13 de dezembro de 2014

Desagravos

MARINHA



AERONÁUTICA

A família de Nelson Freire Lavenére-Wanderley vem a público para protestar veementemente contra a absurda e mentirosa afirmação da Comissão da Verdade de que o referido seria responsável por qualquer tipo de crime em sua vida e/ou em sua carreira militar.

Sua vida inteira foi marcada por um espírito nacionalista, patriótico e de Homem de bem. Seus contemporâneos, no país e no exterior, que o conheceram, independente de credo político, guardam dele a melhor lembrança que se pode ter de uma pessoa honrada e de princípios. 

Suas virtudes são comprovadas pelos conhecidos, amigos, colegas de farda, familiares, por quem com ele conviveu ou o procurou e pela História da Força Aérea Brasileira registrada até ontem.

Mesmo após reformado, permaneceu se dedicando exclusivamente a assuntos vinculados à Aeronáutica, como historiador e conferencista.

Sem poder imaginar essa mentirosa insinuação que hoje lhe fazem e expressando seu amor à FAB ele disse: “A epopéia do Correio Aéreo Nacional não terminará; ela se transfere, de geração em geração. Sob novos tempos, ela prosseguirá impulsionada pelo anseio que empolga a Força Aérea Brasileira de servir à Pátria, de ser útil e de participar da integração e do desenvolvimento nacional”.

No decorrer do texto do relatório da comissão, seu nome surge pelo fato de que em 4 de abril de 1964, ao assumir o comando da 5ª Zona Aérea foi alvejado com tiros, dos quais 2 o acertaram, desferidos por um oficial a quem dera voz de prisão e que, ato contínuo foi morto por um 1 tiro dado por um terceiro oficial presente no recinto de seu gabinete.

O fato foi largamente divulgado por toda a mídia nacional, foi instaurado um inquérito para apuração dos fatos e um processo penal que absolveu, em todas as instâncias, o oficial que alvejou o insubordinado. Até a viúva do oficial morto, em carta aberta publicada no jornal O Globo, se manifestou elogiando o Comandante por ter mandado prestar honras militares ao oficial por ocasião de seu enterro.

Durante os depoimentos para comissão, a verdade foi distorcida, escamoteada e escondida para que o falecido fosse considerado vítima militar da revolução e justificasse uma indenização. Para isso então surgiu uma versão de que o mesmo teria sido vítima de rajada de metralhadora nas costas, com 16 perfurações apontadas numa perícia médica. 

Essa versão teve sua revogação pedida por participantes da comissão, mas esta optou por não discutir se a morte ocorreu por legítima defesa e salientou-se que o deferimento da versão já dada se concretizou por decreto presidencial e que a CEMDP não teria competência para revogá-la e assim permanece até hoje, conforme consta nas páginas 60 e 61 do Direito à Memória e à Verdade da Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da Republica, de 2007.

A acusação de crime é contra o Patrono do Correio Aéreo Nacional, título que lhe foi concedido, em 12 de junho de 1986, em reconhecimento à sua carreira militar e ao seu legado para a FAB. Principalmente, por seu pioneirismo no CAN, onde, junto com Eduardo Gomes, Lemos Cunha, Casemiro e tantos outros traçaram os caminhos que hoje unem a Nação Brasileira. 


Em Ordem do Dia do Comandante da Aeronáutica em 12 de junho de 2014, foi dito: “HOUVE UM DIA EM QUE PIONEIROS EMPUNHARAM O ESTANDARTE DOS BANDEIRANTES E COMEÇARAM A SEMEAR, POR ESTE IMENSO PAÍS, AS OPORTUNIDADES DO ENCONTRO, DA SOLIDARIEDADE E DA INTEGRAÇÃO. HÁ OITENTA E TRÊS ANOS, OS TENENTES NELSON FREIRE LAVENÉRE-WANDERLEY E CASEMIRO MONTENEGRO FILHO VENCERAM A SERRA DO MAR E FIZERAM DO 12 DE JUNHO DE 1931 UM MARCO DE PATRIOTISMO E TENACIDADE”.

O mesmo Homem que entre as inúmeras homenagens que a FAB lhe prestou ressaltamos apenas a última, ocorrida em 15 de outubro de 2014 quando foi inaugurado um auditório na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais da Aeronáutica com seu nome, é apontado no relatório final da Comissão Nacional da Verdade como responsável por crimes cometidos.

Não é justo, moral nem ético que a FAB que ressalta entre seus valores a liderança, como motivador de seus subalternos; o servir à Pátria, como essência de exemplo; a honra, como decoro da classe; a coragem, traduzida pela franqueza, perseverança e firmeza de atitudes e de convicções e a lealdade, como compromisso assumido com a Instituição e junto a seus superiores, pares e subordinados não se pronuncie a respeito dessa acusação.



EXERCITO

O general de Exército da ativa, Sérgio Etchegoyen, chefe do Departamento Geral do Pessoal, assina nota, em conjunto com a sua família: 

"Ao apresentar seu nome, acompanhado de apenas três das muitas funções que desempenhou a serviço do Brasil, sem qualquer vinculação a fatos ou vítimas, os integrantes da CNV deixaram clara a natureza leviana de suas investigações e explicitaram o propósito de seu trabalho, qual seja o de puramente denegrir", diz a nota. "Ao investirem contra um cidadão já falecido, sem qualquer possibilidade de defesa, instituíram a covardia como norma e a perversidade como técnica acusatória", prossegue a nota, acrescentando que, "no seu patético esforço para reescrever a história, a CNV apontou um culpado para um crime que não identifica, sem qualquer respeito aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa".

A família estuda formas de entrar na Justiça contra o relatório da comissão.

Esta é a primeira manifestação de um general da ativa, que integra ao Alto Comando do Exército, a condenar a conduta da Comissão Nacional da Verdade. O Comandante do Exército, general Enzo Peri, foi comunicado pelo general Etchegoyen da decisão da família de responder às acusações. 

Oficiais da ativa não costumam se pronunciar em relação a questões políticas, por conta de restrições impostas pelo Regulamento Disciplinar do Exército, deixando este papel, normalmente para os militares da reserva.

Desta vez, no entanto, o repúdio, do general veio em forma de uma nota de desabafo, de uma família que se considera atingida pela comissão, o que é, no mínimo, inédito. Oficiais consultados pelo Estado consideraram "legítima" a forma usada pelo general Etchegoyen e há preocupação de que outras manifestações aconteçam.

O general Etchegoyen já esteve envolvido em outro episódio em defesa do pai, que lhe custou 15 dias de prisão, em outubro de 1983, quando era capitão subcomandante do 3º Esquadrão de Cavalaria Mecanizada, localizado em Brasília. O então capitão de 31 anos reagiu às acusações à época comandante Militar do Planalto, general Newton Cruz, que convocou uma reunião com todos os cerca de 200 oficiais da área para atacar o funcionamento do Congresso e classificar como "incompetente", "frustrado" e "mau caráter" quem comparecesse às Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) da Câmara ou do Senado para prestar de depoimentos. Na época, o Congresso noticiara que convocaria o então general da reserva Leo Etchegoyen, pai do hoje chefe do DGP, para depor sobre a possibilidade de serem devassadas contas bancárias sigilosas de brasileiros em bancos da Suíça, que Leo Etchegoyen, quando era adido militar na Suíça, constatou que era possível, desde que o governo brasileiro solicitasse a providência. Só que o pedido nunca chegou.

Diante das críticas indiretas ao seu pai, o então capitão Etchegoyen, interrompeu a palestra do todo poderoso general Newton Cruz, avisando que entre os que iriam depor estava seu pai. O general Newton Cruz disse que não sabia e foi contestado mais uma vez pelo capitão que lembrou que não tinha como ele não saber porque aquilo estava sendo amplamente noticiado e afirmou que não admitia que a honra e a dignidade de seu pai fossem atacadas. Recebeu voz de prisão de oito dias, ampliada em mais sete, depois, por ter recorrido contra a punição.

A íntegra da carta da família Etchegoyen, contra a Comissão Nacional da Verdade:

A comissão nacional da verdade (CNV) divulgou ontem seu relatório final, onde relaciona 377 nomes sob a qualificação de "autores de graves violações de direitos humanos". Nela consta o nome de Leo Guedes Etchegoyen.

Sobre o fato, nós, viúva e filhos, manifestamos a nossa opinião.

Jamais fomos contatados por qualquer integrante ou representante daquela comissão, nem o Exército recebeu qualquer solicitação de informações ou documentos acerca de Leo G. Etchegoyen.

Ao apresentar seu nome, acompanhado de apenas três das muitas funções que desempenhou a serviço do Brasil, sem qualquer vinculação a fatos ou vítimas, os integrantes da CNV deixaram clara a natureza leviana de suas investigações e explicitaram o propósito de seu trabalho, qual seja o de puramente denegrir.

Ao investirem contra um cidadão já falecido, sem qualquer possibilidade de defesa, instituíram a covardia como norma e a perversidade como técnica acusatória.

No seu patético esforço para reescrever a história, a CNV apontou um culpado para um crime que não identifica, sem qualquer respeito aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa.

Leo Guedes Etchegoyen representa a segunda geração de uma família de generais que serve o Brasil, com retidão e patriotismo, há 96 anos.

Seguiremos defendendo sua honrada memória e responsabilizando os levianos que a atacarem.

Porto Alegre, RS , 11 de dezembro de 2014
Lucia Westphalen Etchegoyen, viúva
Sergio Westphalen Etchegoyen, filho
Maria Lucia Westphalen Etchegoyen, filha
Alcides Luiz Westphalen Etchegoyen, filho
Marcos Westphalen Etchegoyen, filho
Roberto Westphalen Etchegoyen, filho


5 comentários:

Ana Maria disse...

Um absurdo. Mais uma tentativa de reescrever a história. Pior é que os que foram contemporâneos, como nós, que sentiam o repúdio popular contra os terroristas que tentavam implantar um regime comunista, estamos em minoria. A lavagem cerebral que o grupo atualmente no poder, faz nos jovens é estarrecedor.
Só Deus na causa!
Ou como diz o Freddy : fujamos para montanha!

Jorge Carrano disse...

Quem sugere fuga para a montanha é o Riva, irmão do Freddy.

Riva disse...

É o BRASIL BANDIDO a que me refiro, sendo construído sobre fundações profundas do MAL.

Novos valores sendo passados a essas novas gerações, que desconhecem tanta coisa, e estão apressados para tudo .... não têm tempo para ler ou ouvir.

Não vou estar por aqui daqui a alguns anos, e temo muito pelo futuro dos nossos jovens de hoje.

Jorge Carrano disse...

Não deixem de ver e ouvir os depoimentos neste link (selecione e cole na barra de seu navegador):

http://www.folhapolitica.org/2014/12/fernando-gabeira-e-ex-guerrilheira.html

Jorge Carrano disse...

Não deixem de ler:

http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,1964-um-testemunho-imp-,1150321