O programa aludido no post anterior mereceu algumas notinhas na imprensa do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo, conforme se pode ver:
A notinha publicada no jornal "A Comarca", de São Gonçalo, que só menciona meu nome, tem uma explicação. Eu namorava a editora da coluna social, filha do dono do jornal, que se chamava Maria Luiza Cruz Tinoco, um doce de criatura. Nosso namorico acabou por uma simples razão, que o caso que conto a seguir explica por completo: Deu-se que ela era amiga da irmã de um amigo, parceiro de aventuras e conquistas, chamado Roberto Durão. Maria Luiza comentou, em tom de lamento, certo dia, com esta irmã de meu amigo:" Eu fico trinta, quarenta minutos diante do espelho para me arrumar e enfeitar e o Jorge fica comigo quinze, vinte minutos e vai embora".
Quando eu soube, incontinenti rompi o namoro. Por certo ela não merecia um namorado como eu, mais preocupado com os embalos do sábado à noite.
A notinha n'O Fluminense alude a um "programa levado ao eter..." é bem anos sessenta, ou não?
A notinha n'O Fluminense alude a um "programa levado ao eter..." é bem anos sessenta, ou não?
34 comentários:
Só consigo ler com lupa.
:D Fernandez
A assessoria de imprensa de voces é muito fraca. Cadê as notas no Estadão, no O Globo, no NY Times? (rs).
Confesso que nunca ouvi este programa. Também domingo, às 14 horas, geralmente estava na praia ainda.
Abraço
Nessas datas eu estava super envolvido com Tio Patinhas, Zorro e Tarzan. Só abria o CORREIO DA MANHÃ do meu avô para ver as notícias de futebol. rsrsrs
Carrano, nessa época eu tinha 9 anos. Com essa idade eu não lia jornal. Se a memória não me falha, apesar do ano letivo terminado, eu ainda estava envolvido em estudo por causa da necessidade de entrar para um "curso de admissão" e havia uma prova de seleção para entrar no que meus pais escolheram pra mim: o Alzira Bittencourt, que melhor preparava para um "vestibular", que era o concurso de entrada no Liceu.
Abraço
Carlos
Legal. Estava com 15 anos nessa data (fui ver o Neil Sedaka), mas consigo ler sem lupa. Tô me sentindo...
li agora, Carrano. Ana Maria poderia contar como foi o agito com o Sedaka? estava muito nervosa, com a responsabilidade de não deixar o público chegar perto e, mesmo assim, lembro que ele saiu rasgado de niterói. se não me falha a memória ainda compramos uma camisa para ele pegar as barcas de voolta para o rio. Na ida para Niterói o comandante das barcas, o motorista, o motorneiro, não sei como chamá-lo à nosso pedido permitiu que ele fosse na parte de cima observando a paisagem. Almoçamos no Restaunte Lido, no Saco de Sãso Francisco- à época o Saco ainda existia- ele passeou com o pai, a mãe e a intérprete na praia onde ainda pastavam cavalos e viu uma boiada vir da estrada da cachoeira comer capim nas ruas.
Morremos de medo com o preço da comida mas, o pai dele, gentilmente, pagou. Nós não comemos para não fazer o preço ir para as alturas.
Quem comanda a embarcação é o arrais. Eu disse arrais, não Arraes, Esther (rsrsrs).
Este é o pedaço mais delicioso da história e você ia nos deixando sem registro.
O Lido era um bom restaurante, na época. E o preço nem era tão salgado.
Se fosse meu pai não poderia, vez ou outra, levar-nos (5 pessoas) a comer "peixe à brasileira", uma das especialidades da casa.
Beijo e, de novo, obrigado por enriquecer o blog com seus comentários.
Fico impressionado lendo essas coisas boas todas ... como nossa cidade mudou, hein ?
Quanto ao LIDO, meus pais raramente iam lá, e quando iam, lembro-me que era pra "traçar" uma bandeja de camarões ao alho e óleo, e papai com sua Malzebier.
E para os fãs do cara, vai o link atual com seus shows : http://www.neilsedaka.com/
Não fui ao show dele em Dallas em outubro de 2008 (estava em um congresso) porque preferi ir aos Blues Brothers, no mesmo dia. A entrada de ambos era tipo 110 dólares !O grupo em que eu estava se dividiu, e os que foram ao Neil Sedaka voltaram boquiabertos com a qualidade do show, que foi no "ginásio" American Airlines Theatre (enorme).
abs
O pai da Maria Luiza se chamava Turibio Tinoco. Conheci o irmão dela, que tinha o mesmo nome do pai (Turíbio).
Ela casou, teve filhos, mas faleceu ainda jóvem.
Paulo,
Nossas primeiras idas ao Lido foram de bonde, que transitava pela Estrada Fróes e fazia o retorno exatamente onde havia o restaurante.
Depois, passamos a ir num Austin A70, carro inglês que meu pai comprou.
Niterói era, naquela época, a melhor cidade para se morar. Pertinho da capital da república (Distrito Federal), mas com a tranquilidade de cidade interiorana, onde todos se conheciam.
E as praias, mesmo as do interior da Guanabara, eram frequentáveis.
Abraço
Putz .... eu viajo vendo fotos antigas de Nitheroy ! Mexe comigo mesmo, impressionante. Mas minhas lembranças iniciam mais ou menos em 1957-1958 ...lembro muito do nosso pai nos ter levado para ver o Camboinhas e a corveta V20 encalhadas - fomos no FORD 41 do velho ...hehehehe
Link : http://www.naufragiosdobrasil.com.br/naufcamboinhas.htm
Prezado Paulo,
Para você que é apreciador de imagens de Niterói, e também para os amigos Esther e Ricardo que estão vivendo em paraísos distantes (Caxambu e Nova Petrópolis) eis um link que remete à visão de um turista na cidade.
https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=gmail&attid=0.1&thid=135a17f5a3b345f5&mt=application/vnd.ms-powerpoint&url=https://mail.google.com/mail/?ui%3D2%26ik%3Daa4d2055e9%26view%3Datt%26th%3D135a17f5a3b345f5%26attid%3D0.1%26disp%3Dsafe%26zw&sig=AHIEtbRufASeF1-t9nbSuAkyV7fm83CB4g
LIDO? Conheço o LIDÔ, em Paris.
Nesta época eu frequentava a Churrascaria na Rua Desembargador Lima Castro.
Abraço (chateado pelo Botafogo)
Gusmão,
Liberei seu comentário, mas aviso que este é um blog-família.
Neste espaço só se come carne pela via oral.
Abraço
Não posso ajudar muito quanto ao "agito" causado pelo visita do Neil Sedaka. Lembro que, como tínhamos um pistolão(o Jorge é claro), ficamos eu e minha irmã espremidas num corredor estreito. Vi o referido cantor através do vidro do Studio e numa passagem rápida oelo tal corredor, cercado de pessoas . Não dei muita importância pois que , naquele tempo, era fã do Paul Anka.
Quanto ao Lido, restaurante em São Francisco, não sei se era barato, mas, mesmo que não fosse, nosso pai nos levaria. Era perdulário, principalmente no que se referia a comida. Frequentamos tb outros restaurantes conceituados. Lembra do Derby, ao lado Cine Central , nas Barcas?
Antes que eu esqueça. Antes do Austin Sedan, papai teve um Buick que nos proporcionou excelentes passeios...
Esqueci do Buick, Ana Maria.
Foi nele que "aprendi" a dirigir. Depois fiz a auto escola Trajano, para poder fazer a prova de habilitação.
É, papai pedia parcimônia nos gastos, mas em matéria de gastronomia era liberal.
Beijo
Um assunto puxa outro... Paulo relatou e eu me lembro bem de nossa aventura para ver o Camboinhas e a Angostura encalhados.
Quanto ao Lido, lembro dos camarões. Lembro mais: que mamãe àquela época bem tomava uma cervejinha (não só Malzbier) e nos deixava beliscar a espuma do chopp. Por conta disso, posso afirmar que a cerveja Weltenburger Kloster Urtype Hell, fabricada em Petrópolis sob supervisão alemã, resgata aquele gostinho que eu conheci no Lido (eta memória gustativa!).
O Lido demorou a ser desativado. Cheguei a frequentá-lo alguns anos mais tarde, com meus amigos.
Abraço
Carlos
deixe explicar o caso do Lido. O gasto com a família inteira do Neil Sedaka, com uisque etc... mais a empresária estava além de nossas posses de estudantes. Já gastáramos muito com táxis, que na época era um luxo e se não me engano, o Alódio ou o Carrano haviam combinado com uma amiga de São Francisco para poreparar um almoço e receber a todos. Mas o pai do Neil desejava comer camarão, alguma coisa assim. Gastársamos muito com a divulgação, lebra Carrano? imensas faixas que penduramos pela cidade, pois precisávamos de patrocínio . caso contrário o programa acabaeria.
Ana Maria, lembro-me de que o estúdio ficou lotado e que quando pedimos para ele cantar, já havia avisado que por questões contratuais não poderia, o Ivan Borghi, na técnica tascava um disco dele. Já era Lp , não Carrano?
Havia realmente uma grande disputa entre Paul Anka e Neil Sedaka. Mas quem tivesse chegado ao Rio seria levado ao programa. Era condição sine qua non de sobrevivência. E claro que conseguimos patrocínio.
Em conversa com o Alódio, através do facebook , ele me informou que o convite para que eu participasse do programa saiu dele. preciso saber como foi isto, hoje ainda pergunto.
Sim, Esther, o formato já era de Lp (33rpm), com capas bem elaboradas.
Já contei no blog que tenho um razoável acervo de LPs, em especial de jazz.
Quando morei em São Paulo (87 a 95), já pela segunda vez, comprava LPs usados na feira da Praça Benedito Calixto, em Pinheiros.Algumas raridades.
Mas voltando ao programa "O Estudante em Foco", que bom que o Alódio foi localizado no Facebook, e está bem. Assim como o Eugênio Lamy, que encontrei recentemente em Icarai.
Tirante você, Esther, ninguém seguiu carreira jornalística.
Beijo
Informação para o Anônimo:
Clicando sobre o recorte do jornal, aumentará o corpo de letra o que tornará mais fácil a leitura.
Esther, quando eu soube que a Rádio Federal estava no ar, em caráter experimental, fui lá e conheci o padre Laurindo Rauber que me convidou para fazer um programa para jovens. Conversando com o Carrano e o Oswaldo na 2ª CR, onde eu e Carrano servíamos ao exército e o Oswaldo era Cabo, os dois se entusiasmaram e resolvemos aceitar o convite. Faltava formar uma equipe e Carrano lembrou-se do Eugenio Lamy que escrevia boas crônicas e era amigo dele, creio que seu colega do Liceu, e eu lembrei de você que era minha colega no Bittencourt Silva, brilhante, inteligente e que escrevia muito bem e daí fiz a você o convite para participar da empreitada. Você aceitou e a equipe estava formada. Fizemos os primeiros ensaios na casa dos sogros do mu falecido irmão Cesar, na Avenida Sete de Setembro, onde hoje é o Hospital de Olhos de Niterói.
Este grupo de então estudantes, resultou no seguinte grupo com formação profissional diversificada:
Esther Bittencourt fez jornalismo e intensificou atuação literária, pertencendo atualmente a Academia de Leras de Caxambu -MG; Oswaldo Czertok fez odontologia; Alódio e eu cursamos Direito, sendo que ele prestou concurso e virou Defensor Público; Eugênio Lamy fez medicina e se especializou em psiquiatria.
Todos hoje devidamente aposentados, temos histórias para contar, inclusive esta aventura de produzir e apresentar um programa de rádio voltado para estudantes.
O programa é lembrado menos por seu conteúdo, digamos, voltado à classe estudantil secundarista, mas sim pelo fato de haver conseguido o feito de trazer a Niterói, o cantor e compositor Neil Sedaka, sucesso internacional na época.
Caramba, que lembranças espetaculares de todos !!!!!!
E comparar com os dias que vivenciamos hoje, com a pandemia, o merdalhal social e político, o mau uso das mídias sociais ......
Saudade da minha infância e juventude. Muita mesmo.
Riva,
Como você é ligado a esportes acrescento:
Um dos recortes (Ultima Hora, em 23.22.19060, menciona entrevista com o então presidente da UFE -CLaudio Moacyr de Azevedo.
Ele foi mais tarde deputado estadual e prefeito de Macaé. Nesta cidade ele dá nome ao estádio de futebol (Moacyrzão) e também a uma escola municipal.
Foi bom prefeito e deixou obras na cidade.
Carrano, bom dia.
Acho que ouvi alguém comentar sobre esse programa na rádio Federal e sua participação nele. Mas, deve ter sido há muito tempo atrás, num breve comentário.
Dos participantes, só conheço você, pessoalmente. Acho que a Esther Bittencourt pode ser uma das filhas do ex-deputado e ex-diretor do Liceu, Jayme Bittencourt. o Eugênio Lamy talvez seja parente do Nelson Lamy, que era professor do curso Pasteur, preparatório para o vestibular para a faculdade de medicina, ali, na Marquês do Paraná, e cujas aulas assisti durante um ano.
Minha experiência junto com Irapuam, na transmissão radiofônica, limitou-se ao nosso "Hora do Grêmio", que apresentávamos no horário do recreio dos turnos da manhã e tarde. Era muito legal, pois além de divulgarmos as notícias do Grêmio, também colocávamos para tocar os 78 rotações dos sucessos da época: The Platters ("My Prayer", "Only You"), Elvis ("Blu Shede Shoes), Litte Richard ("Tutty Frutty), entre outras.
Tempo bom, não volta mais, saudade do tempo que foi...
Obrigado, Carlinhos, pela visita virtual e comentário.
Não, a Esther Lucio Bittencourt não é filha do Jayme Bittencourt, ex-diretor do Liceu.
Com efeito duas das filhas do referido ex-diretor e ex-deputado, estudaram no Liceu.
Uma delas, por sinal, a Terezinha, que virou colunista social assinando Tetê Bittencourt, mais tarde assumiu o cerimonial da câmara de vereadores de Niterói.
Sim Eugênio e Nelson são parentes. Até um ano, ainda esbarrava no Eugênio caminhando no calçadão. Mas sumiu.
O Jayme Bittencourt tinha três filhas: Terezinha (que foi minha contemporânea, mas de turmas diferentes), a Ester e a Ângela. A uĺtima, Ângela, bem mais nova, disputou os Jogos Infantís, do Jornal dos Sports, em 1955, pela equipe do tênis de quadra, pelo Canto do Rio. Nesse ano, disputei os mesmos jogos, jogando tênis de mesa, pelo mesmo clube. A Terezinha, acho que casou com um liceísta de sobrenome Suzuki.
Penso haver esclarecido, Carlinhos, em e-mail de hoje.
Abração.
Aproveito para recomendar visita a outro sitio na rede que aborda o mesmo assunto. Escrito por protagonista da história.
https://primeirafonte.tumblr.com/post/175647729710/as-horas-esther-lucio-bittencourt-comecei
Bom dia, explico: o Bittencourt da Esther vem acompanhado de Lucio. O sobrenome, portanto é Lucio Bittencourt. Não sou parante do Sr.Jayme . Na realidade , Bittencourt é um nome muito comum. A origem é das Canárias e França, me parece. Boa semana.a todos.
A sua amiga Ester tem o sobrenome composto, igual ao meu. Apesar de muita gente pensar que meu nome é composto, Carlos Augusto, não o é. Meu sobrenome é que é composto, Augusto Lopes. O Filho vem por conta da diferenciação do nome do meu pai, que era Carlos Augusto Lopes.
Obrigado Esther e Carlinhos.
Ah! Estes nomes compostos e pomposos.
Abração.
Nem tão pomposo assim. Bem comum, aliás...
Acho chiquérrimos, como Carneiro Leão e outros.
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