27 de junho de 2011

O abacateiro

 
red - rhode
 Nosso quintal foi palco de galinheiro, de horta e de jardim; de pomar jamais. No galinheiro foram criadas  as raças, leghorn (brancas) e rhode island red (vermelhas), como já narrei aqui faz muito tempo, em dezembro de 2009.
white - leghorn


Quando horta, plantávamos tomates de dois tipos, um deles chamado garrafinha - o outro não lembro como chamávamos - além de couve, alface, quiabo e berinjela.

Entretanto, sem que tivessemos um árvore sequer, comiamos muito abacate. E que abacates: grandes e deliciosos; bonitos por natureza, com licença do Jorge Benjor.

Todo ano, sem falhar, o abacateiro plantado no terreno da casa cujo final do terreno fazia divisa com o nosso quintal, dava frutos. O dito abacateiro era grande e alguns de seus galhos, ultrapassavam os limites decretado pelo muro de alvenaria, e invadiam nosso espaço aéreo.
abacateiro

Assim, era possível colher abacates com facilidade, até porque os galhos vergavam e abaixavam sob o peso dos enormes frutos. Era só, quando muito, utilizar um banquinho apara alcança-los sempre respeitando a linha vertical imaginária de nosso quintal.

Interessante que as safras eram tão generosas que alguns tios que moravam no Rio de Janeiro, quando vinham nos visitar levavam abacates para casa, como se tivessem ido visitar o sitio de um parente. Vejam que, embora gostássemos dos abacates, que saboreávamos, em geral, cortados ao meio e retirado o caroço, enchendo a cavidade com açúcar e limão, ainda asim sobrava para dar. Comíamos também batido com leite. Pois é, como disse, apesar de gostarmos muito e comermos muito, ainda assim eram suficientes par dar aos tios visitantes.

O que eu imaginava tratar-se apenas de uma boa relação de vizinhança, posto que nunca houve questionamento por parte da dona do abacateiro, não obstante, ainda, as turras com que eu vivia com o filho dela, chamado Paulo, na verdade, e hoje sei disso, era um direito assegurado por lei, no caso o Código Civil, ao regulamentar a questão dos frutos pendentes. Mas quem recisava de leis, se havia o bom senso a presidir as relações de vizinhança? Se tinhamos que suportar as folhas que caiam em nosso quintal, porque os galhos invadiam  nosso espaço aéreo, parecia óbvio que os frutos destes galhos nos pertenciam.

guacamole

Nunca fizemos guacamole por falta absoluta de informação sobre esta iguaria da cozinha mexicana.

guacamole


3 comentários:

Gusmão disse...

Que abacateiro, hein?
Muito generoso no dar frutos.
Abraços
Gusmão

Jorge Carrano disse...

E você precisava ver o tamanho dos abacates. Em média, umas 400 gr cada um. Os agalhos curvavam tal o peso dos frutos. Ou mais um pouco. O abacateiro esta plantado a cerca de 2 metros de distância do muro de divisa de nossas casas.
Abraço grande para você Gusmão.

Jorge Carrano disse...

Hoje, dia 20 de julho, minha mulher viu na loja do Hortifruti, na Rua Alvarez de Azevedo, abacate sendo vendido em bandas. Ou seja, o freguês poderia comprar apenas meio abacate. Em média pesavam 500gr.
O preço estava a R$4,60 o quilo.