31 de maio de 2016

Marienplatz, um complemento




Por
Carlos Frederico March
(Freddy)





Complementando informações do post “Marienplatz, München” (24.05.2016), é interessante conhecer a razão da construção da estação de metrô que fica debaixo dessa praça, que acabou se tornando o embrião de todo um fantástico sistema de metrô (U-Bahn) e trens rápidos de superfície (S-Bahn): havia necessidade de mobilidade para atender aos Jogos Olímpicos, que seriam realizados em Munique em 1972.

Nota: foi durante esses jogos que houve o famoso atentado terrorista ao setor israelense da Vila Olímpica (05/09/1972), com 11 atletas assassinados, além dos seqüestradores e de um policial. Olho vivo, Rio de Janeiro!
 
Vila Olímpica no Olympiapark
Havia originalmente duas malhas ferroviárias, uma de cada lado da cidade. Hauptbahnhof (Estação de Trens Principal) era de onde saíam trens de Munique para toda a Alemanha, além de linhas para bairros periféricos e algumas cidades bávaras. Ostbahnhof (Estação de Trens Leste) era uma estação menor e atendia somente bairros e cidades próximas, mas do lado oposto a Hauptbahnhof.

O Parque Olímpico de Munique - Olympiapark - fora construído numa área periférica (na época) sem atendimento algum. Para permitir ao público chegar até ele, construíram parte de uma linha de metrô (U3, que hoje é bem maior) a partir de Marienplatz, que como sabemos ficava bem no centro de Munique.

Olympiapark München

Sim, mas e Marienplatz? Como chegar a ela?

O toque de gênio foi interligar as estações Hauptbahnhof e Ostbahnhof através de uma única via subterrânea que cortava o centro da cidade, como se fora um metrô. Em Marienplatz ocorreria a baldeação de todas as localidades servidas pelos S-Bahn para a única linha de U-Bahn que servia ao Parque Olímpico! 
 
Mergulho dos S-Bahn em Ostbahnhof
em direção a Hauptbanhof

Assim, reorganizou-se toda a rede de trens que servia a capital da Bavária, com linhas de S-Bahn que se cruzavam compartilhando o trecho central, do qual me lembro como se fosse hoje: Ostbahnhof - Rosenheimer Platz - Isartor - Marienplatz (integração com metrô U3) - Karlsplatz - Hauptbahnhof. Para aumentar a capilaridade interna nos bairros da metrópole, a prefeitura integrou trens e metrô com ônibus e bondes, uma solução admirável.

Testemunhei o sucesso da solução em 1977, tendo morado 7 meses no bairro de Giesing, a 2 estações de distância de Ostbahnhof. Hoje em dia, Giesing cresceu e Munique é cortada por inúmeras linhas de U-Bahn e S-Bahn, numa rede impressionante.
 
S-Bahn na estação de Giesing

Nos idos de 1977, os meios de transporte de Munique (que no seu todo formam o chamado MVV), eram totalmente públicos - eficientes e pontuais ao extremo! Atualmente, seguindo novas tendências, o sistema integrado do MVV é operado por uma parceria público privada.  Segue abaixo um mapa da Schnellbahnnetz (Rede de Trens Rápidos), atualizado para 2012:

                                              Rede de S-Bahn e U-Bahn de Munique

Algumas curiosidades do Schnellbahnnetz:

- Bem no meio temos o corredor central do sistema, atualmente interligando Pasing (4 estações depois de Hauptbahnhof) a Ostbahnhof.

- Linhas S1 e S8 (meia direita, no alto): vão até o Aeroporto de Munique, facilitando sobremaneira o acesso à cidade e periferia.

- Linha S2 (no alto, bem à direita): vai até a cidade de Erding, berço da famosa cerveja Weihenstephaner, a mais antiga do mundo, fundada em 1040.

- Linha S2 (meia esquerda, pouco acima): passa por Dachau, cidade onde se encontra um famoso Campo de Concentração, preservado para visitação pública. Cavernoso... Talvez mereça um post.


Créditos:
Fotos, tiradas em 1977: acervo do autor.
Mapa Schnellbahnnetz: obtido no Google.

Post citado em:

30 de maio de 2016

Danke ou bitte?

Ia fazer viagem a Alemanha, depois da unificação, e queria algumas dicas sobre usos e costumes. Não queria aquelas coisas que constavam do Frommer’s, ou do Guia Quatro Rodas. Hoje haveria o Google que permite a qualquer um, sem passaporte, sem gastar um mísero euro ou dólar, sem falar outro idioma senão o português vulgar, dissertar sobre cidades mundo afora.

Eu queria dicas do dia-a-dia, coisas tradicionais, o que se podia e o que não se podia fazer. Curiosidades.

Li muita coisa, e cada notinha, cada crônica, serviu para mim. Por isso não me espantei quando encontrei cachorros refestelados sob as mesas em restaurantes de bom nível, enquanto seus donos almoçavam.

Já tinha visto em Paris, mas não imaginei tal costume em Berlim. A surpresa foi quando soube que os cachorros tinham direito ao uso de transporte público. E pagavam impostos!!!

Os de pequeno porte deveriam ser levados no colo e estavam isentos de pagar passagem. Já os maiores, mesmo sem poderem ocupar assentos, deveriam pagar meia e usar focinheira.

Se tivesse lido mais a respeito, antes da viagem, não teria cometido a mancada já relatada em post, de desrespeitar ( duas vezes) a faixa de ciclovia. Caramba! Como iria acreditar que  haveria faixa privativa para ciclistas sobre a calçada?

Muito antes dos fatídicos 7x1, já me senti humilhado por poder utilizar ônibus sem trocador e sem roleta. É verdade que de um tempo a esta parte, aqui em Niterói, os motoristas já cobram e recebem pela passagem. Mas isto é outra história porque o sistema não está calcado no fator confiança.

Lá a gente podia comprar o bilhete com antecedência, embarcar no veículo e pronto. Aquele que fosse abordado pela fiscalização, eventual e aleatória, e não tivesse o bilhete além da vergonha pagava pesada multa. Não tendo o bilhete, pagava diretamente ao motorista.

Parte da crônica
Outra dica que seria útil, se o caso se apresentasse, e que tomei conhecimento numa crônica da Cristina Ruiz-Kellersmann  antes da viagem, é que pequenas corridas de taxi, de até dois quilômetros, tinham a tarifa fixa de 4 (quatro euros).

As condições eram duas: a primeira, ao embarcar no taxi, já avisar ao motorista que era Kurzstrecke. Este era o nome do serviço especial; a outra condição é que o passageiro tinha que estar na rua e na direção de seu destino.

Claro que não usei esta opção e por várias razões. Uma delas é que dois quilômetros faço a pé. Em especial em cidades que não conheço direito porque é uma formar (a melhor) de conhecê-la. Outra razão é que talvez errasse na pronúncia de “Kurzstrecke".

Uma palavra com “z” e “s” coladinhos exige um contorcionismo de língua que não tenho. Alias que o idioma é um caso especial. Algumas palavras são enormes, quase uma dissertação. Precisa fôlego para pronunciar de carreirinha. Por exemplo o nome de uma estação onde ficava o teatro que iria à noite: Friedrichstrasse





Claro que esta palavra fica longe daquela maior no idioma, que tem 63 letras, e é impronunciável pelo comum dos mortais: rindfleischetikettierugsüberwachungsaufgabenübertragungsgesetz.


Acho improvável que um turista, na Alemanha (ou qualquer parte do mundo), tenha necessidade de pronunciar esta palavra, a julgar pelo seu significado. Quer saber qual é? Vá à Wikipédia:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rindfleischetikettierungs%C3%BCberwachungsaufgaben%C3%BCbertragungsgesetz


Algumas frases são tão longas, como já tinha sido alertado pela crônica da Cristina, que pareciam não ter fim.

Outra coisa que não sabia antes é que se você responde a um oferecimento com a palavra danke (obrigado), o interlocutor entenderá como não, você não quer. Melhor responder bitte que seria o equivalente a “por favor”.

Já imaginou a Romy Schneider, em 1973, perguntar se você gostaria de jantar e depois dar uma esticada até a casa dela para ouvir Bach e tomar um digestivo e você responde danke?

Sei que ela era austríaca, mas falava alemão.

Berlim, e sei que me repito, surpreendeu-me; não é a cidade inóspita, sem calor humano e cinza que imaginava, por conta do cinema americano. Alias que toda a Alemanha é muito simpática. Conheci belas, limpas e arborizadas cidades pequenas, inclusive a de nascimento do citado Bach.


Eisenach, terra natal de Bach
Outras cidades que gostei de visitar.


Mainz

Dresden

29 de maio de 2016

Fatura de otário

O Sr. João Roberto Marinho não refutou que foi procurado para intervir em seu jornalismo e abrandar as críticas ao governo. Ou, vai saber, para elogiar o governo malgrado os gritos das ruas contra a corrupção, a bandalheira, os malfeitos que são a tônica das administrações petistas.

Um delator, de nome Sergio Machado, empresário de atividades diversificadas, com destaque para meios de comunicação, como jornais e emissoras de rádio e TV, assim como os Marinho, foi quem numa delação entregou uma conversa sobre apoio ao governo terminal de Dilma.

Em nota, o diretor das Organizações Globo, de nome João Roberto, não contestou que tenha conversado com a presidente sobre  o telejornalismo da rede que comanda, dizendo apenas que o compromisso do Grupo Globo é com a informação fidedigna.

Ora, está querendo enganar a quem? Quer me passar fatura de otário, de tolo? 

A manipulação da informação é clara e evidente. E acontece desde sempre e abrange todas as áreas de interesse geral.

E a maneira de informar, o espaço concedido a cada corrente de opinião, as palavras empregadas, até a entonação dos apresentadores, no caso dos telejornais, pode influenciar a opinião dos menos dotados de senso comum, de capacidade de interpretação dos fatos, de perspicácia ou de cultura mesmo.

O interesse econômico de um jornal ou de uma emissora de TV é o mesmo de uma loja de ferragens, de um restaurante, de um hospital particular ou de um grande magazine.

A palavra lucro está no fim do objetivo social, entendido este como o objeto da sociedade comercial.

Vou dar exemplos baseados em minha experiência profissional e de vida, mencionando nomes e circunstâncias quando possível.

Nos anos 1960, mais precisamente na época da copa de 1966, a ser disputada na Inglaterra, a Cia. Fiat Lux, patrocinava a seleção, transmissões esportivas e uma resenha comandada pelo comentarista Rui Porto, então na rádio Tupi.

A Fiat patrocinava por uma razão básica, a copa seria na Inglaterra, e o controle acionário da empresa era inglês.

Certo dia o Rui resolveu criticar duramente ao presidente da CBD, que era João Havelange. Este, zangado com as críticas, procurou a direção da Fiat Lux. E queixou-se: o Rui Porto anda me criticando injustamente. 

Advinham o que aconteceu? Sem patrocínio o programa da Rui Porto não se manteria no ar. E a Tupi perguntou ao Porto: queres continuar com teu programa? Então manera com o Havelange.

Claro que este diálogo é fictício, obra de minha liberdade de expressão. Poderia ter sido mais áspero, como por exemplo, o diretor da rádio Tupi chama o Porto e diz: olha, o pessoal da Fiat Lux me mandou um recado, informando que se nós queremos patrocínio você tem que calar a boca sobre política e se limitar a falar de futebol.

Outro caso deu-se em São Paulo, também no século passado nos anos 1970. A revista Status, voltada para o público masculino, publicou dura matéria sobre os Matarazzo, que então ainda tinham muito prestígio.

A matéria da revista enfocava um peça teatral que tripudiava dos hábitos e costumes da família e seu método capitalista selvagem de dirigir o grupo de empresas.

Em contato telefônico, um dos diretores do Grupo Matarazzo, informou à editora da revista que iria fazer contato com a FIESP e presidentes de muitas empresas que faziam propaganda através das páginas da Status para pedir que deixassem de veicular  mensagens comerciais em suas páginas.

Ora, sem anúncios nenhuma revista subsiste. Nenhum veículo de informação se mantém.

Logo, é conversa fiada dizer que a Globo se atém à informação. A TV Globo pode manter o alto nível de suas produções sem anunciantes? E o governo é, sabemos e vemos diariamente, um dos grandes anunciante. Seja em propaganda institucional, seja em comerciais de estatais, ou em campanhas nacionais como vacinação e programas sociais como minha casa minha vida.

A Globo pode prescindir desta boquinha? Se nem o Jô Soares pode abrir mão das verbas da Lei Rouanet?

Para arrematar, um caso ocorrido em São Paulo, quando Paulo Maluf foi aleito governador. Ele convocou as maiores empresas de publicidade  e numa mesa redonda  afirmou categoricamente, parafraseando Luiz XIV: o estado sou eu (L'etat c'est moi).

O que ele queria dizer é o seguinte e todos entenderam (inclusive meu amigo presente a reunião): se querem verbas publicitárias não deixem de mencionar que as obras são do "governo Maluf".

Quem acredita em contos da carochinha ou gosta de ser emprenhado pelos ouvidos é que acredita na ISENÇÃO da Globo ou qualquer outro veículo de informação.

Brizola e Lula foram vítimas de edições de telejornais e divulgação de pesquisas manipuladas. Casos Proconsult e debate Collor x Lula.

Nota do autor: o mencionado Sergio Machado, que foi deputado e senador, está fazendo o papel daqueles infiltrados pela polícia nas quadrilhas de bandidos nos filmes americanos.
Nos áudios que estão sendo divulgados percebe-se claramente que ele conduz as conversas para assuntos e personagens previamente escolhidos . 
Isso não é delação premiada, é um canalha manipulado fazendo o papel nojento de obter declarações e confissões de forma conduzida.
Finge uma coisa mas está fazendo outra, traindo descaradamente velhos comparsas. Que nojo!!!
Mesmo que algumas destas gravações comprovem o envolvimento de Dilma e Lula, que quero longe do poder e na cadeia, acho  o papel aceito por este Machado uma coisa ignóbil.
Não caracteriza o instituto da colaboração premiada. Está mais para aquele engodo que lançamos aos peixes para fisga-los depois com o anzol.

Voltando aos ácaros e às traças

Retomo o tema do ponto em que parei, ou seja, reproduzindo alguns dos recortes e anotações inúteis que fiz ao longo dos anos.

Como mencionei as leis de Murphy, no post anterior, resolvi pesquisar sobre a existência do rei Murphy, da Irlanda, no século VI. Nada. Nem de uma e nem de outra Irlanda. Acho que este Murphy é tão ficcional  quanto o Deus bíblico. Deixa pra lá.

Numa página da agenda de 1998, no mês de agosto, encontrei anotação de um aforismo de Seneca, de mais de 2.000 anos, e não lembro a razão de tê-lo anotado.

Ei-lo: “Não há vento favorável para quem não sabe onde vai”.

Encontrei um pequeno recorte de jornal, de 2002, edição da véspera do jogo entre Brasil e Alemanha decidindo a Copa do Mundo.

A matéria faz referência a outro jogo que seria disputado no mesmo dia, entre o Butão e Montserrat, as duas piores seleções do ranking da FIFA. O Butão era o 202º e Montserrat o 203º na classificação.

A curiosidade era o contrate, num jogo as duas das melhores seleções de futebol e no outro o encontro entre as duas piores. O jogo seria realizado em Thimphu, que vem a ser a capital do Butão,  pequeno país asiático (com isso evito sua ida ao Google). E Montserrat é uma pequena ilha no Caribe.


Se você tem curiosidade de saber o resultado do jogo, não o do Brasil, mas o do Butão contra Montzserrat, acesse o sitio que  acabei de localizar.

Na decisão daquela Copa, como lembramos, ganhamos da Alemanha. Anos depois, como jamais esqueceremos, eles nos humilharam com o 7x1.

Outro recorte que encontrei, informa sobre uma demanda judicial, na 7ª Vara Empresarial da capital (Rio de Janeiro), envolvendo as casas de chá e confeitaria Manon e Cavé.

Na supramencionada demanda, a Cavé acusa a Manon de não fazer esforço para não ser confundida com a ela – Cavé.

Isto porque a Manon funcionava na mesma loja que fora ocupada pela Cavé, na esquina das ruas  Uruguaina com Sete de  Setembro.

Ambas eram boas e ao tempo em que trabalhei no Banco Metropolitano (ficava na rua da Carioca), como já mencionei neste espaço virtual, tomei chá da tarde uma vez na Cavé. Não paguei, fui como convidado.

Acho que mais do que interesse jurídico guardei o recorte por razões emocionais.

Finalmente vou jogar fora um artigo no qual o autor ao fazer uma crônica sobre o tema discórdia, menciona um episódio mitológico que envolveu deuses e heróis.

Trata-se do casamento entre Peleu, um herói, e a ninfa Tetis, que vieram a ser pais de Aquiles (aquele). Segundo consta foi a maior festa.Todos os deuses foram convidados exceto Eris, que como sabem é a deusa da discórdia (sabia não?)

Muito pê da vida ela aprontou um bafafá e foi necessária a intervenção de Zeus. Bons tempos aqueles em que deuses interagiam com humanos e resolviam pendências.

Bem, tem aquela piada de alguns juízes de nossos tribunais acharem que são deuses, mas aí é outra história.



28 de maio de 2016

Desapego e descarte de ácaros

Arrumar arquivos, desapegar de papeis velhos, como recortes, anotações e folhas de velhas agendas, é uma tarefa recorrente em minha vida nos últimos anos.

Acumulei, sem pudor, sem parcimônia e sem cuidado (com ácaros e cupins), muito papel velho. Com o tempo amarelam, cheiram mal, e abrigam  fungos.

Desde que iniciei esta empreitada, já lá se vão pelo menos seis anos, pois teve início em 2010, ano em que completei 70 anos de idade e fiz um AVC de pouca monta (felizmente), nunca termino de vez.

Isto porque o desapego a alguns destes papeis é relativamente fácil,  já outros sempre fico a matutar se não poderão, ainda , ser uteis um dia no futuro. Só que se eu não tiver futuro, o destino deles será a incineração: palavra da Wanda e de meus filhos.

Nesta jornada atual estou contando até dez para decidir se descarto as duas pastas com recortes sobre jazz. Como já disse uma vez minha intenção era escrever um livro ou um livreto sobre o assunto. Isto nos anos 1980.

O tempo passou, o livro não saiu e fui atropelado pelo seu Google e pela dona Wikipédia. Os recortes ocupam duas enormes pastas daquelas fechadas com elástico nas extremidades.

Será que encontraria, se precisasse, uma narrativa da Nancy Sinatra sobre o encontro do pai com Tom Jobim quando das gravações dos LPs que fizeram? Sinatra tratava Tom de “Tone”. Você sabia disso?

Aí você me pergunta qual a relevância disto. Eu não respondo.  Ou respondo porque é nos detalhes que a história se conta.

Estou na segunda gaveta do arquivo de quatro gavetões, com pastas suspensas. Alguns recortes e anotações estão mesmo indo para o lixo.

Sabem o por que? Vejam os exemplos abaixo e constatem se é o caso de guardar tanta inutilidade.

No século passado pelo menos 21 países tinham o dólar como moeda. Claro que a palavra dólar é seguida de um complemento. Por exemplo: Dólar de Brunei.

Vocês nem sabiam da existência de Brunei, não é? E de Belize, o lugar e o dólar, ouviram falar?

Quando, na década de 1990 comprei uma casa em São José de Imabassaí, para onde me mudei de mala e cuia, era imperioso ter em casa enxada, pá, ancinho, vassoura de arame e tesourão de poda.

Este item, a tesoura grande de jardinagem, foi-me dado de presente por minha irmã Ana Maria, acompanhada de um versinho. Não tenho coragem de me desfazer do versinho embora a tesoura tenha ficado na casa quando a vendi:


Quem me conhece o bastante sabe que acho que Zico foi um bom jogador de futebol. Só. Tudo que dizia respeito ao seu pé-frio, a sua falta de fairplay, ao seu ciúme do Romário, eu recortava a guardava. Daí que tenho este recorte de uma montagem do Aroeira, feita em 1998, quando o jogador perdeu, pela quarta vez, a oportunidade de se consagrar como campeão mundial. Tinha perdido três como jogador e perdeu como supervisor.

Jogo fora ou não jogo? 


E sobre a famosa, sempre citada e fake Lei de Murphy, que achei numa anotação? Vocês conhecem pelo menos três artigos desta lei que não tem sanção? Vejam abaixo:

- Tudo leva mais tempo do que se espera.
- Tudo é mais difícil do que se pensa.
- Tudo o que pode não dar certo, não dará certo.

E a melhor de todas as cláusulas da Murphy’s Law: Crie um sistema que até mesmo um idiota possa usar e só um idiota o usará.

Como a cláusula quinta da mesma supracitada legislação dispõe que “Tudo deve ser simplificado ao máximo”. Fico por aqui.

Não sem antes ameaçar vocês com um retorno ao tema, reproduzindo recortes ou anotações inúteis que acumulei ao longo dos anos.


Nota do autor: sobre o emprego de porquês sugiro visita ao sitio abaixo, onde pode ser feito um teste com respostas corretas.
http://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-gramatica/exercicios-sobre-uso-dos-porques.htm#questao-495

27 de maio de 2016

Comunismo regado a champanhe

Quando vejo nos noticiários televisivos e nas fotos dos jornais diários estes vândalos, baderneiros e trogloditas de esquerda, organizados em quadrilhas como MST, CUT et caterva, sinto muita saudade do comunismo ideológico, acadêmico e filosófico praticado por gente culta e de hábitos civilizados.

Tá certo, também os rotúlo de “esquerda caviar”, expressão que veio a substituir o “esquerda festiva“ do passado. Quase todos pessoas interessantes, inteligentes de boa conversa e ... inofensivos.

Não causam dano ao patrimônio público ou privado e como são bem-sucedidos em suas ocupações, são bons consumidores e alimentam a economia consumindo os produtos fabricados em países e sob regimes que condenam porque capitalistas.

Moram em boas casas, bebem uísque 12 anos, champanhe e bons vinhos, tudo sempre acompanhado de refinados acepipes como queijo brie, bolinhos de bacalhau, camarão empanado, patê de champanhe (você já comeu?) e refeições ligeiras como caldeirada de camarão e esfirras de salmão.

A descrição dos comes e bebes não é fruto de minha imaginação, está na matéria e na foto que a ilustra. 

Matéria escrita por Renato Lemos, ilustrada com foto de Simone Marinho e publicada na Revista O Globo, em 06.10.2013
Adoraria compartilhar a mesa destes comunistas  ideólogos e românticos, e participar de sua farras. Conversa agradável sobre futebol, cinema e música.

O Sergio Cabral, pai, por exemplo, conheci nas páginas do Pasquim e fiquei seu fã. Conhece como ninguém música popular, produziu shows, escreve a respeito com muita propriedade, uma simpatia.

O Ferreira Goulart, legítimo representante de nossa intelectualidade,  mais conhecido por sua literatura  em verso (que não é minha praia – prefiro a prosa), é culto e assim como o Sergio Cabral, torcedor do Vasco.

Por falar em Vasco da Gama,  a casa onde eles se reúnem, ou reuniam habitualmente, além de ser uma célula comunista, era também como uma sede de torcida organizada do Gigante da Colina.

Com efeito, Zelito Viana, anfitrião, na casa ampla e bonita que possui e onde  se reúnem estes esquerdistas simpáticos, é o pai do ator Marcos Palmeira, que é vascaíno e irmão de outro saudoso e ilustre torcedor do Expresso da Vitória: Chico Anysio.

Ah, esses comunistas são adoráveis; que Deus os conserve sempre bem-humorados, desfrutando dos prazeres da vida e combatendo, com palavras e não mais do que isso, o capitalismo, único regime que permite a todos, indiferentemente de raça, credo ou meio de origem, galgar degraus na escala social e conseguir sucesso, pelo mérito, no mundo político, acadêmico e científico.


Nota do autor: estou dando sequência a uma empreitada, iniciada há seis anos, de rever e descartar, se o caso, recortes de jornais e revistas, anotações, páginas de agendas antigas e outras velharias que conservo por razões emocionais e racionais. No curso desta tarefa acumulei mais coisas (como esta matéria) de forma que fica parecendo o "moto perpetuo", e vai se repetindo, e provavelmente não terá fim.

Em próximas postagens mais tolices e inutilidades que estou descartando ... ou não.

26 de maio de 2016

Resolvi falar de amor …



Por
RIVA







No meio de tantas notícias ruins entre nós, desse tsunami de tragédias sociais que invade os noticiários das mídias o dia inteiro, resolvi ouvir música, mas muita mesmo. No ir e vir, no trabalho, em casa.

E em falando de músicas, me vejo, as always, na década de 60, super especial no meu conceito. Claro que houveram componentes pessoais que me impactaram diretamente, como a Jovem Guarda, o surgimento dos Stones e dos Beatles, dentre outros. Ah, a viagem que fiz aos EUA em 1969. Vivenciando muita coisa que só via na TV e nas revistas.


As melodias compostas na década de 60 eram simplesmente lindas. Fui um privilegiado em poder curtir cada lançamento no programa do Big Boy e em outras rádios. E as letras das músicas ? Até as mais “bobinhas” tinham conteúdo.

Não tenho certeza, mas sempre achei que os compositores e músicos da época eram todos de uma geração que vivenciou episódios, dramas e estórias muito especiais. Posso citar a Guerra do Vietnam, a tomada do poder pelos militares no Brasil, a reconstrução de uma Europa arrasada pela 2ª Guerra Mundial, muitas dificuldades, muita fome de comida e de …. liberdade.


Dentro desse contexto surgiu o movimento Flower Power nos EUA, e com ele muitas mensagens de paz e amor, transcritos em letras de melodias lindíssimas. Contagiou a Europa e outras regiões no planeta. Seu maior símbolo foi o Festival de Woodstock, em 69, nos EUA.



Muitas mensagens de amor a pessoas, a cidades, aos animais, à Mãe Natureza, aos alucinógenos da época, ao próximo.


Vocês podem elencar com certeza diversas músicas e letras nesse sentido. Eu, particularmente, fui tatuado emocionalmente por algumas delas, como por exemplo:
- San Francisco, de Scott Mckenzie
- California dreamin´, Mamas & the Papas
- Nossa canção, Erasmo e Roberto
- Crimson & Clover – Tommy James
- Louco de amor, The Brazilian Bitles (é assim mesmo que se escreve)
…........... e muitas outras.

Mas uma em especial, muito especial, em harmonia e letra : Never my love, Association



You ask me if there'll come a time
When I grow tired of you
Never my love
Never my love
You wonder if this heart of mine
Will lose its desire for you
Never my love
Never my love
What makes you think love will end
When you know that my whole life depends
On you (on you)
Never my love
Never my love
You say you fear I'll change my mind
And I won't require you
Never my love
Never my love
How can you think love will end
When I've asked you to spend your whole life
With me (with me, with me)


PS : Paz e Amor !

25 de maio de 2016

Cada macaco no seu galho



Enquanto o post do Riva, falando de amor, não sai do forno, publico aqui uma pesquisa europeia sobre o mundo ideal que seria um paraíso, e o mundo terrível, que seria um inferno.

No PARAÍSO
A polícia é inglesa
Os cozinheiros são franceses
Os mecânicos são alemães
Os amantes são italianos
Os governantes são suíços

No INFERNO
A policia é alemã
Os cozinheiros são ingleses
Os mecânicos são franceses
Os amantes são suíços
Os governantes são italianos

Proponho brincarmos com os americanos, do norte, do sul e do centro, falando da culinária, das mulheres, da economia, dos homens (para botar as mulheres na brincadeira), dos vinhos, enfim qualquer coisa, crie segundo sua imaginação.

Para exemplificar, colocaria a economia da Venezuela no inferno; a economia dos USA no paraíso; os vinhos do Chile no paraíso; os vinhos do México no inferno ... 

  










24 de maio de 2016

Marienplatz, München





Por
Carlos Frederico March
(Freddy)






Praças... Há mais de uma abordagem possível.

Uma, contando das diversas praças que fizeram parte de meu cotidiano desde menino, onde destacaria o Campo de São Bento em Niterói e a Praça XV de Novembro no Rio de Janeiro. Curiosamente, só fui me dar conta do Arco dos Teles na Praça XV depois de por ele passar por 37 anos... Vai ser desligado assim... Com a derrubada da Avenida Perimetral e uma futura estação de barcas decente, vai ser um destaque no turismo mundial.

Outra abordagem falaria de praças que conheci aqui e ali e que ficaram em minha memória. No âmbito doméstico estou com Carrano e posso afirmar que a Praça da República em São Paulo foi um destaque. Foi onde comprei minha primeira “rosca” de ágata em 1975, iniciando uma bela coleção de itens com essa linda pedra (bolas, obeliscos, roscas, cavernas, pirâmides).

No âmbito internacional conheci algumas das citadas pelo blog manager na Europa, além de outras nas Américas. Dessas últimas colocaria em destaque Times Square em New York, a imensa praça do Obelisco em Buenos Aires e o Centro Cívico de Bariloche, que apesar do nome é uma bela praça com vista para a Cordilheira dos Andes e Lago Nahuel Huapi. É um de meus xodós.
 
Centro Cívico de Bariloche

Contudo, a convocação feita pelo blog manager em e-mail especificou que deveríamos falar sobre praças que marcaram nossas vidas. Marcar é um termo bem forte, e nesse contexto só poderia falar sobre uma das que conheci nesses 65 anos de vida: Marienplatz em Munique (München), capital do Estado Livre da Bavária (Freistaat Bayern) na Alemanha (Deutschland).

A motivação é simples. Assim que me casei em 1977 fui, ainda em lua-de-mel, morar 7 meses em Munique para fazer um curso de especialização em sistema EDS na Siemens AG. Fazendo um apanhado geral de minha vida, foi a época mais feliz. Talvez pela lua-de-mel, com dinheiro no bolso, em plena Europa, longe dos problemas pessoais que permearam minha infância e adolescência, talvez por causa da imensa disparidade entre Brasil e Alemanha. Os 7 x 1 já existiam desde aquela época, ou até antes...

Marienplatz foi o primeiro lugar turístico que conheci, por ter debaixo dela um hub de U-Bahn (metrô) e S-Bahn (trem rápido de superfície), de modo que era inevitável se passar por ela. De cara conheci a imponente Neues Rathaus (Nova Câmara Municipal) com seu belo relógio e o curioso carrilhão (Glockenspiel). Diariamente às 11, 12 e 17 horas a praça ficava (fica) lotada de turistas para apreciar a performance das figuras que executam uma dança ligada à história da cidade, a Schäfferltanz, executada pela primeira vez em 1517 para celebrar o fim da praga.

Neues Rathaus em Marienplatz


Glockenspiel na torre da Neues Rathaus


E aí aconteceu o primeiro “choque”: podia-se circular com uma Canon ou Nikon ou Hasselblad lotada de lentes livremente pela cidade sem risco de ser assaltado. 

Meu curso tinha dois endereços: um deles perto de casa, na Balanstrasse. Eu ia a pé para a aula e não vou esquecer que, quando da chegada da neve no fim do outono, eu ia pelas ruas olhando pra cima e chegava na Siemens com a barba dura e branca de gelo! Ah, a neve...

O outro endereço, onde se realizou a maior parte das aulas, era no Rosenthal, situado na Rosenstrasse e, para nele chegar, eu pegava o S-Bahn em Giesing (bairro onde passei a morar) e saltava em Marienplatz. Ou seja, digamos que em 80% dos dias em que morei em Munique (contando também fins de semana) eu tive de passar por Marienplatz.

Marienplatz foi fundada em 1158 e marca o centro de Munique. Seu nome atual - Praça de Maria - decorre da existência de uma coluna da Virgem Maria (Mariensäule) erigida em 1638 para celebrar o fim da ocupação sueca depois da Guerra dos 30 anos. A estátua em seu topo é a escultura dourada Queen of Heaven criada um pouco antes (1590) e inicialmente instalada na Frauenkirche, a principal catedral da cidade.

Mariensäule e Kaufhof em Marienplatz

Comentar sobre os diversos prédios e figuras que fazem parte da praça e seus arredores seria cansativo e foge ao escopo, que é descrever o porquê dela ser um marco em minha vida. Vou me deter apenas nos detalhes que foram importantes para mim.

Em Marienplatz o elemento visual de destaque é, como já disse, a Neues Rathaus. Sua torre principal, com o relógio e o carrilhão, tem cerca de 85m de altura e há um mirante quase no topo. Inúmeras vezes fiquei na praça apreciando a dança junto de centenas de outros turistas e moradores. O prédio é lindo, em estilo neogótico e construído entre 1867 e 1903 (há controvérsias nas datas da finalização por conta de ampliações) para substituir a Altes Rathaus (antiga Câmara Municipal) que fica num dos extremos da praça.

Marienplatz com Neues Rathaus

Embaixo da Neues Rathaus há uma tradicional e famosa cervejaria, a Ratskeller. Pasmem senhores e senhoras, nunca entrei nela! Quando relembro o que fiz ou deixei de fazer naqueles 7 meses, ainda não encontrei razão para tal deslize. Ficou sendo uma das grandes pendências que tenho quando penso em voltar a Munique.

De dentro mesmo da estação de metrô há um acesso a uma das principais lojas de Marienplatz e arredores, a Kaufhof. Na verdade é uma imensa loja de departamentos e lá a gente encontrava de tudo para nosso cotidiano. Seu excelente mercado no subsolo era amiúde “visitado” quando vinha embora pra casa, no final das aulas.

Aliás, andar com sacolas do Kaufhof era padrão entre os brasileiros da Embratel que estava estudando nas várias turmas em que fomos divididos. Com tanta frequência íamos ao Kaufhof que logo inventamos o verbo “kaufofar”.

Foi em lojas de Marienplatz que comprei meu primeiro relógio digital (um Timex) e o anel solitário com que presenteei Mary. Não é grande - estava confortável financeiramente mas não era rico, percebam - contudo é representativo do amor (esse sim, grande) pela companheira que acabara de desposar e que veio a se manter comigo por toda a vida.

A importância de Marienplatz em minha vida não se restringe à praça em si, mas também ao fato dela ser o centro nervoso de nossas andanças pelo centro.

A rua que liga Marienplatz a outra famosa praça de Munique, a Karlsplatz, é somente para pedestres e é coalhada de grandes lojas (como C&A e Woolworth, para dar dois exemplos). No primeiro quarteirão ela se chama Kaufingerstrasse e depois do Jagd-und Fischereimuseum (Museu de Caça e Pesca) se chama Neuhauserstrasse. É um verdadeiro “corredor polonês” de tentações de consumo!
 
                                        Neuhauserstrasse, entre Marienplatz e Karlsplatz

A primeira foto que bati na Alemanha foi, eventualmente, em Karlsplatz. É que nós (eu e Mary) ficamos impressionados com as tulipas, que eram as flores do momento na decoração dos jardins dessa grande área para pedestres no centro da cidade. Nunca tinha visto tantas juntas.

Tulipas em Karlsplatz, foto nº 1 na Alemanha

Se saindo para um lado de Marienplatz chegávamos a Kalsplatz, seguindo na direção oposta alcançávamos outra conhecida praça de Munique, onde fica o Viktualienmarkt. É um mercado rústico, formado por barracas dedicadas exclusivamente a comida. Viktualien se refere a uma palavra latina que significa comida, donde sua tradução livre seria Mercado de Alimentos.

Sua origem remonta a 2 de maio de 1807, quando um decreto do rei Maximiliano I definiu a praça como centro preferencial de venda de alimentos da cidade, envolvendo a derrubada obrigatória de um hospício que ali havia.

Vista aérea do Viktualienmarkt


Na época em que lá estive (relembrando, de maio a dezembro de 1977), dizia-se que lá se encontraria mais de 350 tipos diferentes de queijos do mundo todo. Freqüentei-o mas não para adquirir itens para levar pra casa.

A escola da Siemens na Rosenthal ficava muito perto e não raro eu usava o tempo do almoço para bundear pelo centro e acabava num rápido lanche. Existia uma pequena carrocinha num canto do Viktualienmarkt que vendia hambúrgueres de peixe do Mar do Norte, servido num tradicional pãozinho francês muito vendido na cidade, pequeno e redondo, cortado em cima em forma de cruz. Cansei de comê-los tomando um refrigerante.

Bem próximo a Marienplatz, diria essencialmente a uns 3 quarteirões, situa-se a mais famosa catedral da cidade, a Frauenkirche (Igreja de Nossa Senhora), com suas 2 torres de 94m de altura, numa das quais há um mirante. Ficou sendo outra das nossas pendências da estada, porque nunca subimos nele. Na verdade, nem entramos na catedral... É a tal coisa: ficava logo ali, deixa para amanhã, pra depois, e acabou sobrando...

Frauenkirche e torre da Rathaus


Voltando à praça em si, vez por outra nela aconteciam eventos isolados. Flagrei num dia um combo de jazz, o pessoal curtindo animadamente sua música tomando uma cerveja e cercado de dezenas de curiosos.

Grupo de jazz se apresentando em Marienplatz


Um evento que filmei (não tenho fotos e perdi as cenas porque foi em Super-8) foi uma apresentação de pantomina sobre um grande coreto. O pessoal de preto, rosto pintado de branco, fantasiando diversas situações hilárias apenas com um fundo musical jocoso, mudos.

Outra lembrança de um dia qualquer foi uma moça, com um violão folk, tocando e cantando próximo à Coluna de Maria (Mariensäule). A criatura não estava usando amplificação, mas escolheu de forma cuidadosa sua localização, de modo que sua voz se espalhou pela praça! Impressionante!

Marienplatz faz, portanto, parte de minhas melhores lembranças da vida, uma época de felicidade despreocupada, que jamais se repetiu nos anos subseqüentes.



Créditos das fotos:

1. Centro Cívico de Bariloche
2. Neues Rathaus em Marienplatz
4. Mariensäule e Kaufhof em Marienplatz
6. Neuhauserstrasse, entre Marienplatz e Karlsplatz
7. Tulipas em Karlsplatz, foto nº 1 na Alemanha
10. Grupo de jazz se apresentando na Marienplatz
As fotos acima pertencem ao acervo do autor

3. Glockenspiel na torre da Neues Rathaus
Banco de fotos do Google - Wikipédia

5. Marienplatz com Neues Rathaus
Banco de fotos do Google, creditada a Chris 73 - Wikimedia Commons

8. Vista aérea do Viktualienmarkt
Banco de fotos do Google, creditada a Helmhechner - Wikipédia Commons

9. Frauenkirche e torre da Rathaus
Banco de fotos do Google