11 de novembro de 2011

Um dos últimos românticos

As mulheres, algumas delas, queixam-se de que os homens perderam o romântismo e até mesmo o cavalheirismo. Não puxam a cadeira no restaurante, não abrem a porta do carro, não mandam flores, esquecem as datas de aniversário e outras indelicadezas mais.

Mas ainda existem homens românticos, como por exemplo o Paulo March, engenheiro, poeta diletante, colaborador eventual deste blog, que ao final de um dia de trabalho num canteiro de obras na Rodovia Rio-Petrópolis, retornando para casa, olhando a paisagem pela janela da pich up, descontraído já que não estava dirigindo, lembrou-se da esposa - ISA - e fez para ela o poema abaixo, que ele qualifica como sendo mais exatamente uma letra para uma canção. Intitulou-o de OUTDOORS.

"Todos os dias eu volto
Sozinho a pensar
Um gosto doce e o corpo
Vibrando por te encontrar

Outdoors e luzes piscando,
Paisagens de infernizar
Mantos negros repletos
De listras a me ofuscar

A rampa de acesso ao ar puro
Agora me leva e me aperta
De encontro a um cenário mais calmo,
De cores bem mais abertas

Já posso sentir o seu cheiro,
Os ventos já me disseram
Pois todos os dias eu volto
E te encontro linda e sincera"

5 comentários:

Paulo disse...

Olá a todos.
Para um melhor entendimento, a 2ª estrofe se refere aos outdoors e ao asfalto da Av. Brasil.
A 3ª estrofe foi escrita exatamente quando começo a subir a rampa de acesso à Ponte Rio-Niterói.
O resto é realmente uma declaração de amor .... rsrs

Sds

Gusmão disse...

Se todo poeta fizesse o que fez o Paulo,ou seja, uma bula, provavelmente eu entenderia melhor as mensagens contidas em algumas poesias conhecidas, de autores consagrados pela critica.
Abraços
Gusmão

Freddy disse...

O mesmo acontece com música, e não apenas a erudita - em particular óperas. Houvesse uma "bula" explicativa, até os rosnados de algumas vertentes do heavy metal seriam entendidos.

Sobre meu irmão Paulo, ele tem uma veia poética. Já eu não, sou mais cartesiano. E prolixo (rs rs).

<:o) Carlos

Paulo disse...

rsrsrsrsrs ....talvez a graça das poesias esteja exatamente nessa dificuldade de entender a mensagem .... rsrs
Abraços

Riva Revendo disse...

Esse foi há 4 anos, em 11-11-11 quando enviei para o Carrano a letra de OUTDOORS, que fiz para a Isa, a caminho de casa na pick up de empresa.

Complementando o comentário do Gusmão (por onde anda ele ?), "mantos negros repletos de listras a me ofuscar" era o asfalto da AV. Brasil, e "a rampa de acesso ao ar puro" era a rampa de subida entrando na Ponte Rio-Niterói.

PS : o LEVY já caiu ?