12 de agosto de 2012

Comentando


Nos primeiros dias das Olimpíadas, comentei aqui sobre uma jovem nadadora americana, de 17 anos, que fez enorme esforço para conter as lágrimas quando no pódio para receber sua medalha de ouro, com quebra de recorde mundial dos 200 m nado de costas. Pois bem, a bela nadadora, já considerada o Phelps de cabelos compridos, acabou conquistando mais duas medalhas de ouro e uma de bronze. Ficou tão acostumada com o sucesso, que a execução do hino americano, com hasteamento da bandeira, não a comoveu mais. Veterana de vitórias aos 17 anos.

Outras duas adolescentes brilharam na piscina: Ruta Meilutyte, lituana, 15 anos, ouro nos  100m nado de peito; e Shiwen Ye, chinesa, 16 anos, ouro nos 200 e 400 medley.

Estas três estarão, certamente, aqui no Rio, conquistando outras medalhas, sem alegação de cansaço e que “faltou perna” a la Cielo.

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Duas apresentações imperdíveis no Rio de Janeiro. Uma de pintura,  e outra de jazz.

Obras de Monet, Gauguin, Cézanne e outros grandes mestres impressionistas, pertencentes ao acervo do Museu d’Orsay, já estão expostas no Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo e desembarcarão em outubro no Rio.

Quem não teve a chance de visitar o d’Orsay, instalado numa antiga estação de trem, às margens do Sena, em Paris, não pode perder esta oportunidade. Agende-se.

O jazz, de primeiríssima qualidade, ficará por conta da Preservation Hall Jazz Band, de Nova Orleans,  representada por 8 de seus integrantes, que se exibirão no Miranda, na Lagoa, na próxima quarta-feira, dia 15.

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Leio em revistas semanais que há uma campanha em curso, pela salvação dos tatuís.

Depois do mico leão-dourado e da baleia, agora é a vez um crustáceo pequeno (cerca de 3 cm), branco, invertebrado muito leve, cujo formato lembra efetivamente um tatu, que era encontrado abundantemente em nosso litoral, inclusive nas praias aqui de Niterói. Icaraí tinha bastante. Bastava enfiar os dedos na areia, logo no ponto onde o mar se entrega docilmente, e eles brotavam em grande quantidade. 

O sumiço do tatuí é atribuído a poluição do mar, e a escassez de grãos de areia fina.

Nunca comi, mas sei que algumas pessoas o consumiam.

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Niterói já tem uma linha de ônibus vermelhos. Falta que sejam de dois andares, remetendo-nos aos double-deck ingleses, onde são ícones da cidade de Lobdres.


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Obras de relevante papel social estão sendo executadas nas calçadas das ruas do centro da cidade. Estão sendo assentadas lajotas, com ranhuras em relavo, numa largura de aproximadamente 30 cm em toda a extensão das calçadas, de sorte a servirem de orientação para os deficientes visuais. Ótimo.

Mas tem o seguinte. Nas calçadas formadas por pedras portuguesas, tão a gosto de nossos administradores, estas são retiradas, na faixa onde serão substituídas pelo piso com a ranhuras. Como as pedras são de tamanhos e formas irregulares, é natural que na junção destas com as lojotas diferenciadas, seja necessário tornar a assentar as pedras.

E aí entra o sacrilégio, o crime de obra pública. Como faltam calceteiros formados, o trabalho é confiado a ajudantes de pedreiro que chegam a fixar as pedras com cimento.

Lembro que há uns poucos anos a prefeitura do Rio de Janeiro, iria trazer alguns calceteiros de Portugal, pais com enorme tradição de utilização deste tipo de piso de calçamento, daí porque o chamamos de “pedras portuguesas”.

Estes mestres luzitanos viriam para formar profissionais brasileiros, pois se trata de uma arte que não dominamos.

Estes profissionais dominam a técnica de colocação, seja no respeitante a forma de fixar as pedras sem uso de cimento, seja no tocante aos desenhos que se formam com a variação das cores preta e branca.

Aqui em Niterói, este tipo de calçamento é destruído frequentemente para execução de obras de interesse das empresas de telefonia, gás e energia elétrica. E a recolocação é feita de maneira incorreta  o que compromete a estética e viola a técnica de reaproveitamento das pedras quando as mesmas soltam por excessivas chuvas, por exemplo.


O calçadão onde caminhamos, em Icaraí, todo ele de pedras portuguesas, é inteiramente desnivelado. Formam-se bacias onde água é empoçada e expõe o caminhante ou corredor a risco por causa dos desníveis que podem causar contusões.

5 comentários:

Ricardo dos Anjos disse...

Mais uma prata. Dessa vez quem se superou foram os russos. Pela expressão (depressão) do Murilo, já dava pra adivinhar o resultado.
Esta foi a minha visão a partir dos primeiros movimentos da recuperação da Rússia no vôlei olímpico.

Jorge Carrano disse...

Ocorreu exatamente o oposto do que assistimos na competição feminina.
Nosso primeiro sete foi execrável. Depois reagimos, a equipe se superou e ganhou o jogo com autoridade.
Viva as mulheres de ouro (pela segunda vez).
Abraço

Anônimo disse...

Qual será o gosto do tatuí? A foto que ilustra o calçadão de pedras portuguesas confirma o que de Niterói se dizia há tempos: tem a melhor vista do Rio. Só.

Riva disse...

Só um desinformado pode falar uma besteira dessas sobre Nikity .... e se bobear mora mal (inveja).

FLUi

Riva

Jorge Carrano disse...

Riva,
Antes de mais nada parabéns pelo FLU. Ultrapassou meu Vasco.
Quanto ao comentário do Anônimo, sobre Niterói só ter de atrativo a vista do Rio, era realmente uma pecha na imagem da cidade, e como bem disse você, fruto da ignorância (falta de conhecimento) e inveja de suburbanos que preferiam enfrentar trens abarrotas para chegar em casa, enquanto nós outros desfrutavamos de uma travessia tranquila nas barcas da Cantareira, apreciando a paisagem e aproveitando a brisa marítima.
Abraço