Por Paulo Ricardo M B March
Li (devorei) o livro 1808 do jornalista Laurentino Gomes, que conta a chegada (fugindo de Napoleão Bonaparte) e a estada de Dom João VI no Brasil até 1821.
Estou devorando também o 1822, que conta o período de Dom Pedro I depois da saída de Dom João VI.
E quanto mais leio, mais estarrecido fico.
O nível de pesquisa existente hoje (tecnologia aplicada, compartilhamento global de informações) permite-nos chegar a uma quase realidade dos fatos ocorridos a centenas de anos.
No caso dos livros do Laurentino, é para rasgar e picotar todos os livros de História do Brasil que utilizamos no Primário e no Ginásio.
Logo no início ( e ainda estou na página 59) ele arrasa com a famosa pintura de Pedro Américo intitulada “Independência ou Morte”, ao afirmar que D. Pedro I montava uma mula sem nenhum charme, porém forte e confiável. E conta mais outros curiosíssimos detalhes do famoso momento em nossa história, de cair o queixo.
Não sei quantos de vocês leram o 1º volume (são 6) de J.J. Benitez chamado “Cavalo de Tróia”. Nesse primeiro livro, ele conta com uma riqueza impressionante de detalhes os últimos dias da vida de Cristo.
E como ?
2 astronautas da NASA voltam no tempo e aterrisam no topo do Monte das Oliveiras. Enquanto um fica no interior da nave operando sua instrumentação, o outro sai em busca do registro fiel dos últimos passos de Jesus.
Só não levei o livro para debaixo (ou seria embaixo?) do chuveiro, mas devorei-o como se tivesse comendo o mais saboroso dos pratos ( o que mais gosto, claro) : feijão, arroz, ovo estrelado ... rsrs. Mas é ficção, apesar do incrível nível dos detalhes descritos no livro.
E lendo Laurentino, fico pensando nas distorções da realidade da vida de Cristo que chegaram até nós através da Bíblia e de tantos outros livros. Segundo a tradição aceita pela maioria dos cristãos, a Bíblia foi escrita por 40 autores, entre 1445 e 450 a.C. (livros do Antigo Testamento) e entre 45 e 90 d.C. (livros do Novo Testamento), totalizando um período de quase 1600 anos. Dá para imaginar ?
Tenho Jesus Cristo como um cara diferenciado, especial, para a época em que viveu, assim algumas outras personagens importantes na história da humanidade (detesto escrever “personagem” no feminino, pois para mim sempre foi masculino). E fico viajando em cima de passagens importantes da sua vida, o que realmente aconteceu, o que realmente ele disse, como foram na verdade seus últimos dias ..... as pessoas que relataram sua passagem, escreveram muitos anos depois da sua morte.
Como poderiam ter registrado a verdade dos fatos, como conseguiram manter registros verdadeiros do que aconteceu ?
Impossível, simplesmente impossível ... na minha opinião.
Não sei se um dia o homem conseguirá um nível de pesquisa que nos mostre a realidade da vida de Jesus Cristo.
Mas se conseguir, alguém me conta lá em cima, por favor.
Adoraria conhecer a “verdade real” (termo jurídico) sobre sua passagem entre nós.
23 comentários:
Prezado Paulo,
No email de encaminhmento você disse que o assunto é polêmico.
Bota polêmino nisso, digo eu.
Você que lê bastante, provavelmente já leu alguma coisa do filósofo alemão Friedrich Nietzsche.
As religiões são tema central, ou peeriférico, de suas obras. E a questão da verdade também já foi abordada por ele.
De suas frases mais conhecidas, gosto muito da seguinte, que se aplica ao caso: "Cada pessoa tem que escolher quanta verdade consegue suportar".
Abraço
Extraindo o comentário da Juliana, neta do amigo Carrano, no post sobre Nova Petrópolis :
O dizer do pensar somente se acalmaria em sua essência quando ele se tornasse impotente de dizer, o que deve ficar inexprimido"(Martin Heidegger, in A Experiência do Pensar)
Juliana diz, entre outras coisas : "O dizer do pensar, pode ser o próprio pensamento, suas opiniões e conceitos. Este, só ficaria verdadeiramente calmo ("essência") quando não conseguisse mais dizer aquilo que não deve. Ou seja, o pensamento só se tranquilizaria quando falasse tudo que tem em mente."
Meu adendo : Meu pensamento não se tranquiliza em relação ao assunto Jesus Cristo. Tenho muito que falar, descobrir, que conversar, que debater, que provar, que me convencer, mas não vou ter tempo, infelizmente. Precisaria viver 300 anos para talvez chegar perto da verdade real. Por isso peço que quando descobrirem, mandem pra mim Lá em Cima.
Fiquei intrigado com o que escreveu o autor do post, sobre personagem ser para ele palavra masculina. Alguém teria me dito, no passado, exatamente ao contrário. Por isso fui pesquisar.
E encontrei:
"Todos os dicionários importantes brasileiros - Houaiss, Aurélio e Michaelis - e o Volp (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) registram "personagem" como substantivo comum-de-dois, ou seja, registram que tanto se pode usar "O personagem" quanto "A personagem".
O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa é editado pela Academia Brasileira de Letras e tem valor de Lei, ou seja, o mais adequado é seguir o Volp, portanto "personagem" é um substantivo comum-de-dois-genêros: "O personagem" e "A personagem", facultativamente." (Google)
Ficou mais fácil. Assim ninguém erra.
No carnaval não entro na discussão religiosa. Fica para a Semana Santa.
Abraço
Prezado Gusmão, não tinha pesquisado. Vali-me de antigos comentários a respeito. Tenho a impressão que então PERSONAGEM passou a ter 2 gêneros, mas antes era feminino, por isso comentei no post daquela forma (posso e/ou devo estar enganado). Confesso que "a personagem" me incomoda, assim como "estou filmando com a minha câmara", etc. Estou me preparando espiritualmente para ver nas próximas edições do Aurélio algo como tauba, pobrema,daunloudear,estartar, etc...rsrs
Bom Carnaval & Sds TRIcolores (o pulso ainda pulsa)
Um adendo ...vejam o que capturei na web :
Antigamente, existia uma explicação esquisita para o substantivo "personagem": masculino quando se tratasse de pessoas reais; feminino quando se tratasse de papel representado ou elemento de ficção.
Agora, todos os dicionários importantes brasileiros - Houaiss, Aurélio e Michaelis - e o Volp (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) registram "personagem" como substantivo comum-de-dois, ou seja, registram que tanto se pode usar "O personagem" quanto "A personagem".
Mas a intenção não era essa ...era conversar sobre a verdade real sobre JESUS CRISTO.
Sds
Nos bancos universitários ouvi e li sobre a origem da palavra pessoa, que tem um significado jurídico próprio.
Para alguns professores e doutrinadores,a palavra pessoa se origina do latim (persona,personae), significando máscara. Outros invocam a origem grega de persona, que seria apenas o orifício na máscara, nas peças teatrais, existente na altura da boca. Outros remontam aos etruscos dando à palavra persona, entre aqules povos, idêntico significado, ou seja, seria o orifício na máscara dos atores no palco teatral.
Já foi aceita, também, a ideia de que se o personagem era real e humano, deveria ser tratado no masculino. Se ficcional, humano ou não, deveria ser tratado no feminino. Acho que esta conceituação ficou superada.
Abraço
Paulo,
Também acho mais adequado, se é para malhar, Jesus ou Judas, que aguardemos o sábado de Aleluia.(rs)
A sugestão foi do Gusmão.
Abraço
Para pensar até a Semana Santa (rs):
A verdade real seria atingível pelo homem? Estamos muito longe deste nível de conhecimento, se é que atingiremos.
O que temos, por ora, é muita filosofia.
Sem querer estabelecer outra polêmica, repetiria o que li alhures. "Filosofia é uma chave que abre muitas portas, atrás das quais não se encontra coisa alguma".
Aguardo a reação dos filósofos de plantão, não contra mim, que apenas repercuti.
Amigo Carrano e demais : sensacional essa definição de Filosofia. Vou "grokar" (definição virá na Edição 45.089ª do Aurélio)o assunto durante o Carnaval, entre cantos das sabiás, dos bem-te-vis, do Led Zeppelin, e do meu whisky em Friburgo.
Sds
Cavalo de Tróia, a série de JJ Benitez já está no volume 9. Sobre Caná, as bodas... O mais volumoso volume dele. Nas boas livrarias do ramo.
Olá visitantes habituais e passantes ocasionais:
Por razões que não irei perquirir, o Ricardo dos Anjos optou por me enviar email, ao invés de comentar no blog,
uma pertinente observação e sugestão que quero compartilhar com os voces. É o seguinte, ipsis litteris: "Ah, os amigos de Jó debateram muito com ele sobre sofrimento. E só quando Deus interveio e chamou-lhes a atenção viu-se que nenhum deles - Bildade, Elifaz e Zorar - argumentou corretamente, inclusive no que diz respeito a Deus no processo. Seria oportuno ler o Livro de Jó, e os demais da Bíblia. E outros livros seculares de um teólogo chamado Philip Yancey, um dos, para mim, exegetas do Livro Sagrado que melhor discerne a Palavra. E o best-seller MARAVILHOSA GRAÇA, de sua autoria é sensacional, contracultura religiosa, crítica ao Legalismo judaico herdado por muitas igrejas, tanto católicas quanto ditas evangélicas, que hoje falam de Jesus ("quem vê a mim vê o Pai") sob uma óptica estrábica, sem comunhão com Deus antes de receber as revelações pretendidas."
Então, pessoal, todos ao Yancey, e/ou ao Livro de Jó, e à farta literatura disponível, até na rede, aproveitando o ócio dos dias carnavalescos.
Depois, com mais embasamento teológico-filosófico-científico, metafísico, voltamos ao tema.
Abraços
Vamos lá... Andei longe dos comentários por motivos alheios à minha vontade -> tempo.
Muito engraçado observar que os primeiros comentários fogem do assunto principal (Jesus) e se fixam sobre a palavra "personagem". Medo de abordar o tema principal? OK, eu também não discutirei sobre religião, pois só iria amealhar inimigos. Como também política ou futebol.
A definição de Filosofia dá para uma semana inteira de debates. Muito espirituosa. Lembra-me uma definição de Filosofia da Ciência (matéria do 1. período da PUC-1969). Dizia-se que era um assunto com o qual ou sem o qual o mundo continuava tal e qual (!).
Gosto de uma frase ouvida de um de meus chefes, sobre verdade. "Todo fato tem 3 versões: a sua,a minha e a verdadeira." Creio que nunca se saberá qual é a verdadeira, mesmo no caso dos relatos da Bíblia.
Antes que me apedrejem, sim, é uma questão de fé.
Para terminar... Que coisa horrível a nova configuração para certificação do comentário no blog. Justo depois de tantos elogios sobre sua simplicidade...
Abraços
Carlos
Não tenho medo de discutir. Fiz uma pilhéria com a inoportunidade de debate sobre o tema proposto, para não falar do contexto no qual foi colocado. Apresento minhas escusas, mas achei mal encaminhado.
Fui levado à digressão pelo próprio autor do post, que colocou em parêntese uma observação que comporta controvérsia. Tanto que rendeu.
Se me permite, Paulo, sugiro que você coloque o "cara" para discussão num enfoque mais profundo, mais cartesiano, digamos.
Cavalo de Troia já tem 9 volumes como nos lembrou o Ricardo, o que revela o quanto estamos defasados nesta conversa.
Abraços
De minha parte prefiro discutir a "verdade real", tal qual colocado pelo Paulo, na acepção jurídica. Vou me sentir mais confortável neste terreno.
Caramba ! Estou gostando ... e achei legal a enveredada pela definição de "personagem", enfim, isso é que é blog !!! Já anotei o "Maravilhosa Graça" para devorar. Sobre o Cavalo de Tróia, não sei como consegui chegar no volume 6. Aliás sei sim ... por pura curiosidade. O 1º Volume foi arrebatador, e os outros me frustraram, a começar pela definição de como era o corpo físico de Jesus .... pirei, parei, dei um tempo, antes de continuar.
Quem já chegou no Volume 9, me aconselha a continuar com o 7, 8 e 9 ?
E quanto ao tema, "verdade real sobre Jesus Cristo", ainda não captei a linha de vcs : querem conversar ou não sobre isso ? Fiquei desconfortável.
Abrs e bom Carnaval a todos !
Hmmm, adendos ao comentário anterior :
- Carlos, falta de tempo ? quaquaquaquauqua (risada típica dos cidadãos de Patópolis)
- Prezado Gusmão, jamais conseguiria colocar o cara (sem ") para discussão com um enfoque mais cartesiano. Como pode ser Matemática uma ciência exata, com a dízima periódica martelando na minha cabeça ? Jesus então ...
Abrs
Assistam a esse vídeo sobre suposta participação de Einstein num debate sobre existência de Deus:
http://youtu.be/79peFNh8Ne4
Bem, se tiverem preguiça de ler, então ouçam as mensagens do jovem teólogo e pastor Ed René Kivitz. Basta acessar o site www.ibab.com e fartar-se com o que há de vanguarda nas pregações ditas evangélicas. Tipo "você ainda não viu ou ouviu coisa igual".
Excelente para um necessário retiro espiritual. Mas tem de abrir a mente, sem preconceitos, por favor! Aventure-se, portanto, nessa aventura, para alguns, certamente, nova.
Graça e Paz!
Vejam esse link : http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/03/dinossauro-foi-o-primeiro-animal-ter-penas-brilhantes.html
E não conseguem descobrir a verdade sobre JESUS CRISTO ?
Está faltando "vontade " de revelar A VERDADE.
Sds TRIcolores !
Prezado Riva52,
Houve um homem chamado Jesus. Este homem esteve a frente de seu tempo. Era carismático, bem articulado com ato poder de convencimento. Acho que quanto a isto ninguém diverge.
O que faltaria provar? Os milagres? Que ele ressuscitou? Que cometeu o crime de falsa identidade se dizendo filho de Deus?
Ora, filhos de Deus todos somos, ou não?
Abraço
Olá caro amigo!
Li atentamente sua postagem e concordo com suas colocações, há algo a mais do que simplesmente esta "estória, história" que nos é contada, levando em consideração as distorções pelas quais passa u determinado assunto, cada qual os interpletam e contam a sua maneira, fantasiosa ou realistica.
De fato ha que considerarmos que este referido Jesus Cristo foi sem dúvida um grande homem e seus ensinamentos os melhores possíveis a serem praticados, no entanto, um homem, como houve outros a bem saber "GHANDI" por exemplo.
Há uma frase na qual gosto de citar " o reino de DEUS esta dentro de você" acredito e pergunto. Então porquê buscar fora? Respeitamos esse grande homem como mereçe ser respeitado, mas me atenho as suas mensagens e ensinamentos, o que deveriam fazer todos.
A propósito indico a Teosofia como leitura que busca a essência de tais ensinamentos e verão os ensinamentos deste mestre se confirmarem cada vez mais, se é que exija isto!!!
Recebido hoje, via email:
O mundo ainda duvida de Jesus!
UMA NOTÍCIA QUE ESTÁ ABALANDO O EGITO! Fé!
Depois do haitiano que ficou 27 dias nos escombros e disse que uma pessoa lhe deu água, veja a notícia interessante que vem ao nosso conhecimento.
UMA NOTÍCIA QUE ESTÁ ABALANDO O EGITO
Um muçulmano egípcio matou sua esposa porque ela estava lendo a Bíblia e então a enterrou com seu bebê nascido há poucos dias e uma filha de 8 anos de idade.
As crianças foram enterradas vivas! Ele então disse à polícia que um tio havia matado as crianças. Quinze dias mais tarde, outra pessoa da
família morreu.
Quando foram enterrá-la, encontraram as duas crianças sob a areia? E VIVAS!
O país ficou em choque e o homem será executado...Perguntaram à menina de 8 anos como ela havia conseguido sobreviver por tanto tempo e ela disse: "Um homem que usava roupas brilhantes e com feridas que sangravam em suas
mãos, vinha todos os dias para nos alimentar. Ele sempre acordava minha mãe para dar de mamar à minha irmã".
Ela foi entrevistada no Egito numa TV nacional por uma mulher jornalista que tinha o rosto coberto. Ela disse na TV pública, 'Foi Jesus quem veio cuidar de nós, porque ninguém mais faz coisas como essas!'
Os muçulmanos acreditam que Isa (Jesus) aparecerá para fazer coisas desse tipo, mas as feridas em Suas mãos dão provas de que
Ele realmente foi crucificado e que Ele está vivo!
Também ficou claro que a criança não seria capaz de inventar essa história e não seria possível que essas crianças vivessem sem um
milagre verdadeiro.
Os líderes muçulmanos terão muita dificuldade em lidar com essa situação e a popularidade do filme 'Paixão de Cristo' não os ajuda!
Como o Egipto está bem no centro da media e da educação do Oriente Médio, você pode ter a certeza de que essa história vai se espalhar rapidamente.
Jesus Cristo ainda está deixando o mundo de pernas para o ar!
Por favor espalhe esta história por todos os lugares. 'O Senhor diz, 'Abençoarei a pessoa que colocar Sua confiança em mim''
(Jeremias 17).
Jesus disse: "Se me negas entre os homens, te negarei diante do Pai"
Bom, eu comecei a leitura de EM BUSCA DE JESUS, de David Gibson. Continuamos a busca ...
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