3 de julho de 2011

Puladas de cerca

Não! Tranqüilizem-se, não vou voltar a falar de minha experiência de morar no campo.

Esta pulada de cerca é aquela famosa traiçãozinha, coisa pouca, tiquinho de nada, que o marido ou a mulher faz durante o casamento. Como não tenho experiência própria no assunto falarei pela boca de outros, e com base na experiência deles.

Um amigo me contou que traiu poucas vezes; contariam-se quantas nos dedos, incluindo os artelhos. E ria pelo chiste.

Mas, segundo contava, foram poucas e sempre por razões fortes e compreensíveis.

A começar o pavor de não dar no couro, não corresponder às expectativas. Homem detesta comparações, principalmente se ele não for colocado no topo

A segunda razão é inversa. Há o risco de agradar e a mulher não largar mais o seu pé (?). Em outras palavras, ela gosta e fica assediando o resto da vida. Quem não quer trocar de mulher, está feliz e satisfeito com a que tem, vai achar um saco aquela insistente.

Uma terceira razão seria o risco de você gostar muito, dizia, e querer trocar de mulher. Ou manter sempre as duas e alternar em função de TPM, menstruação e alterações de  humor.

Ele contava algumas destas aventuras e frisava que não haveria mais a mínima chance de recaída, porque “sossegara o facho.” Lecionava que por mais cuidadoso que você seja, sempre ficam rastros e a mulher, a oficial e companheira, acaba desconfiando. E arrematava, como conselho: “não admita nunca, negue sempre mesmo diante de todas as evidências e até provas materiais”. E lembrava a piada do baton na cueca.

Bem, eles estavam casados há muitos anos; e se amavam e respeitavam, aparentemente.

Como dizer que respeitava a mulher se a traiu desavergonhadamente? Respondia tranquilo: “Simples. Existem situações nas quais o homem não tem como se furtar da pulada de cerca. As mulheres, de uns tempos a esta parte, principalmente depois da revolução da queima dos sutiãs, partiram para o ataque. Em algumas ocasiões seria impróprio, inadequado e até perigoso não pegar. Você acaba com a pecha de "bicha", e sua mulher não há de querer isso."

Pois é, já foi assim, homem que era homem, tinha que traçar todas, principalmente se davam mole.

Este amigo tinha uma tese: “não existe amizade desinteressada, platônica, tipo maninha, entre homem e mulher. Ou um ou outro está a fim do outro e quer sexo”.

4 comentários:

Ana Maria disse...

Que absurdo! Mas, melhor ler isso que ser cega.

Jorge Carrano disse...

Desculpe, mas aponte o absurdo. Eram outros tempos quando estas conversas e estes fatos ocorreram. Agora piorou.
Hoje o homem é uma caça indefesa frente a predadoras impiedosas que comem todos que conseguem alcançar.(rsrsrsrs)
Um beijo, maninha.

Anônimo disse...

Antigamente, anos 60, a gente preferia paquerar mulher casada, pois dava menos problema. Ela mesma cuidava da discrição e, raramente, engravidava. Já as solteiras de vez em quando apareciam grávidas e era um "deus no acuda".
Para quem nos chama de machistas, hoje, lembro da piada corrente naquela época, de que não existe mulher difícil, só existe a mal cantada.kakakaka

Jorge Carrano disse...

A piada mais machista que já ouvi, do meu amigo Marcos (sobrenome preservado) foi de que "mulher é muito bom, mas tem peças demais".
Minhas amigas, nada tenho com isso, só reproduzo.
Todas as peças das mulheres são importantes e valiosas.
Beijos