12 de março de 2017

MCMXLVII como escreveriam os romanos

Nada de especial, neste ano, que me venha a memória. Senão, talvez, que comecei a torcer pelo Vasco da Gama.

Ah! Sim, um outro fato relacionado a duas músicas de sucesso nas rádios e que me fazem lembrar de minha irmã Ana Maria.


Como poderia escolher outro clube para torcer, senão o melhor daquele ano?  Campeão invicto, o Vasco tinha um timaço.





Tirante isso, aos sete anos de idade, soltava cafifa, jogava bola-de-gude e brincava de pique-esconde.


Mas volto ao ano de 1947, porque foi neste ano que jogamos víspora na casa do tio João. E no post anterior mencionei este jogo.

Eramos uma turma jogando, sentados em torno de uma grande mesa retangular, na sala de jantar da casa: João e Edméia, donos da casa e seus filhos José Carlos, João Carlos, Hamilse e Therezinha. Mais meus pais e minhas irmãs.

As crianças  menores, como Ana Maria, não jogavam individualmente. Ela acompanhava o preenchimento da cartela ao lado de nossa mãe. Aos 7 anos, eu já podia jogar sozinho, marcando com milho os números sorteados.

Como eles tinham criação de galinha, milho não faltava naquela ampla casa, localizada em centro de terreno.

Eram premiados: duque, duque de ponta, terno, quadra e quina, além, claro, do preenchimento de todos os números da cartela, quando era gritado "bati".

Quais eram os prêmios? Não lembro. Talvez não houvesse premio material. Apenas diversão.

Naquele ano de 1947, duas música faziam muito sucesso nas rádios (que era a maior diversão da família brasileira, ao lado do cinema).

Uma interpretada por Francisco Alves e outra por Gilberto Alves (nenhum parentesco entre eles). Dois famosos cantores da época de ouro do rádio.

Ouçam abaixo para rememorar, ou para conhecer se não são de sua época:






Ana Maria, aos 2 anos de idade, não gostava nem um pouco intitulada "Palhaço", mas gostava do "Rosa Maria" talvez por associação ao seu nome.

Cantávamos, provocativamente o "Palhaço" e ela reclamava: "marote não, marote não”.

E sorria quando mudávamos para "Rosa Maria".

Ana Maria faz aniversário no próximo dia 22. E se  estiver lendo vai ficar muito braba comigo. Acabo de revelar a idade dela. É só fazer as contas, se em 1947 ela contava dois anos, em 2017 fará quantos?

A partir de certa faixa etária a mulher não tem mais porque ocultar idade. Tem mais é que comemorar ter chegado a velhice, em especial se chega com dignidade, lúcida, e tendo aproveitado bem a vida.


Notas:
1) Francisco Alves em 


3 comentários:

Jorge Carrano disse...

O Barcelona perdeu, hoje, para o La Coruña. Uma vez mais o Messi teve atuação apagada. Como contra o PSG.

Vai acabar no Vasco quando estiver com 36/37 anos, faixa etária dos ídolos do clube cruz-maltino (rsrsrs).

Ana Maria disse...

O fato que vc narrou acerca da música do Francisco Alves me foi contado, exaustivamente, pelo tio João irmão do nosso pai. Pelas historinhas que ele contava, me parece que eu era meio palhaça e exibida.E falava errado.
É verdade. Vou completar 72 anos bem vividos e não tenho problemas em revelar idade, principalmente porque no dia a dia não lembro dela.
Diferentemente do Jorge, não desejo presentes, mas agradeço as preces ou energias que me enviarem.
(Emoticons fazem falta aqui nos comentários. rs)

Jorge Carrano disse...

😭😭😭

Ana Maria, selecionei estes e colei no espaço de comentário. Experimente.

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