Por
RIVA
Lá se vão 2 anos que Carlos nos
deixou.
Estava relendo as mensagens entre nós
gravadas que tenho do WhatsApp, durante seus últimos dias conosco. Inevitável o
filme retornar, os segundos e minutos juntos, cada gesto ou expressão.
Algumas passagens dessas mensagens
são muito marcantes para mim, são diálogos crus, nus de qualquer tipo de
restrição, abertos e sinceros.
Era despedida, todos sabíamos,
inclusive Carlos, ao estender o braço para se despedir do Rodrigo, no seu olhar
de felicidade para Paulinho quando ele chegou à noite para visitá-lo. Sem falar
no que não presenciei, e nos contatos em pensamento de todos que não puderam
estar presentes, como Breno.
Não me adianta ficar pensando que o
tempo acalma tudo, porque a alma não acalma ... sinto saudade, muita mesmo,
fico triste demais quando paro para recordar ou para lamentar algum momento.
Estas imagens a seguir documentam momentos marcantes de nossas vidas e a integração da família:
Estas imagens a seguir documentam momentos marcantes de nossas vidas e a integração da família:
Família reunida |
Família March |
Com as filhas, na infância delas |
Com a esposa Mary |
Ao violão |
Servindo um bom tinto |
Hoje mesmo cavuquei suas últimas
escritas no blog GE para rever sua forma de escrever, de criticar e comentar,
reler suas esperanças e seus desejos futuros, que se foram com o vento.
Em sua homenagem, mano, deixo esse
poema, que parece expressar de uma melhor maneira tudo que sinto nesse momento
.... e dizer que te vejo sempre ao lado, sorridente, das outras pessoas tão
importantes e queridas da minha vida que partiram como você.
Vamos em frente !
O vento do tempo
No delírio da irrealidade,
acordei consciente
que o tempo correu,
mas ficou no passado,
que hoje é presente.
Sem qualquer maldade,
mostrou o que fui
e já não sou.
Passou apressado
com o vento dos anos
e com ele carregou
os sonhos de antigamente.
No sopro do agora
deixou o medo de viver
nesse passado que ficou,
perdido em muitos lugares,
com diferentes nomes,
em rostos invulgares.
Deixou mágoas, esperanças,
sombras, risos e choros.
Soprou nas praias e campinas,
passou montanhas e mares
com derrotas e vitórias.
Percorreu todos os caminhos
do tempo das crianças.
dos homens e mulheres
que se encontraram
e se perderam
nesse mesmo vento
que carregou o tempo
dos momentos vividos
e não realizados.
No delírio da irrealidade,
acordei consciente
que o tempo correu,
mas ficou no passado,
que hoje é presente.
Sem qualquer maldade,
mostrou o que fui
e já não sou.
Passou apressado
com o vento dos anos
e com ele carregou
os sonhos de antigamente.
No sopro do agora
deixou o medo de viver
nesse passado que ficou,
perdido em muitos lugares,
com diferentes nomes,
em rostos invulgares.
Deixou mágoas, esperanças,
sombras, risos e choros.
Soprou nas praias e campinas,
passou montanhas e mares
com derrotas e vitórias.
Percorreu todos os caminhos
do tempo das crianças.
dos homens e mulheres
que se encontraram
e se perderam
nesse mesmo vento
que carregou o tempo
dos momentos vividos
e não realizados.
7 comentários:
Freddy, como passei a tratá-lo depois de um certo tempo de convívio, foi um bom amigo, após ter sido cliente. Chamava-se Carlos Frederico Marques Barroso March.
Culto, apreciador da boas coisas da vida, como viajar, comer bem, saborear bons vinhos e ouvir moa música.
Engenheiro por formação, era diletante em fotografia, astronomia e música. Como se diz "um bom papo", em face da cultura e bom nível de informação.
Aqui neste espaço, que convencionamos chamar de Pub da Berê, foi o único frequentador que assimilou críticas e opiniões divergentes com galhardia e dignidade. Em "off" eu sabia que alguns familiares até o censuravam pela postura de aceitar críticas com naturalidade, sem se indignar. Com certeza estava suficientemente seguro para debates de ideias e opiniões.
Seria absurdo eu lamentar a falta dele aqui neste espaço virtual, se comparada tal falta à que ele faz a sua esposa e filhas, que muito amava, e aos outros familiares, como o irmão, a cunhada e aos sobrinhos, estes filhos do autor da postagem.
RIP.
Fui visita-lo quando estava hospitalizado. O clima era, com efeito, de preocupação. Mas havia muita esperança. Diria até certo otimismo. A meu juízo ele parecia muito bem.
Sua doença impediu que os frequentadores do Pub da Berê se reunissem, pelo que seria um primeiro encontro dos participantes. Ficou adiado sine die.
Ontem, se o Freddy ainda estivesse entre nós fisicamente, com absoluta certeza teria sido consultado sobre a relevância de haverem obtido uma primeira imagem de um buraco negro.
https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/blog/cassio-barbosa/post/2019/04/11/a-primeira-imagem-de-um-buraco-negro.ghtml
Certamente teria comentado, ou até, nos dado uma verdadeira aula sobre o assunto.
Saudade ...
Era nosso consultor para assuntos cósmicos.
Registro também que o último comentário que Freddy deixou no blog foi felicitando a esposa do nosso Blog Manager pelo seu aniversário de 2017, um dia após a data.
Bem observado, Riva. Ele teve esta atenção para com a Wanda.
Postar um comentário