Quem não concorda acha que a melhor é aquela que carrega o epíteto reproduzido no título acima.
Trata-se, como já adivinharam, de Ella Fitzgerald, nascida Ella Jane Fitzgerald, em Newsport, no dia 25 de abril de 1917 e falecida, aos 79 anos, em Beverly Hills, no dia 15 de junho de 1996.
A exemplo de Billie Holiday – apelidada “Lady Day” - também era chamada por alguns de “Lady Ella", mas era mais pertinente ser reverenciada como "Primeira Dama da Canção", título em inglês deste post - First Lady of Song).
Teve uma carreira que durou 59 anos, de 1934, quando estreou aos 17 anos, até 1993, quando fez sua última aparição ao vivo.
Como é freqüente entre músicos de jazz, Ella teve uma infância difícil. Seus pais nunca se casaram e não ficaram juntos por muito tempo, o que fez com que ela tivesse que viver com o padrasto, que a maltratava.
Um de seus biógrafos, o escritor e jazzófilo Alain Lacombe, em "Ella Ftzgerald", publicado pela Editions du Limon, Paris, 1989, afirma que Ella seria um caso único na história do jazz, por não registrar escândalos decorrentes de drogas e sexo e não apresentar personalidade autodestrutiva.
Um de seus biógrafos, o escritor e jazzófilo Alain Lacombe, em "Ella Ftzgerald", publicado pela Editions du Limon, Paris, 1989, afirma que Ella seria um caso único na história do jazz, por não registrar escândalos decorrentes de drogas e sexo e não apresentar personalidade autodestrutiva.
Uma curiosidade é conhecer aquela que foi a grande inspiradora e espelho para Ella Fitzgerald. Aquela "que ela gostaria ser" quando crescesse. Para nosso deleite auditivo, a menina superou àquela que idolatrava.
Sabem de quem se trata? Se você não é fissurado em jazz, dou um doce (folheado, bomba de chocolate, torta de nozes), a escolher, se adivinhar.
AHRÁ!!! Não sabia, não é? Trata-se de Connee Boswell. Ouçam em http://www.youtube.com/watch?v=O7jAw6Ac9hI , e comparem.
Outras informações sobre sua vida particular ou sua carreira, poderão ser obtidas em seu website oficial http://www.ellafitzgerald.com/, ou no Google (Wikipédia) em http://pt.wikipedia.org/wiki/Ella_Fitzgerald
Eu prefiro falar de suas interpretações.
Em algum lugar, aqui ou no Primeira Fonte (http://primeirafonte.blogspot.com/search?q=tatum%2C+jamal) comentei que tenho os únicos três álbuns gravados em estúdio, pelo selo Verve, por Fitzgerald e Armstrong, interpretando standards do gênero, a saber: “Ella and Louis”, de 1956, e “Ella and Louis Again”, de 1957, o terceiro contém peças do musical (opereta) Porgy and Bess, de George Gershwin. Quem não ouviu não sabe o que está perdendo.
Para quem não conhece o libreto, de autoria de DuBose Heyward, a hitória foi ambientada em Catish Row, uma rua de Charleston, na Carolina, onde vivia uma comunidade de pescadores negros. Como não poderia deixar de ser, para dar cor local, as letras das canções, tiradas do original de DuBose e escritas também por Ira Gershwin (irmão do George), são cheias de girias e erros de sintaxe.
Deixando Porgy and Bess de lado, relutante, comento apenas que nem as ótimas gravações de Sarah Vaugham e Janis Joplin para Summertime, primeira das músicas compostas por George Gershwin para a opereta, se comparam à conseguida por Ella Fitzgerald.
Para quem não conhece o libreto, de autoria de DuBose Heyward, a hitória foi ambientada em Catish Row, uma rua de Charleston, na Carolina, onde vivia uma comunidade de pescadores negros. Como não poderia deixar de ser, para dar cor local, as letras das canções, tiradas do original de DuBose e escritas também por Ira Gershwin (irmão do George), são cheias de girias e erros de sintaxe.
Ella grava (interpreta) todo os papeis femininos (Bess, Clara, Maria, Serena), mantendo o mesmo timbre, mas variando os registros. Para entender é preciso ouvir e constatar como Ella consegue sentir e interpretar de forma diferente e convincente o drama, a tragédia e miséria de cada uma daquelas mulheres.
Deixando Porgy and Bess de lado, relutante, comento apenas que nem as ótimas gravações de Sarah Vaugham e Janis Joplin para Summertime, primeira das músicas compostas por George Gershwin para a opereta, se comparam à conseguida por Ella Fitzgerald.
Já falei também sobre ótimos pianistas, que fizeram carreira solo ou em trio, que acompanharam Ella Fitzgerald em suas gravações: Tommy Flanagan, Oscar Peterson, Paul Smith, e Hank Jones, Outros consagrados solistas de outros instrumentos trabalharam com ela, quase sempre em pequenos grupos e em apresentações ao vivo, como por exemplo os trompetistas Roy Eldridge e Dizzy Gillespie, e o guitarrista Herb Ellis.
Além dos três álbuns acima mencionados, em companhia de Louis Armastrong, recomendo mais: “Ella Fitzgerald Sings the Cole Porter Songbook” e “Ella Fitzgerald Sings the Duke Ellington Songbook”, neste acompanhada pelo próprio compositor e band leader. Nota 10!
Aliás, todos os songbooks que gravou, de George Gershwin, Irving Berlin, Rodgers and Hart, Jerome Kern, Johnny Mercer e mais Cole Porter e Duke Ellington já citados acima, são imprescidíveis, porque são os maiores "best sellers" musicais se me permitem esta livre comparação.
Pense num standard da música americana, que lhe traga boas lembranças, ou pudesse ser a trilha musical de sua vida, e provavelmente o encontrará na voz d'Ella, em um destes songbooks.
Êta! Não é que o mês de abril é pródigo em talentos, grandes damas do jazz: Billie, no dia 7; Ella Fitzgerald, no dia 25. E, ainda, Bessie Smith no 15, Carmen McRae, no dia 8.
Aliás, todos os songbooks que gravou, de George Gershwin, Irving Berlin, Rodgers and Hart, Jerome Kern, Johnny Mercer e mais Cole Porter e Duke Ellington já citados acima, são imprescidíveis, porque são os maiores "best sellers" musicais se me permitem esta livre comparação.
Pense num standard da música americana, que lhe traga boas lembranças, ou pudesse ser a trilha musical de sua vida, e provavelmente o encontrará na voz d'Ella, em um destes songbooks.
Êta! Não é que o mês de abril é pródigo em talentos, grandes damas do jazz: Billie, no dia 7; Ella Fitzgerald, no dia 25. E, ainda, Bessie Smith no 15, Carmen McRae, no dia 8.
Nenhum comentário:
Postar um comentário