7 de março de 2015

Fusca azul



Por
Carlos Frederico March
(Freddy)








Eu tive um Fusca azul, modelo 1964. Ganhei-o de meu saudoso pai em 1970 e o devolvi no início de 1974, se me lembro bem. Devolvi? Sim, e tentarei me justificar.

Naquela época todo guri queria dirigir. Meu irmão Paulo (o Riva do blog) aprendeu com 15 anos, ou menos, e contava com a cobertura de meu velho para dirigir mesmo menor de idade. Na época ainda tínhamos um Simca Chambord 1960 "saia e blusa" (azul e azul claro). Deixarei a cargo de Paulo entrar em detalhes sobre algumas "ocorrências", se lhe aprouver... (!!)

Bom, todo guri queria dirigir, menos eu! Para ter o direito de pilotar o Simca e pouco depois o Willys Itamaraty 1968 vinho metálico novinho, havia que dar retorno. Retorno esse que significava servir de motorista para ele e minha mãe de vez em quando. E isso eu não queria de jeito algum.

Obrigaram-me a fazer curso de direção (juro!) e tirei a carteira de motorista pouco depois de completar 19 anos, ou seja 1970. No entanto eu deixei BEM claro para meus pais que NÃO queria dirigir o Itamaraty. Só quando eu tivesse o MEU carro é que pegaria novamente na direção.  Ponto!

Meu velho, tendo se conformado que eu realmente não ia dirigir o Itamaraty, se ofereceu então para me comprar um Fusca usado e me perguntou de que cor eu gostaria. Os motivos que o levaram a me fazer essa oferta parece que estão ligados à equiparação de benesses dos filhos. Paulo relembra que ele foi aos EUA em 1969 e eu não. Bem, não importa.

- Que cor? - perguntou meu pai.
- Qualquer uma, desde que tenha 4 rodas e ande. - foi minha resposta.

A bem da verdade, eu detestava Fuscas. Aquelas "coisas" proliferavam que nem ratos nas ruas. Caso geral seus motoristas eram abusados por conta de sua maior agilidade frente às demais "banheiras" da época. E eu o achava definitivamente FEIO! No entanto, era prático e principalmente barato, ainda mais se usado.

E meu pai me apareceu um dia com um Fusca 64 azul, placa AA-4916, comprado numa agência no centro de Niterói (não direi qual é), com alegados 12 mil e poucos quilômetros rodados. Uma pechincha, apesar de já defasado tecnologicamente: usava bateria de 6v (os automóveis passaram logo depois a usar a de 12v, mais poderosa). Farol fraquinho, fraquinho...

Meu pai, bem como nós, pouco ou nada conhecia de mecânica de carros, por isso entrou na conversa do vendedor, impressionou-se com o custo benefício e foi engambelado. Avaliação de colegas mais experientes, realizada nos meses seguintes, levou-nos à dura realidade.

Não me lembro bem dos detalhes, mas o hodômetro à época tinha 6 dígitos sendo o último para décimos de quilômetro. Depois de 99.999,9 voltava a zero. Deve ter rodado ao menos uma vez, acrescentando pelo menos 100.000 aos 12.000 que marcava...

Não bastasse, cuidadosa inspeção descobriu discretas marcas nas calhas e no teto, que levaram à suspeita de que ele havia servido como táxi, função que implica em uso severo do veículo. O fato é que tivemos de reparar a caixa de mudanças com apenas 2 meses de adquirido.

Resumindo: eu de Fusca azul, sem a necessidade de fazer carreto familiar, a menos de emergências - condição que dei para receber o presente! Desculpem a insistência nesse pormenor, mas havia um quê de contrapartida nas benesses recebidas lá em casa, principalmente por parte de minha mãe. E eu, quando podia, resistia.

Não havia como acrescentar muitos acessórios num carro tão simplório, por isso eles se limitaram a uma capa de couro para o volante e escapamento aberto, para um ronco mais esportivo (!). Nem me lembro de rádio, acho que não tinha.
 
Fusca bem parecido com o meu, só que esse é '65

O primeiro subproduto de ter um carro foi assédio. Uma amiga de meu irmão Paulo tentou me cantar pelo telefone para irmos passar o Reveillon com a turma dela. Claro, eu a levaria e mais alguns colegas. Recusei! Ela ficou passada e acabou querendo conhecer quem era o cara tão ranzinza! Tornou-se então minha primeira namorada de fato: Lúcia.

Durante nosso namoro (que durou menos de 4 anos), duas ocorrências se destacam envolvendo meu Fusca azul. A primeira delas se refere a uma ida com parentes e amigos em caravana para Teresópolis, onde a família dela tinha um apartamento. Iríamos passar um Carnaval lá.

Como já disse, meu Fusca era modelo 1964 com bateria de 6v. Faltou dizer que o motor era de 1200cm3. Alcançava 65km/h na subida, mesmo assim só depois de embalado! Quase no fim da serra, começou a engasgar, engasgar... Então alguém se prontificou a tentar fazer o carro chegar ao destino (não lembro se Paulo estava nessa). Eu, Lúcia e malas passamos para os outros 2 carros, dividindo carga.

Naquela época não tinha telefone em todas as casas, quem dirá celulares, certo? Aliás, um de meus estresses periódicos (bota estresse nisso) era ter de ligar pra casa para avisar a minha mãe que eu havia chegado bem nos destinos. No caso de Terê, significava perder tempo indo até a Telefônica, que tinha cabines públicas para DDD. Em épocas de feriadões, tinha sempre fila. Um saco!

Bom, depois de um tempo de expectativa e sem notícias, já tendo gente pensando em retornar à serra para resgatar o Fusca azul, seu intrépido motorista e co-piloto, eis que ele chega, corcoveando, motor torto, essas coisas...  Levado a um mecânico que milagrosamente estava trabalhando no sábado de carnaval, era apenas um resistor que havia partido num cabo, prejudicando o desempenho elétrico. Nem custou caro o conserto.

O segundo evento foi mais cavernoso. Mais uma caravana de 3 carros, desta feita direcionada a Rio das Ostras - RJ numa Semana Santa. Mal entramos na estrada meu Fusca novamente começou a cuspir e corcovear, em pleno trânsito pesado pré-feriadão. A essa altura, minha paciência com ele já estava nas últimas.

Consegui me dirigir ao acostamento, sinalizando meu problema aos demais carros, e tentamos descobrir o que era. Ninguém ali era mecânico, o que fazer? Ligar pra Niterói para conseguir socorro? Para isso tínhamos de conseguir um telefone pra ligar pra casa, esperar um mecânico, que teria de ser achado, convencido a pegar a estrada, essas coisas...

Já estava vendo minha ida a Rio das Ostras indo para o brejo, pois não fazia sentido segurar toda a caravana por minha causa. Ou melhor, por causa do Fusca...

Eis que alguém se lembra que havia próximo de onde estávamos o sítio de um parente de uma amiga do Encontro Jovem do Instituto Abel, ao qual minha turma pertencia. Consegui levar o carro, mesmo titubeante, para lá. Depois de alguma conversa, cantamos o caseiro para deixar o carro na garagem por uns dias. Alguém me pergunta:

- Como assim? Você pretende deixar o carro aqui?
- Claro!
- Não vai buscar socorro?
- Não agora! Tem lugar pra mim, pra Lúcia e pras malas distribuindo nos demais carros, não tem?
- Tem, dá-se um jeito. - eram 2 Chevrolet Opala.
- Vamos nessa então! - eu exclamei. - Depois a gente vê o que fazer com essa m...

E assim foi feito. Passamos uma ótima Semana Santa na casa de outra amiga do Encontro Jovem. Quando voltamos para Niterói, eu e meu pai fomos com um mecânico até o tal sítio logo na 2ª feira depois da Páscoa. Era defeito na bomba de gasolina.

Só bati com ele 2 vezes, sem grandes prejuízos. Na primeira fui imprensado numa curva que resolvi fazer junto com um ônibus. Foi imprudência, admito, mas fui atrapalhado por um pedestre que botou o pé na rua na minha frente, obrigando-me a frear e aí o ônibus me pegou. Na outra, estava num posto abastecendo. Olhei no retrovisor, nada. Confiante, engatei a ré e "bum". Tinha acabado de chegar um caminhão atrás de mim! Pô, o cara nem buzinou, só ficou sorrindo...

Com o uso, começou a rachar a lataria. Um para-lama traseiro por milagre ainda estava preso, o motor a cada dia piorava. A parte elétrica era fraquíssima, por causa da bateria de 6v. E eu morto de vergonha de circular por Niterói com aquela lata velha - só 10 anos de uso, mas naquela época os carros duravam bem pouco.

Radicalizei. Um dia, cheguei para meu pai e, agradecendo-o por ter me dado o Fusca de presente, devolvi-o! Ele não entendeu, mandou consertar o para-lama, começou até a andar com ele em vez do Itamaraty pra fazer compras por perto, dando um tempo para ver se eu mudava de ideia. Nada feito.

Eu havia decidido: "A menos que minha vida dê retrocesso e me jogue num atoleiro, jamais terei um Fusca novamente!"

Como minha vida seguiu? Fiz corpo duro andando a pé ou ônibus mesmo com o Fusca na garagem. Meu velho por fim o vendeu. Ofereceu-me o Itamaraty para quando eu quisesse... Eu disse que só aceitava se houvesse (mais uma vez) a contrapartida de jamais me pedirem para servir de motorista da família. Ele concordou e, eventualmente, eu o dirigi.
 
Willys Itamaraty '69, quase idêntico ao '68

A essa altura (1974) eu já trabalhava na Embratel e aos poucos fui juntando uma graninha. Comecei com um apartamento de 2 quartos em Santa Rosa pelo Sistema Financeiro Habitacional e no ano seguinte comprei meu primeiro carro zero: uma Brasília '75 marrom!

Recém formado comprando apartamento e carro zero? Pois ainda sobrava metade do salário! Bons tempos, quem haveria de admitir, aqueles da ditadura militar!


Crédito das fotos, ambas editadas por recorte: 
Fusca '65:
Obtida no Google, site "omelhorlugardomundo.loveblog.com.br" 
Willys Itamaraty '69:

Obtida no Google, site "sp.quebarato.com.br"

25 comentários:

Freddy disse...

Tipo: pra não dizerem que eu só falo de astros!
<;o)

Jorge Carrano disse...

Meu primeiro automóvel, incluindo os de brinquedo, foi um Volkswagen. Não lembro o ano de fabricação, mas já fabricado no Brasil. E era verde escuro. Poderia, até, ser o da foto que o Freddy colocou ilustrando. Sim, claro, era 1200 cc.
Tenho saudades até hoje.
Fiz várias viagens com ele, sem nenhum planejamento e providências que outras marcas e modelos exigiam: calibrar pneus, colocar água em radiador, conferir níveis de óleo, estas coisas.
E eram viagens longas (Vitória, São Paulo).
Desconfortável? Sem dúvida, mas eu tinha entre 30 e 35 anos.
Gostava tanto do Fusca que comprei, de minha irmã Ana Maria, esta mesma que palpita vez ou outra no blog, um para Wanda. Ana já tinha um e tirou outro num consórcio. Lembra Ana Maria? Eu morava em Ribeirão Preto - SP.

Bem, na família, nossa experiência fora com carros estrangeiros: Buick e Austin A70.


Jorge Carrano disse...

Será que ficou subentendido que pretendi dizer que o carrinho de origem alemã era resistente, pouco enguiçava, e se ocorresse até em Cachoeiro de Itapemirim havia mecânico que sabia lidar com ele?
E as peças eram vendidas até em feiras livres.
E o 1200cc não gastava combustível. Fazia, sei lá, exagerando talvez, 18 Km por litro de combustível.

Só para encerrar, tive praticamente todos os modelos de carros da Volks do passado: Fusca, Brasilia, Passat, Santana...

Freddy disse...

Os Fuscas sobreviveram muito tempo justo por conta da mecânica simplória e robusta.

No entanto, voltando ao passado, lembro que minha principal queixa se referia ao desenho extremamente burro e ineficaz. Com aquele tamanho todo havia que se conseguir fazer algo mais espaçoso e confortável. E a VW-Brasil fez! A Brasília, na época, respondeu a todas as minhas questões. Não sosseguei enquanto não comprei uma. Tinha tudo de bom do Fusca mas não o seu design horroroso nem o espaço pífio.

Claro que o tempo passou, apareceu a defasagem tecnológica e, mais importante: observou-se que uma falha de vedação permitiria a entrada de gases tóxicos no habitáculo. Isso foi o que a enterrou de vez.

Da VW tive Gol (a ar e a água) e Parati, que foi o carro que mais me atendeu como usuário descuidado que sou. Aguentava muito aquela perua!
<:o)

Riva disse...

Deitando no divã ....

Não, meu pai, ou meus pais, nunca me pediram para dirigir automóvel para eles. Muito menos condicionar o uso do carro ou qualquer outra coisa a algo em troca.

Sempre fiquei atrás do meu pai em seu Ford 41 e depois no Simca 60, observando tudo que ele fazia para dirigir, e pilotando um carro que só existia na minha mente. A minha alavanca de marchas era a maçaneta de subir e descer o vidro, com a mão esquerda. Isso desde os 6 anos de idade.

Se existia uma paixão na minha vida, era carro ! Dirigir, brincar de carrinho. Criava ruas imaginárias por toda a minha casa, pilotava um ônibus inexistente pelo quintal, com um rodo na cabeça, que fingia ser o teto do ônibus Circular que existia em Niterói, na época.

E foi assim, que um dia com 14 anos, pedi a chave do Simca a meu pai para subir alguns metros da rua em 1ª marcha, e descer na banguela de ré.

Em pouco tempo, abusado, já passava a 2ª marcha, e logo logo já ia até a Mangueira (local no topo da nossa rua), fazia o retorno, e voltava para estacionar o Simca na frente da nossa casa.

Comecei a dar a volta no quarteirão, e logo logo também, dei a 1ª porrada com o carro, ainda com 14 anos.

Estava me exibindo para as meninas, entrei quente numa curva e bati num Fusca (tinha que ser) que vinha em minha direção. Meu pai foi muito legal comigo nesse dia, foi uma conversa muito especial mesmo.

Estava tão "seco" pra tirar minha carteira de motorista, que fiz 18 anos num dia, e tirei a carteira poucos dias depois, fazendo o exame no pesadão Itamaraty de papai.

E o Fusca Azul do Freddy ? Só tenho boas lembranças. Motor alemão ainda, super econômico, lembro que botava 5 cruzeiros ou cruzeiros novos e como rodava ! E sem carteira !

Difícil mesmo era convencer Freddy a me emprestar o carro.

Os episódios que Freddy narrou acima eu não recordo. Não participei de nenhum deles.

Na verdade a única vez que o Fusca Azul enguiçou comigo foi um problema de bateria, perto do Hospital Antonio Pedro. Acho que papai mandou nosso eletricista, S. Heitor, colocar uma chave on-off para a bateria, e ela desligou sem eu saber. Fora isso, só boas lembranças.

Também não me recordo desse lance de devolução do Fusca Azul. Como já disse em alguma outra oportunidade por aqui, morávamos eu e Freddy na mesma casa e no mesmo quarto por mais de 20 anos, mas vivíamos em mundos diferentes, mundos esses existentes em nossa casa. Só conheci 1 deles.

Jorge Carrano disse...

Acabo de receber ligação telefônica da Ana Maria, dizendo que teria tanta coisa a comentar sobre Fusca (teve vários), que prefere escrever um outro post.
Prometeu, tem que cumprir.

Freddy disse...

Posso ter exagerado um pouco nesse lance de contrapartida para ter direito ao uso do carro, mas existia. A explicação para a diferença de visão entre mim e Riva é que ele, talvez, fosse tão "seco" para dirigir que nem percebesse isso. Para ele era um prêmio, não um castigo (rs rs).

Do Fusca azul só ficou a frase que coloquei no texto:
"A menos que minha vida dê retrocesso e me jogue num atoleiro, jamais terei um Fusca novamente!"

Não, não gosto da releitura do Fusca que roda por aí, mesmo com motor 2.0 e cheio de itens de conforto e tecnologia. Revive o "muito tamanho e pouco espaço interno" que eu sempre critiquei nos fuscas antigos.

Jorge Carrano disse...

Licença poética, Freddy.

Jorge Carrano disse...

Freddy,
Já o ex-presidente Itamar era louco por um fusquinha, tanto que pediu seu relançamento (rsrsrs).

Riva disse...

Quem da nossa geração não curtiu um Fusca ? Acho que só o Freddy mesmo, rsrsrs.

Todos gostavam e desejavam um. Éramos até privilegiados, em relação à tchurma do Pé Pequeno, em ter um carro para rodar.

Eu lembro que meu vizinho, S. Getúlio, tinha um azul desbotado - e faleceu num acidente com ele. O pai do Inimá tinha um horrível, verde alface, o pai do Jalmir chegou a ter um Fuscão.

Não dava defeito, não precisava de água, só de gasolina e óleo, raramente rsrsrsrs.

Fusca foi tema de filmes e de músicas, de contos que não posso contar, enfim .....

Paulo Bouhid disse...

Isso me lembrou meu primeiro, comprado em 1970: um Karman-Ghia, 68, verde-musgo... bonitaço.

Apelidado carinhosamente de "maestro": um "concerto" em cada esquina. Durou 1 ano na minha mão... não resistiu!!

Estranhei a placa do carro do Freddy, com letras, pois o meu tinha a placa 258753.

Jorge Carrano disse...

Das duas uma, Paulo. Ou o Freddy se enganou com o nº da placa, ou o ano do veículo era 1964 mas ele ganhou alguns anos depois, quando já adotado o sistema alfanumérico nas placas dos veículos.

Riva disse...

Freddy ganhou o Fusca Azul 64 em 1970, e as placas realmente já tinham 2 letras, eram alfa numéricas.

Freddy disse...

Meu fusca era modelo '64 mas foi comprado no final de 1970. Quando eu fiz o emplacamento para mudança de propriedade, ele ganhou a placa AA-4916, que eu não esqueço por ser A ao quadrado, 7 ao quadrado, 4 ao quadrado (!!).

Aliás, isso me lembra um fato curioso. Na época a gente renovava o certificado e ganhava uma plaquinha com o ano, para ser afixada por nós mesmos na placa principal traseira, que era a que tinha o lacre. Por preguiça, renovei um ano, depois outro e nada de trocar a plaquinha. Um dia, fui parado por um policial de trânsito, que estava de moto. Todo pimpão, ele me pediu documentos. Tudo em ordem. Mas como? E voltou para se abaixar e conferir a plaquinha, defasada de 2 anos.

Eram outros tempos, admito. Conversei com ele e confessei a preguiça, mas eu tinha as 2 placas! Só que não estavam no porta-luvas. Estavam em casa. Ele gentilmente me acompanhou até lá, quando eu mostrei a ele que realmente estava em dia. Ele me repreendeu e me instou a fazer a troca logo, mas no mais ficou por isso mesmo.
=8-)

Freddy disse...

Outro "causo".
Numa dessas idas a Teresópolis, foram furtados os 2 faróis do fusca azul. O carro pernoitava na rua, dancei. Voltando num domingo, não havia como comprar substituto, de modo que desci a serra assim mesmo e dei sorte de não ser parado por nenhum patrulheiro rodoviário.

Contudo no trânsito da cidade não dei a mesma sorte. Lá no centro de Niterói um policial me parou e me interpelou: "- Mas como? Dirigindo sem os faróis?!" Eu, muito educadamente, contei-lhe a história do furto e disse-lhe que me perdoasse, estava justamente indo comprá-los!
=8-/
Não era verdade, eu ainda não tinha essa intenção pois faltava grana, mas...
<:O)

Riva disse...

Caramba !!! conhecendo o Fusca Azul, quase 50 anos depois !

O que faz a web !! Só um blog como esse nos permite essa viagem no tempo.

Meus causos eu não conto .... rs

Jorge Carrano disse...

Conta, vá!!!
Faça um post e eu coloco "tarja preta".
Ficamos curiosos, Riva.

Freddy disse...

Quando (e se) eu escrever sobre minha Brasília marrom, já conhecida dos frequentadores do G.E. por conta da minha foto #1 (assunto de post inteiro), eu conto um causo muito interessante que me aconteceu em Piratininga, curtindo som de madrugada!
<:o)

Paulo Bouhid disse...

Vendo 2 faróis de fusca azul, modelo 64, em estado de novo. Relíquia. Para colecionadores.

Jorge Carrano disse...

Lamento Paulo Bouhid, mas terei que mandar a fatura. Comercial free no blog? Nunquinha (rsrsrs).
Já que não vou faturar da Volks você pagará o espaço publicitário (rs)

Jorge Carrano disse...

Eu passei batido. Não sei quanto aos demais debatedores. Comi mosca, dorminhoco, desligado.
Vejam a explicação do Paulo Bouhid para ao anúncio de venda dos faróis do fusca azul:

"Caro Jorge,
Uma vez uma menina perdeu sua mochila no colégio onde estudava e colocou um pequeno anúncio no mural: "Quem achar uma mochila bege, blá, blá, blá..., favor contactar Fulana".
No dia seguinte, abaixo desse anúncio, tinha outro: "Vendo mochila bege. Tratar com fulano...".
Eu quis dar a entender que eram os faróis que haviam roubado do Freddy..."

Valeu, Paulo!

Freddy disse...

Por estranho que possa parecer, algumas coisas que nos foram subtraídas ou simplesmente esquecidas de devolver voltam anos depois.
Meu irmão Paulo (Riva) recebeu como "presente" no dia da festa de reencontro da turma do Pé Pequeno, sei lá, uns 40 anos depois, uma peça de sua bateria Armando Wreinghell, que havia sido usada por amigos na comemoração da Copa de 70, na Praia de Icaraí!
<:o)

Riva disse...

Como inserir no contexto o assunto da bateria, que Freddy mencionou ?

Freddy disse...

Faça um post sobre como recuperou a peça da bateria! É interessante o contexto na qual aconteceu a devolução.

Riva disse...

tenho quase certeza que já escrevi isso no blog, em algum comentário.