29 de junho de 2011

Cidadão do mundo

Faz pouco tempo, o Ricardo Wagner, meu primo e colaborador deste blog, teve publicado um post, no qual abordou os aspectos de cidadania e nacionalidade.

Ontem li uma noticia de que apenas um acertador de uma destas loterias amealhou mais de 70 milhões.

Juntando os assuntos, diria que se rico fosse, ou ficasse assim num instante, viraria, com certeza, cidadão do mundo. Não se trata de rejeitar a nacionalidade brasileira, mas sim adotar muitas outras pelo mundo afora.

Para começo de conversa, acompanharia o sol. Muita gente quer sombra e água fresca; eu quero sol e água gelada. O sol é elemento fundamental em minha vida. É responsável pelo humor, pela disposição, pelo meu prazer de viver.

Tirante este fato, de pretender ir e ficar onde o sol estivesse brilhando, alguns outros locais, por esta ou por aquela razão, mereceriam minha estada por algum tempo.


Vejamos. Gostaria de estar em Londres quando da realização do Torneio de Tênis de Wimbledon, o mais antigo (é de 1877), o mais elegante, o mais charmoso, o de maior prestígio e o mais tradicional, menos por ser o mais antigo, mas por manter regras rígidas que fazem toda a diferença. Por exemplo, o branco ainda é exigido dos competidores.

O público, educado e elegante ajuda a compor todo um clima de prazer em estar presente.


Passaria uma temporada, melhor, temporadas, em épocas aleatórias, na Borgogna. Além das belezas naturais da região, com suas são encostas suaves e do verde de sua vegetação, tem os famosos - com toda justiça – vinhos.

A Borgonha é uma das regiões mais encantadoras da Europa. A região combina uma beleza única com vinicultura, gastronomia e arquitetura medieval.

Fazendo de Dijon, sua capital, o ponto de referência, iria visitar os inúmeros Domaines. E provar os diferentes rótulos que são produzidos por lá.






Não vou me arvorar em descrever castas e vinhos, pois esta érea é do Carlos Frederico, mas vou frisar que esta é a terra do Romanée-Conti, e a Pinot Noir é a principal uva da região. Este vinho fez a cabeça do ex-presidente Lula, lembram? Ele até amenizou o discurso.





Indo em direção a cidade de Lyon, eu passaria pela grande região de Beaujolais, lindíssima, mas bem diferente do restante da Borgogna, com grande presença da uva Gamay, e que construiu a fama de produzir vinhos populares de grande frescor, cítricos agradáveis. Todo mundo conhece, pelo menos de nome, o Beaujolais Nouveau, que os experts rejeitam, mas que tem um grande apelo promocinal.

Meu próximo destino poderia ser, se verão, a Costa Amalfitana, um trecho de 60 km do litoral da Campânia, entre Sorrento e Salerno, servido por uma estrada costeira que é uma passarela estreitíssima, esculpida, em boa parte, no precipício.   E  naquelas escarpas existem belas residências.                                                                     

Fica a apenas 56 km de Nápoles e a 280 km de Roma, no sul da Itália. A rota da Costa Almafitana, oferece uma vista repleta de penhascos verdes debruçados sobre um mar indescritível. Muita gente bonita, de toda a Europa e também da América do Norte.


 Estava na Borgogna e poderia ter ficado na França para ir até Cannes uma   cidade    do sul do país, situada à beira do mar Mediterrâneo, na Costa Azul (Côte d'Azur).

Mas não era a época do famoso festival de cinema, o mais célebre do mundo, que reune astros e estrelas de toda parte.  Então deixaria para ir quando do festival que se realiza anualmente.

Desta vez não sairia da França para depois voltar. Iria passar uns dias no vale do rio Loire (pronuncia-se luárr) que é conhecido e marcado por seus belos castelos - Amboise, Chambord, Villandry e Chenonceau, entre outros - e conhecido como o Jardim da França e o Berço da Língua Francesa. Na região ficam as cidades históricas de Amboise, Angers, Blois, Chinon, Nantes, Orléans e Tours, segundo meu catálogo.

Os castelos são mais de trezentos e, atualmente, servem como propriedade privada e habitação; alguns abrem suas portas para visitas turísticas, enquanto outros são exploradas como hotéis ou albergues.

Certamente me hospedaria num deles.

É lógico que existem centenas de outros lugares e eventos pelo mundo que eu visitaria ou aos quais compareceria. Mas deixo por conta da imaginação de cada um fazer seu próprio roteiro. Lembre-se que você ganhou na loteria.

Não pode fazer como o português que ganhou uma bolada e quando lhe perguntaram quais eram seus planos, respondeu que queria uma casa com piscina, onde ficaria até às 8 horas da manhã e só lá pelas 10 horas é que pegaria seu primeiro carreto.

9 comentários:

Gusmão disse...

Meu roteiro:
Fernando de Noronha, depois as prais de Trancoso, Canoa Quebrada, Búzios, Camboriú e outras igualmente lindas.
Cidades históricas de Minas (Mariana, Sabará, etc), Gramado, Pantanal, Amazônia.
E tudo pago com reais e com financiamento da CVC.
Abraço

Jorge Carrano disse...

Gusmão,
Se tiver lido ou vier a ler este seu comentário, minha irmã irá concordar inteiramente com você.
Ela também acha que o Brasil não fica nada a dever ao estrangeiro, com relação a localidades e monumentos históricos. Belezas naturais então nem se fala.
Talvez ele acrescentasse a sua lista, as cidades de Angra do Reis e Paraty.
Abraço

Carlos Frederico disse...

Se eu ganhasse essa "bufunfa" toda, entraria em depressão imediata. Depois, talvez com a ajuda de um excelente ($$$) psicoterapeuta tentaria sair dela. E quem sabe então começar a programar o passeio...

Por quê? Porque meu vigor e saúde ficaram lá pra trás, e do jeito que estou ficaria absolutamente arrasado de não poder curtir um décimo do que gostaria.

Por isso não jogo, logo não me arrisco a ganhar.
Mas entrarei na conversa, no próximo comentário.

Carlos Frederico disse...

A primeira coisa que eu faria era mudar imediatamente de país. Prá onde? Não sei, talvez não precisasse ser num só. Uma casinha nos EUA (pra agrado de Paulo), uma na Alemanha (Bavária), talvez outra em Portugal, para descansar os ouvidos (ouvir o dia inteiro inglês e alemão ninguém merece).

No entanto, provavelmente não moraria mais no Brasil. 60 anos já tá bom demais. Quais os lugares que gostaria de visitar e as coisas que gostaria de fazer? Daria um post inteiro!

Só pra não deixar esse comentário sem fechamento, passar uns dias num hotel castelo europeu e visitar a Abadia de Saint Michel (França) seriam duas coisas imperdíveis, além de pelo menos 1 mês na Áustria. E tudo isso com um guia/motorista e assessor pessoal, já que não gostaria nunca mais de esquentar minha cabeça com as agruras de viagens...

Jorge Carrano disse...

Carlos Frederico,
Meu projeto de andarilho pressupunha não ter raízes em lugar nenhum. Logo "possuir" casas estaria fora de cogitação. Possuir implica pagar impostos, ter quem faça manutenção, estas coisas todas desgradáveis.
Quanto a Austria, escrevo reafirmando o que já disse neste blog: adorei Viena. Povo elegante, educado, amante das artes (sobretudo da música), e a cidade também é legal.
Agruras de viagem são minimizadas se você tem muito dinheiro, que era a nossa hipótese (acertamos na loteria, lembra?); então as viagens seriam na primeira classe e não no desconforto da classe econômica, pode-se alugar automóveis com motoristas/guias para facilitar a locomoção nas cidades no exterior (embora o GPS) e outras facilidades que o dinheiro oferece para quem sabe. O caso do Thor, filho do Eike, é um clássico de pérolas aos porcos.
Abraço

Carlos Frederico disse...

É, Carrano, a idéia de ser milionário é tão estapafúrdia que me esqueci das benesses que traz. No entanto, sinto necessidade de ter um lugar só meu para descansar os ossos. E a idéia que faço desse lugar inviabilizaria sua localização no Brasil. Esse ponto é inegociável. O fato de pensar em 2 moradias pra mim faz sentido porque eu gostaria de ter uma na América e outra na Europa. O resto, em sendo milionário, eu iria me acostumando.

Jorge Carrano disse...

Carlos,
Pense bem: se você imobiliza parte substancial do que hipotéticamente ganhou na loto, comprando imóveis, na Europa e na América, já vai reduzir sua disponibilidade financeira. Se, ao contrário, você fizer aplicações financeiras, de boa liquidez e segurança (talvez no exterior), você sempre poderá alugar um lugar, por temporada, para descansar os ossos, quando tiver vontade, com a vantagem, até de poder variar o país para o tal descanso.
Lembre-se que possuir imóveis, implica ter empregados de confiança, equipar, pagar impostos e taxas...
Mas se você insisti em comprar imóveis na Europa e na América do Norte (rsrsrs) não deixe de me fornecer os endereços, pois posso fazer de suas casas minhas pousadas nestes locais. Ou não?
Abraço

Gusmão disse...

Alô Frederico! Também vou querer visita-lo em Portugal. Pego o endereço com o Carrano.
Saudações
Gusmão

Carlos Frederico disse...

Essa conversa, milionários à parte, vai longe... Tem gente que aceita morar alugado. Eu não. Sinto necessidade de adequar onde moro ao meu jeito, colocar as minhas coisas nos lugares que eu determinei... Sim, conheço gente que faz isso mesmo em imóveis alugados, mas não é a mesma coisa, pra mim.
Não sei se tem a ver, mas dizem que tenho parentesco com gato (significando grande apego à moradia).