1 de abril de 2011

Continuo achando...

Uma piada muito antiga, e bota antiga nisso, mencionava uma gíria já inteiramente fora de uso: rosetar.

Segundo o Aurélio tem os seguintes significados: Bras. Gír - Divertir-se à larga; folgar. Bras. Gír. - Divertir-se com pessoa do sexo oposto.

Vai daí que numa pequena cidade do interior, de população beata e costumes e tradições extremamente conservadores, um gaiato qualquer, mulherengo, tendo comprado um automóvel, mandou escrever no pára-choque a frase “eu quero é rosetar”.

Indignação total entre as vetustas senhoras, que procuraram o padre e se queixaram.

Este nada podia fazer senão utilizar o púlpito da igreja para recriminar o sacana.

Procurado, o delegado alegou não haver “dispositivo legal aplicável à espécie”, eis que sequer ele usava palavras de “baixo calão” , os chamados palavrões. E sugeriu que fossem ao prefeito, ou melhor, à primeira dama, pois certamente também ela não estaria satisfeita como aquela indecência.

O prefeito, instigado pela mulher,  foi categórico, ameaçando não renovar a licença anual do veículo.

Outra alternativa não restou ao proprietário, o tal safardana, senão mandar apagar a frase “eu quero é rosetar” que mandara gravar no pára-choque.

E foi assim que passados dois dias, está o sacana desfilando com seu automóvel pelas ruas e no pára-choque escrito: CONTINUO QUERENDO.

Lembrei desta história hoje pela manhã, indo para o escritório. Chuviscava, e não havia como aproveitar as marquises para não me molhar. Debaixo delas, uma infinidade de motocicletas que além de impedir o livre trânsito na calçada, levava os transeuntes, ao se desviarem das motos, exatamente para debaixo das goteiras das marquises, molhando ainda mais.

Continuo odiando motoqueiros. Este assunto é recorrente, e está, entre outros posts, em
http://jorgecarrano.blogspot.com/search?q=mochilas+e+motocicletas

E, antes que me esqueça, mochileiros também. Em alguns casos, a julgar pelo portador, não se trata extamente de mochila, mas de cangalha.

Nenhum comentário: