30 de setembro de 2014

O melhor negócio do mundo



“O melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo bem administrada. O segundo melhor é essa mesma empresa mal administrada.”

John Paul Getty (1892- 1976)



Ele nasceu no final do século XIX e no meio petrolífero, pois seu pai  se dedicava a esta atividade econômica. Em 1916 já havia acumulado uma fortuna de 1 milhão de dólares, aos 24 anos de idade.

Hoje, ele certamente reconsideraria sua opinião. Não há melhor negócio do que uma Igreja, de qualquer ramo de exploração do negócio de salvação de almas. Sejam católicas ou sejam evangélicas, sendo que estas últimas estão em alta no mercado.

A Igreja católica já viveu épocas melhores. Ganhou e acumulou muitas riquezas. As intermináveis obras das grandes basílicas e catedrais eram fontes excelentes de arrecadação. Mas este apelo saiu de moda, ficou desgastado e virou até referência (irônica) para obras que jamais acabam, na esfera pública e na área privada também.

Presentemente as Igrejas evangélicas arrecadam mais, o marketing tem sido mais eficiente.

Uma das maiores sacadas que acompanhei foi quando da passagem da sacola para arrecadar donativos, o pastor, ou bispo, não sei, ao microfone conclamava os fieis para que dessem sua contribuição e arrematava que os que fossem contribuir com mais de R$ 50,00 (cinquenta pratas) poderiam fazê-lo lá no palco onde ele se encontrava.

É lógico que a vaidade humana era colocada acima das posses e uma grande parte queria se exibir diante de todos na plateia.

Eu, da calçada, diante de uma antiga loja comercial, agora transformada em templo evangélico, ouvia a preleção do pastor e sua capacidade de seduzir as pessoas presentes.

E uma imagem recorrente que tenho na memória é a dos sacos enormes, cheios de donativos,  sendo levados nos ombros e costas pelos auxiliares do bispo, num ato realizado no Maracanã, há muitos anos.

Mas nenhum destes meios de gerar dinheiro, se compara à atividade cartorária. Os cartórios, todos, são umas verdadeiras minas de ouro.

Negócio sem risco, com os pagamentos sendo feitos à vista, em alguns casos, como nos registros de imóveis, antecipadamente.

Num país burocratizado como o nosso, mesmo no varejo, com reconhecimento de firmas e autenticações de cópias, o negócio é extremamente lucrativo.

Nos negócios maiores, como escrituras e registros ganham fortunas.

Pode ser que existam negócios mais lucrativos, mas no que me diz respeito, se eu pudesse optar gostaria de ser tabelião ou oficial de registro de imóveis, ou bispo de igreja evangélica.


Bem, uma participação acionária na Exxon Mobil também não é de se desprezar, porque ainda por muitos anos o petróleo será essencial para a vida do homem.

29 de setembro de 2014

Escolhas dolorosas

Hoje é segunda feira. Parêntese: não é não, hoje é domingo, mas quando este post for publicado já será segunda. Fecha parêntese.

E porque é segunda-feira, que é o dia da ressaca, da cabeça inchada pela derrota do time, da preguiça de atravessar a ponte Rio-Niterói congestionada, de pagar o boleto do cartão de crédito e outras coisas desagradáveis, vou aproveitar e repassar situações estressantes, desgastantes, irritantes, que nos deixam fulos da vida.

Ao invés de enumerar as que mais me irritam ou irritaram, ou a clientes que, já sem paciência, resolveram ir ao Judiciário, vou fazer uma espécie de comparação.

O que é pior, reclamar com a provedora/operadora, que seu sinal de internet está muito instável a velocidade não está no padrão contratado, ou, pior ainda, que você perdeu a conexão no pior momento.

Ou ser informado que seu pai, mãe, filho ou irmão está  internado, no leito do hospital, e recebe a notícia que o procedimento está fora da cobertura do plano e precisa de autorização especial para a operação?

O que é mais complicado? Ser atendido pela provedora, depois de muitos disque o número tal se for aquilo, disque o número qual se você já tentou de tudo, etc, para ter o problema resolvido, ou obter uma autorização do plano de saúde, sem que tenha que brigar, levar relatório do médico, diagnóstico e exames de imagem, os quais, por sinal, ainda não foram feitos porque ao tentar marcar foi informado que só tinha data disponível para daqui a dois meses?

O que te tira mais do sério, atravessar a ponte Rio-Niterói, na direção da Região dos Lagos, numa sexta-feira, às 17:30 h, depois de um dia e semana de trabalho cansativo e aquele trânsito quase parado, fluindo a passo de tartaruga paraplégica, ou enfrentar uma fila na prefeitura ou no INSS para resolver uma pendência que por sinal tem origem num erro deles?

É pior viajar na classe econômica em direção a Paris, sem poder se mexer, sem opção de alimentação (tem frango ou nada) e fila no WC logo ao amanhecer, pouco antes da chagada, ou pegar o metrô na Estação da Praça da Sé, em direção a Barra Funda, em São Paulo, às 17 horas? Ou, aqui no Rio, pegar um trem para Deodoro?

Você está mais triste porque o Vasco está na segunda divisão, ou porque esperava assistir à final Brasil e Argentina, no Maracanã, e aqueles 7X1 contra a Alemanha nunca mais sairão de sua memória?

O que é pior? Você morar de frente para o mar, em Icaraí, e ter que conviver com alguns eventos ruidosos, como os festejos de ano novo, ou competições como a recente do circuito nacional de vôlei, ou morar no Alcântara e trabalhar no Rio de Janeiro ?

Tá certo, sei que aqui nem sempre é caso de escolha, é de falta de alternativa mesmo, falta de opção, mas ponha-se na situação de poder escolher e opte pelo que representa menos transtorno. 

Escolheu morar em apartamento de frente  para o mar? Prepare-se para momentos de desilusão e dissabor. Janela aberta nem pensar, pois a menor brisa vira um tufão; as paradas de ônibus diante de seu edifício provocam um terrível problema de ruído, nas freadas e arrancadas. Os impostos são mais caros e o laudêmio e foro oneram muito as despesas.

Decida aí. É mais complicado receber uma indenização de seguro, ou cancelar uma assinatura de jornal ou revista? 

Quem é mais desonesto ou impontual, ou as duas coisas, o técnico que viria resolver o problema da máquina de lavar, ou o mecânico de seu automóvel? Ambos poderão diagnosticar problema irreal, e substituir peças desnecessárias, e não o atenderão no prazo estipulado.

O que é mais complicado? Conseguir um bom encanador (aqui em Niterói bombeiro hidráulico), um pedreiro caprichoso, ou um pintor competente?  A opção é desistir da obra (rs).

Qual a pior decisão, votar em Aécio, Marina ou Dilma?

Essa escolha a que me refiro acima  já é sacanagem, admito.

Enumere, você  mesmo, as agruras da vida urbana, numa sociedade egoísta, com uma economia de mercado selvagem, a ganância desmedida de empresários, profissionais liberais e autônomos, trânsito caótico com tendência a piorar, criminalidade elevada, brigas no condomínio por causa do cachorro do vizinho, do carro arranhado no estacionamento e coisas que tais. 

28 de setembro de 2014

Amor bandido


Fachada de São Januário, casa do Expresso da Vitória, ou do Trem Bala da Colina, ou do Gigante da Colina

Quem pode acreditar na sinceridade e honestidade de propósitos das diferentes chapas que disputam as eleições no C.R.Vasco da Gama?

Acusam-se reciprocamente, ajuízam ações que provocam batalhas de liminares, eleições marcadas e desmarcadas, tentativas de fraude com inscrição de associados fantasmas, acusações de irregularidades nas contas, que acabam não sendo aprovadas pelos órgãos controladores, politicagem, agressões físicas e morais.  Uma vergonha!

O cenário é de "casa da mãe joana". O clube está acéfalo, pois o mandato expirou e a prorrogação está sub judice.  O comando está à matroca.

Sabem aquela situação em que todos reclamam e discutem e ninguém tem razão?  Ou, o que parece ser o caso no Vasco, quando todos acusam e todos têm (um pouco) de razão?

Se todos estivessem realmente empenhados em recuperar o clube, colocando-o, de novo, na trilha vitoriosa que sempre percorreu em seus mais de cem anos de história, já teriam promovido um encontro, uma reunião, e somariam esforços para elevar o Vasco a sua grandeza.

Mas os objetivos dos diferentes grupos que se digladiam nada têm de espirito de colaboração, de soma, de remar junto para a mesma margem.

Se o que motiva cada candidato não fosse a vaidade pessoal, a ambição mesquinha por poder, muitas vezes com objetivos escusos, para obtenção de vantagens pessoais, seria possível compor uma chapa que certamente trabalharia em prol da grandeza do Gigante da Colina, ora adormecido.

Cada um dos grupos em disputa é composto só por canalhas, crápulas, bandidos, ladrões? Muito provavelmente não. Seria o fim do mundo se todos os integrantes das, sei lá, seis ou mais chapas litigantes fossem pessoas de má formação ética e moral.

Igualmente é inviável que os programas de cada um dos candidatos não tenham pontos em comum. Tem que haver, não é possível que cada chapa tenha um rol de providências, de iniciativas e de objetivos que não tenham ponto de contato com o de uma ou mais chapas antagonistas.

Se todos estivessem preocupados única e exclusivamente com a sorte do clube, uma liderança deveria elevar sua voz e conclamar que as forças sejam unidas.

Buscando os pontos de contato programáticos, ao invés de ficarem se acusando e denegrindo  uns aos outros.

Na minha opinião nenhum presta, ou, melhor dizendo, nenhuma da chapas realmente é a melhor para dirigir o clube e resgatar sua marca.

Uniforme de 1923

Uniforme para 2014/2015

Quem me conhece  sabe que sou contrário a eleições. Acho que em toda organização, sociedade, condomínio ou comunidade, há alguém mais qualificado para dirigir seus destinos. É preciso convence-lo a aceitar a incumbência.

O melhor, o mais talhado, o mais preparado cultural e intelectualmente não se candidata. Ele não quer glória e poder pessoais, não quer luzes e holofotes e nem câmeras  e microfones.

O amor que estes candidatos, TODOS, juram ao clube é bandido.

Falta renúncia à vaidade, ao orgulho desmedido, ao cabotinismo, à presunção e, em alguns casos, aos objetivos pessoais escusos.

Precisamos voltar a conquistar títulos nas diferentes modalidades esportivas e não apenas no futebol de botão.

No campo  de futebol não conquistamos um titulo mundial, mas no futebol de mesa, com botões, sim. É muito pouco.

Precisamos justificar os epítetos que legendam a foto ao alto.

Vídeo em:

Leiam em:

http://www.netvasco.com.br/n/152271/futmesa-conheca-a-equipe-do-vasco-campea-mundial-da-modalidade-bola-12-toques


27 de setembro de 2014

FAMÍLIA



Por
Alessandra Tappes











Família do verbo: Amar, viver, perdoar, sonhar, errar, aprender, cair, levantar.




Todos os dias quando eu acordo preparo com carinho e sono o café da manhã que irei tomar com minha família. Embora eu acorde meu único filho com uma frase só ” João levanta que hoje tu tem curso, 7 hs!” eu sempre recebo um beijo carinhoso do meu pequeno adolescente de quase 1,70  cm e um bom dia dorminhoco...mas deliciosamente carinhoso.

Sigo em paz com minha rotina de mãe, dona de casa, mulher, amiga, empreendedora, companheira, enfim. Tudo que me dá forças é a minha família.

E, posso dizer com categoria q a base q tenho, carrego da família q me criou. A filha do meio que um dia fui ao lado de meus irmãos, junto aos meus pais. A neta das férias escolares na casa das avós Joana e Conceição.

Lembro q minha avó paterna que hoje está ao lado de Deus, fazia café da tarde pra nós com gosto de infância. Batia o café solúvel e fazia “gajetas” com mostarda pra mim, eu amava aquilo. Lembro do meu avô paterno q também se encontra ao lado de Deus cantar “Chegou o General da banda êe, chegou o general da banda ea...” sentada naquelas pernas fina dele. Ficava horas namorando meu avô lustrar os relógios com benzina.

A casa da avó se dividia em 2 cheiros: na frente da relojoaria do avô, aquele cheiro de benzina e a casa toda dela com “alma de flores” (uso até hoje para manter viva a lembrança de criança. Passávamos as férias de dezembro na casa da “avó Joana” e lá víamos nossos tios crescerem, formarem suas famílias, tomarem seus rumos.

Hoje, na bagagem da saudade fica a lembrança da família. Ficam estórias vividas por cada um de nós q jamais serão esquecidas. Ficam mágoas, embora para uns tantos já virou página do passado, e para outros tantos fatos imperdoáveis...Ficam alegrias dos tios em pleno baile de carnaval, ficam tristezas por aborrecimentos mesquinhos, como a briga pelo melhor quarto da casa...

Família pra mim é sinônimo dos verbos amar, viver, perdoar, sonhar, errar, aprender, cair, levantar, tentar, reaprender e acima de tudo esquecer. 

Esquecer? Sim, as mágoas, os ressentimentos. Estamos aqui nesse plano ligados a pessoas diretamente especiais q nós carinhosamente intitulamos de familiares. É preciso aprender a viver com as diferenças uns dos outros, com os defeitos, com os erros, da mesma forma e intensidade q se vive com as virtudes, acertos, e benfeitorias particulares.

Cada um q tomou seu rumo, n apagou sua identidade. Não mudou seu DNA. Mesmo porque, nem tem como....a nossa base, que nos liga, a nossa família, q um dia nos fez tão unidos, pode sim, mesmo em pensamentos nos unir outra vez.

Ame todo o dia sua família. Escute-a. Viva em família. Aborreça-se em família. Seja feliz com sua família. Ria, chore, cante, faça refeições juntos, perdoe, ensine, nunca deixe de escutar, nem q seja a maior besteira q vá ouvir, mas faça a sua parte, você também um dia foi ouvido, elogiado, criticado, incentivado...

Meta-se na vida de cada indivíduo da sua família sem ser invasivo, mas saiba de detalhes, saiba de pormenores. Um dia, esses detalhes, podem ser a única coisa q te resta pra contar pros seus...

Amar está ligado diretamente ao verbo perdoar e perdoar  faz bem a saúde pq resulta em sentimentos de paz, harmonia e felicidade.

Já é fato constatado q o bem estar emocional e espiritual ajuda o corpo a produzir hormônios, anticorpos e vacinais naturais q reforçam o sistema imunológico, combatendo doenças e produzindo saúde.

Exercitem o verbo família!

Pratiquem todos os dias e podem acreditar, faz um bem danado ser família, ter família, lembrar de família, amar a família, viver em família.

A todos meus familiares presentes nesse pequeno mundo em que vivemos.

A todos os familiares que partiram deixando marcas de saudades em nossas vidas.

A todos os Pereiras, Tappes, Santos, Oliveiras, Junqueiras, Silvas...


Imagem: Google

26 de setembro de 2014

E durma-se com um barulho desses

Este proverbio, acho que de origem portuguesa (pergunta para Isa, por favor, Riva), é o que me ocorre diante deste cenário absurdo, surrealista.

Dilma, nossa presidente, continua com sua obtusa política externa, que tem como mentor o cara do top-top, Marco Aurélio Garcia. Chega a ser infantil declarar que cabe a ONU mediar os conflitos com o grupo denominado de Estado Islâmico.

Ela opinou que deveria a ONU intermediar as negociações com este grupo terrorista, ultra-radical, fundamentalista religioso, nacionalista extremado, xenófobo, que degola reféns diante de câmeras de vídeo, e está recrutando jovens no mundo todo para treina-los na missão de disseminar o terrorismo no mundo livre e civilizado.

Acho que ela deveria se oferecer como voluntária para negociar com estes fanáticos que não têm limites e são cegos e surdos às tentativas de paz. Até porque uma paz negociada acabaria com o negócio deles, que é o terrorismo internacional. Isso se a ONU tivesse meios de negociar. A ONU é um organismo de fachada que não consegue resolver conflitos de menor poder ofensivo, como o que está ocorrendo entre Russia e Ucrânia.

Dilma e a "sua" política externa são uma piada, de mau gosto.

Aqui mais perto de nós, no Rio de Janeiro, o alto comando da polícia militar é suspeito de cobrar propinas da bandidagem para que eles possam agir livremente, vendendo sua drogas, matando a soldo ou por disouta de área territorial, assaltando bancos e roubando veículos.

Em outros países existem policias corruptos, sou capaz de apostar. A diferença é que são uma minoria inexpressiva e que, apanhados são severamente punidos. Banidos da corporação e presos. Aqui no Brasil somos lenientes com a criminalidade. Vocês sabem qual é a punição para magistrados que são apanhados em delitos, como venda de sentenças, favorecimento, desvio de verbas d precatórios e coisas que tais? São aposentados... com vencimentos. E isto não é uma piada.

Não demora teremos que fazer o sugerido na canção de Chico Buarque: Chama o ladrão!!!

Já estava publicado quando recebi, via e-mail, a foto a seguir. Fala por si.


Se querem saber mais sobre o Estado Islâmico, acessem:



"Acorda amor", de Chico Buarque, em:

25 de setembro de 2014

Comissões disso e daquilo

Vocês já ouviram falar de “comissão dos deveres humanos" ?  Certamente que não. Salvo engano.

Ora, se a cada direito corresponde uma obrigação, havendo comissões que defendem os direitos humanos deveria haver umas quantas  que policiassem os deveres.

Não me venham com alegações de que as legislações dos estados democráticos de direito já penalizam  os que descumprem com seus deveres humanos, porque por outro lado existem leis que asseguram e reforçam os direitos humanos.

São comissões e ou organizações nacionais e internacionais, tais como, por exemplo, a “Human Rights Watch”, a “Comissão Interamericana de Direitos Humanos” e, entre outras, aqui no Brasil, a “Comissão de Direitos Humanos e de Minorias”, da Câmara dos Deputados.

O que me leva a escrever sobre isso é a tal “comissão da verdade”. Sem querer entrar no terreno filosófico, no qual me atolaria, mas não podendo esquecer da crítica nitzscheriana  ao conceito de verdade,  que se pretende universal e calcada em investigação cognitiva NEUTRA  e  ISENTA.

Ora, essa "Comissão da Verdade", da verdade de um lado, está levando Nietzsche a fazer cambalhotas em seu túmulo.

O que se constata, desde sua criação, com os objetivos e participantes escolhidos, é que a tal comissão quer legitimar procedimentos e valores de ativistas políticos, condenando outros, não analisando claramente  a razão, sem a qual não se chega a verdade e ao bem. Trata-se de exemplo claro do que  Nietzsche  chamou de “vontade da verdade”. Parcial.

Não vejo a vontade de apurar a verdade sobre a atuação politica de grupos armados, e dos que sequestraram e até mataram  em nome de uma ideologia ocasional, utópica e contrária a índole de nossa sociedade. Que nós repelimos.

Não vejo a analise da razão. A busca e entendimento da razão.

No caso, na outra ponta, estavam (então) jovens, rebeldes manipulados, embriagados com a fama e sucesso de Fidel Castro, e, ainda, outros tantos trabalhadores braçais de instrução limitada, sem perspectiva para competirem numa sociedade que valoriza a qualificação e o mérito individual. Ou seja, nada a perder.

Sonhavam transformar nosso país numa Cuba continental. A qualquer preço. Até de vidas humanas. E praticando TAMBÉM outros atos criminosos tais como assaltos a bancos e sequestros.

Os paredões de Fidel seriam modelo a ser utilizado caso, hipoteticamente, tivessem saído vencedores?

Perdedores, pela vontade popular manifestada nas ruas, alimentada por editoriais da imprensa livre, e reação de iniciativa de lideranças civis, com apoio das forças armadas, a ideologia se transformou em fisiologia.  Esta tal comissão caolha, que só enxerga um lado, promove uma caça as bruxas fora de contexto e intempestiva. As absurdas indenizações e pensões hoje pagas a alguns ativistas e/ou seus familiares são uma excrecência estarrecedora.

Algumas pensões têm valores tão discrepantes que fica impossível aceitar como direito. Mesmo com a boa vontade de admitir, só para argumentar, reparação pecuniária para derrotados políticos.

Um estivador, engajado no movimento populista de esquerda, teria que trabalhar mais de mil anos para ganhar o montante arbitrado a titulo de pensão em alguns casos.

Longe de mim defender a tortura, embora a prática não seja novidade em conflitos e usada à larga pelos absolutistas desde priscar eras na busca de confissões.

E por contendores dos dois lados do balcão. Os que venceram e os que perderam em conflitos domésticos ou internacionais. É parte das guerras. 

Mas e os crimes praticados por esta esquerda fisiológica? Estão anistiados? Vale o que está na lei? A lei de anistia que querem revista, para punir os militares ?

A sociedade que rejeitou a ideologia que pretendiam impor na força e não nas urnas, agora paga uma salgada conta de indenizações e pensões. Na contramão, o cidadão que trabalhou 35 anos, contribuindo para a previdência social e com seu esforço físico e/ou mental para o enriquecimento do país, tem que viver com benefício de aposentadoria sujeito a uma regra odiosa como a aplicação do tal  “fator previdenciário”.

Enquanto as indenizações e pensões dos guerrilheiros e que tais atingem cifras astronômicas, as aposentadorias dos trabalhadores encolhem. Quem recebia o equivalente a cinco ou seis salários-mínimos, está recebendo o correspondente a dois ou três no máximo. E sem nenhuma “comissão” levantando as condições de vida deles, as dificuldades que enfrentam para se alimentar e cuidar da saúde. A “verdade” dos aposentados é que estão entregues a própria sorte.

Voltando aos aventureiros perdedores, não são levados  em consideração os atos ilícitos, imorais e antiéticos praticados por estes mesmos beneficiários destas benesses instituídas pelo governo de orientação socialista.

Na história da humanidade sempre houve vencedores e perdedores, escravos e senhores, sempre com verdades confrontando verdades. 

Dependendo do lado de colocação de cada qual, com resultado justo ou injusto. Com quem estava a razão? Falta a esta comissão o viés da analise da razão, que conduz ao bem e a verdade.

As guerras religiosas, ou decorrentes de disputa territorial ou politico-ideológica já resultaram em milhões de mortes e continuam fazendo vítimas aos milhares. Os noticiários televisivos e as manchetes na imprensa dão a dimensão da estupidez humana.

Cairia bem  uma  “comissão da estupidez humana”.




Nota do editor: Andei lendo, mesmo sem penetrar fundo, por falta de fôlego:
http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/09/se-virem-nao-colaboro-com-inimigo-diz-militar-comissao-da-verdade.html
http://www.sbpcnet.org.br/livro/58ra/senior/RESUMOS/resumo_3135.html
http://revistas.ufg.br/index.php/philosophos/article/view/9084#.VAYZBfldWu8
http://pauloqueiroz.net/critica-da-vontade-de-verdade/
http://www.humanrights.com/pt/voices-for-human-rights/human-rights-organizations/non-governmental.html

24 de setembro de 2014

A manchete de ontem



A manchete de ontem levou-me a uma reflexão. Que coisa abençoada a água sair de uma torneira. Que invenção maravilhosa foi a torneira.

Aqueduto em Roma
Sim, a torneira e o encanamento  foram definitivos para o conforto da vida urbana. Quando em viagem pelo mundo conquistado pelos romanos tenho a oportunidade de contemplar os aquedutos e fico abismado com a engenhosidade daqueles caras que não tinham nem o ITA nem  o IME e muito menos MIT (http://web.mit.edu/), para ficar apenas nas siglas mais conhecidas entre as mais afamadas escolas de engenharia.

MIT - Massachusetts Institute of Technology
Sei que existem outras siglas fáceis, como PUC, UERJ, UFF e USP, mas àquelas que mencionei primeiro são de mais alto nível.

Agora genial mesmo foi a descoberta da água como importante componente para nosso organismo. O primeiro ser vivo que bebeu água para saciar  sede e se hidratar, foi muito esperto e imaginativo. Acho que a água estava ali, corrente, e ninguém dava bola ou a mínima importância.

Certamente este microrganismo, unicelular (?), nem desconfiava que nosso corpo seria composto basicamente de água. O dele então nem se fala. Se você pondera que provavelmente a origem dele  - ser vivo - foi a água, como querem  alguns, ele foi esperto o suficiente para engolir um gole, ao invés de ficar simplesmente nadando em berço esplêndido.

Deitados eternamente em berço esplêndido estamos nós, que não zelamos nem um pouco pela conservação do precioso líquido, e agora temos que pagar a conta pelo descaso, pelo desperdício.

Sem água ficaremos dependentes dos raios provocarem fogo nas florestas e nas campinas. E teremos que conservar o fogo em piras, para a época de menos chuvas e trovoadas. Como nas olimpíadas.

Sem água os bombeiros perderão seus empregos. Mais um problema social para resolver. Alguns já buscam atividades alternativas, como participar de milícias ou esquadrões de justiceiros, mas isto é ilegal. E ai, neste caso, todos teriam que estar filiados ao PT, partido que abriga os fraudadores, e toda a sorte de funcionários que saqueiam as empresas públicas, praticam corrupção ativa e passiva, concussão, peculato e o que mais renda dinheiro para o partido ou bolsos individuais. Tudo em nome da manutenção do poder.

Para muita gente o pior será ficar privado da cerveja das sextas-feiras, porque sem água não haverá cerveja. E nem uísque.

Cascão, personagem do Mauricio de Souza, servirá de inspiração para todos nós. Mas tem um lado bom, como pensavam os povos medievais, inclusive monarcas, o banho trás doença (rs).

Aos que pretendem comprar lancha e iate, sugiro esperar um pouco mais para comprarem  a preço módico, pois irão cair bastante.

A dessanilização dos mares, como alternativa para nossa sede, poderá a longo prazo tornar desnecessária a ponte Rio-Niterói. Vamos economizar pedágio.

Para os não tão bem informados, sugiro visitar:


 A manchete do titulo está em:  


Notas do editor: as imagens são do Google

23 de setembro de 2014

Acesso free, no tax, no cost

O acesso ao blog  e ao seu conteúdo é grátis. De qualquer plataforma – notebook, smartphone, tablete – você pode navegar pelos mais de 1.400 posts, que abordam os mais variados temas.

Muitos foram escritos por amigos e parentes que colaboraram. Na verdade foram 16 (dezesseis) os colaboradores, até agora, cada qual com sua sensibilidade, seu estilo, sua opinião. 

Neste modesto sitio da grande rede mundial, o internauta encontra belas fotos, receitas caseiras, dicas de bares e restaurantes e úteis informações  que cobrem um amplo espectro: direito, turismo, tecnologia, agricultura, esportes, religião e o escambau.

Neste universo certamente um assunto, um texto bem escrito, uma sugestão  deve ter agradado.

Ah! E tem texto em inglês para impressionar os gringos. E tem citações latinas, para os mais eruditos.

Muitos autores são citados, com destaque para Saramago, Veríssimo e João Ubaldo.

Não cobramos taxas de adesão como “seguidor”. Observem que 52, em nome próprio ou com apelidos, estão inscritos e não pagaram coisa alguma. Só não se inscreve quem não quer.

Também permitimos comentários, aos posts, sem cobrar coisa alguma. A participação, mesmo quando é criticando, é inteiramente grátis. Não aceitamos, sequer, gorjetas. Todo mundo palpita de graça.

Se fossemos cobrar por comentário, ricos não estaríamos, mas já teríamos saído na zona  da miséria. Já estaríamos na faixa da pobreza pura e simples.

E olha que os custos de manutenção são elevados. Quando temos problemas técnicos, tenho que recorrer ao filho ou nora, que dão o suporte técnico. E não sai de graça, pois no mínimo me custa o almoço.

Pago a conta de consumo de energia e a mensalidade do provedor.

As despesas mais elevadas são as decorrentes do pagamento (pro labore, fee, wage) aos colaboradores. Qualquer post tem custo e não é pequeno se somados os encargos sociais acessórios.

Noutro dia um colaborador mais assíduo reclamou que não estava ganhando coisa alguma: zero reais. E ameaçou deixar de colaborar.
Conclusão, fiquei sem alternativa a passei a pagar o dobro.

Quando você acessa e percebe erros de escrita, de concordância, ou coisas mais graves como menção ao Flamengo, não sabe o trabalho que dá fazer e manter um blog no ar.

Tem gente que acha a diagramação ou layout muito ruins, mas não tem ideia de quanto ganha um web designer, razão pela qual não temos nenhum na redação.


Aqui é tudo na base da tentativa e erro, da improvisação, do vai assim mesmo, “porque para quem é bacalhau basta”. Vide em

Está decepcionado com o tratamento de insignificante?  Pode contestar, a bronca aqui é livre.

Nossa agressividade por vezes afugenta. Sempre por culpa do Freddy, já perdemos o Fernandez, a Helga e mais recentemente o professora Rachel.

Não sei quanto aos demais, mas eu me divirto muito.
E o mais importante de tudo: ambiente familiar!

22 de setembro de 2014

Papo de Astronomia: Sobre Marte e marcianos




Por
Carlos Frederoco March
(Freddy)








Faz tempo que Marte povoa a imaginação dos terráqueos. Tudo começou em 1877 quando o astrônomo italiano Giovanni Schiaparelli desenhou um mapa da superfície marciana conforme o enxergava nos toscos telescópios daquela época.

Não demorou e achou um defensor entusiasmado dessa ideia, o renomado astrônomo americano Percival Lowell, o homem que instigou a procura do planeta que calculou existir além da órbita de Netuno, então o mais distante conhecido. Lowell publicou 3 livros no início do séc. XX defendendo a tese de Schiaparelli e acrescentando até elaboradas especulações sobre como seria o trabalho dos marcianos para escoar a água dos polos para terras mais áridas.          
 Mapa de Lowell
                
Mapa plano de Schiaparelli  
                                                     






Baseados nesses conceitos, ao longo das décadas em que floresceu a ficção científica (a partir dos anos 30), uma grande gama de autores começou a usar esse cenário em seus enredos envolvendo o planeta Marte. Alternaram-se estórias em que os desesperados marcianos lutavam contra as intempéries usando os canais para guiar a escassa água em direção às cidades mais ao longe e aquelas que afirmavam que Marte era povoado por seres espirituais, remanescentes de grandes civilizações do glorioso passado marciano e que portanto não mais precisavam de corpos para se comunicar, desprezando portanto a  inóspita condição superficial.

O tempo passa, o tempo voa e hoje em dia temos sondas espaciais orbitando Marte e percorrendo seu solo, transmitindo para a Terra milhares de fotos do Planeta Vermelho, como Marte é conhecido por seu aspecto visual. Temos mapas admiravelmente detalhados de sua superfície, além de fotos tiradas aqui mesmo da Terra com telescópios de óptica mais acurada, incluindo o Hubble em órbita, originais esses que ainda podem ser melhorados por poderoso processamento digital.

Imagem atual de metade do globo marciano

A explicação que se dá para tantos enganos cometidos outrora são ilusões de ótica provocadas pela conjugação da imagem imprecisa dos telescópios usados outrora com a fisiologia humana: visão de certos padrões repetitivos pelo olho e sua enganosa interpretação pelo cérebro. Posso lembrar aqui que inúmeras brincadeiras são publicadas nas redes sociais esse fenômeno biológico.

No entanto, a raça humana continua a mesma, sedenta de mitos e mistérios. Se constatamos que a superfície de Marte é formada exclusivamente de areia avermelhada, que suas cambiantes calotas polares são formadas por CO2 (gelo seco) e não por água (gelo) e que sua atmosfera é rarefeita ao ponto de inviabilizar a vida como a conhecemos, por outro lado as fotos recentes revelaram novas ilusões de ótica para acirrar nossa imaginação.

A primeira delas foi a "Face de Marte", resultante de imagens tiradas pelas sondas Viking 1 e 2 na década de 70.  Da mesma época, mais ou menos, seria a "Face coroada", que segundo consta foi fotografada tanto pela Viking 1 como pela Mariner 9, sua antecessora. A interpretação dada às mesmas coincide com aquela que fazemos ao admirar nuvens ao acaso. Observando as caóticas formações contra um imaculado céu azul, ali identificamos de tudo: cães, gatos, coelhos, cavalos, dragões, objetos diversos, pessoas...Até Jesus Cristo já foi fotografado da janela de um avião!

A Face de Marte

A Face Coroada
Recentemente outras imagens geraram frisson nas redes, apesar de haver argumentação científica para todas elas. Exemplificarei com a "Figura humanoide", a "Formação Rochosa" e o "Monolito", sendo que este, a meu ver, é o mais cavernoso de todos (opinião pessoal). Pode ser apenas uma rocha fincada no solo marciano, esculpida pela Natureza por mero acaso numa forma perfeitamente retangular. Contudo sua semelhança com os monolitos alienígenas de "2001 - Odisseia no Espaço" e suas sequências 2010, 2061 e 3061 gera inevitáveis fantasias.

O monolito

O que você, leitor, acha?


Créditos:
- Mapas: Wikipedia, a Enciclopédia Livre e Google
- Curiosidades marcianas: site "The Stupid Station", especializado em bizarrices mundo afora.
http://www.thestupidstation.com/home/image/434/4816/Five-Bizarre-things-Spotted-On-Mars#sthash.GZgdhv6a.dpuf

21 de setembro de 2014

Tudo tem um fim, mais cedo ou mais tarde

CASSINOS



Fiquei sabendo, pela imprensa, que o “playground do mundo” esta  vivendo dias melancólicos e perto do fim. Falo de Atlantic City, que já foi o destino turístico mais popular dos Estados Unidos.

Cassinos e hotéis tradicionais estão fechando suas portas, ou já fecharam, como o Atlantic Club Casino Hotel.  O Showboat e o Trump  Plaza anunciaram o encerramento de suas atividades para agosto e setembro em curso, respectivamente. Os milhares de trabalhadores que perderiam seus empregos estão reagindo, com manifestações públicas, e as autoridades estão empenhadas em encontrar solução para o problema.

Cartaz anuncia fechamento em 16 de setembro. Não sei se fechou.

Até o novo (2012)  e luxuoso Revel, que tem praia particular, vários restaurantes, boate e lojas elegantes, não resistiu à crise e, segundo consta,  abriu o processo de falência.

A razão para a derrocada, segundo analistas, é que outros Estados americanos entraram na competição por este atraente e rendoso negócio. Delaware e Pensilvânia já têm vários cassinos e também Nova Iorque estaria  analisando várias propostas. E até mesmo outras cidades de Nova Jersey estão abrindo as portas para o jogo.

Não conheço Atlantic City e nem estava em meus planos visitá-la. Nada sei sobre jogos em cassinos e os dois únicos que visitei, por mera curiosidade, estão localizados aqui mesmo na América do Sul. E nem de longe se parecem com os gigantescos do balneário da Costa Leste dos USA.

Lamento, entretanto, o fim da atividade econômica que resulta em perdas de postos de trabalho.


PUBS

White Hart - O mais antigo de Londres, com alvará de funcionamento datado de 1216

Diferentemente, a crise dos pubs ingleses, no outro continente, deixa-me mais entristecido. Onde nós, turistas, iremos tomar uma pint no intervalo entre uma atividade e outra. Ou mesmo como programa final de um dia com outras atrações?

Esse é mais novo, dos anos 1600


Desde 1520
E os londrinos estão perdendo seus locais sagrados para o drink após o dia de trabalho, onde assistem partidas de futebol ou jogam dardo no alvo fixo. E comem os tradicionais fish and chips.


As public houses, ou pubs, alguns da "Era Vitoriana", que são uma instituição nacional estão fechando suas portas, às dezenas, dando lugar, nos valiosíssimos metros quadrados, a prédios e supermercados.

A crise financeira mundial, em 2009 já havia sido responsável pelo fechamento de algumas centenas deles no país. Mas ainda são mais de 50.000 na Inglaterra, segundo pesquisei na internet.



Alguns destes pubs são centenários, como mencionado,  e tive oportunidade de num deles em especial, com mais de cinco séculos de funcionamento, passar agradáveis momentos conversando e tomando Guinness (foto acima).


Notas do editor:
1) As fotos dos pubs foram obtidas na internet, exceto, claro, as duas em que aparece o autor.
2) Pint  é o copo com capacidade para  568 ml de líquido, no caso, cerveja.
3) Sobre o fechamento dos cassinos, matéria em: