21 de agosto de 2025

Tem vida inteligente nos USA, embora vivendo no UK

William Felix Browder

William Browder, executivo financeiro britânico que liderou a campanha pela aprovação da lei nos Estados Unidos.


"O uso da Lei Global Magnitsky para impor sanções contra o ministro Alexandre de Moraes é um abuso das intenções da lei e uma deturpação de sua concepção original", avalia William Browder, executivo financeiro britânico que liderou a campanha pela aprovação da lei nos Estados Unidos.

E segue:

"A Lei Magnitsky foi estabelecida para impor sanções a graves violadores dos direitos humanos e pessoas que são culpadas de cleptocracia em larga escala", diz Browder, referindo-se a regimes políticos em que governantes e autoridades usam sua posição para enriquecer de forma ilícita.

"Ela não foi criada para ser usada para vinganças políticas. O uso atual da Lei Magnitsky é puramente político e não aborda as questões de direitos humanos para as quais ela foi originalmente elaborada. E, como tal, é um abuso das intenções da lei", completou o executivo, em entrevista à BBC News Brasil.

Quem é William Browder, um financista e ativista político britânico nascido nos Estados Unidos:

"William Felix Browder nasceu em Princeton, Nova Jersey, (23 de abril de 1964) e cresceu em Chicago, Illinois.  Ele frequentou a Universidade do Colorado, Boulder, antes de se transferir para a Universidade de Chicago, onde se formou em economia. Ele obteve um MBA da Stanford Graduate School of Business[em 1989 .

Após a morte de Magnitsky, Browder fez lobby para que o Congresso dos Estados Unidos aprovasse a Lei Magnitsky, uma lei para punir os violadores de direitos humanos russos, que foi sancionada em 2012 pelo presidente Barack Obama.

Em novembro de 2008, um dos auditores do Hermitage, Sergei Magnitsky, que dá nome a lei,  foi preso.

Magnitsky morreu em 16 de novembro de 2009, na prisão, após onze meses em prisão preventiva, quase o limite permitido pela lei russa.

Em 27 de agosto de 2019, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos, ao julgar um caso movido contra a Rússia pela família Magnitsky, decidiu que Magnitsky foi detido em condições que equivaliam a "tratamento desumano e degradante em violação do artigo 3 da Convenção" (§ 193). Isso, combinado com negligência, falta de assistência médica adequada e maus-tratos, também representava uma violação da convenção (§ 240). 

Como resultado da controvérsia relacionada à sua prisão e evidências de maus-tratos e alegados abusos, sua morte suscitou indignação e cobertura internacionais. A morte de Magnitsky foi o catalisador para a aprovação pelo Congresso dos EUA da Lei Magnitsky, sancionada pelo presidente Barack Obama em 14 de dezembro de 2012. A lei visava diretamente os indivíduos envolvidos no caso Magnitsky, proibindo sua entrada nos Estados Unidos e o uso de seu sistema bancário."

Link para a matéria: 

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/08/01/uso-da-lei-magnitsky-contra-alexandre-de-moraes-e-deturpacao-diz-criador-da-lei-a-bbc.ghtml

3 comentários:

Jorge Carrano disse...

Coautor da lei Magnitsky, o deputado democrata Jim McGovern classificou como "vergonhosa" a decisão do governo Trump de aplicar a norma contra Alexandre de Moraes. Em carta a autoridades dos EUA, afirmou que a medida desvirtua o propósito da legislação, criada para punir violações graves de direitos humanos e corrupção, e enfraquece sua integridade como instrumento internacional.
https://www.migalhas.com.br/quentes/438276/coautor-da-lei-magnitsky-chama-sancao-contra-moraes-de-vergonhosa?_SMSL=19CED5&U=CTA31A8A19E6D8D4FF6AE473D9EECF4C&utm_source=informativo_click&utm_medium=5871&utm_campaign=5871

Jorge Carrano disse...

Deputado democrata dos USA, autor da lei magnitsky:
https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/08/20/deputado-democrata-autor-da-lei-magnitsky-envia-carta-a-secretario-do-tesouro-dos-eua-vergonhoso.ghtml

RIVA disse...

O estranho é esse bombardeio de críticas à aplicação da Lei Magnitsky contra o Xandão, e nenhum bombardeio pela atuação tirana do mesmo, com a leniência dos 10 colegas de toga, da Rede Globo (nojenta) e políticos vendidos para as eleições 2026.