24 de maio de 2012

UMUARAMA


Imagem do Google

Quando eu era um yuppie (“young urban professional”), sim,  acreditem que fui um yuppie que se perdeu no caminho para o suce$$o profissional.

Mas enquanto fui comportei-me como tal: tomava whisky, usava gravatas largas de seda, comprava carro do ano (durante um tempo trocava todo ano), embora não fossem luxuosos; morei em casas confortáveis, tinha cartão do Diner’s (na época, anos 1970,  eram diferenciados) e aplicava dinheiro na bolsa de valores.

Piso com sinteko
Ora, ora, ora, no boom, nos anos 1970 (durou até junho de 1971),  por aí, tive uma modesta carteira de ações que ao fim e ao cabo me permitiu comprar  o primeiro apartamento, na Rua Miguel de Frias, 245. Vendi as ações e financiei o que faltava. E ainda pude equipar o imóvel, que era zero, recém construído, com as modernidades da época: sinteko, grades nas janelas (os filhos eram pequenos), box blindex. E comprei móveis para guarnecer o apartamento, fazendo um crediário na Gelli. E mandei fazer armários embutidos.

Nesta época o carro era um fusquinha. Só na fase paulista possui carros do ano.

Painel da Bolsa
Tudo o que escrevi até aqui foi para poder chegar à Umuarama, não a cidade paranaense,  que por acaso conheço, mas a uma Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, com este nome, através da qual comprava e vendia minhas ações.

Fui levado para lá pelo Aristóteles Palma, que já era, muito antes de mim, um investidor em ações.

O ambiente era agradável e o assunto era dinheiro. Os clientes, investidores, eram recebidos numa espécie de happy hour, no final do dia, quando íamos liquidar nossas posições: receber as cautelas e pagar as compras do dia, ou entregar as ações que venderamos,  recebendo o dinheiro.

Os sócios eram operadores de uma corretora maior, tradicional, chamada Ypiranga e resolveram arriscar. Venderam seus carros, um deles até o imóvel onde morava, para comprar a patente e montar a Umuarama.

Pronto! Cheguei à Umuarama. O que pretendia dizer sobre este nome é que significa “lugar onde se reúnem os amigos”.

Este teria sido um bom nome para meu blog, se tivesse me ocorrido quando resolvi cria-lo, há dois anos.
  

7 comentários:

Gusmão disse...

Sei não. Embora pudesse expressar uma verdade, acho que causaria confusão e levaria a equívocos.
Tá bom Generalidades que traduz o ecletismo dos temas aqui tratados.
Abraço

Freddy disse...

As poucas ações que tenho estão na antiga Umuarama, hoje em dia UM Investimentos. Será que mudaram de nome porque amigos e negócios não devam se misturar?
Abraços
Freddy

Ricardo dos Anjos disse...

Um fragmento de vida exposto para a sua biografia. Ou autobiografia. Umuarama foi o pretexto.

Jorge Carrano disse...

Estudo do inconsciente, Ricardo?
Seria freudiano, e, neste caso, caberia como exemplo no post do dia 22, sobre nomes/adjetivos (rsrsrs).
Pode ser, ou não. To be or not...

Carlos,
Deve ser porque os amigos a abandonaram e restou apenas UM, que não fui eu.

Abraços para ambos, Ricardo e Freddy

Gusmão disse...

Eu estou esperando o "Dia de Ação de Graças", o Thanksgiving Day dos americanos, para ver se ganho algumas ações de graça porque comprar não tenho como.
Abraço

Jorge Carrano disse...

Caro Gusmão,
No Brasil não pegou, como sói acontecer com algumas leis. Mas há uma, que penso não está revogada, que fixa uma data para comemoração. No mês de novembro. A conferir.
Abraço

Freddy disse...

Eu não gosto de ações.
Quando privatizaram a Embratel, ofereceram um lote a cada empregado, a pagar um ano depois. Quando chegou a hora, elas haviam valorizado ao dobro. Deram como opção pagar as ações com ações, de sorte que fiquei com metade, quitando a dívida.
Ou seja, como o Gusmão quer, ganhei-as de graça!
Abraços
Freddy