25 de março de 2017

Dois dedos de prosa sobre futebol

Anteontem, dia 23,  calamos as 50.000 mil pessoas presentes ao Estádio Centenário. Nem tanto porque devemos descontar os talvez 500 brasileiros presentes. Vá lá, 49.500 torcedores uruguaios.

Não chegou a ser uma desforra do Maracanazo porque naquele dia 16 de julho de 1950, tinha muita coisa mais em jogo. Até o público era maior. Diz a lenda que eram 200.000 presentes. E valia o título mundial.


Mal sabia que passados 64 anos eu acompanharia novo, e mais grave, vexame. Os 7X1 que entraram para os anais.

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Mas sobre este jogo de anteontem queria comentar a atuação do Neymar. Seja pelo belíssimo gol, mas seja principalmente pela atuação. E sem cai-cai.

Não sou um fã deste jogador. Vocês já leram aqui elogios ao Messi, ao Cristiano Ronaldo, e a outros excelentes jogadores do passado, como Zizinho e Romário.

Hoje incluo o Neymar na galeria dos fora de série. Já havia admirado a atuação dele na histórica virada do Barcelona sobre o PSG, pela Champions League. Parece que amadureceu mesmo.

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Em seu jogo de estreia dirigindo o Vasco, o técnico Milton Mendes  ao final do jogo fez o sinal da cruz.


Bem, como o Vasco ganhou o jogo, entendo que o gesto foi de agradecimento.

Mas fiquei confabulando com meus botões o que ele teria  feito em caso de derrota. Teria dado uma banana usando os braços?

Não me conformo com esse negócio de enfiar Deus ou Jesus nas disputas esportivas. Se fé e reza ganhassem jogos, o San Lorenzo, da Argentina, não perderia uma só partida. Afinal tem o Papa, o ser humano mais próximo de Deus que se saiba, como seu cabo eleitoral.

E na Bahia todos os jogos terminariam empatados porque torcedores de todas as equipes recorrem aos santos e orixás pedindo ajuda para seus clubes.

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As regras que poderiam ser alteradas no futebol, sem comprometer a essência do esporte, realmente melhoraram o ritmo das disputas. 

Ou corrigiram pequenas normas que não acrescentavam coisa algum, antes pelo contrário.

Algumas que me ocorrem: não poder atrasar a bola para o goleiro usando os pés. Cansei de ver bola para o beque, que devolvia para o goleiro, e ficavam nesta monotonia alguns segundos.

Poder, no início ou recomeço das partidas, jogar a bola para trás. No toque obrigatório para a frente, o segundo toque, excetuados raríssimos casos, era para atrasar a bola para um volante ou mesmo um zagueiro. Pura perda de tempo.

Algumas outras práticas adotadas foram bem interessantes, no sentido  de dar velocidade maior ao jogo e  evitar perda de tempo.

Colocar em campo, disponíveis para os jogos, sete bolas. Evita-se o chute forte para o alto, colocando a bola fora do estádio. Ou como se diz nas peladas, jogando a bola para o mato.  Assisti, no Caio Martins, num jogo do Vasco, o zagueiro do Canto do Rio enfiar um bico (daqueles usados nas antigas bombas de enchimento) na bola de jogo,  deixando-a praticamente murcha.

Grama cortada mais rente, bem curtinha, e de preferência molhada, fizeram com que o bola role mais rapidamente o que é bom para o jogo.

Considerar as linhas demarcatórias como parte do campo de jogo. Era chato o jogador ficar atento aos pés sobre a linha nos arremessos laterais.

O uso obrigatório de caneleiras evitou algumas fraturas.

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Faço uma comparação do estilo do jogador Thalles, com o de outros dois centroavantes do Vasco: Viola e Luizão. Precisa melhorar a mobilidade.

Deveria, também, cuidar mais do físico. E maneirar na vida fora de campo.

Já o Pedro, do Fluminense e o Vizeu, do Flamengo, estão quase prontos para o estrelato.

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Vou lançar um repto. Escalar o melhor time selecionando exclusivamente entre ex-jogadores ora comentarista de TV (aberta e fechada). Vai faltar, talvez, um goleiro.

Por falar em comentarista, fiquei irritado com o que comentava o jogo do Brasil contra o Uruguai, no SportTV (canal 39 - Sky) Ele insistiu que o responsável pelo gol do Uruguai foi o lateral Marcelo.

Eu tenho certeza que a culpa foi do goleiro Alisson, que teve uma retardada reação no lance. Ele vacilou dois ou três segundos antes de sair de encontro à bola. Tempo suficiente para o Cavani chegar na frente. É só observar bem o lance. Era óbvio que o Marcelo iria recuar a bola para ele, ou de cabeça ou com o peito, como fez.

Duvido que o citado comentarista tenha um dia calçado uma chuteira. Se fizer três embaixadinhas pago o jantar. Comentaristas, bah!!! 

4 comentários:

Jorge Carrano disse...

Amanhã começa o horário de verão em alguns países europeus.

Jorge Carrano disse...

Nene, jogador do Vasco, no jogo contra o Flamengo, após a cobrança de um penalti assinalado equivocadamente pelo árbitro, levanta os dedos apontando o céu, acredito que em agradecimento à cumplicidade de Deus, que induziu o juiz ao erro.

Deus foi cúmplice?

No mínimo aprovou, porque a penalidade foi convertida em gol.

Jorge Carrano disse...

Não sei onde o Vasco irá parar com o técnico Milton Mendes.

Mas uma coisa é certa. Ele enxerga o jogo. Teve a coragem de substituir o Nenê na partida contra o Boa Vista.

Realmente este jogador, tido e havido por boa parte da crítica como o melhor jogador do elenco do Vasco, a mim não agrada.

Não joga para a equipe e é um cai-cai. Não pode encostar nele que ele mergulha cavando falta para ele mesmo cobrar. Sim, sabe cobrar faltas e pênaltis, mas futebol não é só isso.

Num racha, na disputa do par ou impar, escolheria Andrezinho para o meu time. Tecnicamente é tão bom quanto o Nenê, e joga mais coletivamente. E sabe cobrar faltas também

Jorge Carrano disse...

Quem enche mais o estádio?

http://app.globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/voce-sabe-quais-sao-as-melhores-medias-de-publico-da-europa/