31 de março de 2016

O McLuhan estava certo

O filósofo Herbert Marshall McLuhan tinha razão. Cultuado, por vezes mal compreendido, o canadense autor de vários livros sobre comunicação definiu irretocavelmente: “ O mundo é uma aldeia global”.

Referia-se às novas  tecnologias  que revolucionaram  os meios de comunicação.

Através desta  cena (no link) antológica, com participação do próprio, Woody Allen, outro gênio, tira o maior sarro:

Mas se o mundo é, nos tempos correntes, uma aldeia global, Niterói, há muito mais tempo, era um exemplo desta assertiva.

Antes da malsinada ponte, que provocou na cidade uma invasão de suburbanos e da zona norte do Rio, aqui todo mundo conhecia todo mundo.

Se eu não conhecia diretamente, conhecia alguém que conhecia, ou seja, tínhamos amigos comuns.

Já escrevi sobre isso aqui, em duas oportunidades pelo menos: falando de minhas tribos (com personagens comuns) e dos links de pessoas (umas te levam a outras).

Olha só o que ficamos sabendo no post anterior. O Paulo Bouhid chega de Teresópolis, sua terra natal, e em pouco tempo vai se enturmando, virando amigo e convivendo com pessoas com as quais, há muitos anos, posso até dizer sem estar mentindo, desde o século passado, eu me relacionava.

Caramba, lembrar do Carlinhos “Frigideira” foi demais. Faz 50, quase 60 anos, que não ouvia menção a este ex-colega do Liceu. Na época estava sendo introduzido nas escolas de samba um instrumento inédito: pequenas frigideiras. Delas tirava-se um som parecido com o do agogô, mas mais ritmado, que no compasso do samba confere um colorido ótimo.

Carlinhos, filho de desembargador de justiça, virou um apaixonado pelo “instrumento”, que executava muito bem. Muitas pessoas o viam, no Liceu, como excêntrico.

Não sei do paradeiro dele e tampouco do irmão, Luiz Gonzaga, que foi colega de turma no científico. Sentávamos no fundo da sala e brincávamos de fazer, a lápis e em folhas do caderno, pinturas surrealistas, e atribuíamos nomes a estas “telas”. Assim, uma moldura desenhada, limitando coisa alguma, virou “Vazio”.

Não lembro quem foi o artista que produziu esta obra de arte, se ele ou eu, mas os dois aprovamos a ideia e a execução.

Luiz iria fazer exame para ser oficial da aeronáutica, só que, se bem me lembro (farei 76 no próximo mês), ele iria tentar direto a Escola de Aeronáutica, no Campo dos Afonsos.

Eu tentei no ano seguinte a Escola Preparatória de Cadetes do Ar, que na época estava instalada em Barbacena-MG.

A diferença era que, quem tinha o secundário completo, concorria direto para a Escola de Aeronáutica. Quem não tinha completado o segundo grau (tendo somente o ginasial) concorria para a Escola de Cadetes.

Todas estas coisas vieram a minha memória por causa do comentário do Paulo, citando o “Frigideira”, com quem ele conviveu vários anos depois.

Se cometi algum engano involuntário, peço perdão e agradeço correções de nomes e datas. 

30 de março de 2016

Enquanto ainda lembro

Nunca perdoarei o Carlinhos por me escalar no time reserva. Ele preferia o Paulo Massa, no time de futebol de salão.

O parágrafo acima, pequeno, contém duas mentiras. A primeira é que nunca pensei no assunto, eu queria era jogar. A segunda é que o Carlinhos não “preferia” o Paulo Massa. A questão é que ele jogava muito mais mesmo, era mais completo.

Eu me empenhava, com muita  entrega , muita disposição, mas técnica e chute forte quem  tinha era o Massa.

Estou me referindo  aos tempos áureos do Liceu Nilo Peçanha, padrão de ensino  no lado de cá da Guanabara. No lado de lá a grande referência era o Colégio Pedro II.

Perdemos-nos nos caminhos da vida, dobramos esquinas diferentes. Ele, formado, partiu para concursos públicos, obtendo êxitos, até atingir o que realmente queria: a magistratura na área criminal.

Um belo dia, não lembro como e nem porque, eu morava e trabalhava em São Paulo, tivemos oportunidade de uma conversa telefônica. Ele, pensava eu, ainda era promotor de justiça. Indaguei, então ainda está "promovendo"? Ele, de bate-pronto, ” não, agora estou magistrando”.

Havia assumido o Primeiro Tribunal do Júri, na capital. Tempos depois apareceu na mídia como o juiz que presidiu o julgamento da atriz Dorinha Duval, que teve grande repercussão na época.

Nas minhas férias, como não poderia deixar de ser, vim para o Rio de Janeiro e resolvi numa tarde visita-lo no Tribunal do Júri.  Não nos víamos há muitos anos. Cheguei cedo e o porteiro/secretário/segurança  informou que ele não havia chegado. 

Entreguei meu cartão de visita e disse que aguardaria um pouco. Havia uma sala de espera no gabinete dele.

Passado algum tempo, ele abre a porta  e  me parecendo contente com a visita, sacaneou: “que história de cartão de visita é essa?” “Babaquice”, exclamou.

Conversamos por não muito tempo porque ele teria que presidir a sessão daquele dia. Quando estávamos em meio às novidades recíprocas (ele havia morado em Cantagalo, e eu nem sabia), eis que entra na sala do Carlinhos ninguém menos que o Alberto Motta Moraes (agora desembargador), que era juiz de instrução (é isso mesmo Carlinhos?) no mesmo Tribunal.

O Alberto não era meu amigo, até que numa excursão a cidade de Cachoeiro de Itapemirim ele aprontou horrores. Além botar a bunda na janela quando nos aproximávamos de alguma estação – fomos de trem – na competição de natação da qual ele participou, no nado de costas a superioridade dele era tal em relação aos capixabas que disputavam, que na virada ele começou a esguichar um filete de água pela boca, como se fosse uma baleia. De morre de rir.

Já contei aqui neste espaço que só me elegi, por duas vezes, presidente do Grêmio do Liceu, porque tinha como apoiadores (cabos eleitorais) duas das pessoas mais conhecidas da escola, naquele tempo: o Carlos Lopes e o Irapuan Paula Lima de Assumpção.

Estes dois apresentavam, nos intervalos de recreio, aproveitando a aparelhagem de som, um programa informal com comunicados de interesse geral, faziam algumas fofocas e botavam algumas músicas para tocar e alegrar e descontrair o pátio.

Gente! Quem não viveu isso perdeu. E não tem volta.

Para encerrar, o Carlinhos tocava tarol (ou era caixa?) na banda do Liceu, que desfilava nas paradas da independência, nos 7 de setembro.

Ajudou muito a recuperar o prestígio do Liceu nas competições esportivas, contando com o apoio do professor de educação física - Alber Pessanha, com o qual tomávamos muita cerveja, inclusive na casa dele – Alber – deixando  dona Lucia sua (his) esposa em polvorosa.

Foi na casa dele que ouvimos a final da Copa de 1962 e depois fomos bebemorar.

Antes cantei “Conceição” sucesso do momento. Quem acredita?

29 de março de 2016

E ai, você viveu?

Tenho pena de quem não tem, como eu e outros meninos/rapazes de minha geração tivemos, pelo menos 20 quilômetros percorridos em torno de uma mesa de sinuca (na Rua da Conceição no sobrado do Sul América). Peraí seria o Santa Cruz? Um destes dois, pois o outro ficava na esquina da José Clemente.

Carlinhos, por favor, corrija se estiver errado.

Bem, foi fundamental para minha formação como homem disciplinado, obediente à lei e a ordem, haver prestado serviço militar.

Respeito à hierarquia, responsabilidade, eram valores transmitidos aos jovens, que hoje ao invés de estarem nos quarteis estão assaltando nas ruas ou fazendo tráfico de drogas.

Guerras de mamonas, atiradas com seta, ou estilingue, ou atiradeira, dependendo de onde você passou a infância, também me ensinaram estratégia, jogo de equipe, liderança.

E a “geral” do Maracanã?  Quanta experiência em mais de 1.800 minutos de pé (+ - 20 jogos), em convivência pacífica, com respeito às desigualdades e paixões clubísticas.

Não tinha brigas, vez ou outra? Tinha, mas era na mão, no tapa, ficavam alguns hematomas e pronto, em pouco tempo estava tudo normal.

As brincadeiras de rua, como escambida, carniça, pique, ao tempo em que nos colocava em oposição a alguns colegas, ao mesmo tempo estreitava nossas relações de amizade.

Não se fazem amigos depois dos 40 anos de idade. Talvez camaradagem.

“Pára! Olha a dona passando” era o alerta de algum peladeiro enquanto disputávamos uma partida de dez gols (com virada em 5), na rua São Diogo, na Ponta D’Areia.

Se a senhora passante era conhecida, e em geral era, a frase era: pára, olha a dona fulana. E ela atravessava rua ou transitava pelo nosso "campo de jogo" sem ser molestada. Carro passando? Era tão raro que muitas partidas eram concluídas sem que um mísero automóvel passasse pela rua São Diogo (hoje asfaltada e com trânsito de ônibus).

Ficus
A rua era de terra batida, e empoçava quando chovia muito. As amendoeiras, ou os pés de ficus, junto ao meio-fio, demarcavam o gol de um lado. Do outro as balizas eram os muros das casas da rua.

Jogávamos na diagonal porque uma baliza ficava na calçada de um lado e a outra na do outro lado.

Ralar os joelhos nos tombos, dar topada em pedra e sangrar os pés, era parte integrante do crescimento como homem “que não chora”.
Horas de pelada no campo do Diário Oficial, na Av. Jansen de Melo. Jogar, com bolinha de borracha, na quadra do Liceu (nas distrações do monitor/bedel) arriscando a punição. Tudo isto fez parte de minha adolescência.

Matar aula para ir à praia (Boa Viagem) numa sexta-feira, tinha risco mas era prazeroso. E se uma ou duas meninas iam junto era uma alegria e tanto.

Se você nasceu nos anos 1940/1950 e não fez ou viveu estas coisas lamento por você. Coitado!

Para encerrar: escrevi (em equipe) e apresentei programa de rádio; escrevi para jornais; fui presidente de grêmio estudantil (Liceu); fui diretor de entidade estudantil (FESN); participei de grupo musical que nunca se apresentou (na casa do Ney Gonçalves); participei de grupo teatral que nunca encenou uma peça (na casa do oftalmologista Paulo Pimentel); fui coroinha de igreja na Vila Pereira Carneiro; fui soldado burocrata (na 2ª CR), ganhei e perdi; cai e levantei.

Trabalhei em banco, em algumas indústrias (tecido, farmacêutica, fósforos, azulejos, papel e papelão, aciaria e fundição); fui empregado, chefe, gerente e diretor, em diferentes empresas e bancos; fui corretor de imóveis (diplomado) e comerciante. Estou advogado, em vias de fechar o, com perdão da má palavra, escritório.

De todas estas experiências, de todos estes lugares, momentos e situações tenho uma ou mais histórias para contar.

Falta público, leitor ou ouvinte.

28 de março de 2016

Os heróis Anjo e Jerônimo

Por conta de pesquisar sobre “Serro Bravo”, para saber se existiria um lugar, no Brasil, com este nome, fui parar num blog da Fazenda Serro Bravo, em Gravataí – PE.

Um curral da fazenda
Em Serro Bravo, ficcional, nasceu Jerônimo, o herói do sertão, que tinha como “fiel escudeiro” o Moleque Saci. Muito bom seriado radiofônico, de aventura. Havia uma música, trilha da novela transmitida pela da rádio Nacional, que resume o protagonista e sua vida de justiceiro.

Só para lembrar, eis a letra:

“Quem passar pelo sertão
Vai ouvir alguém falar
No herói desta canção
Que eu venho aqui cantar
Se é pro bem, vai encontrar
Um Jerônimo protetor
Se é pro mal, vai enfrentar
Um Jerônimo lutador
Filho de Maria-Homem nasceu
Serro Bravo foi seu berço natal
Entre tiros e tocaias cresceu
Hoje luta pelo bem, contra o mal
Galopando está em todo lugar
Pelos pobres a lutar sem temer
Com Moleque Saci pra ajudar
Ele faz qualquer valente tremer."

(Ouçam na voz de Emilinha Borba:
 https://www.youtube.com/watch?v=0ch97zBZpL4

Este programa entrou no ar em dezembro de 1952. Eu contava então 12 anos de idade. E ficou no éter até o início dos governos militares, em 1964/66. Cerca de 14 anos consecutivos.

Mais tarde, pelo sucesso e repercussão, virou um gibi e um filme que não lembro de haver assistido.

A revista em quadrinhos
A canção não menciona Aninha, a namorada do herói, que era interpretada pela radioatriz Isis de Oliveira, que tinha uma irmã que era nossa vizinha, na Rua São Diogo.

Isis de Oliveira - radioatriz
Isis de Oliveira era uma espécie de Regina Duarte do rádio. Fazia, nas novelas radiofônicas, o papel da mocinha, da protagonista. Tinha uma linda voz.

Outro seriado, na mesma rádio Nacional, que tinha o prestígio e audiência atual da Globo, na TV, era “As aventuras do Anjo”. O “Anjo” era um milionário americano, que juntamente com seus empregados, "Metralha" e "Gorila", combatia o crime.

Esteve no ar durante mais tempo do que Jerônimo, pois durou 17 anos.


Imagens colhidas no Google.

27 de março de 2016

Era o século passado ...

Há muito tempo. Muito mesmo. Antes do fax, da xerox, da internet, do Big Mac,  do GPS (Global Positioning  System), do Skype, do smartphone, do tablet, existam serviços, equipamentos, utensílios, usos e costumes, lendas e tradições, hoje inaceitáveis, desnecessários, inexistentes, fora de moda ou absolutamente inúteis, como o mata-borrão, por exemplo. 


Big Mac
Quem leva o leitão, temperado, com uma maça na boca, para assar na padaria da esquina, já que o forno caseiro era menor do que o tabuleiro onde jazia o suíno e a temperatura ficava aquém da obtida no forno à lenha da padaria, que por conta disso expelia por uma chaminé  uma fumaça preta da qual ninguém se queixava. Quem era molestado?

Precisa legenda?

Hoje não tem padaria na esquina (são raras), o forno delas é elétrico, pouca gente come leitão – ainda mais inteiro – e encontramos na rotisserie e em alguns hipermercados tudo pronto para consumo?

Rotisserie
Antigamente o leitão estava presente em vários eventos. Até nas partidas dos campos de várzea, o jogador que desse o chutão mais alto, rebatendo uma bola, ganhava o leitão assado.

Nas quermesses havia sorteio ou leilão de porco assado. E muita gente que tinha espaço criava o leitão para o final do ano. Nós mesmos fizemos isto uma vez. Meu pai ganhou uma leitoazinha, daquelas de leite, e nós a criamos até o final do ano, mas ela não sobreviveu ao réveillon.

Quem, na família, sabia ou tinha coragem de matar a coitadinha? Ninguém. Foi chamado um profissional que apareceu com seu estilete (um punhal de ponta fina) e a troco de metade da  gordura ( àquela altura a “dengosa” já estava bem desenvolvida) matou a nossa iguaria de final de ano.

Eu mesmo a levei até a padaria que havia na esquina das ruas Visconde de Itaboraí, com Silva Jardim. Eu tinha, sei lá (socorre aí Ana Maria) 11 ou 12 anos. Na hora de buscar meu pai foi, porque, além de quente, o tabuleiro estava cheio de gordura e precisa ter cuidado para não entornar.

Nós ainda não tínhamos automóvel, o que só veio a acontecer um pouco depois. Mas tudo era perto: padaria, botequim, farmácia, barbearia, açougue, quitanda, armazém, leiteria e abatedouro de frango.

E tinha o sapateiro, Seu Osni, que tinha o mesmo nome do então goleiro do América, que por sua vez era irmão de um médio volante do Vasco e da seleção brasileira. Refiro-me a Osni e Ely do Amparo. Ely (ou Eli) jogou também no Canto do Rio.

Irmãos Ely e Osni do Amparo
Este sapateiro colocava chapinhas no bico e no salto dos sapatos para que os solados durassem mais. Depois surgiu o Vulcabrás (“que é melhor e dura mais”).

Claro que não falei de lendas, tradições e outros costumes extintos posto que o post está ficando mais longo do que o ideal.

Mas voltarei outro dia falando de Jerônimo, filho de Maria- Homem, que nasceu em Serro Bravo. 












As imagens foram pinçadas no Google.
Por enquanto, troco um GPS (novo, de pouco uso) por um Guia Quatro Rodas, em bom estado, ou mapas rodoviários atualizados. 

Isso é uma provocação com minha nora e meu caçula, que não abrem mão de modernidades.

26 de março de 2016

Colhidos na rede - II

Em depoimento à Polícia Federal, o “empeteiro” Marcelo “OdeàBrecha” informou que sua empresa gastou 13 milhões para cobrir despesas médicas da família real. Explicou que eram, basicamente, contas apresentadas por proctologistas e cirurgiões do ex-rei, da família real e da corte.

Esclareceu, ainda, que tanto o “mais honrados dos brasileiros”, como seus excelentes familiares, tinham por hábito ordenar a inserção de objetos “naquele lugar onde a escuta não pega”. Segundo seu depoimento, precisaram de cirurgia para remoção de itens e reparação do colo, reto e esfíncter: o ex-ministro Jacques Wagner (uma pasta), o tal Bessias (vários salvo-condutos) e a presidanta (Jacques Wagner).

Questionado sobre a veracidade do depoimento, o “emputeiro” disse que a fidelidade ao “maior dos brasileiros” era tão grande, que estes nem questionavam e já tratavam de promover a inserção ali mesmo, no sítio em Maricá, que, ao que parece, saiu do traseiro de Jorge Bittar.

Em geral, todos os que tinham audiências, estavam condenados. O prefeito do Rio, por exemplo, teve que sofrer diversas intervenções. Parece que seu senso de ridículo estava embolado à sua candidatura ao Governo do Estado, ambos irrecuperáveis, segundo um professor de direito da USP, que realizou a cirurgia.

Os depoimentos foram corroborados por vários cortesãos. Ficou claro, pela coletânea, que o próprio idioma português saiu das bocas e foi morar na boca do diabo, por decreto real. Delcídio Delúbio, com lágrimas nos olhos por causa do mandato, ainda atravessado lá embaixo, confessou que teve que enfiar sua delação premiada no Cunha, por ordem do líder supremo.

O dedo do imperador ainda não foi encontrado, desconfia-se de que foi extraviado durante uma colonoscopia de Fernando Collor, em 1989. Mas foram apreendidas toneladas de honestidade, educação e cultura nos consultórios das clínicas conveniadas. Se reintroduzidos na sociedade (na sociedade, por favor!), seriam suficientes para colocar o país no trilho certo. 

Nota do editor: É conhecido do blog manager o autor deste texto, já publicado na rede, sob o título "O RABO PRESO À LÍNGUA PRESA". Aguardamos retorno de contato com o mesmo para termos autorização (ou não) da divulgação de seu nome.

25 de março de 2016

Colhidos na rede - I

Dona Dilma nos diz: "Grampeia o presidente dos Estados Unidos e vê o que acontece com quem grampear".

Chega a soar engraçado citar como exemplo o "diabo capitalista". Mas como coerência e honestidade intelectual não é o forte dessa gente, vou pular essa parte.

Só queria usar o mesmo raciocínio para dizer pra dona Dilma: 

- Saqueie uma empresa estatal americana pra ver o que acontece.

- Presida um Conselho de uma empresa americana onde todo mundo rouba, onde se superfaturam a compra de outras, onde se congela o preço do produto pra maquiar a economia do país e depois diga que "não sabia de nada" pra ver o que acontece.

- Contrate médicos cubanos pra atuar nos Estados Unidos, pagando a maior parte de seus salários ao governo de Cuba e deixe o sistema de saúde do país cada vez mais destruído pra ver o que acontece.

- Minta descaradamente sobre a situação econômica dos Estados Unidos só pra se reeleger e diga depois que não sabia o tamanho da encrenca pra ver o que acontece.

- Abrace, favoreça, defenda, distribua cargos pra políticos corruptos só pra ter apoio político lá nos Estados Unidos pra ver o que acontece.

- Crie ministérios só pra acomodar a corja, gaste mais do que tem, libere empréstimos que ninguém sabe quanto e pra quem, construa porto em Cuba enquanto a economia de seu país definha, depois venha pedir sacrifício ao povo e crie mais impostos pra ver o que acontece.

- Viaje para Paris com um séquito gigantesco, use dois aviões, hospede-se no hotel mais caro, gaste milhares de dólares em transporte ( incluindo várias limousines ), enquanto seu país vive a maior crise econômica e você tá pedindo sacrifícios, lá nos Estados Unidos, pra ver o que acontece.

- Demore uma semana pra dar atenção a uma tragédia ambiental que destrói uma cidade e mata pessoas e quando resolver se mexer, dê uma voltinha de helicóptero, pra não sujar os pezinhos, lá nos Estados Unidos pra ver o que acontece.

- Pegue o avião oficial saia correndo em menos de 24 horas só pra ir à casa de um investigado da Polícia Federal e ser "solidária", lá nos Estados Unidos pra ver o que acontece.

- Nomeei um investigado, com batom na cueca inteira, pra um ministério, só pra protegê-lo de uma cana, lá nos Estados Unidos pra ver o que acontece.

Ah, dona Dilma... pena para nós ( e sorte sua ) que não olhamos para os Estados Unidos com mais frequência e como exemplo. Não que eles sejam o supra sumo, a maravilha perfeita. Longe disso. Mas  se copiássemos algumas coisinhas de lá, a senhora, sua corja, Mercadante, Lula, Edinho, Jose Eduardo Cardoso, Color, Maluf e tantos outros, já estariam no lixo da história política brasileira faz tempo.

Nota do editor: autoria desconhecida. O autor tem todo o direito de pedir a exclusão deste post, ou que se lhe dê o crédito (com indicação do nome e fonte) de copyright.

Por onde andam estes visitantes

Estas pessoas vieram ao blog, deram um pitaco e sumiram sem deixar rastro. Quem souber de seus paradeiros, por favor escrevam contando algo.

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Valdir Fernandes de Carvalho disse...
Carrano, a questão "geração" é ampla, pois pode se referir a contagem de tempo ou a seu conceito ( geração x, y etc).Se nos referirmos a tempo decorrido, aí ele varia conforme a espécie. Pode ser de segundos-ou menos- a décadas, caso dos humanos, cujo possível consenso gira nos 25 anos. Mas nós eliminamos as gerações, quando nos atualizamos, não ficamos agarrados ao passado, nos inserimos nas gerações mais jovens sem ficar criticando-as a qualquer momento; principalmente, quando vivemos intensamente, olhando para frente, com alegria e gratidaão por estarmos vivo e bem. Abraço, Valdir Fernandes de Carvalho, Geração X.

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Ricardosanjos disse...
Quanto ao cinema com as namoradínhas, existia aquela coisa de "a gente se encontra lá dentro, tá?" quando só tínhamos grana pra uma entrada.


VALMIR EM 19/09/11
Os anuros (sapos, rãs e pererecas) são os maiores amigos do homem para reduzir pragas como insetos, pois todos se alimentam basicamente de insetos que tanto nos atormentam e podem transmitir doenças como dengue, malária etc. Então Sr.Jorge tirar o sapo-cururu (Rhinella icterica)do seu quintal não foi a melhor ideia para quem tem tantos insetos na residência. E ao contrario do que todos pensam os sapos são inofensivos ao homem, exceto se alguém quiser come-los! valmir.biologo@gmail.com em Mosquitos, carrapatos e sapos


CELSO EM 13/01/12
Gente, vamos lembrar que em cada regiao as coisas tinham um nome diferente. Eu cresci no Barreto em Niteroi e cafifa era o LOSANGO com a vareta do meio e a de cima encurvada. Pipa or cortadeira era aquela com tres varetas e sem curvar e usava rabiola. Morcego era mais quadradao e nao tinha rabo. Maria larga era um tipo de morcego mais retangular. E por falar nessas coisas estou com uma armacao de cortadeira de um metro quadrado e a de um morcego para encapar para mostrar ao meu filho de 14 anos de idade. So que nos EUA papel de seda como no Brasil nao tem, e o papel fino colorido aqui e muito fraco. Mais vou acabar achando alguma coisa que de pro gasto. Saudacoes e continuem contando os casos ai. Piao de laranjeira que nao partia, bola de gude daquelas grandes pra fazer a limpa, baloes, setra ou estilingue, serol com caco de vidro afinado na linha do trem, cacada de calango de pedra, tudo isso foi muito bom e me deu muita flexibilidade nos estudos profissionalizantes. Ate la. Celso em Ainda a infância nos anos 40


JORGE NAEGELE EM  25/10/11
Esqueceram do seu Waldemar, da carrocinha de Kibon? Dos bolos da d. Betinha,do onibus escolar de seu Atalair, do pintor Cedalino, do piano da Didinha, do seu Sempre-viva, do Irmão Lázaro (minha época de coroinha0, e a praia do Toque-toque/Quanta saudade... Jorge Naegele (casa 39) em Baixa classe média


PAULO LUIZ EM 24/09/11
Email, pauloluiz41@hotmail.com Os dois lados da moeda. Em toda polêmica, temos que avaliar os dois lados da questão, quando a mesma for exposta a nossa apreciação. Quando duas pessoas discutem um assunto nós temos que ouvir os dois lados para podermos avaliar e julgar com acerto, isso é um ato de justiça. Este procedimento também deve ser seguido quando se tratar de crença religiosa. Quando crianças nossos pais nos ensinam a acreditar naquilo que eles acreditam, mas quando tornamos adultos, temos a obrigação de ampliar nossos conhecimentos temos o dever de ouvir os dois lados e saber dos argumentos de quem não acredita em religião e os argumentos de quem acredita, após analisar os dois lados podemos tirar nossa própria conclusão, mas se ouvirmos somente o lado de quem acredita em religião, poderemos estar cometendo um erro de avaliação, somente ouvindo os dois lados poderemos estar fazendo justiça na sua plenitude. A maioria das pessoas religiosas não em Criacionismo e evolucionismo


FRID  (Metamorfose  Ambulante) EM 15/09/11
Acho que a segurança aérea não falhou: ninguém poderia prever que iriam sequestrar um avião e jogá-lo num prédio muito próximo. Os aviões levantaram voo, fizeram uma curva e logo bateram no prédio. Os voos foram muito curtos e não permitiram reação oficial possível. Os dois voos que foram para Washington trasncorreram normalmente até a queda de um na Pensilvânia (que suspeitam ter sido abatido pela Força Aérea) e outro no Pentágono. O controle do voo é tão difícil que resolveram controlar os passageiros, que não podem embarcar nem com garrafa pequena de água mineral - minha perigosa tia de mais de 80 teve que deixar sua garrafinha para poder embarcar num voo entre Miami e Atlanta!! FRID em 11 de Setembro, ninguém esquecerá


MARIO GONÇALVES EM  10/08/11
Meu caro Jorge Carrano, Meu amigo admite que o jacaré pode ser fantasia de criança (uma escultura ou coisas que tais). Obrigadíssimo e mais uma vez minhas congratulações pelo conteúdo do seu blog. Mario Gonçalves em Regressão de memória... como nostalgia, não terapia


ANA LAURA DINIZ EM 04/11/10
Prezado Jorge Carrano, Muito prazer; como vai? Sou Ana Laura Diniz, jornalista, e sócia da Esther Lucio Bittencourt no JORNAL PRIMEIRA FONTE, que tem versão em site e, recentemente, também em blog. http://primeirafonte.blogspot.com Entro em contato porque somente ontem ela descobriu que fora citada em seu blog. Acabo de achar o post do dia 27 de novembro de 2009, intitulado "Antiguidades". Claro que ela mesma entrará em contato contigo, mas antecipo aqui porque depois de tanto tempo, considero mais que importante o reencontro dos amigos. Respondendo à dúvida do seu post, ela é mesmo jornalista. E aqui acabo de imprimir o teu post para dar a ela. Então é isso. O e-mail dela é esthermaria@gmail.com Além do jornal, outro contato foi o já realizado no blog dela, o Porcas & Parafusos. Aproveito a oportunidade para dizer que me deliciei em seu blog. O senhor escreve muito bem! E ri em dobro com a história do Neil Sedaka, que ela já me contara algumas vezes. Que época de ouro! em Peocesso eleitoral - parte final


GUSTAVO EM 06/04/10
Estou vasculhando a internet. Estou à procura de tempo. Na verdade tenho prazo para apresentar uma petição e não estou com a menor vontade de redigi-la, mas o farei. Me deparei com seu texto. Como é curiosa a vida. Ela se repete. Uma história simples que deve ter sido vivida por muitos. Mas como é legal ver um desconhecido narrando uma história que parece ser sua. Abraços gente boa. em William Longhall


ADRIANA EM 26/11/09
My mostly dear Dr. Carrano, o sr. é o mais próximo do ideal de um british gentleman que eu consigo imaginar! Libras esterlinas não lhe faltam, com certeza, elas são um mero "detalhe técnico", rsrs. O dom da alma é o mais precioso, e mais difícil de se ter. É um prazer receber o convite para acessar seu blog, sinto também uma grande felicidade em escrever, em expressar pensamentos, trocar de uma forma mais rica do que se encontra no cotidiano as impressões que a existência nos causa. Parabéns pela iniciativa e por se lançar em mais uma aventura. Com todo meu apreço, Adriana. em Atualidades II 


19/09/11 15:37

Metamorfose Ambulante disse... 

Praia bonita!! A faixa com vegetação parece aquela da Barra de antigamente. Aqui em São Paulo está uma seca terrível, só 10% de umidade. Também acho que não é culpa do aquecimento global, mas apenas uma variação normal em meio século.


22/08/11 22:59

Mario Gonçalves disse... 

Meu caro Jorge Carrano,
inicialmente parabéns pelo seu trabalho. Muito interessante a recordação de um outro Rio, que fazia jus ao epíteto Cidade Maravilhosa.

Tenho um colega de trabalho que afirma que, em frente à Loja Palermo, havia um laguinho e dentro dele um pequeno jacaré, que servia de ornamentação da loja.

É verdadeiro?

Abraços




Paulo Luiz disse... 

Os dois lados da moeda.
Em toda polêmica, temos que avaliar os dois lados da questão, quando a mesma for exposta a nossa apreciação. Quando duas pessoas discutem um assunto nós temos que ouvir os dois lados para podermos avaliar e julgar com acerto, isso é um ato de justiça.

Este procedimento também deve ser seguido quando se tratar de crença religiosa. Quando crianças nossos pais nos ensinam a acreditar naquilo que eles acreditam, mas quando tornamos adultos, temos a obrigação de ampliar nossos conhecimentos temos o dever de ouvir os dois lados e saber dos argumentos de quem não acredita em religião e os argumentos de quem acredita, após analisar os dois lados podemos tirar nossa própria conclusão, mas se ouvirmos somente o lado de quem acredita em religião, poderemos estar cometendo um erro de avaliação, somente ouvindo os dois lados poderemos estar fazendo justiça na sua plenitude.

A maioria das pessoas religiosas não contesta nada, mesmo sentindo que há incoerências nas explicações religiosas, por que não contestam? Porque as mesmas têm medo de estarem blasfemando e com isso ofendendo o criador. Sendo assim muitos religiosos continuam a crer e a freqüentar templos, mas no intimo não estão tão convictos de sua fé, mas escondem suas duvidas para não se esporem ao suposto castigo de Deus.

Não precisamos ter nenhum medo de expor nossos pensamentos sinceros, pois se Deus existir realmente, naturalmente ele nos julgará pela nossa sinceridade e não pela falsidade de esconder nossas dúvidas.

Sei perfeitamente, pessoas já enraizadas na crença religiosa jamais irão mudar, pois os mesmos tem medo do castigo de sofrer no inferno por toda eternidade, inferno este que é uma figura folclórica, a qual foi criada para amedrontar e manter as pessoas dominadas pelas religiões. Os destemidos que quiserem tirar duvidas e ouvir o outro lado da questão, leia os textos de um pensador e pesquisador americano do século dezenove, o nome dele é Robert Green Ingersol. Basta digitar o nome dele no Google.


Patricia disse...
Hoje estou num dia bastante dificil, tentei exercer miha profissão de professora ( que faço há quase 30 anos) e por conta de pais despreparados perdi meu emprego ontem. Não se pode mudar o tom de voz com o aluno e eles exigem direitos, reparos... O "bullying", tão na moda hj, é sofrido na maior parte das vezes pelo professor...seja ele da escola pública ou particular. As instituições particulares estão preocupadas com o carne pago e as públicas não tem suporte governamental para fazer diferente. Depois de tanto trabalhar com o que amo, começo a chegar a conclusão que não vale mais a pena...quem dera mais juizes tivessem o dicernimento que este sergipano teve...


Beth Paiva disse...
Ia dar minha opinião anyway, porque as reminiscências estavam deliciosas, com as expectativas e as frustrações da casa na roça... ahahah mas, por ter sido citada, transcrevo o trecho para apenas arrematar a favor dos animais:
"A Beth,........acha que não pode haver restrição quanto ao local onde se acolhe e se cria um cão. Segundo ela o importante é dar amor ao animal. E isto basta.

Bem, eu penso diferente, mas respeito às opiniões contrárias. Exceção feita aos casos profissionais que tive e que me levavam a questionar animais que ficavam latindo o dia inteiro, confinados em pequenas áreas de apartamentos. Ou exalavam forte cheiro por falta de banho ou outros cuidados. Ou mijavam até nos elevadores."
EM NENHUM DOS CASOS MENCIONADOS PELO CARRANO PUDE ENCONTRAR CULPA NOS ANIMAIS.
VI SIM, DESLEIXO, FALTA DE AMOR, DE CUIDADO, DE COMPROMETIMENTO, DE HIGIENE, E MUITAS OUTRAS COISAS MAIS, DOS DONOS DOS MESMOS: OS
CHAMAODS SERES "HUMANOS"...
Assim, reafirmo minha postura quanto à relação espaço físico X espaço no coração para com os animais.
A culpá nunca é deles. É sempre do cretino do SER "HUMANO".Ou seria CERUMANU?
Beth


Maria Helena disse...
A vida é boa por isso. As experiências que e a opinião que formamos sobre a vida. Melhor que imaginar é fazer e você fez.Já sabe o que é morar na roça depois de aposentado. E voltar para a cidade, trabalhar no que sabe fazer é muito bom. Ter amigos, se comunicar, seja real ou virtual, tudo é muito bom e viva a vida. Obrigada pelas felicitações. abraço.


24 de março de 2016

O ministro quer melar a Lava-Jato

Não é de hoje que acompanho a atuação competente, firme e isenta da Polícia Federal.

Por isso não me surpreende a atuação dela no episódio da corrupção endêmica no governo do PT.

Agora, depois da ameaça do novo ministro da Justiça de afastar ad nutum o agente que for responsável por vazamentos, mesmo sem apuração cabal do caso, pelo simples divulgação na imprensa, presenciei com orgulho as manifestações de alguns policiais federais, e da associação profissional que os representa.
http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/03/jornal-novo-ministro-da-justica-diz-que-nao-tolerara-vazamentos-da-pf.html

Rebelaram-se, e com toda a razão. A fala do ministro pode ser entendida como ameaça, pressão, mordaça, porquanto afirmou que não precisará nem de provas concretas.

Um dos agentes federais, em entrevista, mencionou, à guisa de sugestão, uma coisa que valeria a pena ser examinada com carinho.
Esta operação que apura e combate corrupção em todos os níveis, deveria passar a atuar em caráter permanente, para aproveitar o know how adquirido pela equipe e para inibir novos casos.

Temos que ficar de olho neste novo ministro, porque a visão de justiça dele, é esvaziar a Lava-Jato.

O ministro ao qual me referi no título é o da Justiça. Mas desde ontem serviria também para o Teori Zavascki, do STF.

Segundo alguns ele também pretende esvaziar a operação Lava-Jato.