10 de abril de 2013

Centro Budista de Três Coroas




Por
Carlos Frederico March 
(Freddy)






Centro Budista Chagdud Gonpa Khadro Ling

Uma das pendências em nossas diversas idas à Serra Gaúcha era a visita ao Templo Budista em Três Coroas - RS. Nesta mais recente viagem, que incluiu Bento Gonçalves (ref.: posts sobre a revisita ao Vale dos Vinhedos), a programação original era jiboiar por uma semana num chalé com piscina térmica no Hotel Ritta Höppner em Gramado. Contudo, avaliamos que cabia uma exceção para levantar essa pendência.

Consultei agências de viagem e taxistas independentes. Os passeios eram caros e invariavelmente envolviam extras. A estrada de acesso ao Templo fica quase em Igrejinha e TODAS as operadoras querem levar você lá, para estimular os turistas a comprar couros e sapatos a preços de liquidação - e abiscoitar as propinas correspondentes pela indicação. Não era nosso foco.

Descobri que alugando um carro ficaria bem mais barato, além de proporcionar flexibilidade. O trajeto é simples. Gramado lhe dá duas opções de saída em direção a Porto Alegre. Uma, a partir da Avenida das Hortênsias, passa por Nova Petrópolis via Pórtico Antigo (RS-235). Outra é pela Avenida Borges de Medeiros passando pelo Pórtico Novo, em direção a Igrejinha. É essa: a RS-115.

Logo depois do Pórtico Novo temos a Fábrica de Cristais de Gramado, e pouco mais adiante a entrada para o Zoo de Gramado e o novo Parque Gaúcho. Nós já conhecemos tanto a Fábrica de Cristais como o Zoo, recomendamos ambos. O Parque Gaúcho fica para uma próxima vez. Portanto seguimos em frente, passando por uma praça de pedágio (paga-se na ida e na volta) e um "pare-siga" por causa de obras na pista.

Creio que são 26km de Gramado até o trevo em Três Coroas, onde devemos circular à esquerda para acessar o caminho ao Centro Budista (não é referido como Templo e sim como Centro). Mais uns 6 km em estrada de pedra e paralelepípedo com trecho de terra batida - não fique assustado, é bem sinalizada - e chegamos a um portão automático com interfone.

Não há taxa pela visita, mas aceitam doações. Depois de anotarem a placa de seu carro e o número de pessoas, você entra e sente o enorme portão se fechando às suas costas. Meio assustador...

Não me cabe descrever a parte religiosa, não conheço nada sobre budismo. Somos orientados a ir a uma sala de vídeo onde assistimos a um DVD que conta a história toda.

Preste atenção e pronto, está tudo lá! Em resumo, chama-se Centro Budista Chagdud Gonpa Khadro Ling e é o maior da América do Sul. Por orientação de seu mentor e construtor, ele se presta não apenas a praticantes da religião, alguns dos quais lá moram em alojamentos privados em esquema de retiro, mas também a visitantes que queiram encontrar paz e tranquilidade, nem que por momentos.

Isto posto, o que se pode fazer num local desses é passear absorvendo um pouco da cultura oriental e a referida sensação de paz. Dentro do templo aberto ao público, onde são feitos os estudos, oferendas e meditações, temos de tirar os sapatos e é proibido fotografar, mas há quem tenha conseguido - há fotos no Google. Embaixo desse templo há o aparato de conforto para visitantes, como banheiros e uma lojinha para venda de souvenirs e livros orientados à filosofia budista.


Mary (minha esposa) em frente ao templo de estudos e meditação

Estátua do Buda Akshobia

O visual local e da região é magnífico

O autor em frente às estupas: representam as 8 fases da vida de Buda

Close de 3 das 8 estupas

Casa com rodas de oração e estátua do mestre Padmasambhava

Rodas de Orações (foto: viagemaserragaucha.blogspot.com)

Uma advertência deve ser dada para visitantes em épocas mais quentes: mosquitos! Use repelente ou vai voltar cheio de lembranças, não apenas as que comprou na lojinha! Minha esposa (Mary) que o diga!

Nós tivemos uma pequena frustração, dado que o Templo Principal do Centro (Terra Pura de Padmasambhava) não pôde ser visto de perto. A simpática mas inflexível guia nos informou que nesta época apenas aos sábados e domingos é que o belíssimo templo pode ser visitado - mesmo assim apenas por fora, por falta de cicerones especializados.

A foto mostrada é extraída do Google. Há uma página especial sobre ele na Internet = > 
http://padmasambhavapureland.com/index.php


(foto: blogueirosaocarlos.wordpress.com)

Recomendo o passeio ao Centro Budista de Três Coroas.

Segundo o site http://kl.chagdud.org as visitas podem ser feitas de 4ª a 6ª de 9 às 11:30 e de 14 às 17, e nos fins de semana direto de 9 às 16:30. Procure ir nos fins de semana para ter acesso a tudo. Grupos de 10 ou mais pessoas devem ser agendados previamente, senão não poderão entrar!

Fotos:
Quando não indicadas, são do acervo do autor.
Para curiosos em fotografia, o efeito de céu excepcionalmente escuro contrastando
com o assunto em algumas das imagens é fruto do uso de filtro polarizador na lente,
ajustado para o máximo.

12 comentários:

Jorge Carrano disse...

Freddy,
Fiz esta visita ao templo budista em Três Coroas. Recomendo sem restrições. Sem qualquer conotação filosófica ou religiosa.
Curiosamente também fui de carro, mas só que um taxi, que contratei no ponto ao lado da igreja especialmente para este passeio e, na volta, uma ida ao museu medieval, que é pequeno, mas tem muitos brasões, espadas, adagas e armaduras. Eles fazem brasões sob encomenda e têm livros para consulta sobre a história de seu antropônimo. Se a família já tem brasão eles reproduzem.
Voltando ao templo, o som do tambor e o repicar dos sininhos, tudo em intervalos regulares, baixinho, arrepiam pela sensação de paz.

Riva disse...

Anotado ... estaremos lá em breve.

Sds

Helga Maria disse...

Claro que conheço. Fica perto de onde nasci.
Helga

Freddy disse...

O Museu Medieval é aquele com acesso pela avenida que une Gramado e Canela?
:-) Freddy

Jorge Carrano disse...

Sim, Freddy. Vou lhe enviar fotos.

Anônimo disse...

Tenho muita vontade de conhecer esse templo, até porque sou budista. Suas fotos estão lindas - adoro o efeito de céu polarizado (infelizmente, perdi esse recurso quando mudei para uma câmera digital um pouco mais simples que a minha falecida Nikon analógica).

RC disse...

Belíssimas as fotos! E muito didático o post. Tashi Delek!

Freddy disse...

Carrano, sendo o Museu Medieval aquele que apontei, eu já o visitei numa de minhas andanças por lá.

Um Museu que na verdade era apenas uma sala era o de Piano, na mesma rua do Minimundo. Faliu e o prédio está à venda.

;-) Freddy

Freddy disse...

Erika, se me permite uma sugestão: a Panasonic fabrica uma série de bridgecameras (aquelas que se parecem com as DSLR mas não são) cuja lente permite atarraxar acessórios de 52mm (p.ex., o polarizador). De momento está em linha a Lumix FZ200.
Apesar de ser uma bridge (não permite troca de lentes) ela apresenta alguns recursos superiores ao de similares Nikon, Canon, Sony. Tem visor totalmente articulável, sapata para flash externo, rosca para filtro de 52mm e sua lente é a renomada Leica com zoom equivalente a 25-600/2.8.
Em termos de sensor há quem condene ter apenas 12.1 Mpixels, mas quem fotografa sabe que nem sempre mais pixels representam mais qualidade.

Para ver detalhes, acesse:
http://www.bhphotovideo.com/c/product/880958-REG/Panasonic_dmc_fz200k_Lumix_FZ200_Digital_Camera.html

No mercado local pode ter ainda a FZ150, modelo anterior que é tão bom quanto e mais barata.

Abraço
Freddy

Anônimo disse...

Obrigada pelas dicas, Freddy! Infelizmente, há coisa de 6 meses comprei uma Nikon P510, que é a que eu uso para fazer as fotos do meu blog, Tea with Erika. Para a próxima, vou te pedir umas dicas!

Freddy disse...

É, essa Nikon P510 tem (quase) tudo que um amador quer. A Panasonic incluiu em sua proposta de bridgecamera algumas coisas que um profissional gostaria. Questão de perfis. Ou de gosto, porque tem os Nikon-maníacos, os Canon-maníacos (meu caso com DSLRs), e por aí vai.
Se precisar, consulte-me!
<:o)
Freddy

Jorge Carrano disse...

Na China, no mosteiro budista de Longquan, que tem mais de 100 anos, tem um robozinho, fruto de trabalho de pesquisa lá mesmo realizado.

O tal robô, que já participou de feira de Inteligência Artificial, responde perguntas sobre budismo e filosofia.

Uma equipe de mais de 100 monges , entre programadores , matemáticos e físicos, trabalha já na segunda geração do robô, que além de falar inglês, responderá perguntas em outros idiomas e travará diálogos.

O monge-robô é uma celebridade.