18 de setembro de 2013

EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA - Mensaleiros - Epílogo

Estou com a TV ligada no canal 167, da operadora SKY, que é o da "TV Justiça". Dentro de alguns minutos terá início a sessão plenária do Supremo Tribunal Federal, na qual o ministro Celso de Mello, decano da corte, apresentará para todo o pais seu voto sobre o cabimento, ou não, de embargos infringentes em ação penal originária daquele colegiado.

Para os leigos simplifico assim: não há lei que ampare o malsinado recurso. Ele está previsto no Regimento Interno do STF.

A imprensa dá como certa a aceitação dos embargos, louvada em entrevista do ministro Celso, na última quarta-feira, ao final da sessão em que apenas ele não proferira seu voto, quando deu uma pista de que manterá seu entendimento, já explicitado neste mesmo processo, no início do ano passado, na direção da pertinência e tempestividade dos embargos.

Risível.

Os advogados dos impetrantes do recurso dão como favas contadas.

Convenhamos que é um absurdo um magistrado se pronunciar publicamente sobre processo ainda em julgamento e no qual ele deverá se manifestar oficialmente, exercendo seu papel de julgador.

Já foi para mim uma decepção este comportamento do ministro Celso de Mello, a quem respeito pela cultura e erudição, não só no campo jurídico, mas também em outras áreas do conhecimento.

Se seu voto, que será o definitivo, for pelo cabimento do recurso, vomitarei como cidadão e como bacharel em direito, advogado interiorano, da pequena aldeia chamada Niterói, perderei por inteiro a credibilidade no poder judiciário.

E falta pouco. Nos dois sentidos.

Argumentos não faltariam ao ministro, sem perda da dignidade e da credibilidade, para votar contra os embargos, mesmo já tendo se pronunciado favoravelmente, em tese, pois naquele momento não estava havendo julgamento quanto ao cabimento dos mesmos.

É esperar para ver.

12 comentários:

Jorge Carrano disse...

Gente, o relógio do notebook assinala 13:55 h.
Estou muito ansioso com o desfecho. Teremos ou não futuro?

Jorge Carrano disse...

A essa altura todos já sabem o resultado.
Quem perdeu? A Justiça, com certeza. E a sociedade, que clamávamos (a maioria)pelo cumprimento das penas, sem quaisquer revisão.
Passado o enjoo que me acometeu alinharei as razões de meu repúdio como cidadão, a esta decisão teratológica, anacrônica, incongruente, retrógrada, absurda.
O ministro Celso falou por mais de duas horas para chegar a uma conclusão (que já antecipara para a imprensa), e com certeza poderia, no mesmo lapso de tempo e com boa parte dos mesmos argumentos, chegar
à conclusão contrária. Era só querer.
Mas ele pretendeu demonstrar independência, que votava não em função de pressão popular, mas sim corajosamente contrariando o desejo da maioria da sociedade.
E o farei apoiado pelo direito de livre manifestação do pensamento que é assegurado a todos os cidadãos.

Jorge Carrano disse...

Um dia após afirmar que o Supremo Tribunal Federal (STF) não é um tribunal para assar “pizza”, o ministro Gilmar Mendes gargalhou nesta quarta-feira (18), no momento em que deixava o plenário da corte, ao ser indagado por repórteres sobre a pizza. Em tom de brincadeira, Mendes respondeu aos jornalistas que poderia recomendar uma "pizzaria".
"Posso recomendar uma pizzaria", brincou o magistrado.

Leiam mais em http://g1.globo.com/politica/mensalao/noticia/2013/09/posso-recomendar-uma-pizzaria-diz-gilmar-mendes-sobre-mensalao.html

Freddy disse...

Dando andamento aos meus comentários da postagem do dia 12/09, primeira das edições extraordinárias sobre o julgamento dos mensaleiros, farei minha escolha de sabor da pizza:

- margherita (molho especial, muzzarela, rodelas de tomate e folhas frescas de manjericão)

Fica faltando o Carrano escolher o vinho e o Riva o local de degustação.

<:o) Freddy

Riva disse...

BRASIL BANDIDO !!

RC disse...

É uma decisão vergonhosa. Para mim, honestamente, a pá de cal. Esse país está condenado ao fracasso. Na verdade, é um retumbante fracasso.

Magistrados, deputados, prefeitos, delegados, motoristas de ônibus, professores, donas de casa, não interessa a profissão, classe social, raça, ou credo. Se é brasileiro, é provavelmente corrupto e/ou preguiçoso e/ou covarde.

Eu não farei a retificação politicamente correta de que "nem todos são assim". Quem estudou sabe o que significa provavelmente. Mas o fato lamentável, cotidianamente confirmado, é que a maioria não tem nenhum sentido de civilidade. No supremo (minúsculas), como no resto do Brasil, a decência perde, às vezes de 6 a 5, às vezes de 11 a zero. É um retrato claro de quem somos.

Triste para quem está condenado ao Brasil. Eu, que tenho sorte de poder procurar um lugar melhor, o farei. Estou ansioso por uma cidadania que não me envergonhe.

Freddy disse...

Por conta do caos sócio-cultural e econômico, ao longo dos últimos anos nasceu, cresceu e foi elevada à condição de cidadão (teórico) uma classe despreparada, desonesta, sem rumo e sem moral. São eles que votam, escolhem, recebem benesses, fraudam tudo e apoiam a corrupção.
Reproduzem-se como ratos e engolem aos poucos, numericamente, os mais esclarecidos, bem nascidos e educados.
Só que o sistema aqui é democracia, valeu? Ganha a maioria. Ia dizer que o futuro é negro, mas terei de dizer cinza chumbo para ser politicamente correto.
Estou com RC, só lamento não poder cair fora!
=8-/
Freddy

Jorge Carrano disse...

Leitor do jornal O Estado de São Paulo, em carta publicada por aquele órgão de imprensa, matou a charada. O novo nome do STF é Supremo Tribunal federá.

Riva disse...

Mesmo que ele tivesse dado o voto a favor do clamor da população, para mim já estava tudo arrebentado, com aquele empate, que demonstra a cara do Brasil Bandido.
Não estarei por aqui daqui a 30 anos, e temo pelo futuro e qualidade de vida dos meus filhos e netos.
Quem puder sair, saia já ...e faça uma boa escolha, o que é bem fácil, diga-se de passagem.

Riva disse...

Tem certeza que é EPÍLOGO ?

Lula completou 300 dias de silêncio sobre o caso de polícia que protagonizou ao lado da segunda dama Rosemary Noronha.

Faltam 65 para o recorde vergonhoso: um ano inteiro de mudez malandra. A razão da fuga é evidente: depois de escapar de tantos escândalos, o ex-presidente enfim se meteu numa bandalheira que não pode ser terceirizada nem assumida por algum devoto. Desta vez, a patifaria é pessoal e intransferível.

Rose foi, é e sempre será coisa de Lula!!

Por falta de álibis a recitar, é provável que o artista da chanchada pornopolítica tente continuar calado até o fim dos tempos.

Foi ele quem alojou uma delinquente de estimação no escritório paulista da Presidência. Foi ele quem infiltrou na diretoria de agências reguladoras parceiros de quadrilha indicados por Rose. Como não tem o que dizer, o jeito é fazer de conta que não conhece nem de vista a Primeiríssima Amiga.

E não decorou sequer o prenome dos meliantes que apadrinhou.

Quase um ano depois da dolorosa separação provocada pela Polícia Federal, Rose continua sumida. Nunca falou em público sobre as pilantragens que lhe custaram o emprego e a poltrona cativa no AeroLula, fora o resto.

Orientada pelo batalhão de advogados mobilizado pelo benfeitor, só fala quando convocada para depor pela Polícia Federal ou pelo Ministério Público.

Até agora, os investigadores e os promotores de Justiça não revelaram o que ouviram.

O país que presta quer saber até quando os encarregados de fazer justiça seguirão engajados na conspiração do silêncio. Quer saber o que Rose já confessou, quanto a quadrilha roubou, que fim levou o dinheiro, como andam os processos e o que virá por aí.

O país quer saber, sobretudo, o que esperam os homens da lei para intimar o ex-presidente e forçá-lo a recuperar a voz.

Lula não é inimputável.

Já que não conversa sobre o assunto com jornalistas, que seja obrigado a abrir o bico em delegacia e tribunais.

Tags : VEJA - colunas do Augusto Nunes

Jorge Carrano disse...

Caro Riva,
Não tenho informações privilegiadas, mas alguns amigos costumam me mandar algumas novidades, como esta abaixo:
O fato é que Lula não abandonou Rosemary e faz até questão de participar da defesa dela, a cargo de três escritórios de advocacia da pesada. Um deles é chefiado pelo respeitado criminalista Celso Vilardi; o segundo escritório tem como um dos principais sócios o advogado Sérgio Renault, ex-secretário da Reforma do Judiciário, que trabalhava no Ministério da Justiça com Marcio Thomaz Bastos; o terceiro escritório é comandado pelo jurista Fábio Medina Osório, um dos maiores especialistas em improbidade administrativa.
Essas bancas de advocacia estão em situação de alerta esta semana, porque o ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União está prestes a divulgar o resultado da investigação sobre Rosemary.
Lula acompanha pessoalmente a defesa da segunda-primeira-dama e chega ao ponto de se reunir com advogados. Num desses encontros, chegou acompanhado por José Dirceu, que é muito amigo de Rosemary.
As despesas são elevadas, porque além de pagar os escritórios de advocacia, é preciso também sustentar a família de Rosemary, porque ela e a filha perderam os empregos públicos que garantiam um faturamento superior a R$ 20 mil mensais. E o marido de Rosemary está tendo muitos problemas para manter a pequena empresa de construção, chamada New Talent.
Quem paga as contas? Este é um dos segredos mais bem guardados do país.

Riva disse...

Fui ali vomitar ...arghhh !!
Não sei se volto hoje ....

Abrs !