26 de abril de 2019

FRUSTRAÇÃO

Estou frustrado. Em dado momento passou pela minha cabeça que poderia vir a ser julgado no STF, como se tivera direito a foro privilegiado.

É que desde há muito critico e xingo alguns ministros da Suprema Corte, e com a abertura do inquérito determinado pelo ministro Dias Toffoli, um dos que mais critiquei durante o julgamento do chamado "mensalão do PT" já me via alcançado pelo inquérito devendo ser submetido a julgamento naquele colendo tribunal constitucional.

Mas qual o quê. O último pronunciamento do ministro Alexandre de Moraes foi uma ducha fria em meus sonhos.

Afirmou o ministro que o  inquérito não tem como objetivo apurar e investigar quem xinga e ofende. Parece que isso pode. O que não pode e será investigado e julgado, é ameaçar a integridade física dos ministros.

Como não ameacei, só critiquei, então estou livre de investigação.

Neste mesmo pronunciamento público esclareceu o ministro-relator que concluído o inquérito, o mesmo será encaminhado para a PGR para os devidos fins. Ou seja, pois fim à usurpação da competência do Ministério Público Federal.

Aquela heresia perpetrada por Dias Toffoli, prestigiada pelo Alexandre de Moraes (era pedra marcada, pois não houve sorteio para a relatoria), está parcialmente corrigida, faltando apenas o pleno determinar o arquivamento do malsinado inquérito.

A censura da imprensa já havia sido revogada. Interessante como aquela bobagem inconstitucional conseguiu unir os diferentes veículos de informação, os da esquerda, da direita, vendida, comprometida, fisiologista, idealista, marrom, impressa e virtual, todos contra.

Pretendia acrescentar ao meu curriculum ter sido julgado pelo Supremo Tribunal Federal, por ter proferido e escrito vitupérios contra alguns de seus integrantes. Ledo engano, perdi o foro privilegiado.

2 comentários:

Riva disse...

Não sei se lamento por vc, ou se te dou parabéns por ter escapado.

A dúvida continua .....

Jorge Carrano disse...


Este tribunal que aí está, na composição atual, é uma casa de mãe joana, não direi um puteiro em respeito às duas senhoras lá presentes.

Seria uma glória, uma honraria, ser julgado por eles.

A cada dia uma decisão esdrúxula, absurda, inaceitável. A de sexta-feira foi a de possibilitar aos adquirentes de componentes fabricados na Zona Franca de Manaus, a possibilidade utilizar como crédito tributário, o valor referente ao IPI que não pagaram.

Ou seja, para quem não conhece o mecanismo de benefício tributário da Zona Franca. As indústrias lá instaladas não pagam IPI. Renúncia fiscal da União. Assim sendo as indústrias fora da Zona, que compram peças ou componentes, já pagam mais barato. Agora, com a decisão do STF, além de não haverem pago o imposto, poderão compensar o dito imposto que não pagaram, como se houvessem pago, na hora de recolher o IPI devido pela fabricação de seus produtos em qualquer canto do país.

Se isso não uma aberração, uma excrecência, quero ser mico de circo.
Não tenho ideia de quanto a União perderá com essa benesse. Benesse? Isso é um escárnio. Ou são safados, ou idiotas, ou míopes em direito tributário. Quem sabe as três coisas ao mesmo tempo.

E gastarão mais de um milhão na compra de camarões, lagostas, salmões, champanhe francês e outras iguarias, conforme edital de licitação publicado.

Leia e veja se estou inventando. (copy and past)

https://istoe.com.br/supremo-banquete/