27 de julho de 2016

Ponto facultativo



Amigas e amigos, fieis seguidores e visitantes eventuais, a partir de hoje farei como o Judiciário do Rio de Janeiro, decretando que iremos paralisar nossas postagens até o final dos jogos olímpicos.

A diferença é que aqui não somos prestadores de serviços públicos e estamos em dia com respostas aos comentários dos generosos participantes. Já o Judiciário ...  tks tsk tsk.

Vamos combinar o seguinte, todas as manifestações sobre as olimpíadas, serão veiculadas neste post. Críticas, resultados fantásticos ou vexaminosos, opiniões, palpites, pitacos, vitupérios, xingamentos moderados, enfim, tudo que diga respeito ao evento ficará concentrado nesta postagem, em "Comentários".

Conforme a regra estabelecida há tempo, não serão aceitos comentários de "anônimos". Opinou tem que assumir.

Quem sabe teremos lindas histórias de superação como estas a seguir. A primeira do africano que nadou solitariamente em Sidney. Leiam em http://www.esportealternativo.com.br/10-momentos-olimpicos-incriveis/20413-africano-encanta-o-mundo-ao-nadar-sozinho-em-sydney-2000


Outra a da maratonista Gabriela Andersen,  em Los Angeles em 1984. Ver em:












26 de julho de 2016

Amante de esportes

Excluindo MMA e UFC, que acho selvageria, e o tal de baseball, cujas regras desconheço e que acho chatíssimo, sou amante de esportes.

Para mim o chato beisebol
Portanto os jogos olímpicos são um prato cheio, até porque, em tese, estão reunidos os melhores atletas de cada modalidade. Houve uma época em que nos esportes coletivos não era permitida a participação de profissionais. A regra foi flexibilizada e atualmente no basquete vemos os melhores da NBA, no futebol a participação de até 3 jogadores integrantes das seleções principais dos países. E assim por diante.

Só que preferiria que a Olimpíada fosse sempre disputada em cidades estrangeiras, com a cobertura que temos tido, via TV, com images belíssimas, de alta definição e em super slow motion.

Isto por causa dos enormes custos com instalações esportivas, alojamentos, etc. além dos transtornos causados no dia-a-dia da cidade, como interdições de vias públicas. E os absurdos feriados que são decretados. O Judiciário ficará parado (sei que você está pensando que já é quase parado) inclusive em cidades onde não haverá competições, como Niterói e São Gonçalo. Só no Brasil, país dos feriados e pontos facultativos.

Mas gosto tanto de esportes que não deixo de assistir, sempre que possível, as finais dos torneios de tênis, que integram o Grand Slam.

Australin Open
Até mesmo o curling, de pouca ou nenhuma tradição no Brasil, eu curto, em especial as equipes femininas, até pelo charme e beleza de algumas competidoras, tais como as suecas, as canadenses e as suíças.

Assistam a um trecho de uma boa partida feminina, em 

Sátira do curling
Vamos combinar que o nível de competição na NBA é elevadíssimos e algumas partidas são um primor de técnica e altíssima emoção.

NBA
Por causa das atuações destacadas do Brasil nas últimas competições internacionais de voleibol, esporte que evoluiu muito desde Borboleta, Quaresma e outros jogadores de uma geração onde o esporte era para mulher e homem de maior estatura (que não era o caso dos citados) tinha que jogar basquete, não voleibol, acompanho as competições internacionais.

Gran Prix - liga feminina

Liga Mundial - masculino

No terreno do futebol animam-me as ligas inglesa, espanhola e alemã, pelo alto nível das equipes, que reúnem os melhores jogadores do planeta. As equipes de ponta nestes países são verdadeiras seleções internacionais. E a UEFA Champions League é a maior competição interclubes do planeta.

Champions League

Liga inglesa

Liga alemã


Liga espanhola
Até mesmo o futebol americano, da bola oval consegue despertar meu interesse quando se trata de uma final como o Super Bowl.

Estádio de disputa de futebol americano

O esporte, abaixo da leitura e da música, está entre meus passatempos, hobbies, diversões e lazeres prediletos.

25 de julho de 2016

Fair play, fair-play ou fairplay

Por parte de ser humano? KKKKKKKKK


É tudo hipocrisia, falsidade, esperteza, falta de ética. Perdoem-me o ceticismo em relação ao ser humano, mas definitivamente foi um projeto fracassado, se admitida a teoria criacionista, se aceita a tese da seleção natural das espécies, considero in(volutiva).



O homem da caverna era como era, e pronto. O homo sapiens é espertalhão. É dissimulado, egoísta, falso.

E cínico, cara de pau, como um certo jogador do Flamengo que após uma vitória de seu time, com um gol irregular, declarou para o mundo que "roubado era melhor".

E o dirigente que suborna árbitros, ou atletas adversários, para obter vitórias inglórias? Alguns são até louvados, tidos e havidos como espertos. Mas são repelentes.

O Barão de Coubertin foi um ingênuo, um crédulo, que imaginou ser possível adotar no mundo esportivo os ideais aristocráticos de lealdade e honra.

Quando um governo patrocina ou faz vista grossa, quanto ao uso de estimulantes por parte de seus atletas, sinto nojo. Lamento que bons atletas russos, que têm honra, fiquem impedidos de participar das competições olímpicas, mas por outro lado acho que deveriam reagir internamente, contra programas que objetivem vencer a qualquer preço.

Nesta mesma linha, entendo que o corporativismo alimenta alimenta o maucaratismo, a fraude, o estelionato. Quando um Conselho de Medicina, ou de Engenharia, ou a OAB, acobertam um mau profissional, estão contribuindo para a degeneração do ser humano, que é muito mais grave do que o simples comprometimento da imagem da categoria profissional.

Muita gente duvida da integridade de advogados, com uma certa dose de razão. Mas em outros ramos de atividade humana o ato ilícito, escuso, é praticado em nome do dinheiro, do lucro fácil.

Vejam no terreno esportivo. O mesmo jogador que simulou ter sido derrubado dentro da área adversária, para obter uma vantagem ilícita (marcação de uma penalidade), não demora exige que a bola seja jogada para fora do campo de jogo porque há um companheiro precisando de atendimento medico.

E o pior, é só observar, o mais das vezes o jogador caído está simulando, porque quer ganhar tempo, se sua equipe está ganhando, ou porque havia iminência de contra-ataque do adversário.

Ganhar com fraude pode trazer real alegria? A honradez, a decência, valem menos do que uma medalha de ouro, do que o prêmio em dinheiro, quando se trata de competições de boxe, por exemplo?

O atleta dopado, que obtém resultado que não conseguiria se estivesse "limpo" de substâncias estimulantes, pode ter satisfação interior? Pode olhar-se no espelho e se orgulhar.

Nós, meros expectadores, desconhecendo a fraude, aplaudimos e vibramos com marcas fantásticas obtidas por alguns atletas, mas ele sabe que não foi ética, não foi honesta sua participação. E aí? Se ainda assim ele fica feliz, para mim é um animal irracional.

A musa deste blog, na área esportiva, a russa Maria Sharapova causou uma enorme decepção ao ser flagrada no uso de substância vetada para esportistas em competições. Fiquei triste, e cada vez mais descrente da possibilidade de haver fairplay no mundo esportivo, mister se envolve dinheiro como premiação direta ou indireta.



Sim, porque por vezes não há prêmio em dinheiro para os vencedores, mas estes conseguem patrocínios importantes em função de suas performances.

O caso de Lance Armstrong causou-me náuseas porque ele não se achava errado. Se não conhece o caso, leia aqui:



Em suma, às vésperas do início da Olimpíada no Rio de Janeiro, fico pasmo como uma das maiores preocupações do Comitê é com o doping.

Ou seja, a descrença no comportamento de atletas é uma prova inequívoca de que fairplay é utopia.


Notas do autor:
1) não sou um poço de virtudes, mas não sou um ser ignóbil. Não sou paladino da dignidade. Entretanto prefiro ficar com a honra do que com a glória imerecida.
2) este texto já estava escrito, quando uma decisão do COI, tomada pela manhã de domingo, resolveu não banir a delegação russa dos jogos olímpicos. Achei legal porque inocentes seriam punidos
3) Onde há muito dinheiro envolvido não se pode esperara lisura, honestidade.

21 de julho de 2016

O idioma francês

Houve uma época em que era chiquérrimo falar francês. Era inclusive o idioma diplomático. E a França ditava moda, inclusive e principalmente na haute couture.



No Liceu Nilo Peçanha, de Niterói, onde estudei, algumas alunas e alguns poucos alunos, daqueles que não jogavam futebol, criaram o “Clube de Francês”, tal a relevância da língua na época (língua culta).

No cinema a nouvelle vague française dominava as telas dos cinemas de arte. O diretor Louis Malle era cultuado e a atriz Brigitte Bardot musa que levava a doces sonhos os jovens  estudantes.



Na nossa casa, anos 1940, tínhamos um sommier e não um sofá de almofadas soltas. Dormi nele um par de anos, até ter meu próprio quarto.

Sommier
Mulheres usavam cache-col, antes do aportuguesamento da palavra. Assim como o vaso de cerâmica, com plantas, era acondicionado em cache-pot, que virou cachepô nos dicionários.

Menu na porta
Bem, na culinária, até hoje, nos restaurantes à la carte, os pratos têm nomes franceses, em geral: confit de canard, magret de canard, canard à l’orange, gigot d’agneau, ris de veau, ratatouille, foie gras,  lapin à la moutarde, e por ai vai.


As famílias integradas por nobres ou pessoas de mais posses, tinham chauffeur e não motorista, porque estes conduziam ônibus, taxis e caminhões. Havia uma diferença sutil.


Nas conversas entre pessoas mais letradas, era comum, mesmo naquelas coloquiais, a inserção de palavras ou locuções francesas, sem que parecesse afetação. Lembro de algumas vezes ter que recorrer ao dicionário para entender o que seria dépaysé, dernier cri, démodé, démarche, demi-sec, e outras palavras tão corriqueiras, quanto eram palavras e expressões latinas, como carpe diem, causa mortis, et caetera.

Vou explicar o porquê deste texto. Meu amigo Carlos Lopes gosta da França e ama Paris de paixão. Como, ou mais, eu gosto de Londres, o Riva é fissurado em New York e o Freddy admira Amsterdã. Só para citar casos já explicitados aqui.

O último post publicado por ele (Carlinhos) em seu blog, denuncia seu amor ao país e aos franceses com sua “joi de vivre”.
Leiam em:


20 de julho de 2016

Dia do amigo

No Brasil, Argentina e Uruguai na data de hoje é celebrado o "dia do amigo".

A data  escolhida - 20 de julho -  guarda relação com a chegada do homem a lua.

Parece que a ONU sugeriu ou fixou outra data (a conferir).

No ano de 2010 publicamos aqui um post alusivo. 
Está em:

Aproveito este espaço e este veículo para cumprimentar os meus, em número cada vez menor. Falo de amizades sólidas que resistiram aos afastamentos involuntários, dos que compartilharam aventuras e desventuras; se permitem a imagem, rochas que resistiram a erosão da passagem do tempo.

Um forte abraço!

Imagem do Google
Nota do autor: o número de amigos vem diminuindo porque a amizade pode ser infinita, mas a vida é finita. E muitos de meus melhores e fieis amigos já não estão neste plano.

19 de julho de 2016

Sons (ou falas) dos animais


Prestem atenção. É preciso ser perspicaz. Ler com acuidade. Os animais têm falas, ou não.



Nota do editor: autor desconhecido. Recebido por e-mail. 

18 de julho de 2016

Patriota, eu?

Consoante relatos bíblicos (João 8:3-5), a mulher adúltera apanhada em flagrante deveria ser apedrejada. E cabia ao marido traído o direito de atirar a primeira pedra.

Séculos mais tarde, em torno de 1595, Michelangelo Caravaggio imortalizou, em tela, a penitência da mundana, na obra “Madalena Arrependida” (exposta na Galeria Doria Pamphilj, em Roma.

Palazzo Doria Pamphilj

Muitos, muitos anos antes, no século XIII, os mensageiros de más notícias não eram poupados por Genghis Khan, segundo lido na série “O Conquistador”, de Conn Iggulden, na qual o autor narra as batalhas e conquistas do famoso imperador mongol.

Desde aí, segundo lendas e tradições orais, os arautos de más notícias deveriam morrer.

Essa chorumela  aí ao alto seria a introdução para uma confissão, que me deixaria exposto a apedrejamento, ou minimamente como alvo de vitupérios. Bem, pena de morte talvez não.

E a confissão, já antecipo agora mesmo, sem mais prolegômenos é que estou muito longe de ter amor à pátria. Tanto se me dá ter nascido aqui ou em qualquer outra parte, já que não me foi dado o direito de escolha.

Diferentemente da família, que amo de paixão, ela sim, meu espeque, responsável pelo meu norte, por meus valores, seja nos exemplos (e principalmente com eles), seja nas recomendações e cobranças.

Não nasci numa manjedoura porque minha avó materna, também no papel de parteira, abrigava meus pais, extremamente pobres, e me ajudou vir a luz.

Meu pai, boêmio inveterado, espírita e barnabé do serviço público (linotipista da imprensa oficial), abandonou (mesmo) a boemia, afastou-se do espiritismo, porque minha mãe era oriunda de família portuguesa católica, conseguiu outras ocupações na imprensa privada, trabalhando de madrugada para aumentar a renda e virou um pai pimpão com o primogênito.

Por ele, eu seria “Bebe Jonhson” (quem se lembra), com bochechas rosadas e aqueles pezinhos gordinhos. E isso custava dinheiro.

Minha mãe - claro que não tenho memória deste tempo - nos primeiros meses de vida em Niterói, para onde o casal mudou, cozinhou um bom tempo em fogareiro à carvão e tinha que ficar, comigo ao colo, abanando para atiçar o braseiro. Vida dura.

A dedicação, o amor que me deram, é que merecem reconhecimento e reciprocidade, não devo coisa alguma ao estado/nação/pátria. Se me formei em universidade pública foi porque os impostos pagos pelos cidadãos custeiam este ensino. Em outros países a abrangência de investimento no ensino é até maior.

Cumpri todas as minhas obrigações como cidadão: prestei serviço militar, alistei-me eleitor, trabalhei 35 anos para me aposentar, com benefício de valor aviltado e indigno, tendo pago contribuição previdenciária pelo teto  (20 vezes o SM).

Mas amor? Como e porque? Vergonha tenho mesmo. Inveja de outros povos, tenho mesmo. Por que não vou embora? Porque não o fiz quando talvez fosse acolhido: jovem, hígido, com potencial de desenvolvimento. 

Não sei se há um país ideal, e provavelmente não haverá, segundo minhas aspirações e conceito de civilização, mas certamente existiram muitos que oferecem aos seus cidadãos, uma vida melhor.

O país do futuro, desenhado por Stefan Zweig, ainda não passa de desejo, sequer chegou a rascunho. E com a classe política que temos, escolhida por nós mesmos (tsk tsk tsk), com a corrupção endêmica; com a “Lei de Gerson” em vigor; com as progressões de regime ou impunidades; com slogans vazios tipo “Pátria Educadora”, longe da realidade; com as bolsas sem exigência de contrapartida; com as cotas sociais ou étnicas que não consideram mérito individual, continuaremos navegando sem timoneiro, sem mapas, sem bússola, apenas confiando em que Deus é brasileiro.

Se fosse, estaria lamentando, como eu. 


Notas do autor: 
http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2016/07/17/datafolha-indica-que-2018-flerta-com-a-surpresa/

Como admirar um país onde  parte do povo vota em Lula, porque:
1) está em alguma mamata ou gosta de levar vantagem em tudo (incluídos os bolsistas em geral e fregueses da Lei Rouanet);
2) é tão ingênuo ou politicamente ignorante que enxerga nele um chefe de estado;
3) é farinha do mesmo saco, um pulha, um canalha.

Para mim é um apedeuta, oportunista, populista, manipulador das massas incultas e flerta com os chamados "intelectuais", os quais  no Brasil, salvo algumas exceções, são fisiologistas e não idealistas.
Lula entrou no vácuo de liderança política de boa cepa. Como uma bactéria ou virus que se instala num organismo indefeso.

16 de julho de 2016

Ficar bem informado é preciso

Dá vontade, como faz o Riva, segundo relato no post anterior, de não ler jornal, não assistir ao noticiário da TV, fazer como a avestruz e enfiar a cabeça no primeiro buraco.

Avestruzes com as cabeças enfiadas  em buracos
A alienação política muito provavelmente faz bem a saúde. Alias que deveriam veicular, como antigamente, em relação a outras coisas nocivas como o fumo: "O ministério da saúde adverte, acompanhar política faz mal à saúde mental".

Entretanto, o ficar "por fora"  dos acontecimentos políticos pode gerar contratempos e constrangimentos. Pode nos fazer passar atestado de ameba bacharelada.

Aposentado militante, preciso estar minimamente informado até para poder executar aquele approach protocolar com os clientes.

Olha só. No dia 13, portanto na quarta-feira, depois do futebol, ao invés de ir dormir, como fizeram os sensatos, fiquei acordado até as primeiras horas do dia 14, quinta-feira, aguardando o resultado da eleição para a presidência da Câmara dos Deputados.

E o fiz  pela simples razão de que o eleito passaria a ser, ato contínuo, sem maiores formalidades, o substituto do presidente da república em exercício, já que este, sendo o vice eleito, tem como sucessor em seus impedimentos, o presidente da casa do povo (Câmara dos Deputados). Viram a relevância?

Temer tem que viajar, numa visita não programada, a um país qualquer. Hipótese, coisa improvável em sua interinidade a frente do governo, até solução do impeachment. Mas não impossível.

Aí você acorda com a noticia: Temer viaja para a Argentina e Rodrigo Maia assume a presidência. Você pensa que enlouqueceu, que o Alzheimer pegou você de chofre.

E esta situação poderá se estender por período ainda maior se Dilma for (havendo um Deus justo acontecerá) impedida definitivamente de voltar a residência.

Quem é, pelamordedeus Rodrigo Maia? Não, não quero correr estes sustos.

Fiquei acordado e assisti pela TV a divulgação do resultado no painel eletrônico, a comemoração ruidosa, com aplausos por parte dos congressistas presentes que apoiaram e sufragaram o nome do filho do homem dos factoides, que embora com cara de menino já tem cinco mandatos federais em seu curriculum.

Rodrigo Maia
Lembro dele, ao lado do Eduardo Paes, ambos jovens e novos no parlamento, defendendo as mesmas posições políticas e as mesmas teses, um no PFL (extinto) e o outro, atual prefeito do Rio de Janeiro, no PSDB.

Aproveito este gancho do texto para validar minha tese de que é perigoso ficar por fora dos acontecimentos políticos.

Acostumei-me a ver Eduardo Paes, assim como o Rodrigo Maia, sempre juntos, combatendo a corrupção no governo petista. Sim, eram contra o governo Lula.

Noutro dia, o noticiário da TV colocou no ar, uma gravação de conversa de Paes com Lula. O prefeito carioca, babando os ovos do ex-presidente, repudiando os ataques que o Brahma ou Pixuleco, ou Molusco, como queiram, vinha recebendo. 

Fiquei atônito era mesmo a voz do Paes no áudio colocado no ar? Era, pois no dia seguinte ele admitiu e procurou se justificar. E explicou que o que disse sobre o município de Maricá (lembram?) era pilhéria, gracejo, não era à vera.

Achei uma idiotice das grandes a conversa entre Paes e Lula, e o prefeito que, admito, estava conquistando minha simpatia, com seu empenho na melhoria da infraestrutura urbana da cidade que sediará as Olimpíadas e, last but not least, é vascaíno, acabou por perder todo o meu respeito e eventualmente voto quando postular a governança do estado.

Tinha uma imagem dele, brigador, veemente,  na Câmara, em discursos e apartes contra a corrupção no governo Lula e agora ouço-o todo meloso, amiguinho solidário do ex-presidente.

Precisa legenda?
Por mim, cometeu um suicídio político. O cara tinha em mãos um enorme orçamento para implementar obras visando as Olimpíadas. Poderia entrar para a história, como o governante que mudou a cara da cidade, com realizações que (ressalvas aqui e ali) efetivamente deram melhor aproveitamento a espaços  públicos degradados, melhoraram as opções de transporte e criação de dependências esportivas que poderão ser utilizadas por atletas nacionais após o evento internacional.

Olimpíadas que trarão atletas, equipes, jornalistas, torcedores, atrairão turistas em geral, e deverão gerar receitas importantes para alguns setores da economia, o que neste cenário de estagnação é muito bem-vindo.

Eduardo Paes no PSDB era uma coisa, agora no PMDB é outra. Se antes nutria alguma simpatia, agora tenho ojeriza. Ser aliado de Lula o torna, sob minha ótica, um político sem ética e sem caráter.

E vejam o ironia do destino. Paes e Maia têm praticamente e mesma idade, começaram juntos na Câmara dos Deputados, mas trilharam depois caminhos diversos. A carreira política de Eduardo Paes se desenhava mais promissora, pois afinal ser prefeito do Rio de Janeiro, no momento em que a cidade sediará uma Olimpíada, não é pouca coisa. E seria um trampolim para voos mais altos: governo do estado e, who knows?, presidência da república.

Rodrigo Maia estaria condenado a se aposentar como deputado federal ou, quem sabe, já bem mais velho, postular uma cadeira no senado. Mas Rodrigo foi mais coerente, e hábil politicamente, e acabou por conquistar espaço e projeção mais importantes ao assumir a presidência da Câmara.

Um é o prefeito de uma importante cidade, mas o outro é o primeiro substituto do presidente da república. E poderá pavimentar estrada para além das fronteiras do Estado do Rio de Janeiro e chegar mais longe.

Pelas normas regimentais vigentes, assim que divulgado o resultado da eleição, a posse do escolhido pelo voto secreto é imediata. Então Rodrigo, abraçado por apoiadores, dirigiu-se à mesa diretiva dos trabalhos, sentou-se na cadeira do presidente, ao centro, e fez um pronunciamento de "Miss", agradecendo à família (pai, mãe e esposa), e aos correligionários que o prestigiaram, faltou somente citar  "O Pequeno Príncipe".

Após o anúncio da vitória
E foi com ar de satisfação, sorriso nos lábios,  que declarou que o filho caçula é botafoguense.

Viu só, se eu tivesse ido dormir antes das duas horas da madrugada, iria passar a vida com esta dúvida atroz: qual é o time do coração do caçula do Rodrigo Maia?

15 de julho de 2016

O dia a dia nunca é o mesmo assim ...




Por
RIVA







Cada dia a estratégia muda em muitos aspectos. Pode ser um novo caminho de casa até o ponto de ônibus, apreciando uma nova paisagem. Pode ser a mudança de “pace”, mais devagar em direção a qualquer local, sem olhar para o relógio.

Posso deixar o catamarã sair e pegar o próximo. Posso dessa vez ir em pé lendo um livro ou jogando “Sopa de Letras” no iPhone. Posso ir sentado confortavelmente no ar condicionado dos catamarãs chineses, lendo ou simplesmente curtindo a paisagem da bela Baía de Guanabara (impossível apreciar nos catamarãs antigos devido ao projeto lusitano das janelas).

Catamarã chinês
Chegando na Praça XV escolho por onde ir dessa vez … quanto tempo posso gastar no trajeto, um pitstop na Saraiva para cheirar os livros, ou um pitstop para uma salada de frutas com banana e mel, talvez hoje vá engraxar os sapatos nas dezenas de cadeiras no trajeto – nada como um pisante engraxado e brilhando …

O dia a dia nunca é o mesmo assim ...

No trabalho, que diga-se de passagem tem sido prazeiroso, muitas estratégias de mudança de cenário.

Marmita ou restaurante ? Não, hoje vou devorar (e devorei) o cachorro quente de 3 linguiças com molho do Gaúcho, esquina da Rodrigo Silva com São José. O melhor ! Acompanhado de um refresco de caju.

Pão com linguiça
Mas poderia ser um apetitoso hamburguer artesanal da Fórmula das Sucos, também na Rodrigo Silva. E “as always”, tocar um pouco no Yamaha de cauda (no Twitter se escreve calda) de um dos auditórios do clube.

Pelo menos uma vez a cada 15 dias almoço com meus amigos Manuel (meu dentista) e Guilherme (meu agente de turismo, quando preciso), ambos de Nikity. Jogar conversa fora, falar muuuito de futebol, sempre com boa gastronomia na mesa, que não falta aqui por perto.

O dia a dia nunca é o mesmo assim …

Na volta, nas Barcas sempre entrando primeiro nos catamarãs, usufruindo dos meus direitos sexagenários, escolhendo lugar com calma, sem pressa para entrar e sem pressa para sair.

Mas muito chateado de ver jovens descaradamente usando assentos preferenciais. A paisagem no meu trajeto no Rio também muda a cada dia, mesmo sem minha vontade (rsrs), porque as obras do VLT da Sete de Setembro têm mudanças diárias em seus canteiros.

VLT - Rio
Uma zona total, impossível o trânsito de uma pessoa cega ou em cadeira de rodas. No Paço Imperial sempre existem atividades diversas. Geralmente uma banda de rock tocando em 12 volts, ou uma feira disso e daquilo – semana passada eram barracas de Festa Julina, com muita comida e muita gente parando lá na volta do trabalho.

Paço Imperial
 O dia a dia nunca é o mesmo assim …

O trajeto do busão na volta para casa também nunca é o mesmo, mas em tempo de viagem. Tem dias em que faz Pça. Araribóia – Icaraí em 10 minutos, e em outros dias em 20 minutos. Mas chega-se sempre. Basta colocar um earphone e pronto !

Linha 49 - Niterói
Na verdade são essas estratégias bobas, simples, ridículas para muitos, que me fazem esquecer um pouco, por algumas horas, das notícias que nos corróem diariamente na TV há pelo menos 8 meses.

Não consigo mais ver jornais televisivos, não abro uma página sequer do O GLOBO que recebemos nos fins de semana, estou completamente alienado do cenário político e econômico daquilo que ainda chamam de Brasil. Só não consigo deixar de notar como o meu saldo bancário tem baixado com uma velocidade impressionante nas últimas semanas.


O dia a dia nunca é o mesmo assim ...

13 de julho de 2016

SOLAR DO JAMBEIRO


Quem ainda não conhece o Solar do Jambeiro, localizado em São Domingos (ou será Ingá?), um antigo palacete, inteiramente restaurado e que agora abriga exposições de artes plásticas, e outros eventos culturais, tem agora uma razão adicional para aproveitar a oportunidade de conhecer este que é um ponto turístico da cidade, com certeza.

E para quem não consegue esquecer os famigerados 7X1, tem uma oportunidade de fazer uma catarse, sublimar o trauma.

Isto porque está em cartaz, lá no Solar, a peça teatral, uma ótima comédia, intitulada "7 contra 1".

Veja, através do link abaixo, mais informações sobre o espetáculo, como endereço completo, dias de apresentação, horários, elenco,  e muito mais.




Mate dois coelhos com uma só cajadada. Estarei lá!




Nota do editor: esta postagem do dia 9 último, esta sendo republicada para dar aos internautas/ visitantes que não a leram, a oportunidade de informação sobre a engraçadíssima peça teatral.
Riso garantido.

12 de julho de 2016

A "Dama de Ferro" feita em bronze

Margareth Thatcher, cognominada "Dama de Ferro" (Iron Lady), agora numa estátua feita em bronze, no Palácio do Parlamento (Palace of Westminster).




Maggie, a Baronesa Thatcher, foi Primeira-Ministra do Reino Unido durante 11 anos.

Nesta próxima quarta-feira, portanto amanhã, os britânicos terão outra mulher (a segunda na história) conduzindo seus destinos, no cargo de Premier, ocupando o  nº 10, da Downing Street.


Como admirador do povo e com imenso respeito pela história da Inglaterra, espero que tenha um mandato profícuo e duradouro como o de Mrs. Thatcher, que foi muito bem-sucedida em sua missão.

Trata-se de Theresa May, que deverá assumir após a confirmação da renúncia de David Cameron decorrente de seu descontentamento com o Brexit. Com o resultado do referendo, já que sua opção era pela permanência do UK na UE.

May prometeu fazer uma bela limonada com o limão que está recebendo, transformando em êxito a saída do Reino Unido.


Theresa May

Margareth Thatcher
Rainha Elizabeth recebe Theresa May no Palácio de Buckingham, a quem convida para ser primeira-ministra do Reino Unido .

Nota do editor: esta última foto foi acrescentada ao post hoje, dia 13 de julho, após a renúncia de David Cameron, muito aplaudido em sua despedida no Parlamento.

Esse formalismo, esse protocolo me encanta. 

11 de julho de 2016

Domingo, 10 de julho de 2016

Portanto ontem.

Dentre os milhares de dias comemorativos ou dedicados a isso e aquilo, descobri o “Dia da Pizza”, comemorado neste domingo passado.

Só na cidade de São Paulo tem algo próximo a 6.000 pizzarias ou estabelecimentos nos quais aquela iguaria redonda é a estrela principal. Só perde para Nova Iorque em venda de pizzas.


A pizza,  segundo historiadores, começou a ser redonda em 1889, quando numa homenagem a rainha Margherita, prepararam uma com as cores da bandeira da Itália: branco do queijo, verde do manjericão e vermelho do tomate.

Lá em São Paulo, onde morei ao todo durante 17 anos, faz tempo, este tipo era um dos mais pedidos nas pizzarias da Mooca.

Eu e  Wanda comemos com frequência (também em casa). Prefiro a massa fina, mas ela prefere massa mais grossa com borda recheada.

No terreno esportivo, tivemos em Londres a tranquila vitória do escocês Andy Murray sobre o canadense  Milos Raonic, na quadra central de Wimbledon. Na competição feminina, terminada sábado, deu a lógica: Serena Williams.

Já em Paris no “Stade de France”, em Saint-Denis, na região metropolitana da capital francesa (fica ao norte de Paris), diante de perto de 80.000 torcedores ( a maioria, claro, franceses), Portugal, sem sua estrela maior (Cristiano Ronaldo), que atuou apenas alguns minutos, conseguiu um feito inédito na história do futebol do país, que foi vencer a Eurocopa versão 2016.


Uma destas surpresas do futebol. Portugal não aparecia nas listas de candidatos ao título, que tinha Alemanha, Espanha, Itália, França e até a Bélgica, antes dos lusitanos.

A aplicação dos portugueses foi digna de nota. O que não conseguiram com Felipão no comando, e jogando em casa, em 20o4, conseguiram na França ontem.

As meninas do voleibol conquistaram, também ontem, pela 11ª vez o Gran Prix, ganhando das americanas na partida final realizada em Bangkok.


Parabéns às meninas!

Fiz minha caminhada no calçadão, num dia claro e temperatura bem amena. Almocei vaca atolada (by Wanda), que conseguiu deixar as costelas muito macias, quase desmanchando, e o aipim bem cozido também.

À tarde, início da noite, no lanche em casa de minha nora Erika, degustamos uns cinnamon rolls (abaixo), feitos pela anfitriã, com a receita tradicional americana.

Cinnamon roll, by Erika France


Imagens: Google, exceto a do cinnamon roll, que é um dos que degustamos.