17 de novembro de 2012

Réveillon e Jano



Jano
O nome janeiro, dado ao primeiro mês do ano, tem origem em Jano,  ou, em latim,  Janus, deus romano, simbolizado com duas faces, uma voltada para o passado e outra voltada para o futuro.

Por decisão de Julio Cesar, o imperador, foi fixado o dia 1º de janeiro, como o primeiro do ano. Este era, também, o dia consagrado ao deus Jano.


No mundo ocidental, comemora-se o réveillon do verbo réveiller, (que significa despertar), celebrando o fim de um ano e o início de outro, chamado de Ano Novo.

Copacabana - Rio de Janeiro


Uma característica especial deste deus – Jano -  representado com dupla face, uma voltada para frente (futuro) e outra para trás (passado) é que ele era o porteiro  da corte divina e, como tal, podia olhar em direções opostas.






Nesta medida é exatamente o que faço, mentalmente, e penso que muita gente também, no dia 31 de dezembro próximo das 12 badaladas e antes do brinde, é agradecer pelas coisas boas que aconteceram e pedir para que o novo ano traga se não mais, pelo menos as mesmas venturas positivas. Muita gente assume compromissos e define propósitos  que não cumprirão (parar de fumar, fazer ginástica e coisas que tais). Eu também.

O templo de Jano, durante a paz (incomum naqueles tempos), ficava fechado, só abrindo nos tempos de guerras. Segundo Ovídio, escritor que fez relatos  sobre Janus (em Fastos), tal fato teria como significado não deixar a paz escapar pela porta aberta e, a contrário senso, permitir aos que retornavam das guerras pudessem encontrar o caminho de volta sempre aberto.

Este deus não tinha um correspondente na cultura grega, diferentemente do que ocorre com a maioria de outros deuses  romanos, que aparecem na mitologia grega com outros nomes.

Quando eu e minha mulher constituímos uma sociedade comercial, durante a busca e definição por um nome, chegamos na mitologia romana e, por associação de ideias, fixamo-nos em JANO. E assim foi. O lado curioso é que algumas poucas pessoas pensavam tratar-se de meu nome próprio.

Sempre que possível (há que ter mar onde estou na data) gosto de molhar os pés na praia, como forma de lá deixar as coisas  negativas que possa estar carregando  e ficar purificado para a jornada do ano que se inicia.





Ovidio

Wikipédia : Públio Ovídio Naso, conhecido como Ovídio nos países de língua portuguesa (Sulmona, 20 de março de 43 a.C.  Constança, Romênia, 17 ou 18 d.C.) foi um poeta romano que é mais conhecido como o autor de Heroides, Amores, e Ars Amatoria, três grandes coleções de poesia erótica,Metamorfoses, um poema hexâmetro mitológico, Fastos, sobre o calendário romano, e Tristia e Epistulae ex-Ponto, duas coletâneas de poemas escritos no exílio, no mar Negro.

2 comentários:

Gusmão disse...

Tem muita gente que não é Deus romano mas tem duas caras. Uma diante de nós e outra quando estamos ausentes.
Abraços

Jorge Carrano disse...

Neste início do ano de 2017, relendo esta postagem verifico que é chegado o momento de atualizar o que aqui foi escrito.
Por exemplo: ir até a praia para molhar os pés, já não faço há quatro anos. A última foi exatamente em 2012.
E isto porque muita gente se excede na bebida e adota comportamento incompatível com o momento de concentração e reflexão. É muita bagunça, confusão.

Aproveito para um esclarecimento. Não li "Fastos" (Fasti, em latim), poema elegíaco de Ovídio.
A menção que fiz foi objeto de pesquisa.