17 de abril de 2019

Inteligência, mais do que a beleza, é fundamental

Perdão poeta pela retificação no título. Não sou do ramo.

Em quase todas as atividades laborativas humanas, o fator inteligência é muito importante.

Em outras, há controvérsias.

Lembro de meus tempos de gerente de recursos humanos e da bateria de fatores de avaliação que usávamos nos programas de avaliação de desempenho e principalmente na pontuação a ser conferida a cada função na curva salarial.

Em muitas das funções, aquelas meramente repetitivas e de execução puramente manual, o fator experiência tinha muito mais peso na ponderação do que o fator instrução.

Era o retrato da situação da educação no país. A educação nas camadas mais humildes da população era precaríssima. Hoje é apena precária.

Logo, exigir muita instrução formal, colegial, era inadequado em se tratando de funções de mais baixo nível e complexidade na execução.

No anedotário da área, era recorrente a piada de que o caixa de banco e até mesmo o gerente financeiro da firma, não poderiam, nem deveriam, ser muito inteligentes. Porque se o fossem maquinariam uma maneira de se locupletarem promovendo desvios e fraudes.

Estas lembranças me remeteram aos anos 1960 em seu início, e 1970 quando migrei de área de atuação profissional.

Esta digressão teve por objetivo preparar o terreno para a seguinte afirmativa: no futebol a inteligência é fundamental. Em toda a sua amplitude, dos atletas nos gramados aos dirigentes dos clubes, e muito importante no caso do técnico da equipe. Este último se for pouco inteligente será um desastre.

Tem coisas que são óbvias e como só o gênio enxerga o óbvio (Nelson Rodrigues), o QI do técnico deve ultrapassar, pelo menos, a barreira dos 100 pontos. Ou seja, deverá ser superior ao do chimpanzé.

Se o clube tem um elenco reduzido e limitado tecnicamente, só um bom treinador, inteligente, estrategista e observador é capaz de salva-lo de debacle.

Se pensam que estou falando em tese, em abstrato,  estão muito enganados, estou falando do Vasco da Gama.

Olha aqui, escalar o menino Lucas Santos numa partida final de campeonato, é coisa de pessoa menos dotada de inteligência e bom senso.

Uma coisa é um sub-19 se destacar entre iguais fisicamente e com a mesma rodagem; outra é colocar criança em atividade de adultos.

Não me venham com Pelé em 1958. Nasceu outro desde então?

Notas do autor:
1) Esse menino não vai longe, pode anotar.
2) Ser xodó da torcida por vezes atrapalha carreiras.
3) O treinador deve ser corajoso, independente e suportar pressão de empresário. Por que escalar Max Lopes? Se fosse para "papai noel" ou "rei momo", vá lá que seja.
4) Thalles, muito mais jogador, foi emprestado pelo clube; Itamar, muito mais limitado, foi contratado por empréstimo. Coisas da falta de inteligência e visão de dirigentes.

3 comentários:

Jorge Carrano disse...



Demorou!

Meu amigo Carlinhos gostou do trabalho dele no Botafogo, mas eu sempre tive reservas em relação ao seu trabalho no Vasco.

E esse menino, Lucas Santos, no meu time de pelada teria levado muito esporro. Joga pouco e cisca muito.

Ontem provou que não passa de um sub20, e o jogo era para homens.

Jorge Carrano disse...


Dá dó ver o menino Lucas Santos entre os profissionais.

Falta de visão dos dirigentes que não venderam os direitos sobre o atleta quando tiverem proposta do exterior.

Falta de capacidade do técnico que o escala entre adultos. Ele não aguenta um tranco, não tem impulsão e corre pouco porque tem pernas curtas.

No jogo contra o Santos, foi ridículo ele sair em perseguição ao jogador do peixe, que cada vez mais se distanciava porque o pequenininho tinha que dar dez passos para cada dois do santista.

Ele se acha xodó da torcida e sente a obrigação de fazer jogadas de efeito ao invés do simples. Todas as tentativas de drible ficam frustradas porque ele não tem esta habilidade que dizem. De novo as pernas curtas atrapalham se desvencilhar dos adversários.

No par ou impar da pelada, seria o último que escolheria para meu time.

Se você vier com argumento de que o Romário era baixinho, estão você está no blog errado. Não entende nada de futebol.

Notou que eu o chamei de pequenininho, e não baixinho?

Jorge Carrano disse...


Thales, citado nas notas do autor, na postagem, faleceu vítima de acidente. Pena. Ele deixou passar oportunidades de crescer profissionalmente. Era muito bom jogador. A luta contra a balança e o gosto pelas farras comprometeram sua carreira. RIP.

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/06/22/acidente-deixa-morto-e-ex-jogador-do-vasco-ferido-em-sao-goncalo-rj.ghtml