11 de abril de 2014

Memórias do Pé Pequeno - III





Por
Carlos Frederico March
(Freddy)











Como já abordado nos textos anteriores, o bairro era todo de ruas de terra até o início da década de 60. Pouca gente possuía carro. Quem não se lembra da exclamação “Pára a bola!”, para que um raro automóvel passasse interrompendo o racha (que hoje em dia é chamado de pelada)? Demorou muito tempo até que jogar bola na rua se tornasse inviável pelo aumento do tráfego.  

Para sairmos para o mundo, como ir à escola, fazer compras, trabalhar se fosse o caso,  precisávamos caminhar até o Largo do Marrão para conseguir condução. Contudo teve uma época em que circularam pelas principais ruas as chamadas lotações, pequenos ônibus sem trocador. Isso durou pouco, pois não era rentável e ainda trazia incômodos à segurança das crianças, que ainda tinham o hábito de brincar na rua em bandos. 

Numa época em que quase ninguém tinha telefone (e só tinha fixo), a gente saía pra brincar pelas ruas do bairro e sabia a hora em que teria de voltar para as refeições ou banho. O limite noturno, a menos de previamente autorizado, era 22 horas! Desrespeitar essas regras simples era ser punido com o castigo de ficar preso em casa por uns dias, sem poder brincar com a turma.  

O progresso foi chegando. Se não me falha, primeiro as calçadas foram sendo cimentadas ou revestidas de piso duro.  Alguns anos depois a prefeitura começou a  asfaltar as vias principais. Isso alterou significativamente nosso lazer.  Pudemos descer tanto a Itaocara como a Itaperuna de carrinhos de rolimã!  


Rua Itaocara, final dos anos 60
Quando ao futebol, custou a que nos acostumássemos, pois se antes jogávamos descalços, as bolhas do atrito com o asfalto logo nos estimularam a usar tênis. Tombos antes corriqueiros na disputa sobre terra fofa passaram a ser trágicos. Mesmo assim a Rua Macaé, minúscula ligação entre Itaocara e a Itaperuna, serviu de campo por longo tempo, por ser uma das últimas a ser asfaltada. O tráfego de veículos por ela era praticamente inexistente.  

Pouco depois chegou a iluminação a vapor de mercúrio, que possibilitou jogos da turma à noite! Não apenas os rachas,  mas também grandes gincanas envolvendo as meninas, como jogos de queimado, de bandeirinha, de coelho na toca,podiam agora ser realizados com boa visibilidade. 

Uma das pendências relacionadas com texto anterior se refere ao Cinema Mandaro, na esquina da R. Dr. Paulo César com a R. Mangaratiba, em pleno Largo do Marrão. Não era pequeno, digamos que tinha porte médio, mas a programação era fraca. A gozação geral era na Semana Santa. Inevitavelmente todo ano passavam dois filmes: “A Vida de Cristo” e “Marcelino, Pão e Vinho”. Eu gostava de pilheriar dizendo que a fita da Vida de Cristo era tão antiga que era encenada pelo próprio Jesus Cristo e seus apóstolos!  


Cinema Mandaro

Que eu saiba, até o momento essa é a única imagem do Cinema Mandaro na rede. Se alguém tiver outra, eu e os demais internautas agradeceremos se recebê-la.  

Obviamente a turma adorava fazer arruaça lá dentro. Não eu, que era um dos mais sossegados personagens do Pé Pequeno (será? - ver abaixo), mas houve caso de colega que conseguiu entrar com uma galinha dentro da japona (aquele casaco antigo azulão  tipo militar que foi moda durante um tempo). Obviamente ela foi solta durante a sessão!  

Teve gente que soltou bomba chilena, mas a maior parte das brincadeiras se resumiu a acender o famigerado “barbantinho cheiroso”, que exalava um insuportável cheiro de enxofre e bicho morto, praticamente obrigando a sessão a sofrer uma parada para ventilação do salão.  

Embaixo do cinema, na esquina, tinha uma lanchonete que era nosso quebra-galho nas noites em que saíamos para andar sem destino ou visitando colegas aqui e ali e dava aquela fome. Na mesma calçada, a Padaria Niteroiense e uma boa farmácia. 

Também embaixo do cinema, ao lado da portaria, havia uma lojinha que foi minha “razão de viver” por um longo tempo! Era um misto de papelaria com loja de fogos. Ali eu comprava canetas, artigos de escritório em geral, e principalmente papel de seda! Como já vinha adiantando nos relatos anteriores, passei a maior parte de minha infância e adolescência fazendo e soltando cafifa e balão, as famosas temporadas anuais!  

Comprava papel de seda nessa papelaria e linha 10 ou Rococó 1 num outro próximo. Quando entrava o mês de junho, papai ia comigo e a gente comprava uma boa quantidade de fogos para uso durante as festas juninas. Volta e meia, eu fazia uma reposição de alguns dos itens, como bombas e morteiros. Sim, naquele tempo eles vendiam isso para crianças.  

Abro aqui uma linha de argumento. Toda pessoa gosta de ser reconhecida por algum motivo. Uma habilidade, uma profissão, um desempenho. Na minha adolescência e início de juventude, enquanto morador do Pé Pequeno, calhou de vir a ser reconhecido pela minha habilidade de fazer e soltar balão. Na época, apesar de ser oficialmente crime (desde décadas atrás), era uma atividade tolerada. Festas juninas não existiam sem balões e no mês de junho o céu ficava coalhado deles.  

No bairro, para não dizer nas redondezas e até em Santa Rosa, sabia-se quem era o “dono” dos balões soltos. A gente se reconhecia pelo local de subida do mesmo. Saiu daquela altura da Rua Itaocara, era do Carlos (como eu era ali conhecido)! Escusado dizer que só uma vez me ocorreu soltar balão fora de minha casa, dado que ele não seria identificado como de “minha autoria”.  

Alguns dos demais pontos de referência baloeira próximos (rivais em potencial) eram uma turma na Rua Itaguaí e uma no topo da Rua Maricá, provavelmente no Campinho. Visíveis por nós, no entanto bem distantes, tinha um grupo ao lado do Clube Marieta (R. Américo Oberlander, Santa Rosa), responsável pelos mais belos e rebuscados balões da época, e pouco mais à frente o ídolo de muitos baloeiros: Brasil, morador da Rua Leandro Motta. Como ele era hiper conhecido e soltava balão ostensivamente na rua em frente à sua casa, com isso juntando muita gente para assistir, acabou sendo flagrado pela Polícia e teve seu estoque de balões apreendido. Nunca mais ouvi falar dele.  

Eu e meus pares tínhamos noção do perigo, tanto assim que nossos balões eram soltos discretamente, sem qualquer alarde. A gente se enganava tentando usar argumentos para aplacar nossa consciência. Um deles é que nossos balões não eram exatamente grandes. Além disso, toda a equipe estava pronta a acorrer imediatamente ao local que uma bucha caísse se o balão pegasse fogo (como acontecia de vez em quando). As ruas tinham poucos carros, as casas poucos varais de roupa. O perigo maior se resumia basicamente a incêndios por balões que caíssem desatendidos. 

Só que, como disse, soltar balão era tolerado, sendo uma das atividades periódicas anuais das crianças e jovens, como soltar cafifa duas vezes por ano. Havia turmas que varavam noite atrás de balões, alguns em furgões e dotados até de binóculos. Ao menos nas redondezas, não havia um balão sequer que caísse, grande ou pequeno, a qualquer hora do dia ou da madrugada, que não tivesse gente correndo atrás e cuidando que não houvesse maiores danos.   

Parêntesis: já naquela época havia o perigo deles caírem em refinarias no Rio, mas admito que essa hipótese, a gente morando tão longe em Niterói e os balões sendo relativamente pequenos, não nos incomodava. 

Faz muito tempo que eu abandonei a prática. Primeiro, pela consciência adulta do perigo: não existe o “balão seguro”. Segundo, porque hoje os balões são tão grandes que extrapolam qualquer bom senso. Eu nem aprendi a fazer algo tão monstruoso como os que volta e meia ganham manchete nos jornais.  

Sobre cafifas, tenho a dizer que nas épocas corretas (janeiro/fevereiro ou agosto/setembro) eu passava boas tardes na rua ou no terraço da casa do Seu Lelé, um dos melhores pontos estratégicos do bairro. Era especialista em morcegos, sabia também fazer pião e arraia (tipos que não possuíam rabiola), mas não era muito bom na cafifa de rabo. O mais difícil era conseguir um bom bambu: maduro, seco, e que não “acostumasse”. Ou seja, após envergado, tinha de voltar à forma original infinitas vezes (modo de dizer).  

O cerol eu fazia socando vidro numa lata e coando com meia de senhora. Lembrem de post anterior quando eu relatei que meus pais me proibiam de moer vidro no trilho do bonde... As melhores matérias primas eram o vidro azul do Leite de Magnésia Philips, o de sal de fruta Eno e a garrafa de coca-cola. Não me perguntem por quê , mas eram os vidros cujo pó tinha o melhor poder cortante. A cola era de farinha de trigo rala, poucas vezes eu usei a que era considerada a melhor na época, a cola de madeira. O ás da região, o temido Haroldo das pernas tortas, morador do alto da Rua Itaperuna, fazia o seu cerol com polvilho, segundo contam.  

Os trilhos dos bondes pra fazer cerol logo desapareceram, com a introdução dos trolleybuses na cidade. No entanto, eles não deram muito certo. Os chifres escapavam com frequência, exigindo que o motorista ou trocador saltasse para recolocá-los no fio, e há relatos de choques em dias de chuva... Foram substituídos definitivamente por ônibus. 

A foto a seguir, tirada provavelmente em 1968, mostra-nos (eu, nosso pai e Paulo) sobre o terraço da nossa casa após uma reforma que durou anos. O terraço, que não é mostrado por inteiro, era apropriado para soltar cafifa e fazer festinhas de adolescentes, além de permitir observações astronômicas.  Nessa época ainda não tinha churrasqueira. O quintal abaixo, limitado pelos muros do terraço, era apropriado para soltar discretamente balões de tamanho mediano.  

A foto também mostra ao fundo casas da Rua Maricá, que sobe a encosta leste do vale, e no canto direito parte da casa de Seu Lelé e Mário Guilherme (consultar texto anterior). 

Eu, nosso pai e Paulo no terraço da casa, cerca de 1968.

Ainda há pendências prometidas, como por exemplo falar das casas do lado ímpar da Rua Itaocara, onde residiam alguns de meus melhores amigos e amigas. Ficarei devendo para o próximo. Terminarei este dando mais dois testemunhos.  

Um deles, confesso que pouco sei: trata-se do tal terreno baldio na curva superior da Rua Itaperuna (referenciar mapa do post # 1). Como também já mencionado anteriormente, a garotada mais atirada subia a encosta oeste, seja para brincar de escambida, seja para pegar balão ou cafifa voada.  

O que é escambida? Uma brincadeira de turma pegar turma, tipo polícia e ladrão, mas deixo a cargo de meu irmão Paulo (Riva) descrevê-la em detalhes. Eu nunca brinquei disso, além de raramente ter entrado no tal terreno... 

O outro testemunho é uma trágica lembrança. O Pé Pequeno, apesar do vale ladeado por morros, não é chegado a acidente de deslizamento de encostas, por mais que chova torrencialmente. Uma única vez isso ocorreu, no final da década de 60 ou início da de 70, não sei precisar. Um bloco de terra, lama e mata se despregou pouco acima da encosta acessível pelo terreno baldio e adentrou por trás de uma das casas da Rua Itaperuna, na altura da Mangueira. Destruiu tudo por dentro até a porta de entrada, matando uma menina...



Créditos:
Rua Itaocara e terraço: acervo pessoal
Cine Mandaro: Google

18 comentários:

Freddy disse...

A menos de algum esquecimento ou erro de contagem, este é meu 100º post nesse excelente blog.
Obrigado, Carrano.
Abraços
Freddy

Jorge Carrano disse...

Isso faz de você praticamente sócio do blog, caro Freddy.
Vou lhe mandar as contas de energia elétrica e do provedor, para que você reembolse a parte que lhe cabe no rateio das despesas (rsrsrs).

Freddy disse...

Irk!
Ainda bem que não vai me mandar a conta das "horas paradas" em sua atividade profissional, já que é você quem edita os posts!

<:O))
Freddy

Jorge Carrano disse...

Só mandarei a parte elativa a mão-de-obra (e emente de obra), depois de apurados os atrasos de INSS e FGTS. Estou recorrendo... (rs)

Jorge Carrano disse...

Agora falando sério. Só fui, que me lembre, uma única vez ao cinema Mandaro.
Acho que fui assistir um bang-bang com Audie Murphy.
Este ator, baixinho, era na verdade herói americano, condecorado por atos de bravura, mas só fazia faroeste classe "B".

Riva disse...

O famoso "pára a bola" nos rachas no meio da rua teve um dia traumático. Um dos amigos da turma era surdo-mudo ... Lalau, seu codinome. Pode ser visto nos dias de hoje passeando no calçadão de Icaraí com seu minúsculo projeto de cachorro. Nos vemos toda semana.
Pois bem, sempre um de nós, o mais próximo de Lalau no jogo, tinha a responsabilidade de segurar o braço dele para ele parar de correr, quando vinha algum carro, já que ele não escutava o "Pára a bola!!!".
E falhamos um dia, e ele foi pego em cheio por um DKW Vemag no racha da rua Itaperuna. E o motorista era o Chico, que morava na Mangueira, mas não jogava bola na rua conosco. Foi brabo ! Mas não voltou a falar ..... (rsrs).

Nosso 1º telefone fixo : 2-6158 ... inesquecível !

Uma observação : não passamos a usar tênis para rachar no asfalto. Continuamos a jogar descalços mesmo, com bolhas e escoriações generalizadas, em virtude dos tombos no novo piso.Se alguém aparecesse de tênis seria escurraçado com o famoso "molho" .... lembram o que era "molho" ? Porrada no cara rsrsrsrs !!

A mudança da iluminação pública para vapor de mercúrio acabou com a nossa divertida brincadeira de quebrar as lâmpadas incandescentes dos postes com tiros de espingarda de chumbinho.Uma vez fui flagrado por Seu Peri, vizinho traíra, e meu pai confiscou minha espingarda por um bom tempo.

O Cinema Mandaro era sensacional ! Já na adolescência, como Freddy mencionou, levávamos rolos de papel higiênico, barbantinho cheiroso, bombas Bebé, galinhas, para desespero dos "lanterninhas" do cinema. Volta e meia éramos expulsos da sessão.

O ponto alto foi a interdição do cinema por 1 ou 2 dias, em virtude dos sacos com pulgas que Vadinho e Wander jogaram dentro do cinema numa sessão vespertina, para desespero da platéia ! Até hoje não sabemos como eles arranjaram aquelas pulgas todas !! kkkkkkkkkkkk

Freddy não contou tudo sobre os baloeiros. Tinha o Brasil, concorrente ali de perto, em Sta Rosa, mas tinha outro concorrente dele na rua Itaguaí - esqueci o nome do cara .... era Palomba ?
Esse cara uma vez soltou um balão com 3 filhotes de gato pendurados, com pára-quedas de papel de seda, que se soltariam a uma determinada altura - um cigarro aceso comandava o corte do barbante para o bichinho despencar.
Lembro que salvamos um dos filhotes na rua Presidente Backer, ao lado do estádio Caio Martins. Os outros dois não tiveram a mesma sorte, porque os pára-quedas não funcionaram !

Trolley Bus : a tchurma infernizava os motoristas, tirando a haste dos fios, quando eles paravam no Largo do Marrão.

Que brincadeira é essa de Coelho na Toca ?? Era com as meninas ??? rsrsrs .... não lembro disso !



Jorge Carrano disse...

Caro Riva,
Sua infância, e parte da puberdade, não diverge muito de uma grande quantidade de outros meninos e meninas em outros bairros de Niterói, na época a que estão se referindo.
Lamento informar que você deixou de ser primário, com estas confissões (rs)e que agora sentirá o peso da lei se vier a transgredir a ordem vigente.
Atestado de bons antecedentes nem oferecendo propina à autoridade constituída.(rs)
Tsk, tsh, tsk, what a shame!

Riva disse...

Quero saber o que é Coelho na Toca .... hmmmmm

Freddy disse...

Por partes...
Eu não declarei o nome dos demais baloeiros por ética. O do lado do Marieta eu também conheço pelo nome.

Data venia (gostou dessa, Riva?) há um curto circuito de lembranças: o atropelamento de Lalau (grande figura, pessoa de raça e valor) se deu numa brincadeira de coelhinho na toca noturna com as meninas. Ele estava cercado por 2 meninas (na toca) e quando vimos que o carro não ia parar, todos pularam fora e o deixaram, coitado, no meio da rua!

Apesar de todos gostarem de Lalau, e isso era uma verdade incontestável, não era por isso que não o sacaneávamos vez por outra. Lembro de um bailinho na casa de Rosane (filha da minha professora de piano, D. Helda) em que a música parou e todos combinaram de continuar dançando... Era porque ele se guiava pela gente, já que não ouvia a música... Maldade! Mas numa boa, mix de bullying com amizade. Pode?

<:o) Freddy

Jorge Carrano disse...

Freddy e Riva,
Sugiro que informações sobre quem comia quem sejam dadas por e-mail. (rs)

Riva disse...

Freddy, eu estava no racha em que o Lalau foi atropelado, em frente à casa do Jalmir ..... ele foi atropelado 2 vezes ?? kkkkkkkkkk

E, de novo, o que é Coelho na Toca ?

Não saquei o lance da "ética" ....Freddy citou o baloeiro Brasil .... por que não citou os outros ??? não entendi nada !

FLUi

Jorge Carrano disse...

Também quero saber o que vem a ser "Coelho na Toca".
Conta! Conta! Conta!

Riva disse...

Como eu temia, o rico post sobre o Pé Pequeno tornou-se um assunto muito pessoal, entre Freddy e Riva.

Reparem que inexistem praticamente comentários de leitores sobre os diversos assuntos que já foram discorridos :
- características de um bairro dos anos 60
- brincadeiras da época
- balões
- cafifas
- cinemas da época
- automóveis
- serviços no bairro
- transporte público
- turmas formadas em bairros

Aguardemos a parte IV .....

Riva disse...

http://delas.ig.com.br/filhos/brincadeiras/coelhinho-sai-da-toca/4e3b209d5cf358183f000003.html

Li e não entendi nada, e não me lembro disso !

Freddy disse...

Data venia, de novo.
As memórias se confundem, não vou polemizar sobre o atropelamento de Lalau.
Não acho que venha ao caso entender "coelhinho na toca", mas Riva pode explicar escambida e não o fez.

Balões e cafifas foram abordados. Cinema no bairro só tinha um, foi citado. Serviços do bairro foram citados: padeiro no triciclo, vendedor de tringuilim, de sorvete, de peixe... Caminhão de leite na Padaria Leda, mercado... Transporte público no bairro foi citado (lotação, bondes, trolley). Turmas só conheço a minha, por isso pedi (tá certo, só no post IV) a colaboração de Riva com seus conhecimentos mais amplos que o meu a esse respeito.

Sobre os baloeiros, o único preso foi Brasil, portanto não tem problema citá-lo. Eu me expus de graça, mas não vejo sentido em nomear os demais.

Portanto, acho que Riva pode enriquecer o post com seus comentários pessoais sem risco de interferir com meu relato, aliás eu gostaria imenso que isso acontecesse. Justo para não ficar polarizado em MINHAS memórias.

Abraços
Freddy

Jorge Carrano disse...

Amigos Freddy e Riva,
Vocês não perdem por esperar quanto a comentários sobre os posts que abordam o Pé Pequeno.
Pela experiência posso afirmar, sem medo de errar, que mais dia menos dia, um antigo morador, ou um parente, virá comentar.
E o mérito não estará no texto, nem muito menos no prestígio do blog; mas sim na fantástica rede que chamamos de internet.
Todo mundo localiza todo mundo.

Riva disse...

Freddy, vc não entendeu minha observação ... eu comentei que os LEITORES não debateram aqueles diversos temas mencionados por você ... por exemplo, cada um comentando como era no seu bairro na mesma época, para comparar com o Pé Pequeno.

Escambida : já foi explicada em outro post - não me lembro qual.

De qqer forma, sua diferença para o "pique-esconde" era a necessidade de se tocar a pessoa descoberta e levá-la com vc até um ponto de encontro pré-determinado .... no "pique-esconde" , quando se descobria a pessoa escondida, tínhamos que correr e bater num poste, falando o nome da pessoa descoberta.

Continuamos zerados de comentários sobre os diversos assuntos mencionados no post. Uma pena.

Anônimo disse...

Parabéns com louvor 👏👏👏