Dirijo toda a minha ira, minha indignação, minha repulsa para a concessionária de energia elétrica aqui em Niterói.
Lembro bem de quando ainda menino ia ao escritório da CBEE, então fornecedora de energia elétrica aqui na cidade, para pagar a conta de consumo mensal.
Só muito mais tarde as faturas passaram a ser recebidas pela rede bancária.
O serviço prestado era precaríssimo. De lá para cá, como veremos a seguir, as moscas mudaram de nome, mas o excremento (as fezes) continua o mesmo. Entendam os dejetos como sendo os serviços prestados pelas concessionárias, públicas e privadas que já suportamos.
Nome e CNPJ se alteram mas mas nada muda em eficiência, padrão de qualidade e atendimento.
A Companhia Brasileira de Energia Elétrica (CBEE) era uma empresa do setor elétrico brasileiro, fundada em 1909. Inicialmente, a CBEE assumiu a concessão de serviços de energia elétrica em Niterói, Petrópolis e São Gonçalo, além de outros municípios fluminenses, e na época tinha controle privado. Em 1980, a CBEE assumiu as operações de outra empresa e teve sua denominação alterada para Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro (CERJ).
A CERJ, Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro, era uma empresa distribuidora de energia elétrica no Rio de Janeiro, que passou por diversas transformações ao longo do tempo. A CERJ foi privatizada em 1996. No início dos anos 2000, a CERJ foi renomeada para Ampla. Em 2009, a Ampla foi adquirida pela empresa italiana Enel e passou a se chamar Enel Distribuição Rio.
E aqui estamos nós, nas mãos da ENEL.
Noutro dia uma colisão derrubou o poste onde estava o transformador que alimenta de baixa tensão o prédio onde resido. Conclusão? Ficamos das 15 até perto das 24 horas sem energia. E quando restabelecido o fornecimento só conseguíamos acender - mal e mal, as lâmpadas. Acho que ficamos apenas com uma fase.
Houve enorme demora no atendimento e quando chegaram para atender a ocorrência o que vimos foi só improviso.
As imagens dos vídeos a seguir mostram a atividade dos técnicos envolvidos no trabalho de restabelecimento - precário - da energia elétrica.
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Cabos pendurados, entrando pela garagem |
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Provisório de quantos anos? |
Resultado? Cabos entrando pela garagem, pendurados, até a "casa de força". Improviso que deverá durara meses, talvez anos.
Dirão os que me leem que foi fato isolado, provocado por acidente. Já assevero que não, posto que aqui no bairro qualquer chuvinha de nada, garoa branda, provoca o desarme ou queima de transformador, sempre precedidos de estouros violentos. E ventar, então, prepare as velas, lampiões e lanternas.
Ontem, dia 4, aconteceu à tarde, mesmo sem chuva ou vento, o que revela não serem os fenômenos atmosféricos os únicos responsáveis pela interrupção do fornecimento de energia.
E minha ira, meu inconformismo está lastreado no fato de que nos últimos dez dias, foi esta a terceira vez que fiquei privado da energia elétrica.
"Casa de ferreiro espeto de pau." Já ouviram este provérbio? Pois é, cabe perfeitamente no caso abaixo.
Enel perde luz em sua própria loja no Centro de Niterói
Enel perdeu luz em sua própria loja em Niterói, gerando indignação entre os clientes que aguardavam atendimento.
Clientes que foram à agência da Enel, localizada na Rua da Conceição, 165, no Centro de Niterói, levaram um susto nesta segunda-feira (4). Justamente a empresa responsável pela distribuição de energia elétrica na cidade ficou sem luz entre 11h e 12h, interrompendo os atendimentos no local.
Preciso argumentar mais? Precisa de mais exemplos?
Escândalo maior, aberração, é a existência de agências reguladoras, cabides de emprego, de manutenção dispendiosa, em setores onde existem MINISTÉRIOS.
Nota:
4 comentários:
Site da ANEEL - https://www.gov.br/aneel/pt-br/canais_atendimento/reclame-da-distribuidora
1 - Fale com a distribuidora
Quando você tiver algum problema com a distribuidora de energia elétrica, por exemplo, falta de energia, não recebimento de fatura etc., deve reclamar diretamente à distribuidora.
2 - Fale com a ouvidoria da distribuidora
Caso o problema não seja solucionado, você deverá entrar em contato com a ouvidoria da distribuidora e informar o número de protocolo da reclamação.
Ao reclamar na ouvidoria, outro número de protocolo deverá ser fornecido. É importante guardar esse número também.
3 - Fale com a ANEEL
Se ainda assim o problema não tiver sido resolvido, registre sua reclamação na ANEEL por um dos canais:
• Formulário no site da ANEEL
• Aplicativo ANEEL Consumidor
• Telefones 167 e 0800 7270167: seg./sáb., das 8h às 20h
Acrescento outras alternativas: queixa ao bispo, vaias estrepitosas, instale um gerador em casa. Tente energia solar ou eólica. Mude para o interior e compre lampião a querosene.
Se nada disso for possível, for inviável, faça contato com a ANEEL ... e aguarde sentado.
Sua reclamação é geral entre todos que necessitam de suporte dessa empresa. Nada a acrescentar, apenas torcer para não acontecer conosco.
Se a ANEEL não consegue obrigá-los à melhoria do processo, quem mais ?
Lampião a querosene .... saudade dessa imagem lá de casa na minha infância, nas quedas de energia (geralmente em tempestades) ou no famoso racionamento à tarde, na década de 60.
Aliás, no racionamento que acho era das 17 às 18h no verão (estou correto?), a tchurma saía com esparadrapo na rua para colocar nas campainhas de algumas casas (principalmente nos vizinhos que não gostavam da gente por 1000 motivos kkkkkk).
Quando a energia voltava era um desespero para essas casas !!!!!
Caro Riva,
Será mesmo que "Se a ANEEL não consegue obrigá-los à melhoria do processo, quem mais ?" Ou melhor seria "Se a ENEEL não tem interesse/vontade em obrigá-los à melhoria do processo, quem mais ?"
Sim, pode ser, afinal o país está capotando socialmente, politicamente, economicamente, com novos valores sendo ensinados às novas gerações, valores esses diametralmente opostos aos que nossos avós e pais nos ensinaram.
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