, comparando-os com os que atualmente programamos. E  para os quais em geral não conseguimos quórum de dois terços.

Antigamente era assim. O anfitrião convidava a família, por telefone os que moravam mais longe e pessoalmente os mais próximos. Mandavam recados para uns pelos outros.

O host, ou a hostess,  decidia o prato segundo seu gosto pessoal, seu orçamento ou época do ano. Fora do período festivo de final de ano, o mais das vezes era um talharim de massa fresca, com lagarto daquele redondo, assado e recheado com paio e/ou linguiça. Poderia, entretanto, ser uma maionese (batata, cenoura, chuchu, azeitonas, passas sem caroço, maçã, tudo picadinho, e misturado numa maionese feita em casa). Acompanhava bife à milanesa e arroz branco.

Estes pratos, ou outros como pernil assado, peixe à brasileira, eram precedidos por uma salada de alface, agrião, pepino, cebola e tomate, regado com um legítimo azeite importado, vinagre e sal.

A sobremesa era invariavelmente o pudim de leite Moça. Naquela época esta marca designava todos os (poucos na época) leites condensados. Assim como a Brahma todas as cervejas, aqui no Rio.

Poderia, excepcionalmente, ser salada de frutas com sorvete. Ou goiabada com queijo. Desde que a goiabada fosse daquele tipo cascão e o queijo mineiro.

E todos compareciam. Chegavam pontualmente, ou até de véspera, e as crianças, então obedientes aos pais, também vinham contentes ou não. As crianças ouviam, mas não palpitavam nas conversas “dos mais velhos”, todavia era-lhes concedido tempo, em geral ao final da refeição, para fazerem suas gracinhas. Contar piada, cantar ou falar sobre assuntos da escola.

Há algum tempo os almoços começaram a rarear. Dificilmente se consegue reunir a família, pelos motivos mais diversos. A contar do fato de que as crianças – e nem falo dos adolescentes – já têm sua própria agenda social. É o aniversário do coleguinha, a festa do pijama (reúnem-se e dormem na casa de um deles), as excursões colegiais, e outros eventos como comparecimento a shows dos ídolos da moda. Tal fato, muitas das vezes, limita a presença dos seus pais.

Nem vou abordar o fato de que nos dias que correm para receber de 20 a 30 parentes para um almoço, incluindo bebidas (vinho, cerveja, refrigerante), você vai consumir todo o 13º salário e pagar tudo em três vezes no cartão.

Mas minha intenção é comparar mais largamente o que ara possível com o que ficou quase impossível, independentemente do que seria gasto. Falar de usos e costumes, de transformações sociais como determinantes.

Num almoço hoje, em minha residência, a primeira providência que adotaria seria colocar sobre o aparador que guarnece o espelho, na entrada do apartamento, uma caixa de sapatos para que todos, todos mesmo, colocassem seus smartphones ...... desligados.

Todos frequentam redes sociais e não podem ficar alheios as novidades e memes que circulam. Como todos são bem relacionados, seus telefones tocam sem parar. É um cliente de uma das mulheres (médica, arquiteta, psicóloga, nutricionista), ou mesmo uma amiga socialite que quer fofocar. O outro recebe a ligação para convida-lo para ... pensa aí em alguma coisa: futebol, jogo de biriba, roda de samba, ir ao hospital visitar um amigo comum, são inúmeras as possibilidades.

As crianças, estas então, sem seus telefones ficam como manietadas. Nem sabem o que fazer com as mãos, em especial os polegares. E na refeição tem que ter fritas.

Resolvida a questão de estarem todos na mesma sintonia, sem celulares em conversas paralelas, resta a questão do cardápio. Pensam que é fácil agradar a gregos e troianos?

Um tem restrição alimentar, por doença, e não come certas coisas. Outro criou sua própria restrição e não come carnes. Outro é alérgico a camarão. Um só come bife mal passado, e o outro só come o quase esturricado que virou solado de sapato. Um, ou uma, sejamos justos, é alérgico à corante amarelo. O outro é hipertenso e não come comida bem temperada com sal.

Agora, ultimamente,  tem gente que não come coisas que nascem sob a terra (enterrados), como batata, cenoura, nabo, inhame e aipim. Não seriam boas para o intestino. A restrição ao aipim já limita vários bons pratos, como o bobó de camarão. Sim, sem contar aquele que é alérgico ao crustáceo.

Então ficamos na dúvida. Que vamos preparar para convidar a família? Carne? Bem a fulana não come carne vermelha. Então fazemos ave? Não, porque o beltrano não come nada que cisca para trás. Acha que atrasa a vida.

Espera aí, sem frescura, senão não conseguiremos definir o prato. Que tal peixe, uma moqueca? Será à baiana ou à capixaba, indaga a dona da casa? Pois é, agora é  a dona da casa que decide o que fazer, a menos que você vá para o fogão. Já está longe o tempo em que a mulher só obedecia, senão as ordens, pelo menos os apelos do chefe de família, que provia o sustento.

A justificativa para a pergunta é porque tem gente que não come dendê. Como  alguém pode ser feliz sem apreciar a boa cozinha baiana? Sem vatapá a vida não tem sabor.

No passado era preparado um prato opcional, para os que estavam em algum tipo de dieta. Agora os opcionais não caberiam nas mesas, tantos teriam que ser.

Melhor programar num restaurante. Que tipo de culinária, posso saber? De novo a mulher a indagar. Sem contar que num dos restaurantes seria preciso chegar às 11 horas para pegar lugar, no outro o serviço é péssimo, um terceiro não aceita reserva, a outra alternativa aceitável, de bom cardápio e preço justo mas fica na Barra da Tijuca. Muito longe.

Desisto, de minha parte vou ao festival de food truck me empanturrar de colesterol, triglicérides, lactose, cafeína, gordura, pimenta, açúcar, ou seja, tudo que é bom. E mando um torpedo ou um WhatsApp para a família  cobrando notícias. Já que o Orkut acabou, assim como o velho e saudável hábito da família em torno da mesa conversando e comendo. Sem pressa, sem pauta.

16 de setembro de 2016

Nada será como antes, amanhã

O verso do título, é o mesmo da canção do Milton Nascimento, na qual ele diz:

"Eu já estou com o pé nessa estrada,
Qualquer dia a gente se vê,
Sei que nada será como antes, amanhã.
Que notícias me dão dos amigos?
Que noticias me dão de você?"


Já pela filosofia oriental somos alertados de que "ninguém consegue entrar duas vezes no mesmo rio." Sábias palavras. Sábio aforismo. 

Nelson Motta pegou o gancho e versejou, em parceria com Lulu Santos:

"Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará

A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito"

Paulo Alberto Moretzsonh Monteiro de Barros, mais conhecido como Artur da Távola, perpetrou que "viver é acumular perdas". Definição mais simples e objetiva impossível.


De novo recorro ao Milton Nascimento:

"Todos os dias é um vai e vem

A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que veio quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente  sorrir e a chorar
.................................
O trem que chega
É o mesmo trem da partida"

Este blog é como a plataforma da estação. Tem gente que veio só pra olhar, tem gente que chega pra ficar, tem gente que veio e quer voltar, para nunca mais vir.

Chegaram amigos antigos, guardados no baú da memória poucas vezes atiçado. Chegaram parentes distantes, fisicamente e genealogicamente. Chegaram, viram e se foram quase sempre à francesa. Chegaram de repente e sumiram na calada da noite.

Fiz novos amigos, que se transformaram em mais novos velhos amigos. Mas divergências políticas, filosóficas, religiosas ou futebolísticas, arrefeceram a alegria e o gosto pelo contato frequente, embora virtual.

Descendentes de personagens citados em postagens antigas vieram ao blog, e com seus comentários deram credibilidade as narrativas a respeito dos mesmos. Foram, por exemplo, os casos do delegado Moacir Bellot, do comendador Clarimar Fernandes Maia e do comandante Paulo Pessoa.

Amigos de infância reaparecerem alertados por filhos e netos de que foram mencionados no blog, casos do Doraly José do Canto e  de Upiracy Ferreira.

Resgatei contatos que não soube preservar. Não consegui, talvez como devesse, reatar mais fortemente, como se faz com o fio elétrico rompido em mal contato, com uma fita isolante.

E tem gente que veio só olhar. Se não ficaram é porque a "estação" não lhes agradou e sequer desembarcaram. Deram um tchauzinho e pronto. 

Alguns deixaram o gostinho de quero mais. Que pena que se evaporaram. Mas a vida é assim, acúmulo de perdas.

15 de setembro de 2016

Porta aberta

A foto abaixo mostra a porta de entrada do espaço de yoga recentemente inaugurado no Center IV, na Rua Gavião Peixo, 182.

Trata-se da sala 713, que foi adaptada para a prática de exercícios e meditação.

Apareça quando quiser e faça uma sessão, sem custo, para experimentar.



Vejam dias e horários alternativos:



HUMOR em relacionamentos

Recebi de uma amiga, em resposta a uma piada que enviei, as abaixo listadas que quero compartilhar com vocês.
Enjoy!


Affairs in Order.

  The 1st Affair

A married man was having an affair
with his secretary.

One day they went to her place
and made love all afternoon.

Exhausted, they fell asleep
and woke up at 8 PM.

The man hurriedly dressed
and told his lover to take his shoes
outside and rub them in the grass and dirt.

He put on his shoes and drove home.

'Where have you been?' his wife demanded.

'I can't lie to you,' he replied,

'I'm having an affair with my secretary.
We had sex all afternoon.'


She looked down at his shoes and said:


'You lying bastard!
You've been playing golf!'



The 2nd Affair

A middle-aged couple had two beautiful daughters
but always talked about having a son.

They decided to try one last time
for the son they always wanted.

The wife got pregnant
and delivered a healthy baby boy.

The joyful father rushed to the nursery
to see his new son.

He was horrified at the ugliest child
he had ever seen.

He told his wife:

' There's no way I can
be the father of this baby.
Look at the two beautiful daughters I fathered!
Have you been fooling around behind my back?'


The wife smiled sweetly and replied:
'No, not this time!'



The 3rd Affair

A mortician was working late one night.

He examined the body of Mr. Schwartz,
about to be cremated,
and made a startling discovery.
Schwartz had the largest private part
he had ever seen!

'I'm sorry Mr. Schwartz,' the mortician
commented, 'I can't allow you to be cremated
with such an impressive private part.
It must be saved for posterity.'

So, he removed it,
stuffed it into his briefcase,
and took it home.

'I have something to show
you won't believe,' he said to his wife,
opening his briefcase.


'My God!' the wife exclaimed,
'Schwartz is dead!'


The 4th Affair

A woman was in bed with her lover
when she heard her husband
opening the front door.

'Hurry,' she said, 'stand in the corner.'

She rubbed baby oil all over him,
then dusted him with talcum powder.

'Don't move until I tell you,'
she said. 'Pretend you're a statue.'

'What's this?' the husband inquired
as he entered the room.

'Oh it's a statue,' she replied.
'The Smiths bought one and I liked it
so I got one for us, too.'

No more was said,
not even when they went to bed.

Around 2 AM the husband got up,
went to the kitchen and returned
with a sandwich and a beer.

' Here,' he said to the statue, 'have this.
I stood like that for two days at the Smiths
and nobody offered me a damned thing.'

The 5th Affair

A man walked into a cafe,
went to the bar and ordered a beer.

'Certainly, Sir, that'll be one cent.'

'One Cent?' the man exclaimed.

He glanced at the menu and asked:
'How much for a nice juicy steak
and a bottle of wine?'

'A nickel,' the barman replied.

'A nickel?' exclaimed the man.
'Where's the guy who owns this place?'

The bartender replied:
'Upstairs, with my wife.'


The man asked: 'What's he doing upstairs with your wife?'


The bartender replied:
'The same thing I'm doing
to his business down here.'

The 6th & Best Affair

Jake was dying. His wife sat at the bedside.

He looked up and said weakly:
'I have something I must confess.'

'There's no need to, 'his wife replied.

'No,' he insisted,
'I want to die in peace.
I slept with your sister, your best friend,
her best friend, and your mother!'


'I know,' she replied.
'Now just rest and let the poison work.'

14 de setembro de 2016

Os caminhos por onde andei ...


"Só eu sei, as esquinas por que passei.
Só eu sei, os desertos que atravessei."

Versos emprestados de Djavan, para dar uma palinha de minha trajetória profissional. Quando olho para trás sinto profundo orgulho pelo que fiz e até  pelo que deixei de fazer.

Antes de entrar no passado profissional, quero fazer um registro de comportamento social, protocolar, que vigia quando éramos todos mais ou menos educados, sociáveis. Antes da internet.

Toda vez que mudei de casa, depois de casado, mandei fazer cartões para comunicar aos amigos meu novo endereço e, também, especialmente oferecer como suas residências e abrigo, quando morei fora de Niterói. Foi assim quando residi em São Paulo (capital) e em Ribeirão Preto, por exemplo.

Nem todos os cartões estão aqui, até porque mudei muito de casa: 4 endereços em Niterói; 2 endereços em São Paulo (capital); 2 endereços em Ribeirão Preto e 2 em São José dos Campos (SP) e até em São José do Imbassaí (Maricá) eu morei durante dois anos.

Em cada mudança um pouco do passado ficou para trás, seja por espaço físico, seja por desapego, ou outro motivo na época limitador. Como quando mudei de uma casa para apartamento e deixei um dos melhores amigos que jamais tive: meu cão Bill.




Quando mudei para São Paulo, de mala e cuia, no início dos anos 1970, trabalhei em duas empresas do Grupo Matarazzo. Uma delas de supermercados, que operava sob a denominação de Superbom. mais tarde vendida para o Grupo Pão de Açúcar. 

A outra com o nome de Industrias Matarazzo do Paraná, abrigava toda as atividade têxtil do grupo, compreendendo, fiação, tecelagem e estamparia.


Trabalhei em duas empresas siderúrgicas, uma delas localizada em São José dos Campos (São Paulo), absorvida pelo Grupo Gerdau,  e a outra em São Gonçalo - RJ. Esta última que pertencia ao Grupo Bozano,Simonsen, acabou vendida para a Mannesmann.





Comecei a trabalhar relativamente velho para um homem  da classe média baixa. Os tempos eram difíceis e os rapazas começavam a trabalhar cedo para colaborar nas despesas da família.

Iniciei aos 22 anos porque meu pai achava que eu devia estudar e me preparar para o futuro já que não me deixaria bens materiais.

Trabalhei em dois bancos. Ambos absorvidos: Português do Brasil e Metropolitano. No banco Português do Brasil, com sede em São Paulo, onde trabalhei (Av. Paulista esquina com Bela Cintra) fui Coordenador de Recursos Humanos.

O Metropolitano, na Rua da Carioca, no centro do Rio de Janeiro, pertencia ao comendador Clarimar Maia, fui chefe de contas correntes

Todavia, a empresa que me propiciou muito aprendizado e oportunidades de crescimento e promoção, foi a Cia. Fiat Lux, de Fósforos de Segurança. Comecei na fábrica de São Gonçalo - RJ, na área fabril sendo transferido dois anos depois para o escritório central, na Rua Visconde de Inhaúma, no centro do Rio, onde fui assistente do departamento legal e, depois, finalmente, Gerente de Relações Industriais (denominação clássica antes virar Recursos Humanos).

Foi uma carreira de aprendizado, oportunidades e promoções.

Mas onde cresci, realmente, foi na última empresa em que trabalhei e onde acabei diretor estatutário, ou seja, eleito em assembleia de acionistas.

Falo do Laboratório Hepacholan S.A., onde iniciei como Gerente Administrativo, fui a Gerente Geral e, finalmente, Diretor.


Regressando a Niterói, comecei a advogar tendo mudado, nestes dezoito anos,  de endereço e de andar. E de campo de atuação.



Notas:
Como se verifica trabalhei em indústrias (têxtil. fósforos, siderúrgica, medicamentos), comércio (supermercados) e prestação de serviços (bancos). Um amplo leque de atividades diversificadas.
Estes cartões, que serão agora devidamente incinerados, fazem parte de uma coleção, com quase mil, de amigos, executivos, prestadores de serviços (médicos, dentistas, contadores), empresários, muitos advogados (amigos e ex adversus), etc., com os quais me relacionei ao longo de 50 anos de atividades profissionais.
Trabalhei em São Paulo durante 17 anos ao todo, nas cidades São José dos Campos (no Vale do Paraiba),  Ribeirão Preto (região da Mogiana) e na capital.