20 de junho de 2014

Hino cantado à capela

Acho um equívoco este “nacionalismo” manifestado em partidas de futebol, através da cantoria do hino nacional.

A primeira e menos importante razão é que as normas devem ser respeitadas. Se não são adequadas lutemos pela modificação das mesmas.

Ordem e disciplina não fazem mal a ninguém, Antes pelo contrário. E se há normas em vigor, devem ser cumpridas.

E esta prática esta se disseminando entre os países Sul-Americanos, como Chile e Colombia, cujas torcidas estão fazendo o mesmo. Desculpem os maus modos, mas exatamente como nós, países atrasados em educação.

Há um protocolo, e ele é sempre necessário, a ser seguido. E isto não ocorre apenas nas partidas de futebol. Na Fórmula 1, automobilística, por exemplo, são determinados xis minutos para cada hino, ou seja, do país da equipe vencedora, e do piloto vencedor.

E assim será durante as Olimpíadas em 2016. Cada atleta ou equipe vencedora escuta, do pódio, quinze minutinhos de seu hino e pronto. Quem irá transgredir?

Atingido o tempo limite, esteja onde estiver o hino, cortam o som, e pronto!

Mas, voltando ao fio da meada, a meu juízo o maior equivoco está em confundir as coisas e misturar torcida com patriotismo.

O que está em jogo numa partida de futebol, mesmo que pela Copa do Mundo, não é o prestígio, a soberania  e o respeito ao país. O que está em disputa é o futebol, ou a qualidade do futebol praticado por aquele país. E digo mais, qualidade pontual, porque a história registra fases melhores ou piores, gerações mais ou menos qualificadas, haja vista existirem oito países que conquistaram o título.

Achar que a seleção é a pátria de chuteiras é coisa de marqueteiro. Despertar o orgulho nacional via futebol é uma coisa menor. O orgulho nacional deveria ter origem na qualidade de vida. Neste particular lembro de um primeiro ministro canadense (perdão, pois lembro do milagre, mas não do santo) que indagado certa feita, respondeu que seu país não estava preocupado em ser potência mundial, mas sim em ser feliz.

O caminho é mesmo este ou bem próximo a este.

Por que  a FIFA não adota o modelo da Liga dos Campeões da Europa, patrocinado por ela e pela UEFA, quando antes das partidas, que em geral envolvem equipes de países diferentes (raramente são do mesmo país), não há execução de hinos nacionais e sim do hino oficial da competição. E todos ouvem e respeitam?

O hino nacional divide, inflama e apaixona, quando a competição deveria ter um viés de unir os povos, diminuir diferenças, irmanar.
É só futebol gente. Ou vocês acham que a Suiça e a Suécia, por exemplo, são infelizes porque nunca venceram uma Copa do Mundo? E não são respeitadas no cenário mundial porque o futebol deles é primário?

E para arrematar. Quando dezessete técnicos que dirigem as seleções na competição têm nacionalidade diferente, sete jogadores nascidos no Brasil defendem seleções estrangeiras, sem contar que dois irmãos de sangue, Jérôme e Kevin-Prince Boateng, defendem as cores de diferentes países, um a Alemanha e o outro Gana, fica e ficará cada vez mais difícil vincular as seleções aos berços.

17 comentários:

Freddy disse...

Hoje poderá estar selada a passagem de volta da Inglaterra, bastando para isso que Itália x Costa Rica empatem. Vai ser o melhor jogo dessa 6ª feira, bom para ver almoçando ou lanchando no sofá da sala (bem, ao menos para aposentados como eu). Depois degustaremos França x Suíça mas Honduras x Equador, já de noite, é dose pra mamute!
<:o)
Freddy

Riva disse...

Uma pena o blog não permitir que coloquemos fotos nos nossos comentários. Vou mandar por email.

Tudo isso postado e comentado é fruto da irreversível globalização. E por isso fica até difícil se torcer pela seleção, da forma que torcíamos antes. Eu já até escrevi aqui que não reconheço nesse grupo os representantes do Brasil.
Na minha opinião, jogador que sai do Brasil vai com Deus, mas sabendo que não vestirá a amarela.

Riva disse...

Intervalo e a Costa Rica é a líder do Grupo da Morte, que tem 3 campeões mundiais......que coisa !

E essa ratazana chilena, que já apronta há tempos nos jogos da Libertadores, quase aprontou hoje, garfando a Costa Rica !

Jorge Carrano disse...

No apelidado "grupo da morte", com três campeões mundiais e mais um seleção que ninguém lembrava o nome, aconteceu o imprevisível. A zebra, a desconhecida, ganhou duas partidas, com autoridade bom futebol e bons valores individuais, e mandou dois campeões mundiais para casa antecipadamente.
E a Itália deu sorte de ter saído o Campbell no time da Costa Rica, porque se é ele que está jogando nos minutos finais e não o Ureña, o resultado seria pior para a equipe italiana.
A Itália mesmo com o empate a seu favor, é séria candidata a partir de volta. O time é simplesmente
M E D I O C R E.
Tirante o Pirlo, que joga o futebol clássico, como Didi, Gerson, Ademir da Guia, Dirceu Lopes e alguns poucos outros no Brasil,m os outros são medianos e uns dois são pernas-de-pau.
Torcerei muito para o Uruguai.

Jorge Carrano disse...

Quero dar as boas vindas ao João Batista, mais um seguidor que chega hoje ao blog.
Pode ir palpitando, dando pitacos e informações, caro João .

Ana Maria disse...

Copa do mundo pressupõe competição entre diferentes países com vistas ao reconhecimento de supremacia, ainda que apenas em uma atividade (no caso o futebol) Esta disputa está vinculada ao exercício de cidadania, o que justifica o exacerbado nacionalismo que observamos.
Também acho imprópria esta mistura de interesses, principalmente em esportes profissionais. Nestes, entra em jogo enormes interesses financeiros por parte de jogadores, países e dos organizadores. Este interesse financeiro é o responsável pela violação ou criação de leis absurdas, como já foi divulgado exaustivamente na imprensa.
Por este motivo não sou torcedora na acepção da palavra. Tenho simpatia por um time ou profissionais, mas não coloco minha felicidade nem meu fracasso nos pés dos atletas.

Freddy disse...

Costa Rica faz história na Copa: em apenas 2 partidas, bate 2 campeões mundiais e manda um terceiro pra casa mais cedo. Fantástico!
<:o)
Freddy

Jorge Carrano disse...

Vou confessar uma coisa, gostaria de ter uma irmã como Ana Maria.
Perfeita análise conjuntural com um raciocínio lógico perfeito.

Freddy,
A Costa Rica não mandará apenas um campeão mundial para casa: mandará dois, porque o Uruguai e a Itália irão se matar e um sobra.

Riva disse...

Freddy resumiu o histórico feito da Costa Rica.

Estou vendo o massacre francês sobre a Suiça .... Fondue !! rsrsrs

Copa é um torneio. A Italia está com o regulamento debaixo do braço, as always .... defendeu a derrota de 0x1 para Costa Rica, para ter o empate contra o Uruguay - jogo imperdível ! vai ter mortos e feridos kkkkkkkkkk

Favoritos ? A COPA real ainda não começou ... os mata-matas vêm aí, e então, como dizia meu querido pai, Fred March, "vamos ver quem tem garrafas vazias pra vender".

Jorge Carrano disse...

Para quem acompanha os campeonatos europeus, a fragilidade hoje da zaga da Suiça não é novidade. Tanto Djourou quanto Senderos já jogaram no Arsenal. Nunca se firmaram como titulares e na verdade me deixavam nervoso com suas falhas monumentais.
E este zagueiro que entrou no time francês no final, o Koscielny, que também joga no Arsenal foi responsável pelo segundo gol suiço.

Riva disse...

Tudo aperitivo para quando começar a Copa, nas Oitavas de Final.

A França é uma surpresa, para mim. E vamos em frente !

Ana Maria disse...

Ouvi comentários na TV que a Suíça era cabeça de chave e a França só entrou na repescagem. Os favoritos que se cuidem que Costa Rica e Uruguai estão na área. rs

Jorge Carrano disse...

O Uruguai também entrou na repescagem, Ana Maria.

Jorge Carrano disse...

Três técnicos colombianos dirigem três diferentes seleções que não a do próprio país, que é dirigida por um argentino.
A Suiça tem um jogador de nome Rodriguez, que é filho de espanhol e chilena, que por acaso nasceu em Berna.

Ana Maria disse...

Xiii. Agora deixei patente minha ignorância futebolística. Sorry!

Jorge Carrano disse...

Fica triste não, Ana Maria. Tem muita gente que pensa que conhece e não sabe nada. Tem gente que assisti jogo e não vê o jogo.
Bola pra frente!

Freddy disse...

Tudo o que estamos vendo é fantasia. Os heróis de hoje podem ser os apedrejados de amanhã. A festejada Costa Rica pode levar uma tunda da Inglaterra só para se colocar em seu lugar e depois outra tunda nas oitavas, e ninguém mais se lembrará dela.

O campeão pode estar ainda perdido no meio de tabelas e possibilidades, fazendo conta para se classificar (lembrem-se de 1982). Um erro de juiz muda um resultado que jamais voltará atrás, mesmo com replays e afastamento do recalcitrante.
Por isso o Brasil até pode ser campeão, apesar de Alemanha, Holanda e Argentina.
<:o)
Freddy, ainda festejando a eliminação da Inglaterra.