17 de novembro de 2014

Corte de árvores e licenciamento de veículos

Acho que já contei no blog esta passagem de minha vida profissional, mas de qualquer sorte desta feita tenho um ingrediente novo para acrescentar.

Outro aspecto, que estou absolutamente convencido de que não mencionei, foram os nomes de alguns dos personagens.

O que me motiva a falar (escrever) de novo, é uma matéria que li na semana passada, sobre derrubada de árvores na cidade de Niterói.

Vocês sabem como eufemisticamente chamam a extirpação de árvores nos meios oficiais, para disfarçar o crime ambiental? Chama-se “supressão de indivíduo arbóreo”. Bela metáfora, muito criativa.

Bem, para satisfação do Riva, amigo/seguidor/colaborador do blog e ex-cliente, que sugeriu em comentário recente que os jardins naturais dos prédios residenciais sejam substituídos por plantas artificiais, para economizarmos água, a municipalidade está indo além. Autorizando a derrubada de jambeiros, mangueiras e goiabeiras que estejam impedindo a construção de prédios ou dificultando a entrada e a saída nas respectivas garagens.

Esta mesma administração determinou a retirada de um pequeno jardim, bonitinho e bem cuidado, na esquina das ruas Otávio Carneiro com Tavares de Macedo. O dito jardim pertencia ao Condomínio OC 100, ali localizado.

Quem conhece o local sabe muito bem que o jardim não obstruía passagem de pedestres eis que há um grande alargamento da calçada naquele trecho. 

Enfim, coisas de petistas. As motos e bicicletas que lá estacionam , sobre a calçada, continuam sem perturbação ou proibição.

Mas vamos ao caso que quero contar ou recontar. Deu-se na Cia. Fiat Lux, no Departamento Legal, ao tempo chefiado por Mario Coelho da Silva, que reportava ao Diretor Jurídico, Caio Assis de Aragão, de quem a Beth Paiva, que vez ou outra aparece aqui neste espaço virtual, dando pitaco em comentário ou postando alguma matéria, era secretária.

Cheguei como estagiário, pois ainda cursava o quarto ano de Direito.

Numa de minhas primeiras tarefas deveria levantar as licenças dos veículos de propriedade da empresa ou particulares utilizados por diretores, para providenciar a renovação anual e contratar seguro.

E cadê que eu achava a tal pasta suspensa onde supostamente, por informação do Mario Coelho, encontraria a papelada relacionada. Procurei nas letras “V” (veículos), depois de passar pela letra “A” (automóveis), nos vários arquivos disposto em linha na sala do departamento. E fui assim, na tentativa e erro até desistir, capitular e admitir para o chefe que não encontrara a pasta.

Ele sorriu condescendente, levantou fez sinal para que o acompanhasse até onde se encontravam os arquivos e dirigindo-se ao que tinha as pastas cujos títulos iniciavam com a letra “M”, apontou dizendo: está aqui, em “Material Rodante”.

Ora, não resisti porque intitular de material rodante a pasta com documentos de veículos ou automóveis era muito engraçado para mim, reles estagiário.

Se duvidam, perguntem ao Fernando da Costa Guimarães, ou a Elizabeth Paiva, ou ao Geraldo Moreira Barbosa, que estão ai para não me deixarem mentir sozinho. 

4 comentários:

Jorge Carrano disse...

Para os desatentos, informo que associei "supressão de indivíduo arbóreo" com "material rodante".
Vão ser criativos assim no raio que os partam.

Jorge Carrano disse...

Preciso registrar minha impressão desta manhã de segunda-feira. Com as chuvas da semana passada, as folhagens das árvores foram lavadas, ficando livres da poeira. Assim os primeiros raios de sol refletiam, principalmente nas amendoeiras, deixando-as com ótimo aspecto: brilhosas, viçosas. Lindas de viver.
Mais uma chuvinha como a dos últimos dias e a grama dos canteiros na Visc. de Rio Branco, no centro, voltará a brotar cumprindo seu papel.

Riva disse...

Onde hoje é o restaurante BALADA MIX na rua Tavares de Macedo, antes era uma residência, bonita, com uma frondosa árvore com mais de 60 anos no seu jardim frontal.

Foi derrubada para a construção da varanda do restaurante. Na época, a empresa colocou um cartaz dizendo que a árvore foi cortada porque ameaçava a segurança do local.

Com certeza coisa de BRASIL BANDIDO, de NITERÓI BANDIDO.

E ficou por isso mesmo !

Estou impotente diante disso tudo, não sei o que fazer, nada posso fazer. Faz mal ver, faz mal escrever, faz mal comentar, faz mal tudo .....

Vou rever o filme UM DIA DE FÚRIA para ver se me inspiro ...

Freddy disse...

As grandes empreiteiras e as pessoas com amigos junto ao poder público podem tudo. O edifício hoje existente entre Nóbrega e João Pessoa na Domingues de Sá, lado par, foi construído em um estacionamento no qual havia uma gigantesca árvore. Ali era a residência de centenas de aves. Quando ela foi derrubada, o bairro viveu uma semana atípica, com pássaros desesperados sem ter onde morar tentando se estabelecer em tudo quanto era lugar, até que desapareceram...