19 de maio de 2010

Woody Allen, again.

Mal saiu de cartaz, como se dizia antigamente, o último filme (Tudo pode dar certo), do insuperável cineasta*, e ele já está a postos, preparado para dar início as filmagens de “Midnight in Paris”, aproveitando o verão europeu que vem aí.
E, consta, no próximo ano, tão logo acabado o filme ambientado na França, ele virá ao Brasil, filmar no Rio de Janeiro.
A propósito, acho que já comentei aqui neste blog, que tão logo foi veiculada esta notícia, de que o Allen faria no Rio um filme na linha do Vick Cristina Barcelona, no qual a capital da Catalunha é reverenciada, meu filho Jorge sugeriu o título do filme a ser feito aqui no Rio de Janeiro.

Simples: “Perdeu, cara!”

Maldade, mas não se pode perder uma boa piada.

O ator escolhido para o “Midnight in Paris” foi o Adrien Brody, vencedor de Oscar, com ‘O pianista”.

A primeira dama da França, Carla Bruni-Sarkozy também estará no elenco.

Além da madame Sarkosy (boa escolha), estarão no elenco Owen Wilson, Marion Cotollard, Kathy Bates e Michael Sheeen, entre outros. Ninguém recusa papel em filme de Woody Allen, mesmo que o cachê não seja lá uma grande coisa. Prestígio é o que motiva.

A história, segundo li, gira em torno de uma família em viagem de negócios. Será uma comédia romântica, estilo que ele manipula com maestria.

Comentando o “Tudo pode acontecer”, o colunista Artur Xexeo, em sua matéria do dia 2 de maio, n’O Globo, exagerou dizendo que o mundo se divide entre os que amam o Woody Allen sobre todas as coisas e as demais pessoas. Amar o Allen sobre todas as coisas também é, digamos, falta de imaginação, no mínimo. Mas me incluo no lado daqueles que são admiradores de seus trabalhos, como roteirista, diretor e ator.

Na revista Veja (edição de 28 de abril), também sobre “Tudo pode dar certo”, a crítica Isabela Boscov intitula seu comentário aludindo a que o cineasta reciclou um velho roteiro, e que faltou óleo. Será que faltou azeitar? Penso diferente.

Realmente foi divulgado, em várias mídias, que ele realizou o filme a partir de um roteiro que tinha na gaveta há muito tempo: décadas.

Mas e daí? Quantos artistas, nas diferentes formas de expressão, revisitam alguns temas**, sem que tal fato enfraqueça o resultado. Em certos casos, antes pelo contrário, as revisitas dão mais consistência, encorpando  as variações sobre o tema.

Que bom que temos um filme de Woody Allen por ano.


* Insuperável em número de filmes realizados, ou seja, quase 50 em seus 74 anos de vida, e em premiação de roteiros (mais de 14).

** Quem há de censurar Claude Monet, por exemplo, pela infinidade de telas sobre as ninféias de seu belísimo jardim. Quem já não viu pelo menos reproduções do Ciclo da Ninféias? E estava quase cego.






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