9 de fevereiro de 2012

De besta a bestial

Um  tênue fio separa o amor do ódio.  E, claro, vice-versa. O louvor de agora, pode virar uma ira incontida em minutos.

No mundo do futebol é assim, na vida é assim.

Arsène Wenger
Arsène Wenger, francês, bom técnico de futebol, trabalhando no Arsenal, uma das grandes equipes da capital londrina, há treze anos, experimentou ouvir as primeiras vaias recentemente, ao fazer uma substituição que a torcida local achou errada.

Henry
O time perdia, e para colocar em campo o Tierry Henry, um dos maiores ídolos da história do clube, tirou de campo o jovem e talentoso Chamberlain, que vinha jogando bem.

O torcida estrilou, e com razão. Embora estivesse entrando em campo um jogador idolatrado, a escolha do jogador a ser susbtituido foi equivocada segundo a torcida.

E foi mesmo.

Este fato me veio à lembrança ontem, quando o treinador do Vasco, Cristovão, substituiu o jovem Max, pelo Felipe Bastos.

O Cristovão que vinha sendo prestigiado pela torcida, pelos resultados alcançados pela equipe no últimos meses, recebeu ao final da partida uma sonora vaia. E foi chamado de burro.

Tudo leva a crer que pelo fato e não haver colocado em campo o jogador Bernardo , cujo nome foi gritado em coro pela torcida durante o segundo tempo da partida.

Tá certo que o Bernardo poderia ter dado outra dinâmica a equipe, mas na minha opinião, tirar o Max, que embora inexperiente, porque jovem, é entretanto acostumado a jogar naquela posição, que é a sua de ofício, para colocar o lento Felipe Bastos, que mesmo como volante tem suas limitações, para marcar os velozes atacantes do Nacional de Montevideo, foi, perdão pelo termo, uma decisão burra. O Felipe Bastos nunca estava na lateral direita da área, pois avançava e não voltava em velocidade, porque é pesadão, lento e não tem habilidade para jogar na ala.

Ao técnico não cabe apenas fazer entrar o jogador certo, tem que saber melhor ainda quem tirar. No caso de ontem, neste jogo ao qual me refiro, o técnico errou duplamente: errou na escolha de quem entrava e errou na escolha de quem saiu. BURRO!!!

Otto Gloria

O Otto Gloria, um dos lendários técnicos de futebol no Brasil, que teve como maior êxito levar a seleção de Portugal à terceira colocação na Copa do Mundo de 1966, cunhou uma frase lapidar, que faz mais sentido naquele país (pela expressão idiomática), e ao qual ele se referia: “Naquele pais quando se perde o treinador é chamado de ‘Besta’. Quando vence de ‘Bestial’.


Nesta partida, contra o Nacional, nenhum jogador do Vasco esteve bem. O técnico poderia sortear quem tiraria para entrar o Bernardo. Até o goleiro.

Os velhinhos Felipe e Juninho estavam irreconhecíveis (Juninho errou até nas bolas paradas). O Diego pesado e sonolento, é como um vagalume: acende e apaga intermitentemente. Alecsandro é caneleiro, seria o último a ser escolhido nas peladas no campo do Vianense ou do Diário Oficial (onde nós jogávamos em nossa infância na Ponta D’Areia). Nem o Dede esteve bem.

Vascainos, preparemos nossos corações porque dias sombrios nos aguardam.

6 comentários:

Gusmão disse...

Juro que fiquei com pena dos vascainos.
O tal de Rodolfo, hein?
Não satisfeito com uma lambança, quase no final do jogo repetiu a dose.
Cadê o Renato Silva?
Abraço

Paulo disse...

Renato Silva conseguiu ser expulso sentado no banco de reservas .... o cara é bom ! rsrs

Freddy disse...

Também... O Nacional jogou com no mínimo 16 jogadores! Ou aquele monte de gente correndo no campo eram só 11?

<:o) Carlos

Jorge Carrano disse...

Ótimas observações, Paulo e Carlos. O Renato Silva conseguiu a proeza de ser expulso estando no banco. E os uruguaios realmente pareciam se multiplicar em campo. Muita disposição e raça, como sói acontecer com aqueles platinos.

Obrigado pela solidariedade, Gusmão.

Abraços

Jorge Carrano disse...

Quando foi contratado encheram a bola do Rodolfo. Sabe sair jogando. Cabeça em pé. Bom passe. Pode até jogar no meio campo, etc
Ele se empolgou.
Mas vamos combinar o seguinte: o time do Nacional não é bobo.

Freddy disse...

Os uruguaios já são destaque na América Latina, os espanhóis lá na Europa, a coisa tá feia pro Brasil. Times lentos e sem inspiração. O confronto com estrangeiros vem evidenciando bem nossas deficiências.
Eu temo pelo pior.
Acho que teremos outro Maracanazzo em 2014, isso se o Brasil conseguir chegar à final...
Abraço
Carlos