6 de agosto de 2011

De tudo um pouco

No último post  falei de Londres, em especial, e da Inglaterra no geral. Pois muito bem, acabo de ler matéria jornalística sobre o órgão que cuida das rodovias naquele país. Trata-se de uma agência reguladora, chamada Highways Agency*. Pois muito bem, esta agência exerce um rígido controle sobre obras de conservação e, ao mesmo tempo, é rigorosamente controlada, eis que é obrigada a publicar todos os contratos, e listar todas as depesas  funcionais, salários de funcionários, e até os convites para eventos, em especial os ligados ao setor privado.


Igualzinho como no Brasil, não é? Faz-me rir. Aqui as agências reguladoras (uma infinidade delas), são veerdadeiros cabides de emprego, feudos de partidos políticos, que só atuam em defesa dos interesses das raposas, as quais deveria controlar.


Você já recorreu a ANS, a ANEEL ou a ANATEL? Pois muito bem, elas defendem os interesses das AMILs, AMPLAs, TIMs, e todas as demais empresas operadoras dos respectivos serviços de saúde, energia e telecomunicações. Ou você acha que numa disputa entre você e a UNIMED, a ANS irá agir em seu favor?


Já que falei da agência inglesa que regula os transportes lá, aproveito o link para comentar o que está acontecendo aqui no Brasil, no segmento de transportes. Levaram tempo, mas finalmente descobriram que no Ministério dos Transportes e alguns de seus órgãos, como o DNIT, campeia a corrupção, o favorecimento, o desvio de verbas. E, sem qualquer surpresa, fica-se sabendo que no loteamento da administração pública, este feudo cabe a um determinado partido político, como contrapartida ao irrestrito apoio no Congresso. A sigla do partido não poderia ser mais significativa: PR ( que eu leio como partido da roubalheira).


Como uma coisa puxa a outra, verifico que a presidenta Dilma, como faz questão de se autonomear, e que seus correligionários (a maioria por puxasaquismo), reforça utilizando o mesmo tratamento, não gostaria de ser chamada de governanta, mas no caso atual quando ela promove uma verdadeira faxina no setor de transportes, seria bem mais adequado, ou não? Não é a governanta que cuida da supervisão da faxina?


Tendo em vista que  o assunto chegou ao terreno do humor, possivelmente será levado a sério. O Agamenon, personagem ficcional criado pela turma do Casseta e Planeta, na última edição focou com a irreverência habitual a questão da faxina no Ministério dos Transportes e, com ironia , compara que enquanto o ex-presidente anda para cima e para baixo reinaugurando obras, à presidente, porque mulher, cabe o papel secundário, fruto de preconceitos e discriminação , de fazer a FAXINA.


De novo linkando, aproveito que mencionei a presidente para declarar publicamente o que já confessei  à boca pequena, intramuros, no recesso sacrossanto do lar: está me surpreendendo agradavelmente. Embora tenha achado graça na gozação do Agamenon.

Quosque Tandem, Lula, Abutere Patientia Nostra? Larga o osso!



A Mafia continua atuando no Brasil, através das organizações criminosas ‘Ndrangheta, Cosa Nostra e Camorra, que são comandadas por famílias. E temos agora à solta, um bandido free lancer, autônomo, chamado Cesare Batistti. Cuidado porque ele atira pelas costas.


Dois acontecimentos: um esperado para qualquer momento; outro absolutamente imprevisível e inesperado. Falo da morte da Amy Winehouse e do atentado ocorrido na Noruega. No caso da cantora, confirmou-se a crônica de uma morte anunciada. No caso da Noruega desfez-se a aura de pais seguro e tranquilo, verdadeiro refúgio, um “lugar onde nunca acontece nada”. E esta frase não tem caráter depreciativo, segundo analistas políticos e sociais. É porque nada de mal mesmo acontece naquele país onde muitos imigrantes, de várias nacionalidades procuram paz e melhores condições de vida. Um horror o que aconteceu na Noruega. Nenhuma surpresa no que aconteceu com Amy.


Falei em faxina em órgão do governo, e limpeza me remete a uma nota que li numa coluna jornalística. A nota informa que no Bar Urca, no Rio de Janeiro, há um aviso para que os beberrões não urinem na tampa do vaso ou no chão. Diz o texto: Segure firme o pênis e aponte para dentro do vaso; veja se não há cabelo no canal de saída para evitar o efeito chafariz; ponha as pernas o mais próximo do vaso sem o tocar.”

Muito precisa a orientação. Resta saber o seguinte, o bebum (para os paulistas) ou os bêbados (entre os cariocas) conseguirão ler? Ou ainda, terão tempo para a aleitura?


Agosto, mês de aniversário de lançamento da Playboy (ultimamente parece idéia fixa minha falar de mulher), trará uma reportagem fotográfica com a Adriane Galisteu. As fotos (algumas antecipadas e disponíveis na internet), sem nenhum favor, estão excelentes. De 1995, quando ela fez o primeiro ensaio para a revista, para cá, ela deu uma melhorada e tanto. Surpreendeu-me como a Dilma, por razões diferentes, lógico.


O mercado imobiliário no Rio e em Niterói elouqueceu de vez. Os preços pedidos (e aceitos), estão superando os das áreas mais valorizadas de NewYork, considerando o parâmetro metro quadrado.

E como no Brasil estamos com a moeda sobrevalorizada, o negócio é comprar imóveis nos EUA (principalmente Miami) e em Portugal e na Espanha.


Não sei se estamos numa bolha que vai explodir a qualquer momento ou se é possível, analisando os erros cometidos pela Grécia, Portugal, Espanha e Irlanda, evitarmos as mesmas consequências. Todo o cuidado é pouco, certos erros cometidos custam muito caro. Nem os EUA estão conseguindo corrigir os seus.

Todos estes temas foram objeto de apreciação na imprensa nestes último dias, além de outros que merecem comentário, que ficarão para o próximo post.

* http://www.highways.gov.uk/


3 comentários:

Carlos Frederico disse...

Carrano, da Anatel posso falar um pouquinho, tendo trabalhado na Embratel. Ao contrário do que afirma, entrar com reclamação contra prestadoras de serviço direto lá costuma dar resultado. Se não provoca uma reação perfeita (como seria no 1. mundo), ao menos é melhor que ficar lutando sozinho contra Oi, TIM. Vivo, Embratel, etc.
Sua apreciação sobre protecionismo procede, não vou negar, mas a nível empresarial, não no varejo.
É uma opinião apenas, certo?

Carlos Frederico disse...

Carrano, infelizmente entramos numa bolha imobiliária. Tudo depende de 2014 e do sucesso das Olimpíadas do Rio. Mais: se o Brasil estiver num viés de alta na economia mundial, ela não estoura.

Mas se houver fiasco das instituições durante a Copa (muita chance, são muitas cidades) e problemas de segurança e organização no Rio em 2014/6, quem comprar de agora em diante vai ter um baita prejuízo !

Gusmão disse...

Essa do aviso no bar, para os beberrões, me faz lembrar de uma piada antiga, eu era garoto, que era o seguinte: em Lisboa uma placa nun jardim alertava: "É probido pisar na grama, se não souber ler pergunte ao guarda".
Bom final de semana.
Gusmão