6 de maio de 2012

Uma foto, muitas histórias

Andei trocando algumas mensagens eletrônicas com o amigo Ricardo dos Anjos ao longo desta semana. Um assunto puxando o outro, acabamos falando de um tudo. De minhas irmãs que ele conheceu mas não sabe agora identificar qual era qual, acabando por capitular e admitir que a que ele pensava ser a Ana Maria na verdade era a Sara, ou vice-versa.

Perguntando se os Carrano haviam morado num determinado edifício, na hoje absolutamente degradada Avenida Feliciano Sodré, acabamos por levantar que ele conhece muitas das pessoas que moraram no mesmo citado prédio.

Algumas das pessoas que lá residiram nos remeteram ao Liceu e não por coincidência acabamos por constatar que muitos amigos eram ou foram comuns, com exceção, talvez, de um outro pequeno engano, como  a respeito de um certo Carlos Augusto, que ele imaginara ser o conhecido como Caguta ao passo que  o Carlos Augusto ao qual eu aludira era o Carlinhos (Carlos Augusto Lopes Filho), que veio a ser Juiz titular do 1º Tribunal do Juri, no Rio de janeiro, tendo presidido o julgamento, entre outros de grande repercussão, o da atriz Dorinha Durval.

Contou  - o Ricardo dos Anjos - das conversas jogadas fora com um grupo de amigos, sob a luz de um poste na esquina da Ruas Visconde de Uruguai com  Fróes da Cruz, no Centro, próximo ao Grupo Escolar Raul Vidal. Fazia parte do grupo um agora médico psiquiatra chamado Eugenio Lamy, que por sua vez já foi personagem de um post aqui neste blog.

Como de resto aqui já foi mencionado o Irapum Assumpção, que o Ricardo conheceu no Liceu. Assim como a Rovena, filha do Romário "O Homem Dicionário", que jogava volei. A Rovena nos levou a Joceline sua (her) irmã, que morou no mesmo prédio da Feliciano Sodré, no mesmo apartamento onde  havia morado o jornalista Brasil de Toffoli, colega de profissão dele Ricardo, ou seja, jornalista. Ricardo conheceu a Vera Lucia e o Luizinho, filhos do casal Brasil e Arlete.

Aí, como se diz quando numa receita, descritos os ingredientes vamos dar início ao modo de preparo, aí, repito, tive um lampejo e corri aos arquivos fotográficos da família para procurar uma foto que sabia elucidaria várias das questões e dúvidas que levantamos em nossa conversa epistolar eletrônica.

Achei! Os personagens, parte deles, estão, como imaginava, aqui nesta foto abaixo publicada. Assim o Ricardo poderá distinguir a Ana Maria que aparece como uma ave indefesa cercada de predadores. Poderá rever o Irapuam, que nela aparece, assim como (re)conhecer o Carlos Augusto (Carlinhos) ao qual me referira, que também está.



Muitas outras pessoas que já citei neste blog, em diferentes momentos em posts antigos também figuram na velha foto, que está  riscada não sei porque cargas d'água, mas a Ana Maria poderá saber tendo sido ela até bem pouco tempo a fiel guardiã das relíquias documentais da família Fernando Carrano, nosso pai.

Estes convidados à comemoração de aniversário da Ana Maria, no ano de 1960, muitos deles, eram ou tinham sido colegas meus de escola: Krause Brasileiro Vieira (hoje médico psiquiatra, como o Eugênio Lamy supramencionado); Ney Teixeira Gonçalves (advogado, falecido há pouco tempo); Doraly José do Canto (folclórico amigo de muitas histórias e que é conhecido do Ricardo); José Carlos Ferreira Senna, que não perdoava nem a mulher - namorada, etc. - dos amigos, (que a Hermínia não me leia).

Alguns não lembro sequer o nome, assim como não lembro o motivo de tanto riso nos lábios de alguns dos integrantes do grupo na foto. Teria sido uma piada?

Fica aqui um repto à memória da Ana Maria, se estiver me lendo, para que nos informe se foi uma piada o motivo do riso e, em sendo, se lembra dela.

Ao Ricardo fica o desafio de identificar conhecidos seus na foto, apontando, como por exemplo, agachado a direita, ou oculto atrás de alguém.

14 comentários:

Anônimo disse...

Ue!!! Silêncio total? Eu queria perguntar cadê, tirando a aniversariante, as outras mulheres da festa?
:D Fernandez

Jorge Carrano disse...

É mesmo, Fernandez.Silêncio absoluto.
As mulheres estavam do outro lado da sala, e só eu no meio daquelas lobas famintas (rs)
Abraço

Ricardo dos Anjos disse...

A Sara não está nessa. Desses só identifiquei o Irapuã,de terno branco, em pé, na ponta direita da foto. Os outros lembro das fisionomia mas, sinceramente, não dos nomes. O segundo, agachado à esquerda, conheci naquela época... Nem o Doraly reconheci (seria o na ponta esquerda da foto, em pé?) Sei lá!
E você, Carrano, o de terno cinza, ao lado da irmã?

Jorge Carrano disse...

Ricardo,
Você não só errou como perdeu o prêmio que estava acumulado.Errou por muito. Errou tudo.
Sem contar que dizer que a Sara não está na foto é de uma obviedade ululante, como diria o tricolor Nelson Rodrigues.
Se fosse batalha naval, você só ouviria água, água, água.
Abraço

Jorge Carrano disse...

Vamos lá, Ricardo, já que a Ana Maria não veio em meu socorro.
O primeiro, de pé, à direita da foto, com as mãos nos quadris e olhar perdido, é o Carlos Augusto, a quem procurei muito nos últimos anos e não localizei. O terceiro, a partir da direita, aparecendo somente parte do rosto, é o Irapuã. Ele está com a mão apoiada sobre o ombro do José Carlos Senna. Atrás da Ana Maria estamos eu e o Doraly, este com o rosto parcialmente encoberto. Agachados estão o Ney Gonçalves, de camisa branca de mangas compridas, que era (faleceu recentemente)filho do dono da "Pendula Fluminense" que doou os relógios da Praça Arariboia (Niterói) e do Parque das Águas em São Lourenço - MG. De blazer mais claro, ainda agachado, o Krause, de quem há nos não tenho notícias.
Como você pode ver errou feio.
Abraço

Gusmão disse...

Carrano,
Sua irmã era bem bonitinha. Não admira que tivesse tantos admiradores a sua volta.
Abraço

Ricardo dos Anjos disse...

A Sara era bem mais. Isso me lembro!
Com essa minha performance memorial eu nunca gritaria "bingo!" E o Cachoeira recolheria toda a grana. rsrsrs

Ana Maria disse...

Visto que estou literalmente na berlinda, tenho que me manifestar.
Esta foto foi tirada no dia em que completei 15 anos. Não sei quem teve a idéia de me fotografar separadamente, com os rapazes e com
as moças presentes. O Jorge só tem a foto dos rapazes pq aparece na mesma. Se vcs fizerem questão, posso mandar a foto das moças, hoje todas sexagenárias como eu.
Realmente a Sara era muito mais bonita que eu, que só recebi elogios do Gusmão pq minha irmã não estava na foto.
Fora os que o Jorge já identficou (eram convidados dele)só aparecem colegas meus do Colégio Plinio Leite. O de terno branco é Charles. Não vou nomear todos . Ficaria cansativo. Também não sei o que é feito deles atulmente.
O Ricardo errou feio.Além de não reconhecer nenhum dos antigos conhecidos e me colocar em segundo lugar no concurso de beleza do post, ainda se enganou ao acreditar que para jogar bingo é necessário ter boa memória.
Ah, Jorge. A foto foi riscada por nossa sobrinha Fernanda, quando pequena.

Jorge Carrano disse...

Ricardo,
Além da demonstração de má memória visual, você não foi político ao ressaltar que, na sua opinião, a Sara era mais bonita.
Perdeu o prêmio, como eu disse lá no alto, e ganhou a antipatia da Ana Maria.(rs)
Abraço de consolação.

Gusmão disse...

É mesmo. Ele poderia ter dito que a Ana Maria era um pouquinho só mais feia do que a Sara.
Perdão, viu Ana Maria, pois nem a conheço, mas foi só para não perder a piada.
Abraços

Ricardo dos Anjos disse...

Xi, Carrano, admito minha falta de tato, principalmente partindo de mim,que me julgo poeta e pretensamente sensível, já que anteriormente fui considerado machista(junto com mais alguns)no episódio da arrivista gandula botafoguense.

Quanto à criticada exclamação "bingo!", que não pude gritar, referia-me apenas ao regozijo de acerto, que não aconteceu, pois o jogo era de memória e não de Bingo em si.

No mais, o melhor disso tudo, e de todos, é o jogo de palavras; e a dialética nessa geleia geral em que geralmente os blogs têm-se transformado, ou transtornado, através das fibras ópticas. Sobretudo pelo risível que há nos seres humanos.

Jorge Carrano disse...

Então, Ricardo, em sua homenagem publico a seguir (outro post) um poema, de autoria de meu filho homônimo, e que consta do livro "Sombras na Sala".
Abraço

Jorge Carrano disse...

Algumas retificações necessárias, passados três anos, e com informações atualizadas.
O Carlos Lopes, Juiz de Direito aposentado, não presidiu o julgamento de Newton Cruz. Um dos casos mais rumorosos que ele julgou, foi a da atriz Dorinha Duval.
O Carlinhos, com quem restabeleci contato, para minha imensa alegria, em pessoa num recente encontro de ex-liceístas, e mais assiduamente pela via virtual (e-mail e comentários nos respectivos blogs), era chamado à sorrelfa de cachaça (que não bebia) para distingui-lo de outro Carlinhos igualmente populara no colégio: o Carlinhos "frigideira". Este último filho de desembargador (Moacyr Braga Land) batia frigideira, muito bem por sinal, juntamente com os ritmistas do Morro do Cavalão.
Assim era o Liceu Nilo Peçanha naquele tempo. Lá estudava a elite da cidade, porque havia prova classificatória de ingresso (elite cultural), e também filhos de deputados, governador e empresários. (elite social e política).
Perdão aos que não lembro os nomes e onde estão.

Jorge Carrano disse...

Nova e necessária revisão e atualização da postagem, está sendo efetivada hoje, 10 de novembro de 2016, posto que alguns outros equívocos precisavam ser corrigidos. Sobretudo de grafia de nomes.

E fica combinado que cada um que tenha observação, adendo, esclarecimento ou crítica a fazer, será muito bem-vindo e serão feitas tantas atualizações quantas necessárias, para ficarmos fieis aos fatos, personagens e circunstâncias.

Obrigado.