4 de junho de 2012

Amargo sabor da imprevidência


Estou empurrado de sorvete de passas ao um, meu preferido, e havia prometido nunca mais saborear um deles se a contratação de Ronaldinho Gaúcho fosse uma boa medida para o Flamengo.

Prometi não tomar o sorvete, como apostaria meus testículos tal a certeza que eu tinha quanto ao fracasso técnico e financeiro que seria.

Se os dirigentes do Flamengo lessem este blog e confiassem mais em meus prognósticos (risos, por favor) não teriam dado com os burros n’água. Vejam o que escrevi, há mais de ano, janeiro de 2011, quando foi contratado:

O único jogador em atividade, no mundo, que mereceria toda a pompa e circunstância, todo o estardalhaço, todo o ôba-ôba, que o clube fez na apresentação do jogador a sua torcida, seria Lionel MESSI. No máximo, um pouco distante, Cristiano Ronaldo.

Duvido que o Flamengo tenha retorno financeiro e/ou técnico, este caracterizado por desempenho em campo e conquistas de títulos importantes.

Se, ao contrário de minha previsão, der tudo certo, prometo ficar um ano sem sorvete de passas ao run, a contar de 31 de janeiro de 2010.

Bem, para me precaver e não ficar privado do meu sorvete, prometi para cumprir no passado, ou seja, se eu estivesse errado a promessa já estaria paga (risos de novo).

Jogar futebol não é olhar para um lado e passar a bola para o companheiro no lado oposto. Não é tentar acertar o travessão em cinco chutes consecutivos, não é fazer embaixadinhas e aparar a bola no cangote, coisas que servem para comerciais de TV.

Este malabarismo, de equilibrar a bola na cabeça, as focas da Disneylândia fazem de maneira mais engraçada. E ganham menos de 1,5 milhão de reais por mês.

Ele teve algum brilho no Barcelona? Teve, mas vamos combinar que jogando com Messi, E’too , Deco e outros bons jogadores, até eu não faria feio.

Aquele gol espírita, sem intenção, que fez contra a Inglaterra transformou-o em gênio, que ele não é e nem nunca foi.

Os bonecos do dentuço estão sendo retirados das lojas, assim como as camisas número 10.

O que, como vascaíno, tenho a lamentar, é que não tenha sido o Vagner Love a criar caso e ido ao Judiciário para obter a rescisão contratual. Este sim é decisivo. Este joga bola, não é um malabarista do Ringling Brother’s.

Moacyr Luz, desiludido, desabafa: “Se consegui parar de beber cachaça, há de ser mais fácil parar de torcer por esse Flamengo”.

Pois é, Moacyr, faça como o Aldyr Blanc, torça para o Vasco.

11 comentários:

Jorge Carrano disse...

Esta final de semana teve Messi e teve Cristiano Ronaldo jogando pelas respectivas seleções nacionais.
Mas teve, principalmente, Zidane. Na partida amistosa e beneficente, entre as equipes do Real Madrid e do Manchester United, ao lado de outros ótimos jogadores, como o volante argentino Redondo,o Zidane deu uma lição de como se joga futebol. Com um preparo atlético invejável, deu aqueles passes precisos e efetuou matadas de bola com a categoria que estávamos acostumados, mas também recuando para dar combate ao adversário como se fosse um volante mordedor.
Haje fôlego. E classe.
O Ronaldinho deveria assistir a gravação deste jogo entre veteranos até aprender.
Foi um ótimo jogo, muito melhor do que o que se seguiu, da seleção nacional contra o México.

Gusmão disse...

Também coloco o Zidane no time dos melhores que vi atuar.
Quanto ao Ronaldinho, fico com o original (chamado Fenômeno), que era matador, além de ter boa técnica. Nunca vi fazer presepada, dando finta desnecessária.
No futebol profissional o objetivo, perdão pela redundância, é o gol. Se quer fazer graça e se divertir joga pelada com os amigos.
Abraços

Jorge Carrano disse...

Alegam que ele - Ronaldinho - cobra falta bem. Falta aos rubro-negros a memória que eles já tiveram um dos melhores, precursor da bola em curva e era chamdo de doutor: o "dotôr rubis".
Era assim mesmo que a torcida o chamava.Foi de quem Zico copiou.
O ataque do Fla era: Joel, Rubens (o dotô), Índio, Benitez (paraguaio) e Esquerdinha.
O Vasco teve um parecido, chamado Walter, que foi para a Espanha onde viveu até morrer.
Jogava na linha formada por Sabará, Walter, Vavá, Pinga e Parodi (paraguaio).
O futebol já foi emocionante, numa época quase amadora, os jogadores só beijavam o escudo da equipe que realmente era sua paixão. E o Maracanã abrigava mais de 100.000 torcedores, nos FLaxFlu e no clássico dos milhões: Vasco e Flamengo.

Jorge Carrano disse...

Sobre o beijar o distintivo do clube, como gesto demagógico, apenas para bajular a torcida, o que não acontecia no passado, vale lembrar o caso do Rubens que citei acima, que foi mais tarde jogar no Vasco e nunca foi flagrado beijando a Cruz de Malta. Exemplo mais próximo seria o de Andrade, identificado com o Flamenngo, onde jogou vários anos e foi técnico recentemente. Ele foi campeão brasileiro jogando pelo Vasco, em 1989, e nunca beijopu a escudo mesmo atuando sempre com muito profissionalismo.
É desse futebol que tenho saudade.
De Zizinho, de Di Stéfano, de Puskas. Agora tem muito crack pictórico, depois de algum brilho nada resta senão fumaça.

Luvanor Belga, MS disse...

Srs Carrano e estimados colegas "loucos por futebol", como diria o pessoal da ESPN: reputo, envolvendo-me e seguindo na "ola" da maioria dos afccionados do esporte bretão, que o cognominado Ronaldinho Gaúcho
encontra-se, pelo que se vê, nos estertores de sua carreira, embora não o admita. Ele e o Adriano, outro cidadão problemático. Não há como fugir de censurá-los pela conduta fora e até dentro de campo, sem produtividade que justifique o alto preço de seus investimentos. Despesa crescente que o Flamengo, time que se vê agora estulto por contratá-los,já está tendo de arcar.
Em todo esse imbróglio há de se fazer uma comparação com o Kaká que, além de ter um excelente futebol, hoje de bom a regular, sempre foi um bom moço, religioso e de comportamwento exemplar. Não há como evitar, escapar de tal comparação. Imperioso se faz aflorar atletas educados sem deixar de serem vigorosos e criativos com a bola nos pés.
Aqui, por essas plagas, ou melhor, por estes pantanais,orgulho-me do meu Corumbaense que, com raríssimas exceções,não abriga nenhum jogador tido como desajustado e que cause danos à equipe. O projeto ficha-limpa deveria vigorar também para os jogadores de futebol e afins.
Mais uma vez, requeiro vênia e escusas ao Dr.Carrano, proprietário do blog, por ter-me alongado no comentário, ficando a promessa de que não haverá mais recorrência nesse sentido, pois procurarei ser mais comedido em palavras, sucinto nas minhas apreciações. Para concluir, formulo votos de que o Vasco procure um bom mecânico para fazer um balanceamento adequado.

Jorge Carrano disse...

Caro Luvanor,
Claro que o comportamento extracampo (ou será extra-campo?), pesa um pouco na minha avaliação, mas o que me incomoda mais, há muito tempo, é a parte técnica. Ele é um reclamante mór; se irrita quando perde a bola e dá pontapé pelas costas (desde o Milan, cometendo faltas desleais; faz presepada desnecessária, o dribling deve ser um recurso para se livrar da marcação, não um fim em si mesmo, senão vira circo, show, e ai eu prefiro o Cirque du Soleil.
Abraço

Ricardo dos Anjos disse...

Pô, Ronaldinho Gaúcho, a estrela bruxuleante(como diria algum poeta parnasiano do interior do Brasil), tenta terceirizar culpas, quando é mesmo dele a (ir)responsabilidade por todo o rolo que o Flamengo se meteu. E se o rubro-negro se meteu, agora que se desmeta, pois só viu o vil metal de possíveis e grandes lucros que o atleta reverteria ao clube. Vamos ver o que acontecerá daqui em diante, se o Dentuço cabeludo de tiara irá se livrar da praga do Urubu, ferido em seu cofre já pre-infartado.
E a última notícia sobre o R10 é que ele já está no Atlético Mineiro e até treinando, e não no Palmeiras em cima de quem a Patrícia Amorim & Cia pretendia dar um golpe de 325mi...

Saudações Tricolores!

Ricardo dos Anjos disse...

EM TEMPO: Ronaldinho não é mais
R10, e sim R49, vestindo, no Galo, a camisa com o este número em homenagem à sua mãe, nascida em 1949.
Isso é que é amor filial, neh?

Jorge Carrano disse...

Ricardo,
Estou me divertindo com as piadas que já circula na rede:
1) a torcida agora não é do Galo, mas do gole;
2) Foi criado em BH o Galo da Madrugada, parafraseando o famoso bloco pernambucano.
Abraço

Freddy disse...

Eu fiquei aliviado. Já pensou se ele fica por aqui e o Vasco resolve contratá-lo?
Abraços
Freddy

Jorge Carrano disse...

Viu, Freddy, por vezes é bom não ter dinheiro (rs). Mesmo considerando que ele reduziu a 1/4 (um quarto) seus salário, para o Vasco, no momento, 300 mil é muita grana.
E vagalume (de brilho eventual) a gente tem o Diego Souza.
Abraço