5 de agosto de 2015

VIAJAR É UMA FORMA DE ABRIR OS OLHOS




Por
RIVA







Leiam essa entrevista do cronista Pico Iyer. Autor de dez livros, o inglês acredita que o turismo vai além do lazer.

Fonte : O GLOBO Boa Viagem

Pico Iyer
E vai mesmo, muito além do lazer. Eu e minha esposa Isa tivemos a felicidade de realizar ótimas viagens a lugares inesquecíveis no exterior. Nós sempre procuramos fugir do circuito turístico tradicional, e dentro do possível, mergulhar mesmo no dia a dia de um morador local.

O autor e a esposa Isa, em Santiago de Compostela

Conversamos com eles, trocamos informações, pedimos dicas ... às vezes até somos abusados, puxando conversa com desconhecidos em locais diversos, o que não é muito natural entre eles lá fora, mas se surpreendem e acabam gostando da atitude.


RIO - O Havaí e Veneza são como paixões adolescentes. Irã, Cuba e Coreia do Norte, como os amores que ficam. A associação é do cronista de viagens Pico Iyer, 58 anos, que, há muito, perdeu a conta de quantos países já visitou. Autor de dez livros e colaborador frequente de publicações como “The New York Times”, “New York Review of Books” e “Harper’s Magazine", o inglês de origem indiana entende que, muito mais do que lazer, as boas viagens são aquelas que produzem conhecimento, desenvolvimento. Pico mora no Japão com sua mulher, mas passa parte do ano na Califórnia, onde vive sua mãe. Para ele, um pensador de influências budistas, o movimento físico de viajar é só um pretexto para transformações internas profundas.
Em entrevista por e-mail, Pico também opinou sobre questões triviais à rotina do turista, como o sofrimento que o jet lag provoca em muitos. Acordou de madrugada fora de sincronia? Pois não tente resistir ao desconforto. Levante-se e faça uma boa refeição, sugere.
Que tipos de mudanças a globalização provocou no turismo nas últimas décadas? Quais suas consequências pro bem e pro mal?
Turistas pioraram muitas civilizações, mas redimiram muitas outras — levaram os balineses a criarem novas danças, induziram os rajastani a revitalizarem seu artesanato, inpiraram outros a criarem formas híbridas. É fácil ver como o turismo ameaça e, algumas vezes, destrói culturas, mas, assim como a tecnologia, assim como nossos corações e nossas mentes, ser bom ou mau depende de como escolhemos fazê-lo. Fico tocado por ver quantos viajantes, hoje em dia, trabalham duro para tentar ajudar as culturas que eles visitam, para resgatar jovens mulheres do tráfico humano, para abrir escolas ou orfanatos, para trazer seus conhecimentos médicos para áreas de guerra. Quando eu era jovem, viajar era basicamente uma aventura especial, sobretudo para poucos privilegiados; agora, viajar é uma prática muito mais democrática, na qual pessoas sem muito dinheiro podem dar para as que têm menos.
Por que o senhor viaja?
Viajo porque viajar é uma forma de abrir os olhos (inclusive para o que você tem em casa). É desenvolvimento. Penso como é maravilhoso que, hoje em dia, mais e mais pessoas possam encontrar novas culturas (mesmo estando em casa). Se meus avós sonhassem em conhecer Rio, Paris ou Kyoto, eles podiam, no máximo, ver fotos das cidades num livro; no tempo dos meus pais, talvez eles pudessem economizar para fazer uma visita. Mas hoje em dia podemos, cada vez mais, cruzar o mundo gastando pouco — e se não podemos, o mundo vem até nós. Em torno de mim, aqui na Califórnia, há muitos brasileiros e parisienses e pessoas de Kyoto — e quando eu visitei o Rio em outubro passado e janeiro último, encontrei muita gente de todos os lugares. Quanto mais ficamos expostos a outras culturas, mais podemos — lentamente — vencer a cegueira e o preconceito do passado.
O senhor saberia dizer a quantos países já foi?
Não, não sei dizer. Mas cresci, desde os 9 anos, viajando seis vezes por ano entre a casa de meus pais na Califórnia e minhas escolas na Inglaterra. Aos 18 anos, passei cada estação do ano num continente diferente e viajei de ônibus da Califórnia a La Paz, na Bolívia, e depois voei para o Brasil, indo a São Paulo, Rio, Salvador e Recife. Fui até a costa oeste da América do Sul, através do Suriname, Trinidad e Tobado e Barbados. Desde então, tenho estado em todos os lugares, da Coreia do Norte ao Butão, da Ilha de Páscoa à Etiópia.
E, entre tantos países visitados, para qual o senhor gostaria de voltar hoje?
O lugar a que eu mais gostaria de voltar é o Irã, que esperei 40 anos para visitar e onde finalmente estive há dois anos. Instantaneamente, o país entrou no topo da minha lista das culturas mais vivas, ricas, surpreendentes e sofisticadas. Meus outros lugares preferidos têm sido Cuba e Vietnã, e estou sempre dizendo às pessoas, aqui nos Estados Unidos, para visitá-los. Os três estão entre as mais bonitas, variadas e ricas culturas que já conheci. Os povos desses três países não poderiam ser mais acolhedores — e impressionantes; e os três têm tido grande participação na história americana recente. Então, aprende-se muito sobre o próprio passado indo lá, ao mesmo tempo em que se vive momentos extraordinários. Eu considero uma grande tristeza que tantos americanos próximos a mim viajem tão pouco. Os países de que mais ouvimos falar na impressa — como esses três — são os que nós conhecemos menos.
O senhor disse uma vez que, assim como os melhores amores, as melhores viagens nunca terminam. Como elas se perpetuam?
Uma viagem deve ser como um caso de amor, porque ela está sempre girando em torno de novos e inesperados lugares, sempre nos colocando diante de novas questões, mudando como mudam, envelhecem e crescem dois parceiros numa dança (no caso, o viajante e o lugar que ele visita). Uma paixão, um amor adolescente, morre logo que o encanto acaba; mas um casamento se mantém crescendo, com altos e baixos, como a subida de uma montanha que nos mostra novas paisagens a cada turno. Para mim, as melhores viagens são assim. Veneza e o Havaí são lindos, mas é indo ao Irã, a Cuba ou à Coreia do Norte, que me mantenho em constante inquietação, engajado, surpreso, elaborando novas ideias. Como Henry David Thoreau nos lembra, viajar é conceber novos pensamentos, ter novas ideias e perspectivas. O movimento físico é só um pretexto, um ponto de partida para um movimento profundo dentro de nós.(o grifo é do autor/compilador da entrevista).
O senhor concorda com a máxima de que as pessoas devem ir a algum lugar que nunca foram pelo menos uma vez ao ano?
Não, não concordo. Eu realmente acredito que o paraíso está em casa... se você sente sua casa como tal. Em vários templos em Kyoto, está escrito no chão da entrada: “Olhe abaixo de seus pés”, frase que nos lembra, delicadamente, que o paraíso não está acima de nós, não está depois da vida, não está em algum lugar muito longe, mas pode estar tão perto de nós quanto aquela pedra ou o próximo instante.
Ou seja, não há contradições entre suas inúmeras viagens e sua busca interior, preconizada em seu livro “The art of stillness” (a arte da quietude)...

Todo o nosso movimento é tão significativo quanto a quietude que se encontra no interior dele. Penso que todo mundo sabe que se uma pessoa passar dez dias na Índia, se essa viagem for significativa, a Índia se manterá girando e girando dentro dela por dez anos, ou talvez 15. A viagem é apenas a primeira parte de uma refeição completa, que começa quando você chega em casa e começa a pensar nela. Viajar para mim — tal como criar filhos, fazer o trabalho de alguém ou qualquer coisa — é como ir ao mercado para comprar especiarias; mas é sentado na cozinha que vamos colocar os temperos juntos e fazer a refeição. Viajar é reunir opiniões que, postas juntas, se transformam em descobertas. Viajar é como decorar a casa da minha vida, encontrar bugigangas e fotografias para colocar na parede; mas a quietude é como eu lanço as bases disso. Em última análise, acho que podemos dizer que viajar é como eu ganho a vida; quietude é como eu vivo minha vida.



O senhor se preocupa em buscar formas confortáveis de encarar longas viagens. Pode nos dar sugestões de como enfrentar horas e horas em um avião?
Uso o tempo para deixar minha imaginação correr solta, como um cachorro sem sua coleira numa praia. Veja essas horas como uma mini-férias e finja que a aeronave não tenha wi-fi, mesmo que ela tenha. Hoje em dia, temos tão pouco tempo para fazer nada, para deixar nossas mentes “viajarem” ou para desfrutar de uma pequena pausa. Um avião é o lugar perfeito para isso.
O jet lag costuma trazer sensações ruins. Sofrimento até, para algumas pessoas. Também sobre isso o senhor já listou algumas dicas. Como enfrentá-lo?
Devemos olhar para o jet lag como uma oportunidade de olhar para o mundo como nunca o fizemos. Quando você chegar em casa e sentir o jet lag, quando se sentir fora de sincronia, levante-se às três da madrugada para comer algo. Observe como se parece, à noite, aquele lugar que você conhece tão bem durante o dia. Deixe a sensação de estar zonzo abrir portas que estão fechadas quando você está vivendo sua rotina. Todas as vezes que voei de volta da Califórnia para o Japão, por muitos anos, parei por uma semana em uma nova cidade — Manila, Cingapura, Hong Kong, Xangai, Bangcoc — e apenas andei por elas de meia noite às sete da manhã. Vi lados de Cingapura, lados de mim mesmo, que nunca costumo ver. Em vez de desejar estar em outro lugar ou poder reajustar meu relógio biológico, eu resolvi usar o desajuste como uma chance de ver o mundo com olhos diferentes. 
Autor, esposa e filho, em São Francisco - USA

23 comentários:

Jorge Carrano disse...

Riva,
Os dois melhores investimentos que fiz em minha vida foram, pela ordem:
1) instrução/educação de meus filhos;
2) viajar.

Ana Maria disse...

Pena que esses prazeres ou investimentos conforme a opinião de cada um, são privilégios de poucos.
Vcs já pararam pra pensar o porquê desse prêmio de terem nascido no lugar, na época e na família que tiveram?
Vcs acreditam em sorte? Jogam na Mega Sena?

Freddy disse...

Não ando muito bom para debates, a chance é ser mal interpretado, mas vou tentar dizer alguma coisa ao menos, para participar do Berê Pub...

Investimentos de vida?
1) Ter casado com Mary (juro que não estou jogando para a plateia).
2) Ter continuado a estudar música (piano, violão) apesar de minha deficiência física.
3) Ter estudado fotografia, vencendo um trauma fruto de ter mãe cega. Lá em casa (de meus pais) não se dava valor a nada relacionado a imagens, como cinema, TV, foto.

Não cito educação de filhas porque considero dever, não investimento. O retorno não é meu, é delas.

Sobre viajar já opinei em outro post. Não é prioridade de vida pra mim. Poderia dissertar sobre aspectos diversos, como por exemplo não ter prazer em buscar novos destinos, dando preferência a repetir aqueles que tenho certeza que me darão felicidade. A vida me parece curta demais para investir ($$$) em incertezas.

A menos que fique maluco (podem mandar me internar) não tenho intenção alguma de ir a Japão, China, India, Coreia, Vietnã, Oriente Médio, África, Cuba...

Se voltarei aos EUA? Sim, havendo disponibilidade é uma hipótese.

Riva disse...

As estatísticas atuais de turismo no planeta Terra são :

1.200.000.000 de turistas de uma população de 7.000.000.000, ou seja, 17% da população mundial é turista. Sortudos ...

A América do Sul é 2,6% desse número, ou seja, 31.200.000 de turistas.

A América do Sul tem atualmente 390.000.000 de habitantes, ou seja, eu sou um dos 8% de sulamericanos sortudos que consegue viajar.

Os europeus são mais sortudos .... seus números são 21 vezes maiores que os nossos !

Jogo muito na mega sena e na dupla sena, mas nunca ganhei. Mas tive a sorte de poder cursar uma boa escola e uma boa universidade, e depois, ralar e continuar ralando desde 1972 ... 43 anos ! Meu irmão em escola púbica e eu mais tarde em universidade pública. E lá fomos nós. E poderia ter sido muito mais bacana não fosse a doença precoce da nossa mãe.

Viajar sempre esteve em meus planos desde que comecei a ganhar minha grana. A vida inteira trabalhei e economizei para viajar. Até hoje !

Creio que nada disso seria possível sem o investimento inicial em educação ; de várias gerações na família até hoje.

Sorte ? Se ela existe, também acaba ou pode acabar em 1 ms (milissegundo).

Jorge Carrano disse...

Freddy,
Como você mesmo acentuou a sua fase não é boa para debates. Você anda confuso, por isso por vezes é incompreendido. Só não ganha da Dilma em termos de confusão mental e dificuldade de expressão.
Para não ser acusado de falar em abstrato ou em tese, darei exemplo. Achei simplesmente indefensável considerar casamento como investimento e a educação dos filhos dever. Um e outro passam ao largo de ser investimento e obrigação.
Não vou me estender para não feri-lo mais profundamente.
Eu casei por afinidades, simpatia, respeito e bem querer. Com o tempo o bem querer vira um sentimento difícil de explicar, definir com palavras, em especial se já se tem mais de cinquenta anos de convívio.
Teria sido um investimento se minha mulher tivesse muitos bens de família, de berço, e por interesse material eu a desposasse. Nunca em meus mais de 75 anos de idade e 48 de profissão ouvi alguém falar em investimento no casamente, senão no sentido material.
Excepcionalmente, se há uma crise no casamento, na relação, e um dos dois fala em investir mais no casamento, poderia estar aludindo a dedicar mais tempo ao companheiro (a), a estar junto, participar mais das decisões.
Mas nunca, jamais, no momento do casamente, ou como decisão para casar, seria investimento, senão na hipótese aventada de interesse material (golpe do baú).
Quanto a educação dos filhos, considero sim investimento a preocupação de dota-los de todas as ferramentas possíveis ( ao meu alcance), intelectuais e culturais para que conseguissem caminhar na vida com as próprias pernas e vencer os obstáculos. E, acho, consegui.
Muitos acham que deixando bens materiais, imóveis, aplicações financeiras, estão cumprindo sua obrigação de pai.
Cada centavo aplicado em instrução formal, em educação, em atividades extracurriculares, é sim um investimento. E o melhor que um pai, ou mãe, pode fazer por seus filhos.
Por outro lado não cumpri com TODAS as minhas obrigações de pai, como você, sou capaz de apostar, também não. É só refletir um pouco.

Jorge Carrano disse...

Riva,
Acho que você pensa e pensou como eu nos momentos oportunos. E os fatos andam a demonstrar.

Riva disse...

Em se tratando de investimentos, o grande que fiz na vida foi dedicar meu tempo aos estudos e ao trabalho desde que vim para a UFF, em 1972, com 20 anos.

A vinda para a UFF foi notável em minha vida : estudar numa baita universidade, na minha cidade, ter tempo para estagiar/trabalhar, e tempo para me dedicar ao relacionamento com minha esposa - namorada e noiva na época.

O início do meu relacionamento com ela acalmou meu espírito na época, e passei a ter foco na nossa formação, no nosso futuro e no dos nossos filhos. O resultado está aí hoje : uma família sólida com 3 filhos maravilhosos, com ótima formação e ótimas amizades.

Esse o grande investimento realizado em minha vida.

Quanto ao tema do post, VIAJAR É PRECISO, SEMPRE ! Alimenta nossa alma. Seja revisitando lugares ou conhecendo novas culturas. Seja no Brasil ou no exterior. Mas principalmente, na AMERICA !!

Muito provavelmente não teremos grana, milhas nem muitos milissegundos para conhecer muitos lugares que gostaríamos : Espanha, Italia, Reino Unido, Chile, Peru, Ilha da Páscoa, Nova Zelândia, Holanda, sul da França, Croácia e mais da America.

Mas tentaremos.

Jorge Carrano disse...

Conselho Riva. Aproveite enquanto as limitações físicas não são um obstáculo difícil de resolver. Com a idade, longa viagens somente em primeira classe me ai os custos triplicam. Aliás que algumas aéreas estão reduzindo o espaço da primeira classe.
A única coisa que discordamos é quanto a destino preferencial. Sou pela Europa e não abro.
Bem, se o objetivo for fazer compras, aí tem mesmo que ir aos USA.

Riva disse...

Há muito que conhecer na America : percorrer a Nova Inglaterra, as Keys, mais, muito mais das regiões de Utah e Arizona, Nashville, o norte da California, Seattle (Boeing), e voltar a Nova Orleans.

Compras ? Sempre, pelo menos roupas. Muita qualidade e ótimos preços, mesmo com dólar a 4 reais.

Mas o momento é de ficar quietinho no canto esquerdo do sofá ... rsrs.

Freddy disse...

O português é uma língua rica.
Dá-se a ela a interpretação ao sabor da intenção, ainda mais advogados que são mestres em tentar vencer contendas usando da palavra.

Dicionário Houaiss - INVESTIMENTO, alínea 9 (rubrica: psicologia): carga afetiva dada a um objeto ou a uma ideia.

Minha esposa, assídua leitora do blog mas que nunca quis ser comentarista muito menos seguidora, afiançou-me ter percebido muito bem o sentido da palavra investimento quando falei de nosso casamento. Nenhum de nós tinha nada de especial à época do casório, logo o lado material não conta.

A decisão de casarmos para irmos para a Alemanha juntos foi um investimento numa relação de altíssima responsabilidade sem termos muita base para tal, namorávamos há apenas 9 meses quando noivamos. Se fosse em finanças diria que foi um investimento de risco. Que deu certo, estamos juntos há 38 anos.

De resto, procurarei seguir o conselho que vem me sendo dado: não vale a pena me desgastar com mais justificativas. Não vale o investimento.

Jorge Carrano disse...

Está certo, Freddy.
Como bem definiu Georg Wilhelm Friedrich Hegel, "Quem exagera o argumento prejudica a causa."

Riva disse...

E com isso, ninguém comentou a entrevista do cara, sua linha de pensamento .... rsrs.
Êta blog interessante esse nosso !

As motivações são inúmeras para eu viajar. Às vezes é uma necessidade vital para me livrar do momento do dia a dia (geralmente é isso), às vezes é uma espécie de empatia lúdica, de sentir até o cheiro de algum lugar que adoramos, sentir tanto como se estivesse por lá, tanto que o movimento seguinte é entrar na web e planejar a viagem.

O entrevistado fala que hoje em dia dá para viajar gastando muito menos do que há alguns anos. É verdade. Maior exemplo que tenho são meus filhos, que não param de viajar, planejam suas economias nos mínimos detalhes, traçam roteiros que eu jamais faria com minha esposa em nossa idade, se hospedam em locais que também não ficaríamos, pois precisamos de conforto para nossos ossos cansados.

E com isso, nos últimos anos, já viajaram muito mesmo ... America, Peru, Chile, Bolivia, Portugal, Alemanha, Italia, Argelia, Venezuela, Inglaterra, Escócia, Irlanda, Croácia, Turquia, Polonia,Suécia, Holanda, Dinamarca, etc, etc. E muitas pequenas viagens pelo Brasil, principalmente nordeste, Floripa e Gramado.

Não sei se já comentei, minha esposa coleciona magnets de geladeira, de lugares pelo mundo. Vcs não imaginam a quantidade que tem, das nossas viagens e de amigos. Tudo grudado pelas paredes da cozinha. Estou preparando mais um quadro para colocar os que ainda estão guardados. É uma coleção lindíssima.

Ainda sobre a entrevista do post, difícil dizer qual a viagem mais legal, mais marcante que fizemos.

Em termos de beleza, sem dúvida, foram três : Lake Tahoe, Zion Park e o Grand Canyon.

E em termos de tudo (rs), Portugal e S.Compostela foi muito legal, e a 2ª viagem a Las Vegas foi marcante também, comemorando os 60 anos da matriarca, renovando nossos votos com Elvis Presley fake, show do Willie Nelson e a visita ao Zion National Park.

#voltaPatricia

Jorge Carrano disse...

Riva,
Vou confessar uma coisa. Não fica triste, mas nem eu, que editei para adequar ao programa do blog, li por inteiro a longa entrevista. Passei os olhos como se dizia.
Vejamos as duas categorias de pessoas, sob este prisma: os que viajam (trabalho, compras, gastronomia, cultura ou outra motivação qualquer) e os que não viajam e nem planejam viajar (conheço muita gente).
Para as primeiras a entrevista não acrescenta, porque cada um de nós temos nossas manias, idiossincrasias, hábitos, regras para as viagens. Ressalvada uma ou outra dica de um pub legal e barato em Londres, ou uma pequena loja de eletrônicos de preços módicos em NY ou (Miami), a sua experiência não serve muito para mais ninguém.
Vejamos o seguinte. Você privilegia os USA, eu a Europa. Quem de nós está com a razão? Você terá, seguramente, argumentos defensáveis para um livro inteiro sobre valer a pena viajar pra os EEUU.
Provavelmente você encontrou na entrevista alguma coisa que despertou sua atenção e resolveu compartilhar. Ou foi um argumento em favor das vantagens de viajar, para convencer recalcitrantes que é contra viajar ou não acha graça.
Mas quem viaja já tem motivações de sobra. E quem não gosta de viajar, como diria o poeta popular, “ bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé”.
Perdão mas não li, e agora com sua decepção pode ser que me interesse.
Vou dar a você o benefício da dúvida. Muitos leram mas preferiram não comentar por isso ou aquilo.

Riva disse...

... recalcitrantes .... rsrsrsrsrs

Gosto demais mesmo de viajar para os EUA, mas adoraria ter condições de conhecer mais da Europa, lugares históricos. E como tem !

Falo ter condições porque simplesmente é muito mais caro viajar para a Europa, dentro dos requisitos que temos, eu e a matriarca, para planejar nossas viagens.Tudo sai muito mais caro quando se fala de euro como moeda, que não é divisível como o dólar, e portanto, todos os preços são "cheios". Constatei isso lá em Portugal, incusive conversando com patrícios.

A viagem a Portugal (com S.Compostela) foi um presente dos nossos filhos (as passagens), para minha comemoração de 60 anos. E até as 2 últimas viagens aos EUA foram com milhas colecionadas com carinho, fruto principalmente das dezenas de viagens a trabalho. Só entre 2007 e 2010 foram quase 200.000 milhas.

Falando de Europa, a viagem que mais adoraria fazer é uma incursão de carro pela Grã-Bretanha, coisa para uns 30 dias por lá.

Meu filho que mora por lá, e já visitou muitos países, diz que adoraríamos a Croácia. Mas tenho a impressão que se lá formos, será para visitá-lo, e dessa forma a viagem será somente Bélgica e Holanda, por uns 12 dias.

#renunciaDilma

Jorge Carrano disse...

E idiossincrasias, não gostou? A proposito corrige a concordância para mim já que a Rachel sumiu: ... recalcitrantes que SÃO......(rsrsrs)

Jorge Carrano disse...

Com o dólar a R$ 3,55, hoje, até para os USA ficou dificil.

Riva disse...

Idiossincrasias eu até uso uma vez ou outra. rs

Será que a Profª Rachel tem noção de como é querida por aqui ? Como sentimos falta dela ? Bem como da Beth, Alessandra, Kayla .... até Ana Maria sumiu !!

Carrano, vou te dizer uma coisa ... se vc der uma chegada no Galeão tipo 20h, vai ficar impressionado com a quantidade de pessoas viajando para os EUA com o dólar a 3,55.

E sabe por que ? Porque é onde ele deveria estar há algum tempo. Lá fora, quando vc vai comprar e faz a conta de uma compra qualquer, não acha absurdo o preço. Fica sim decepcionado porque antes era tudo mais barato. E agora vc pensa se vale a pena levar.

Exemplos :
- não trouxe um laptop para mim porque o preço era quase o mesmo, e aqui tenho garantia e posso pagar em 12x.
- roupas SEMPRE vale a pena. Qualidade superior e preços promocionais imbatíveis, do tipo leve 2 com desconto de 50% na 2ª peça. Terceira peça de graça ! Com tênis, a mesma coisa.

O americano SABE vender !!


Jorge Carrano disse...

Lembra da Helga?
Veja comentários em
http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2015/07/conhecendo-o-brasil-itajobi.html

Riva disse...

Helga faleceu ... nossos sinceros sentimentos à família. Fiquei impressionado.

Jorge Carrano disse...

Dólar turismo a R$ 3,97.
Na hora que chegar a fatura do cartão de crédito haverá sustos.

http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2015/08/dolar-turismo-chega-r-397-em-casas-de-cambio.html

Ana Maria disse...

Tentei arrastar vcs para uma conversa teosófica, mas vcs não morderam a isca.

Ana Maria disse...

Tentei arrastar vocês para uma conversa teosófica, mas vocês não morderam a isca. Tudo bem. aguardo uma próxima oportunidade.
Meus sentimentos a família de Helga. RIP.

Riva disse...

Ana, desculpe. Eu até percebi e cheguei a pensar em levar meu comentário a seguir do seu com um viés de reencarnação, tipo, sorte ou karma.

Pensei em levar para um debate sobre se o estágio em que estamos (nascendo nessa geração e nessas famílias) tinha a ver com a linha de karmas que viemos seguindo há séculos.

Não lembro porque desisti ....

Fica pra outra ? rsrsrs