Muito escrevi neste espaço sobre políticas afirmativas
raciais. Estabelecimento de cotas etc.
Também escrevi bastante sobre santos, não o clube paulista,
mas as entidades que num primeiro grau de jurisdição atendem nossos pedidos,
alguns até bizarros, e atenuam nossas aflições.
Aí um dia resolvi juntar os dois temas e falei de cotas
raciais no Vaticano, na hora de canonizar.
Agora o tema racismo, de novo, ganha repercussão na mídia mundial,
por causa da premiação do Oscar, em Hollywood.
Alguns atores, acho que liderados por Will Smith e sua mulher
Jada Pinkrett Smith, promoveram uma
campanha de boicote ao Oscar, sob considerar a falta de indicação de negros na
disputa da estatueta nesta edição.
Casal Smith |
A campanha carreou muita gente. Alguns poucos se manifestaram
contra o movimento, embora não contra os negros.
Olha aqui, já falei e repito que não sou racista, não sou
preconceituoso. Ou sou, mas meu preconceito é contra a falta de educação, o desleixo
na higiene e apresentação pessoal, a preguiça e a acomodação.
Estou com Walter Williams (http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2011/03/walter-williams.html)
que entende que as políticas afirmativas generalizadas só prejudicam e reforçam
o aparecimento de estereótipos.
É claro que fico indignado quando ocorrem comportamentos discriminatórios
específicos contra um negro, de qualquer classe social. Os meios de comunicação
dão muito destaque quando a vitima é uma atriz conhecida ou um jogador famoso.
Mas são milhares os casos de pessoas anônimas que sofrem o preconceito.
Cada um deles, de per si, teria a minha solidariedade e apoio,
se o caso. Mas não me engajaria em movimentos coletivos genéricos, que coloquem
minorias (acho graça colocar os negros e
mulheres como minoria), em tese, como vítimas.
Outro negro bem sucedido e respeitado no mundo literário _
João Ubaldo Ribeiro – também se colocava contra estas políticas de cotas e
achava sem cabimento a questão da imputação de culpa aos brancos (apenas) pela
escravidão.
Lembrava, com propriedade, que na África eram negros que “caçavam”,
prendiam e acorrentavam os negros que seriam vendidos nas Américas.
Na questão dos atores que se consideram discriminados, minha
posição é a mesma de um diretor que admiro (menos um pouco como ator), que se
popularizou como cowboy e conhecido artisticamente
como Clint Easwood (http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2011/06/clinton-eastwood-jr.html),
que chamado a opinar disse: “Existem milhares de pessoas, e a maioria nunca
ganhou um Oscar.”
Clint Eastwood |
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