22 de março de 2012

Turma de Direito, 1967 - UFF

Não é por me gabar, não, mas agora ficou muito mais fácil o ingresso nas universidades. Estes exames de ENEM, provas de múltipla escolha e sem patamar mínimo a ser alcançado, facilitarm as coisas.
Em 1962, quando prestei vestibular, a prova de Lingua Portuguesa (incluindo literatura), era ELIMINATÓRIA e exigida nota 6, no mínimo.

Foi uma pena que este critério somente tenha vigorado no ano de 1962, porque para o advogado é fundamental o domínio do idioma. Não que eu tenha sido, ou seja, um virtuoso escrevendo. Claro que não. Mas conmparado o meu texto com petições as quais tenho acesso, da lavra de advogados ex adversus, sou um Rui Barbosa.

Deixa eu explicar porque me lembrei deste vestibular, cujo regulamento publico abaixo.

Recebi do Ricardo dos Anjos, um trecho do poema I-Juca Pirama, do Gonçalves Dias. Imediatamente lembrei-me da época do vestibular, porque foi o período de minha vida em que mais li autores em lingua portruguesa (do Brasil e de Portugal), em prosa e verso. Vejam a abrangência do programa para a prova de português.








16 comentários:

Freddy disse...

Curiosamente dei sorte, Carrano. Não que eu precisasse, sempre escrevi com certa qualidade de conteúdo e gramática. Interpretação de textos nem tanto, já que tem coisas indecifráveis em nossa literatura. Haja vista algumas das poesias postadas... (ignorância minha - rs rs)

Quando fiz o vestibular CICE 1969, havia 5 faculdades que não exigiam provas de português nem de línguas no vestibular de engenharia. Entre elas as minhas principais opções, que eram PUC e UFRJ. Fiz a inscrição apenas com essas 5 alternativas (podia elencar 16), portanto fui dispensado dessas provas.

Passei em 1ª opção, PUC, onde cursei engenharia eletricista com especialização em telecomunicações. O curioso nisso tudo é que em momento algum do curso houve pressão em cima de textos em português, dissertações ou coisa parecida. Muito pelo contrário. A maioria dos livros texto eram em inglês e, quando uma editora brasileira o traduzia, a coordenação mudava o livro texto para outro - em inglês.

Hoje deve ser diferente, mas foi uma curiosidade que não me privou de me manter rigoroso no bem escrever, adquirido no então primário, ginásio e científico. Não ponho, contudo, a mão no fogo pelos demais colegas de faculdade!

Abraços
Carlos

Gusmão disse...

Carrano,
Sem contar que a proliferação de faculdades particulares degradou ainda mais o nível de triagem para ingresso no ensino superior, mormente na área do Direito.
O exame da OAB afere também o domínio da língua portuguesa ou somente conhecimento das leis?
Deveriam ter mantido a caráter eliminatório e a média mais alta.
Parabéns pelo Vasco, ontem.
Abraço

Riva52 disse...

Eu sofro muito com isso, pois sou muito auto/crítico no uso da nossa língua. Tive uma boa base, e o fato de "devorar" livros em prtuguês e inglês me auxilia muito na hora de escrever.
Vcs precisam ver o "nível" de gramática dos estagiários que passam pelas empresas onde trabalho .... é lamentável. Caligrafia então, uma coisa horrorosa.
Quanto à caligrafia, eu tenho certeza de que o fato de hoje em dia teclarmos ao invés de escrevermos é o fator gerador dessa tragédia.
Sds TRI
- vibrei com o Vasco da Isa ontem.

Jorge Carrano disse...

Paulo,
Para eu saber quem manda na sua casa (ou pelo menos tem mais infuência), diga-me para que clube torcem seus filhos.
Na minha casa tive 100% de aproveitamento: mulher, filhos e neto.
Abraço

Freddy disse...

Carrano, você não me perguntou mas eu respondo: casei-me com uma rubro-negra. Nasceram 2 vascaínas (sem pressão alguma de minha parte). Eis que em 1997, Vasco subindo no conceito, Renata conseguiu que Mary "virasse a casaca". O ano de 1998 (centenário do Vasco) com conquistas em vários esportes - não apenas futebol - consolidou a virada e hoje em dia somos 4 vascaínos em casa!
Abraços
Carlos

Freddy disse...

Quando de meu post "O futuro da caligrafia - 05.03.2012", Paulo comentou que "ia ali se enforcar e já voltava", escarnecendo de meu ponto de vista.
Hoje já deve ter se recuperado do enforcamento, dado que ele mesmo testemunha que a caligrafia dos estagiários é horrorosa pelo hábito atual de apenas digitarmos.
Nada como um dia após o outro!
<:o)
Carlos

Jorge Carrano disse...

Uma coisa é ter boa caligrafia. E neste particular os apontadores do jogo de bicho são ótimos.
Outra é saber escrever corretamente (concordâncias, colocação dos pronomes, acentuação, etc).
No quesito caligrafia sou reprovado "com louvor", mas no quesito forma e conteúdo de texto acho que consigo um 4.

Carlos,
Parabéns pelo ótimo nível da família.(rs) E sobretudo por mostrar quem é o chefe da casa.
Abraços

Freddy disse...

Carrano, juro que não tive nada a ver com isso! rs rs rs
Quem se determinou a virar a casaca de Mary foi minha filha Renata, de longe a mais fanática torcedora da casa.

Decerto Mary já havia decidido que Flamengo nunca mais! Então foi mero oportunismo. Renata catequizou-a com rigor e fazia sabatina diária, instando-a a declinar a escalação do time principal do Vasco de cor!

<:o) Carlos

Jorge Carrano disse...

Hipe! Hipe! Urra!
Casaca, casaca, casacasasaca...
Viva a Renata!
Abraços cuzmaltinos

Freddy disse...

Voltando ao tema qualidade de ensino, eu ainda peguei os "finalmente" da época áurea - antes era mais rigoroso ainda. No primário estudei francês (matéria extracurricular) e no Liceu estudei Latim, Francês e Inglês.
Hoje tem gente que termina o fundamental sem saber escrever, interpretar textos e às vezes nem ler. Matemática então, passa lá longe... Ciências? Pra quê?

Passam de ano por decreto, já que o governo tem de apregoar índice de alfabetização acima de x por cento... E depois ainda tem as cotas...

Brrasillll ! il ! il ! il !...
Abraços
Carlos

Ricardo dos Anjos disse...

Não sou advogado, mas advogo o Direito de escrever direito e não a torto e direito que uma pretensa licenciosidade que o Direito possa facultar lançando mão de alguma imprudente jurisprudência. Meu saudoso primo, desembargador Hermano dos Anjos, ministrava Curso de Português na Universidade Santa Úrsula direcionado a advogados em plena atividade. A matéria parece que era exigência ou sugestão da OAB.
Ele então comentava comigo as barbaridades cometidas nas mais comezinhas, banais, corriqueiras petições.Que bem poderiam figurar hoje em dia na lista das tristes piadas sobre as provas do ENEM. Enfim, petições em petição de miséria!

Pra terminar, um reconhecimento esportivo: parabéns torcedores vascaínos e alvinegros do Rio pela facilidade com que derrotaram seus adversários ontem. Impressionantes os placares, os escores dilatados!
E SALVE, SALVE O TRICOLOR !!!!!!!!

Jorge Carrano disse...

Ricardo,
Gostei muito do jogo de palavras no comentário. Coisa de quem maneja o idioma com facilidade, como jornalista e poeta.
Quanto a ironia, achei bem pertinente em relação ao Botafogo, que ganhou no sufoco, na cobrança de penalidades, tendo perdido duas.
Também, convenhamos, o adversário jogou com 13, embora estejam mais afeitos à campina do que aos gramados convencionais.
Abraço

Freddy disse...

Mais grave que meros erros na escrita de palavras, como Ç em vez de SS, ou um acento esquecido ou colocado a mais, é a incompetência em expressar uma ideia, ou em interpretar a ideia de outrem.

Os primeiros terão um crescimento inevitável por conta de Twitters e Facebooks, que preconizam velocidade na transmissão da ideia em pauta naquele momento X.

Já o segundo é de base. Falta de estudo, de leitura, de exercícios de redação, interpretação de textos. Nas profissões da área do direito deveriam ser eliminados dos cargos aqueles que não lidam com uma perfeição no mínimo exemplar o nosso vernáculo, visto que erros na expressão de suas ideias podem levar a julgamentos errôneos, prejudicando inapelavelmente inocentes e liberando culpados, transformando nossa Justiça num joguinho de salão: o mais esperto ganha.

Abraço
Carlos

Riva52 disse...

Tardiamente mas a tempo :

- o cara continua um ponto de interrogação. Ou estava degustando alguma coisa antes de teclar.

- amigo Carrano, Isa é Vasco, Breno é Flamengo, eu, Rodrigo e Paulinho tricolores. Como aconteceu ? Breno cresceu na famosa geração playground, como os outros 2, porém numa época em que o Flamengo ganhava tudo. Foi inevitável. Isa é de família portuguesa, onde todos os 458 que conheço são vascaínos rsrsrs. Se vc pedir para escalarem uma seleção, começam com ...Fernando Prass , ......

Quanto a mim, como tudo na minha infância, compraram um Totó para Carlos (meu irmão) brincar. E ele tinha o direito de escolher o time primeiro. Era FLU x Vasco .... como ele era, digamos, muito chegado a mamãe (que era vascaína), escolheu Vasco. Sobrou o Flu pra mim .... e assim, para minha sorte e felicidade, tudo começou.
abração

Jorge Carrano disse...

Riva,
Se bem entendi, você acha que por vias tortas (ter que escolher a segunda opção)acabou adotando o clube que mora em seu coração.
Lembro a propaganda do Tostines. É fresquinho porque vende mais, ou vende mais porque está sempre quentinho?
Abraço
PS: estou decepcionado com a Isa. Não conseguiu fazer a cabeça de nenhum dos filhos (rs) Sem contar o lobby de toda a família dela.

Riva52 disse...

hehehe

Vc não sabe a batalha que foi quando eles nasceram. Tenho foto do quarto da maternidade, com a porta enfeitada com camisas e coisas do Flu e do Vasco .... mas eu sempre fui meio radical, e já estava escolado com a tchurma dela há quase 10 anos ! Foi na marra !!! rsrsrsrs
Mas o rubro-negro não consegui reverter. O peso dos amiguinhos no play foi forte ! Tudo por causa do Zico e Cia.
Abrs