15 de novembro de 2011

Verão, sombra e cerveja gelada

Em périplo pela Península Ibérica, no início deste século, fui a loja do El Corte Inglês, em Lisboa. A idéia era comprar, como comprei, para meu filho, o livro “O Homem Duplicado”, do José Saramago, que ainda não havia sido editado no Brasil e, além de tudo, estaria no português original o que conferiria ao livro uma autenticidade maior.

Bem, quanto ao português, era bobagem, eis que por imposição do autor, nas edições em língua portuguesa haveria que respeitar o texto original, sobretudo a grafia.

Mas restou o ganho de podermos ler a obra antes do lançamento no Brasil.

O ganho adicional foi conhecer uma imensa variedade de cervejas de todas as procedências, menos do Brasil, que estavam a venda no setor de bebidas. Vale notar que havia marcas sul-americanas, mas não brasileiras. Bem, a AmBev ainda não existia. Pode ser que agora a cerveja brasileira marque presença e tenha consumidores pelo mundo afora, até porque temos boas marcas de diferentes tipos.

Bem, perdão periferia (como diria o Ibrahim Sued) mas já tomei cerveja pilsen no país de onde ela se origina, ou seja, República Checa.

Voltando as cervejas vendidas no El Corte Inglês, que é, mal comparando, uma espécie de Harrods (Londres), Galeries Lafayette (Paris) ou KaDeWe (Berlim), vejam as marcas e os preço, alertando que já estavam em euros, moeda então recentemente posta em circulação em Portugal.

Hoje não é novidade porque no Rio e até em Niterói, muitas destas cervejas já são encontradas. A minha predileta, como já mencionei neste blog, é a Guinness, irlandesa.

A bem da verdade, a moda agora, espero que passageira, é das cervejas artesanais. Fui almoçar do Noi (em Niterói) e provei agumas delas. Diferentemente dos vinhos, as cervejas ditas artesanais, não me fascinam.

















Galeries Lafayette é uma loja de departamento francesa.A loja principal da Galeries Lafayette fica em Paris é conhecida como Galeries Lafayette Haussmann e tem 10 andares.

A Kaufhaus des Westens , mais conhecida como KaDeWe , é uma loja de departamentos em Berlim. Tem 60.000 metros quadrados de area de vendas, onde vende mais de 380.000 itens .


A Harrods é a mais luxuosa e exclusiva loja de departamentos do mundo, localizada em Londres. Ocupa uma área de 90.000 m² de espaço de venda, sendo a maior loja da capital inglesa. O lema da Harrods é Omnia Omnibus Ubique - "Todas as coisas, Para todas as pessoas, Em todo lugar”


El Corte Inglés é uma cadeia espanhola de lojas de departamento. Conta com mais de cem localizadas em todas as importantes cidades espanholas e duas lojas em Portugal, uma em Lisboa e outra em Vila Nova de Gaia. - "Não se conforme com menos, não lhe custará mais."


23 comentários:

Freddy disse...

Dizer o quê, meu caro amigo? Dá pra fazer um livro inteiro só de comentários sobre os anúncios mostrados e mais um artigo sobre cervejas artesanais.
De momento direi que minha maior lembrança do El Corte Inglés nos idos de 1977 foi a IMENSA oferta de artigos ALEMÃES: eletro eletrônicos, além de bichos de pelúcia e brinquedos em geral. Sim, havia os nacionais, mas os alemães eram MUITO melhores e mais bonitos! Ah, pouca coisa japonesa e americana nas prateleiras.
Abraço
Carlos

Gusmão disse...

Também não me agredam as cervejas artesanais, feitas a partir de outros grãos que não a velha e tadicional cevada. E o lúpulo é fundamental.
Abraço
Gusmão

Jorge Carrano disse...

Pois é a tal coisa, Gusmão.
Há inventores demais para a roda.
Fazem "vinho" de jaboticaba, "cachaça" de banana e "cerveja" de aveia.
No citado restaurante, que oferece uma pequena amostra para degustação, acabei ficando com a boa pilsen.
Sou pela tradição.
Qualquer dia alguém inventa uma bola oval e vai dizer que é futebol.
Abraço

Helga Maria disse...

Ainda bem que o blogueiro, escreveu que estava mal comparando o El Corte Inglés com a Harrods.
Helga

Jorge Carrano disse...

Carlos Frederico,
Imagino que você tenha se referido a loja do EL Corte Inglés de Madrid. Acho que ainda não existia filial em Lisboa. Ou não?

Helga,
Uma vez mais dou razão a você, se eu pretendia dar uma ideia do é o El Corte Inglés, deveria ter mencionado as grandes lojas de departamentos que tivemos inclusive aqui no Rio, como A Sears (em Botafogo) e, porque não, a Mesbla (no Passeio).
Realmente a Harrods é outro departamento (sem trocadilho).
Abraços

Freddy disse...

Sim, Carrano, eu me referi à El Corte Inglés de Madrid. Quando vivi em Munique havia algumas lojas muito grandes lá: a Kaufhof de Marienplatz (parece que ainda existe) e a Hertie em Karlsplatz. Ambas eram similares a El Corte Inglés. A comparação com a Sears de Botafogo e Mesbla do Passeio também é boa, a não ser no acervo.
Abraço
Carlos

Freddy disse...

Pessoal, eu ia ficar calado mas não consigo. Parece-me que vocês não sabem o que significa cerveja artesanal. Não é a mesma coisa que cerveja experimental.
A primeira se refere ao cuidado na produção, quase que à mão (artesanal) mas usando os ingredientes tradicionais, muitas vezes - e preferencialmente - de altíssima qualidade.
Alguns produtores artesanais acrescentam novos ingredientes às fórmulas, criando cervejas experimentais. Muitas delas premiadas mundo afora. Você gosta ou não, admito.

As cervejas industriais dificilmente conseguem a qualidade de uma artesanal bem feita - no Brasil certamente não.
Para quem quiser experimentar cervejas artesanais de primeira linha por aqui, recomendo as marcas Eisenbahn e Baden Baden, infelizmente compradas recentemente por grandes fabricantes com o objetivo de cercear a concorrência.
Grande abraço
Carlos

Jorge Carrano disse...

Perdão, Carlos, mas o fato de ser artesanal não confere qualidade ao produto e no caso principalmente sabor.
Minha mulher faz em casa o pão australiano, tipo Aussie Bread, do Outback e fica apenas parecido, embora utilize ingredientes de boa qualidade; igualmente o cappuccino que fazemos em casa, que apenas se aproxima do original italiano; o mesmo posso dizer do chicabom caseiro(picolé da Kibom).
Provei no sul, mais de uma vez, vinhos tidos e havidos como artesanais muito ruins.
Quem disse que a escala industrial, em certos casos, compromete o resultado?
Equipamentos, temperaturas, pressões, matérias primas originais, tempo de fermentação e, acima de tudo, a arte dos mestres cervejeiros e enólogos é que fazem boas bebidas. Você já ouviu falar num Romanée Conti artesanal?
Abraço

Jorge Carrano disse...

Carlos,
Você mencionou a enorme quantidade de produtos alemães a venda no El Corte Inglés, de Madrid.
A maior parte das cervejas que figuram neste catalogo publicado também é da Alemanha.Você certamente conhece algumas delas, até pelo fato de haver residido no país.
Eles bebem em escala industrial. Acho que o consumo per capita lá é o maior do mundo.
Abraço

Paulo disse...

... acho que todas essas dúvidas se resolvem com todos juntos numa degustação....
...sabem onde me achar ... hehehe

Freddy disse...

Não polemizemos sobre palavras. Pra mim o Romanée Conti é artesanal. Vinho industrial é o fabricado, por exemplo, pela Casa Valduga ou Concha Y Toro. É uma questão de escala de produção.

Sobre cervejas, as que lhe dei como sugestão são artesanais (fábricas minúsculas) e MUITO boas. Se não são melhores que tchecas, belgas ou alemãs, é pelo mesmo motivo pelo qual você compra aqui um VW Golf que é uma carroça e na Alemanha ele é um "avião"!

Abraços
Carlos

Freddy disse...

Desculpa, caro amigo. Não consegui sacar mais que uma dúzia de rótulos alemães nessa penca de anúncios que postou.
Efetivamente lá se bebe muito, mas a maioria bebe chopp pilsen ou similar. Cerveja boa se faz na Bélgica, onde por acaso existe uma grande quantidade de produtos artesanais e experimentais muito valorizado$$.
=8-) Carlos

Freddy disse...

Ah, uma informação adicional sobre uma de minhas sugestões, a Eisenbahn. Ela é a cervejaria brasileira mais premiada no mundo, e é considerada artesanal. Eu passei pela fábrica dela em Blumenau no sábado passado, é minúscula.
Acho que teremos de abrir um forum específico de cervejas!!
<:o) Carlos

Jorge Carrano disse...

À falta de um conceito consistente, fui ao Google e pedi: "qual é o conceito de cerveja artesanal".
Tomei ainda mais birra com as artesanais, porque querem me fazer de idiota. Vendedores de equipamentos e kits para fabricação caseira, portanto comerciantes, inventam mil histórias para clasificar como melhores as ditas artesanais. Tem um que chega ao cumulo de afimar que "A gravatinha na garrafa - que é aquele pequeno rótulo no pescoço da garrafa - ainda é colada à mão, por exemplo."
Ora se colar o rótulo à mão confere a cerveja a qualificação de artesanal, então não quero mais discutir.
E para encerrar, faço a seguinte pergunta? Niterói tem alguma fonte de água natural pura e cristalina? Tem algum rio onde seja possível fazer captação de água de boa qualidade? Logo, a água utilizada nestas cervejas aqui fabricadas é a da concessionária. COM CLORO!
Para mim, estas cervejas não passam de genéricas, com todas as conotações que a expressão sugere.
Fica zangado não, Carlos, mas vou de Brahma.
Abraço

Freddy disse...

Carrano, se está se referindo à Noi, não falo nada. Experimentei a ale irlandesa e não fede nem cheira. Mary gostou da preta por causa do gostinho de café torrado sem açúcar.

Minha referência de artesanal no Brasil é a premiada Eisenbahn (Blumenau), e tem mais as Baden Baden (Campos do Jordão), St Gallen (Teresópolis) e algumas que a Cervejaria Petrópolis suporta em pequena escala, incluindo a clone Weltenburger Kloster do vale do Danúbio, que fabrica 4 tipos na serra sob supervisão alemã.

Todas elas usam águas límpidas e técnicas importadas.

Gostaria apenas de deixar mais claro que quando apoio cervejas artesanais, em geral me refiro àquelas de catálogos estrangeiros, não essas m... que fabricam no Brasil a torto e a direito.

Abraços e Brahma jamais!
Carlos

Freddy disse...

Gente, esse papo me faz lembrar que não tomo uma cerveja Brahma há mais de 30 anos! O chopp, que realmente é bom, eu tomo com certo prazer. Mas a brahminha... Jamais!

<:o) Carlos

Jorge Carrano disse...

Prezado Carlos,
Você se diz prolixo... mas eu diria que você é literal, bem ao estilo lusitano.(rsrsrs)
Brahma, no caso, é substantivo comum. Lembra do Vicente Matheus?
Que certa feita falou que ia tomar umas brahminhas da Antarctica?
Aqui no Rio/Niterói, tomar uma brahma significa dizer tomar cerveja pilsen.
Este assunto virou um porre, não acha?
Abraço

Gusmão disse...

Que discussão longa. Ainda bem que tinha bastante cerveja para "molhar a palavra", como dizia o outro.
Saúde!
Gusmão

Freddy disse...

Debate muito longo, é verdade.
No primeiro parágrafo de meu primeiro comentário eu bem disse que isso dava um livro inteiro mais um artigo só sobre cervejas artesanais.

Segue o jogo!

Abraços
Carlos

Paulo disse...

...por isso que eu prefiro um whisky ....rsrsrs
abraços

Jorge Carrano disse...

Pelamordedeus, não vamos começar nova discussão, agora com distilados.
Com malte ou sem malte? Jack Daniel's ou Ballantine's?
Com gelo ou puro, tipo caubói?
8, 12 ou 25 anos?
Abraço

Jorge Carrano disse...

Ainda nem comecei a beber e já estou escrevendo "distilado".
Deve ser implicância com os destilados que deixei de beber desde que deixei de ser um yuppie.
Perdão!

Freddy disse...

Carrano, no meu condomínio em Friburgo tem uma senhora de ascendência russa que faz uma vodka ARTESANAL que é disputada no tapa! A receita é passada de boca de pais a ouvido de filhos que nem na época dos druidas! rs rs rs

<:o) Carlos