3 de maio de 2011

Stuxnet

Durante a guerra da Malvinas, e depois nas invasões do Kwait e do Iraque, ficamos familiarizados com nomes e performances de foguetes balísticos intercontinentais, ou de alcance menor.

Ora são chamados de mísseis, ora de foguetes mesmo, mas o poder de destruição e precisão de alvo são cada vez mais eficientes.

Lembro do míssil Exocet que é um antinavio que possui versões que podem ser lançadas por helicópteros, aviões, navios e submarinos, e ganhou notoriedade durante a Guerra das Malvinas.

Houve o Peacekeeper, um moderno míssil balístico intercontinental, que ao que se comenta está fora de linha de fabricação.

Com idêntico destino há o Trident. Segundo consta os laboratórios que produzem armas nucleares dos EUA estão tendo dificuldade em dar manutenção para prolongar o tempo de uso destes mísseis projetados na década de 1980, porque ninguém lembra mais como produzir um de seus componentes. Pode?

A propósito, vejo na Wikpédia, um míssil balístico é um míssil que segue uma trajetória pré-determinada, que não pode ser significativamente alterada, e que possui um alcance extremamente elevado - maior que 5 500 km ou 3 500 milhas - normalmente desenvolvido para carregar armas nucleares.

Recentemente num post sobre especialistas de várias áreas do conhecimento falei dos mísseis ou foguetes Tomahawks e Scuds, cujos nomes ainda estão em nossa memória volátil.

Também nos acostumamos a ouvir e ler, nas diferentes midias, os nomes de alguns virus que ganharam notoriedade, como HIV, H1V1, Influenza, e outros, que nos enchem de cuidados, pelas consequência que deles podem advir. Gripes como a suina, a  aviária e as de outras denominações e origens, também são fruto de virus com mutações genéticas.

Misturemos mísseis e virus e temos o Stuxnet.

Acostumemo-nos com o Stuxnet, que é, segundo os especialistas (olha eles aí de novo), um míssil cibernético teleguiado, capaz de se infiltrar em computadores sem ser detectado.

Ainda segundo os experts, o Stuxnet tem inteligência especial para interferir com sistemas de produção industrial o que torna vulneráveis todas as máquinas controladas por computadores.

O pior é que as consequências físicas no mundo real, não cibernético, podem ser funestas, como apagões, já que empresas de energia que operam com automação são inteiramente vulneráveis a ação deste vírus que, olhem só, pode interferir em abertura e fechamento de válvulas, ou controlar um robô.

Segundo leio nos jornais, no ano passado o Irã teria sido alvo de um ataque cibernético, que chegou a paralizar o sistema de abastecimento do reator de sua mais importante usina nuclear. Obra do Stuxnet, que bloqueou o sistema de informática. Este vírus inteligente se infiltrou sem ser detetado na rede rede de computadores, e passou a controlar os equipamentos da usina.

Gente, guerra química, bacteriológica, atômica, cibernética; estamos fritos. Saudades do fuzil com baioneta que utilizávamos no serviço militar obrigatório, no extinto 3º Regimento de Infantaria, em São Gonçalo, e da gripe que curavamos com vitamina C e cama. E dos virus primários que qualquer mcafee eliminava.

2 comentários:

Ricardo disse...

Dizem, e acredito que e' previsivel que no caso de uma guerra entre potencias, primeiro teremos a "ciber war" ou a aplicação em larga escala do stuxnet, ou hackers tentando destruir sistemas integrados de defesa e inteligencia, como a interferencia em comunicação por satelites principalmente. O efeito disso seria que os involvidos seriam obrigados caso percam seus satelites a comandar suas ações como a 40/50 anos atras, sem GPS, sem celular, sem saber em tempo real dos movimentos do inimigo.
Abração, Ricardo.

Jorge Carrano disse...

Seu comentário dá consistência, por via indireta, ao meu post sobre o fim do mundo,a partir de um big bang na internet. Desconhecia o tamanho do risco a que nos expõem estes virus inteligentes. Obrigado por enriquecer o post com seu pertinente comentário.
Abraço forte.