30 de abril de 2016

Se a moda pega vai ser um "Deus nos acuda"

Já pensarem se pega a moda da delação premiada? E a coisa descamba para o chantagem , o estelionato?

Nem vou falar de notórios e históricos delatores, traidores, ou especialistas em vazamentos, como Julian Assange, e traidores da pátria e violadores de segredos de estado, como Edward Snowden (ex-integrante da CIA).

Deixemos também  onde estão Judas e Silvério dos Reis, que fosse por dinheiro, fosse por ideologia são traidores da mesma forma.

Fico imaginando os padres das décadas de 40 e 50, do século XX, fazendo acordo de colaboração premiada aceitando confessar quais foram as fiéis da sua igreja (e infiéis no matrimônio) que ele papou.

Quantas levantadas de batinas e expressões de prazer e medo do pecado: SURPRESA!!!

E nos confessionários, quantas traições não foram admitidas, para obter perdão,  paga a penitência?

O padre poderia até mesmo, quem sabe, fazer chantagem, tipo, "olha, isso pode ficar entre nós, mas se não der para mim também todo mundo vai saber".




Desde que aos - sei lá - 12 ou 13 anos, para fazer comunhão tive que revelar para o pároco que me masturbava (era pecado para a igreja, porquanto tive que rezar vários pais nossos), nunca mais confessei nada.

E os analistas (psicanalistas e que tais) que até mesmo já dispõem de um conveniente  e confortável sofá para confortar a lânguida cliente mal amada. Se ele resolve apelar e diz ter a receita para o mal que a aflige? Um típico 171?


Outro personagem que teria muito a delatar, com premiação ou não, seria o porteiro do motel mais conhecido da cidade. "Caramba! Até a dona Santinha?" 



Ela caiu na lábia do Zé "bico doce", que já papara a filha e agora estava traçando a mãe beata. O porteiro pensaria com seus botões: "quem diria, hein!? Ah! se o Dirceu barbeiro fica sabendo. Na próxima barba do Bico Doce ele deixaria a navalha escorregar."

Se um advogado fizesse acordo de delação premiada, quantas decepções entre sócios, irmãos, e marido e mulher, não ocorreriam. E se partisse para a  chantagem?



Muitas vezes, mesmo, os bastidores de alguns casos judiciais, se revelados em detalhes levariam a que muitas reputações ficassem maculadas.

Muitas rusgas, muitas brigas aconteceriam se alguns advogados abrissem seus bicos. O escritório de advocacia  é como um confessionário e as conversas com clientes gozam da proteção do sigilo.

Nas varas de família, muitos dos segredos profissionais tangenciam o deprimente, o degradante. O ser humano, Millôr tinha razão, não seu certo.

Muita patifaria tem o caminho asfaltado num escritório de advocacia. Pensei, mas não vou admitir, que um triplex ou sítio que migrou de um patrimônio para outro foi prestidigitação de bacharel.

Notas do autor/editor: todas as excelente charges estão no Google. A que se refere a advogado bandido deu panos para manga, com protestos  da OAB. Mas, cá entre nós, não seria melhor a entidade fazer triagem mais rigorosa e selecionar com mais critério os filiados, ao invés de criticar o Chico (chargista)?

29 de abril de 2016

Bandido favorito de Roberto Jefferson

Eduardo Cunha é o bandido predileto do ex-deputado Roberto Jefferson.

Ouçam da própria voz do homem que desencadeou o mensalão, quando ele diz que Lula encontrou em Cunha um bandido da mesma cepa, da mesma estirpe, do mesmo naipe, da mesma casta, da mesma índole.


As imagens que circulam nas redes sociais mostram uma certa condescendência com o presidente da Câmara dos Deputados.





28 de abril de 2016

STRIKE



Tecnicamente não seria um strike, pois só derrubaríamos três pinos com uma só bola. Estou falando, claro, do jogo de boliche (bowling).

Na vida real, entretanto, os pinos ainda de pé, são Dilma, Mercosul e Unasul.





Três excrecências das quais podemos nos livrar de uma só vez, se Dilma levar a cabo sua intenção de denunciar nestes organismos nauseabundos que está sendo vítima de golpe e que os bolivarianos e assemelhados instalados nestas entidades esdrúxulas e parasitárias, por hipótese resolvam punir e suspender o Brasil.

Seria para comemorarmos bebendo todas. E dando vivas. Ficaríamos livres de três atrasos, três inutilidades.

Uma virada histórica a caminho de um país melhor.

Quem sabe seríamos aceitos, como convidados, na Aliança do Pacífico, com ganhos econômicos e melhores parceiros sob os pontos de vista ético e moral.

27 de abril de 2016

Flamengo frustra as crianças

Claro que eliminar o Flamengo, de qualquer competição, proporciona uma grande alegria. Lógico que manter uma invencibilidade de nove jogos, sem dar ao tradicional adversário o sabor de uma vitória tem um gostinho muito especial, mas o que mais gostei no último VascoXFlamengo disputado na Arena da Amazônia, em Manaus, foi o gol contra do jogador Wallace, do time urubu.


Protagonista de uma cena que comporta vários adjetivos, mas ficarei no desrespeitoso, com os pequenos torcedores de seu clube que aguardavam a oportunidade de entrar em campo de mãos dadas com os jogadores, como se tornou uma tradição nos gramados brasileiros.

Num gesto ridículo, como se fosse um Neil Armstrong  caboclo, entrou com os companheiros em campo, deixando para trás as crianças e o protocolo que estabelecia a entrada conjunta das equipes, e fincou a bandeira vermelha e preta no centro do gramado.


Não sei se tirou o gesto de sua cabeça  ou se seguiu recomendação de algum marqueteiro de plantão.

Fato inconteste  é que frustrou as crianças que ficaram aguardando na porta do vestiário a oportunidade de segurar as mãos dos jogadores e com eles entrar em campo. Frustrou as crianças e decepcionou os pais.

Gesto tolo, prepotente e equivocado sob qualquer ótica.

Se a bandeira é fincada no centro do gramado pressupõe que a equipe considera que conquistou o estádio e conquistará a vitória. Deu com os burros n’água.

Ad argumentandum, se tivesse colocado sua bandeira na meia-lua de uma das grandes áreas, vá lá, pois seria menos pretensioso e teria deixado para seu adversário a outra metade.

Outro aspecto não considerado, é que o astronauta americano da Apolo 11, ao retornar deixando o planeta, derrubou a bandeira de seu país.

Ou seja, das seis bandeiras colocadas na lua em missões espaciais, apenas a do Armstrong (Apolo 11) não permanece de pé.

A do Flamengo também caiu, caiu simbolicamente e custou-lhe a eliminação.

Como castigo vem a cavalo, o tal jogador, que se considera um “xerifão made in Conceição do Coité”, metido a machão e butinudo (não joga nada) acabou por fazer um l’autogol (como dizem os italianos).

O gol feito contra sua equipe equivaleu a derrubada da bandeira fincada solenemente pelo Armstrong, como se os americanos estivessem tomando posse do satélite.

Castigo justo e oportuno para o Wallace por sua arrogância e prepotência.

Se foi pau mandado pior para ele.


 N. do A:  


26 de abril de 2016

Conclusão do ginasial e fim de um ciclo

No post anterior e em outros mais antigos, fiz referências aos primeiros anos da segunda metade do século passado, especialmente a década de 1950. Ver http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2016/04/amizades.html

Isto porque neste período deixei a infância  e atingi a adolescência. Fiz amizades, primeiros namoricos (com paixões desenfreadas), diversão baseada em cinema e futebol.

Ver filmes impróprios para menores, em especial franceses, era uma grande façanha, que envolvia desde adulteração da caderneta escolar até suborno do porteiro. Mas compensava poder admirar seios desnudos e belas pernas. Nada além disso.

Atingir a adolescência e concluir o curso ginasial tinha enorme significado. Trazia novas opções de ensino, em busca do canudo de papel a nível universitário, sonho de 10 em cada 10 pais da classe média -  ver um filho (ou filha) médico, engenheiro, advogado ou dentista.

Para os rapazes as forças armadas ofereciam todos os anos vagas para suas escolas preparatórias  de cadetes e depois oficialato. 

Ser oficial das forças armadas conferia prestígio social, carreira sólida e segura. 

Que caminho trilhar após o ginasial? Cursar científico ou clássico? Ou ainda um curso técnico (contabilidade)? As moças tinham a opção de fazer o Instituto de Educação, o que ao fim a ao cabo lhes outorgava o título de professora primária.

As empresas anunciavam a existência de vaga  na área administrativa para quem tivesse o segundo grau e fosse datilógrafo.

Os rapazes vestíamos ternos, com gravata, para cerimônias especiais em clubes, reuniões e até na formatura do curso ginasial, quando ainda contávamos 14, 15 ou 16 anos.

Na foto que ilustra a postagem anterior podemos verificar que  as madrinhas - irmãs, primas, mães ou namoradinhas - do formandos usavam chapéus na cabeça.

Tudo era formal e chic. 

A importância dada ao curso ginasial, que correspondia a primeira fase do atual secundário era tal que recebíamos diploma, havia missa em celebração e baile ao som de orquestra, com direito a valsa à meia-noite, com a madrinha (ou padrinho). Era o ponto alto do baile.

As orquestras mais conhecidas não tinham vagas na agenda nos finais de ano. Era preciso contratar com muita antecedência: a Tabajara, o Waldir Calmon, o Ed Lincoln, o Silvio Mazzuca e outros que não recordo.


Referência:   http://blogdojornalistaassueres.blogspot.com.br/2012/04/anos-506070-tendencias-musicais.html

25 de abril de 2016

AMIZADES

Fomos vizinhos, colegas na escola, e amigos

Ele morava no início da Rua Visconde de Uruguai, numa boa casa. Alias que foi na sala desta casa que nós treinamos dançar valsa. A valsa de formatura. Ensaiávamos com sua irmã (mais velha) e uma amiga que morava nas vizinhanças.

Sim, podem não acreditar, mas na formatura do curso ginasial (primeira fase do secundário), havia missa e baile de formatura, com orquestra ao vivo – Waldyr Calmon – no nosso caso.

Vejam, na foto abaixo, o grupo de formandos, no dia da missa, mandada rezar na Catedral de São João Batista.

Doraly José do Canto, o amigo a quem homenageio neste post, está à esquerda, ao lado da irmã. Eu, por outro lado, estou do lado direito, na fila logo acima das meninas.


Dezembro de 1954

Nesta outra foto estou (ao centro) com parte da família e amigos.

O baile foi nos amplos salões da Associação Comercial, no Rio de Janeiro, onde alguns poucos anos depois fomos a um baile diurno, muito concorrido, chamado “Mamãe eu vou às compras”.

O nome era uma alusão às meninas que diziam estar saindo com amigas para compras, mas iam se esbaldar no baile referido.

Mas em matéria de carnaval nenhum outro chegou perto em alegria e diversão, senão os dois que fomos brincar (em anos consecutivos) no "Democráticos", sociedade carnavalesca com sede no centro do Rio de Janeiro.

Nós éramos realmente muito unidos. Eu morava na Rua São Diogo, bem próximo da Visconde de Uruguai onde ele morava. Por conta dessa ligação ele frequentava minha casa e eu a dele. Mesmo quando a família dele mudou da Ponta D’Areia para o Fonseca continuei indo a sua casa para jogar “biriba” e lanchar após o jogo de buraco.

Fizemos alguns passeios juntos, como aquele a Saquarema documentado em foto do post anterior, quando ele foi nosso convidado. Mas de outra feita fomos para Mangaratiba levados por seu irmão mais velho.

Graças a este irmão mais velho, conheci e fui uma noite à famosa “Mimoso Manacá”, clube/gafieira que existiu no centro de Niterói, onde estranhos não entravam (só convidados), muito menos se fossem brancos (rsrsrs).

O pai do Doraly tinha a concessão para explorar os bares do Estádio do Caio Martins, na época em que o Canto do Rio disputava o campeonato carioca. Em consequência todos os clubes vinham jogar aqui, ou no turno ou no returno.

Não perdia um só jogo do Vasco por conta disso. Mas dos outros clubes grandes também. A gente chagava cedo no estádio (como funcionários do bar), ficávamos um pouquinho vendendo “Brahmas” (o que nos rendia uns cruzeirinhos) e mal iniciava a partida íamos assistir ao jogo.

Frequentávamos a praia de Icaraí, onde chegávamos em sua bicicleta (eu não tinha). Depois da paquera tradicional, tomávamos  um Chicabom antes de voltar para casa.

Por falar no picolé da Kibon, vendido em carrocinhas, durante um pequeno período em que estudamos no centro do Rio, no curso Tamandaré, ele era viciado num achocolatado, chamado Sustincau (se não me engano) que era vendido também em  carrocinhas.

Tivemos pequenas divergências, pequeno atritos, mas nunca brigamos mais seriamente.

Nosso afastamento deveu-se ao fato dele ter casado e no mesmo dia viajado par a Chapada dos Guimarães onde pretendia se estabelecer como fazendeiro. Grande e longa história, na qual ele pretendia me envolver, assim como ao Hermes e ao Vantelfo.

Ninguém poderá negar-lhe o espírito aventureiro como se depreende do e-mail que me enviou, faz algum tempo, justificando sua ausência do país e nosso afastamento. Publicado ontem, está em http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2016/04/retrovisor.html

O fato de vivermos tão distantes, termos constituído famílias que não se conhecem, exercermos atividades tão distintas, não apaga de nossas vidas a fase em que éramos mais ou menos unha e carne.

Graças ao fantástico recurso de busca da internet, que há pouco acionei,  localizei o Doraly residindo em Alfredo Chaves, no ES, onde mantém um negócio de representações comerciais.

O que  desejo para ele é que desfrute a vida, ao lado de sua família, com saúde, paz e sucesso. 

N. do A: post anterior mencionando o Doraly
http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2016/04/retrovisor.html

24 de abril de 2016

RETROVISOR


Estou para ver alguém tão sem palavra, tão sem comprometimento com a verdade e sem propósitos definidos do que eu.

Ainda nem teria secado a tinta (se estivéssemos nos primórdios das penas de ganso e canetas tinteiro) do que escrevi noutro dia, volto ao passado, olhando pelo retrovisor.

Mas faço-o por uma boa e inadiável causa. Neste mês de abril fiz referência ao meu pai, nascido sob o signo de Áries. Escrevi a guisa de homenagem e não destaquei uma dos vieses mais importantes de seu pensamento, de seus projetos de vida.

A preocupação com educação (lato sensu), mas especialmente a formal adquirida nos bancos escolares e universitários. Era para ele o maior patrimônio que um pai pode deixar para um filho.

Se vivo fosse, tendo um neto DOUTOR, titulo acadêmico conquistado com méritos, e ademais professor universitário, e estaria soprando trombeta a fim de atrair publico, e como um arauto medieval proclamar aos quatro ventos: meu neto é doutor!

Este detalhe (importante) de sua visão paterna foi salientada num e-mail que recebi faz tempo, de um amigo de infância, ao qual não fiz suficiente justiça (mas farei), pela parceria, pela amizade, pelas experiências que vivemos.

Este amigo se chama Doraly José do Canto. E seu e-mail era uma resposta esclarecedora sobre por onde havia andado durante anos em que andou sumido. Perdemos-nos nos labirintos da vida. Mas como disse ainda escreverei sobre parte de nossa juventude/adolescência. Já quebrei mesmo a jura de quebrar o retrovisor (rsrsrs).

Eis, na íntegra, o e-mail que conservo na pasta "PESSOAL" de meu programa de mensagens eletrônicas. O destaque é para o trecho que ele comenta uma conversa nossa com meu pai.



"Bom dia!

Mais uma vez planejei (sonhei!) fazer uma coisa e aconteceu(!) outra, não lembro sobre o Lit's cooks, provavelmente era emprego em um dos navios que faziam rotas turísticas entre USA e Bahamas que foi uma das tentativas em viajar e conhecer lugares paradisíacos, e ainda ganhando dinheiro (não acreditava ser possível como turista).

Meu 1º trabalho foi fazendo faxina noturna em supermercado, e urbanização (fazendo muros, calçadas, replantando arvores, cortando gramas, etc...), como  a alimentação era muito cara e pelo volume de trabalho tinha de comer muito e bem, migrei para trabalhar em restaurante lavador de panelas e ajudante de garçom o dinheiro era razoável, mas, a comida era farta, ai cheguei à profissional, tanto na área de Preps (preparador dos alimentos para os cozinheiros), como saladeiro e como cozinheiro propriamente dito na área  de frituras e padaria.

Quando da 1ª viagem fui de trem da cidade do México até (Ciudad Juárez) divisa USA (El Paso-Texas) dai de trem novamente até Los Angeles-Califórnia aí por 8 meses (fiz turismo  trabalhava durante a semana e curtia aos finais (Disneyland, Beverly Hills, Santa Monica, Pasadena, Bush Garden, San Bernardino, Las Vegas e Hawai). em outro momento (foram 3 anos) após retorno ao Brasil já com a Geralda, morando no ES, pelas contigências, do plano Cruzado (Funaro, trabalhava vendendo e a empresa não entregava por conseguinte não recebia, após 3 meses acabou a reserva), preparei as malas e fui novamente para os USA, agora para Massachussets (Boston, Framingham, Marlboro, Hudson, Worcester, Clinton), New Hampshire (Nashua), New York, (Long Island, Blooklyn).

Carrano, você sabe que nas minhas reflexões, lembro claramente quando seu pai mandou me chamar para ir a sua casa e nos sentou juntos, e nos chamou a responsabilidade, porque você tinha tirado uma nota ruim, não lembro a matéria, e disse que se queríamos sair juntos deveríamos também estudar juntos e tirar boas notas!!!!

Minha mãe era analfabeta e meu pai semi e era envolvido com o trabalho e com objetivo de acumular dinheiro, escola não era importante, já sabia as 4 operações e escrever o suficiente para se fazer entender e a partir daí tinha de objetivar montar um comércio (preferência boteco-Cachaça e café davam lucro de mais de 100% ).

Meu objetivo com relação à Marinha (não precisar pagar escola, ficar longe da família e viajar conhecer  lugares), Lembro também de nossas viagens, e acima de tudo lembro de sua mãe dona Edith, que me tratava com tanto carinho era o meu sonho de mãe.

O tempo que estivemos juntos foi muito importante (a esta altura podemos dizer que foram poucos), mas, muito importante,  porque convivi com alguém de personalidade forte, porque convivi com uma família no cerne da palavra, que foi muito importante quando tive de sobreviver.

"A graça do Senhor Jesus Cristo seja com seu espirito" Fl.4.23
Doraly 


O autor e seu amigo, em Saquarema

23 de abril de 2016

"O" jararaca e a cascavel

A cascavel  Marilena Chui, farsante filosofa, professora na USP, onde inocula seu poderoso veneno na juventude em formação, é uma inspiradora dos discursos impregnados de ódio e rancor do apedeuta  que se rotula como jararaca.

Víboras peçonhentas, os dois, de uma maneira ou de outra deveriam estar no Butantan a fim de serem utilizados para fabricação de vacinas.

Este pronunciamento (aula? discurso?) é uma das coisas mais absurdas, chocantes e deprimentes que ouvi em minha vida.

Se um asno falasse outras coisas não diria. Talvez com menos histrionismo. 

Ouçam a versão integral  (um pouco longa) no link abaixo, mas no YouTube tem a versão editada, com o trecho em que ela afirma odiar a classe média. Com tanto ardor, tanta ênfase, tanto ódio destilado que me assustei:




Lula, presente, ri de prazer, bebe as palavras da musa do PT, que para transmitir aos seus alunos estas filosofias de bolso, rançosas,  ganha a bagatela de R$ 23.500,00 por mês. Vejam  abaixo:





22 de abril de 2016

Enchendo linguiça

Acabei me acostumando e tornando rotina publicar uma postagem diariamente.

Mas nem sempre tenho tempo, ou assunto ou colaboração de algum amigo ou parente, que vez ou outra preenchem este espaço com textos impregnados de amor, recheados de úteis informações, belas imagens ou requintado humor.

Então vou encher linguiça tratando de assuntos díspares ao sabor dos acontecimento recentes e do que me der na telha.

Começo pela neblina, bruma ou névoa, não sei qual é o nome mais adequado (ou mesmo se tanto faz) que hoje pela manhã tomou conta da orla da praia.

Não era muito densa mas o suficiente para não permitir, desde a praia das Flexas, vislumbrar o final da praia de Icaraí.

Esta ocorrência é mais comum do outro lado da baía. Muitas vezes, nas caminhadas matinais, principalmente no outono, não se consegue ver com nitidez a cidade do Rio de Janeiro. Por vezes fica inteiramente encoberta, por vezes enxergamos apenas as sombras das montanhas e edificações.


E a ressaca de ontem por influência da lua? Aqui foi forte, mas no costão da Av. Niemeyer, no Rio, foi muito pior, a ponto de destruir, jogando ao mar, parte da ciclovia recentemente inaugurada. 


Vitimou duas pessoas que por ali transitavam no momento e que caíram de uma altura de cerca de 10 metros.

Fenômenos naturais que provocam desastres. Geralmente agravados pela ação humana.

Pergunto aos engenheiros e arquitetos de plantão se não houve falha de projeto. Os cálculos estruturais deveriam levar em conta a possibilidade de marés mais altas, com ondas mais violentas, pegarem por baixo a ciclovia, sustentada por vigas que se apoiam nas pedras do quebra mar natural?

Ou isso é imprevisível?  Para as famílias das vítimas sempre haverá responsáveis. Quem poderá afirmar em contrário?

Outro assunto que me vem à mente, neste momento, é o massacrante número de programas culinários que invadiu as TVs, abertas ou por assinatura, neste momento.

Paola Carosella, jurada, chef
e dona de restaurante

São realities, gravados em estúdio, em residências, nos formatos clássicos (franquias), como o MasterChef, cujas versões americana, colombiana, australiana, argentina ou espanhola se alternam na programação. Sim, tem a versão brasileira também.

São cozinheiros profissionais ou atores e atrizes que se aventuram no mundo da culinária, como Rodrigo Hilbert, Carolina Ferraz e outros. E ainda Rita Lobo e Bela Gil. Putz! É muita gente, em vários canais, todos os dias, e nos mais variados horários.

Rodrigo e sua bela mulher Fernanda Lima
Já existiam estes programas há muito tempo, com a veterana "Palmirinha" e a Ana Maria Braga, mas agora temos uma epidemia.

E muitos chefs, brasileiros e estrangeiros têm seus próprios programas ou atuam como jurados em outros: Claude Troisgros, Olivier Anquier e mais alguns outros.

Claude Troisgros

Olivier Anquier
E os cozinheiros e doceiros estrangeiros cujos programas originais são gravados em seus países mas são retransmitidos aqui?

Saturou.

Viram, foi fácil, não acrescentei nada de novo, mas preenchi o espaço de um post sem ter que queimar a mufa, demonstrar cultura ou recorrer ao Google, senão para as imagens  que ilustram o texto.

21 de abril de 2016

Quebrar o retrovisor

Estou completando hoje 76 anos de idade, nesta encarnação. Tive outras? Mistério insondável, certamente um axioma, eis que as premissas não são necessariamente verdadeiras e sequer evidentes.

Tive, nesta vida,  maus e bons momentos. Todos ricos em ensinamentos.

Passei a acreditar que não podemos contornar o que nos está destinado e que cada fato tem razão e consequência relacionadas.

Lamentar um fracasso, um desencontro, sem dar tempo ao tempo, ao destino, é correr risco de sofrer desnecessariamente.

Com o passar dos anos venho me cobrando pela imaturidade emocional, pela comemoração descabida, inadequada, pela soberba, pela vaidade exagerada. Melhorei pouco, mas melhorei.

Aprendi que a simplicidade é uma virtude, que a modéstia é sempre falsa e o silêncio o mais das vezes é eloquente. Se adotado no momento certo.

São frases feitas? Filosofia barata? São expressões consagradas como de uso demagógico? Conversa de botequim? Para mim, não!

Aprendi que a fé é absolutamente necessária e na razão inversa da religião. São coisas diferentes. E Deus, qualquer um, sob que nome seja amado sobre todas as coisas, desde os silvícolas, os aborígenes, os gregos, os romanos, os egípcios, os maias, os incas, os astecas, os tapuias, os tupis, o Sol, a Lua, Júpiter, Alá, o Elefante ou a Vaca, todos são igualmente divindades respeitáveis.

De coroinha na igreja católica, a agnóstico, foi uma longa caminhada. Encontrei-me com São Jorge, assumindo ser uma pessoa incoerente. A coerência, assim como a lógica, existem mesmo?

Mas são - os deuses - igualmente danosos quando adorados em excesso. Quem come carne de vaca não é castigado por isso; a lua não vive sem o sol; e nós terráqueos não podemos prescindir deles; Jupiter só é maior, não é mais importante do que Saturno. Oxalá, Deus ou Alá, são apenas denominações diferentes para a mesma força, a mesma energia, a mesma abstração.

Resta-me. É bem de ver, muito menos tempo de vida do que a vivida até agora. Pelo óbvio motivo de que o bicho homem não tem as condições necessárias para atingir um século e meio de vida. A falência dos órgãos é inevitável. Na melhor das hipóteses.

Por isso vou quebrar o retrovisor. É chagada a hora de olhar somente para frente. Farol alto e de neblina.

N. do A.: esta expressão "quebrar o retrovisor" neste sentido de não olhar para o passado, com nostalgia, ou a título de memórias ou rótulo de reminiscências,  seja qual for o propósito, não é minha.


Ouvi, ou li, não lembro onde e achei apropriada para este momento.

20 de abril de 2016

ROBERTO CARLOS e outros

Ontem foi o “Dia do Índio”. Houve uma época em que todo dia era dia de índio, segundo explicou a Baby do Brasil em versos musicados.


Foi, também, o aniversário de nascimento de Roberto Carlos. A quem, sem nenhum preconceito, de mente aberta,  reconheço como um dos melhores autores de canções românticas de nosso cancioneiro.

Nem sei, precisamente, que versos são de autoria dele, em algumas das canções que aprecio. Mas como ele dá voz aos versos, fica com o crédito da autoria, com os devidos pedidos de escusas ao Erasmo Carlos.

Hoje, eu e Roberto temos  a mesma idade. Ontem ele completou 75 e amanhã completarei 76 anos.

Roberto Carlos é, para muitos (talvez a maioria) o filho mais dileto e festejado da cidade de Cachoeiro de Itapemirim.

Rubem Braga
Esta cidade capixaba  foi berço de alguns outros celebrados artistas e intelectuais. Para a chamada elite, educada e amante das letras, talvez Rubem Braga seja o cachoeirense mais ilustre.

Além dos dois citados, vale registrar que nasceram naquela cidade banhada pelo Rio Itapemirim e com o Pico de Itabira no horizonte, mais os seguintes artistas, que se destacaram no rádio, na TV, no cinema, no teatro e na música:


Darlene Glória
Darlene Glória, atriz, homenageada por jovens que assistiam principalmente aos seus filmes, e  que ao chegarem em casa se possuíam em intenção dela (com a licença do Martinho da Vila, pela feliz dissertação do ato da masturbação).

Darlene, que tinha sido eleita em 1958 Miss Cachoeiro, ganhou, em 1973,  o Kikito de melhor atriz, no Festival de Cinema de Gramado, por sua interpretação no filme “Toda Nudez Será Castigada”.

Carlos Imperial conhecido pela expressão “Dez! Nota dez”, que eternizou ao declarar as notas das Escolas de Samba, na apuração dos desfiles.

Carlos Imoerial
Mas ele fez muito mais do que isso, porquanto foi responsável pelo lançamento nacional de muitos artistas que ganharam prestigio e dinheiro, como o próprio conterrâneo Roberto Carlos e a excelente Elis Regina. Trabalhou em rádio, cinema e TV, como produtor e apresentador.

Luz del Fuego, assim como Darlene Glória, também foi atriz e vedete de teatro, e também mexeu com a cabeça da juventude de seu tempo. Costumava se apresentar com inseparáveis cobras, marca registrada de suas performances.

Sergio Sampaio
Sergio Sampaio, compositor e cantor visceral, autor de sucessos musicais, com destaque para “Eu quero é botar meu bloco na rua” e outros que assinou com o pseudônimo de Sérgio Augusto, poderia ser enquadrado entre os compositores/cantores malditos, juntamente com Raul Seixas e Tim Maia.

Primo em segundo grau da Wanda, que, entretanto, se identifica mais com o estilo de outro primo comum, Raul Sampaio, autor do sucesso “Meu Pequeno Cachoeiro” composição gravada por Roberto Carlos.

Wanda não nasceu em Cachoeiro, mas foi criada naquela cidade onde chegou ainda criança.  Por isso foi contemporânea do Roberto Carlos, conhecendo-o antes do acidente sofrido pelo cantor, quando ainda se apresentava na ZYL- 9,  Rádio Cachoeiro de Itapemirim.

Assim como minha mulher não nasceu em Cachoeiro,  mas lá foi criada até o nosso casamento há mais de cinquenta anos, outras figura conhecidas foram criadas naquela pequena cidade.

Como por exemplo o ator Jece Valadão, intérprete de personagens de Nelson Rodrigues, nas peças “Perdoa-me Por Me Traíres” e “Os Sete Gatinhos”, ganhou o apodo de cafajeste. Participou de mais de cem filmes, como diretor, ator e produtor.

Finalmente, mas não menos registrável, consta que as irmãs, capixabas, Danuza e Nara Leão também andaram por lá antes da fama nacional.

Vista aérea, com o rio e o pico de Itabira ao fundo

18 de abril de 2016

PERTO DO FIM

Esta é, em letras garrafais, a manchete da edição de hoje do jornal “O Globo”.

Comprei, claro.

A matéria inicia  com a seguinte frase: “Dilma Rousseff começou ontem a se despedir da cadeira de presidente do Brasil”.

Sei não, ainda tem água para rolar. Não podemos ignorar que Lula e Dilma ainda têm lenha para queimar; e o pior, é no senado que habitam seres malévolos como Jader Barbalho e Renan Calheiros, este na presidência.

Posso tornar ainda mais sombrio o quadro, lembrando que a sessão de julgamento, no senado,  será presidida por ninguém menos do que Ricardo Lewandowski.

Poderia dizer muitas coisas sobre o presidente do STF, nenhuma entretanto quanto e contra a sua capacidade de manipulação. Com boa cultura jurídica e  bem desenvolvida capacidade de argumentação será capaz de achar pelo em ovo.

O que seria o pelo? Uma nulidade, um vício, uma impropriedade, uma inépcia.

Temos que manter os alhos bem abertos, pois qualquer descuido, como por exemplo o ato que iria sendo praticado por um deputado exibicionista, teatral, ontem, pretendendo que fosse seu filho a apregoar seu voto, pelo sim a favor do encaminhamento do impeachment.

Uma babaquice sem tamanho, inoportuna, intempestiva, ilegal.

Depois o palhaço é o Tiririca, que a propósito não poderia ter sido mais discreto, mais objetivo: voto sim!