30 de maio de 2010

O assunto é futebol

Leio que a indústria de aparelhos de TV está vendendo como nunca. A razão é uma só. Novas tecnologias permitirão acompanhar com muito melhor definição de imagem, as partidas da Copa do Mundo de Futebol.


Fico a matutar se seria possível mensurar, traduzir por exemplo em dólares, o volume de negócios que são movidos pelo futebol, em especial de quatro em quatro anos, quando é realizada a competição mundial.

Nas sedes, além de construção e reforma de de estadios, o que gera muita atividade de obra civil, e consequentemente venda de materiais de construção, há sempre necessiadade de ampliar a rede hoteleira, melhorar os meios de transporte e comunicação, que exigem pesados investimentos.

Os negócios vão desde a grama empregada nos campos de competição, até a infinidade de uniformes de jogo, bolas, redes das balizas, chuteiras, caneleiras, etc.

As gráficas trabalham muito com folhetos, ingressos para os jogos, albuns de figurinhas e talonários de notas fiscais, já que o comércio vende muito mais no período. Também a indútria de bebidas se beneficia com o aumento de vendas.

O patrocínio das trasnissões pela TV e enissoras de rádio atinge cifras fantásticas. Os direitos de transmissão custam aos veículos muito dinheiro que é pago a FIFA e gira em forma de prêmios a juda aos países partucipantes.

O imenso número de profissionais, de todo o mundo, que se deslocam para cobertura dos jogos, e ocupam praticamente todos as acentos das aeronaves, geram grandes receitas para as companhias aéreas.

Igualmente a indústria têxtil se beneficia, em todo o mundo. Afinal precisam ser confeccionadas bandeiras e flâmulas, camisas para as torcidas, faixas e adereços para cabeça.

Ficaria aqui ocupando um enorme espaço neste post se me dispusesse a mencionar os negócios gerados pelo fenômeno copa do mundo.

E traduzir isto em moeda é negócio para os economistas que têm por ocupação fazer projeções sem qualquer compromisso com a realidade.

Quem há, todavia, de negar que se trata do maior evento de nível mundial. A começar pelo fato de que a FIFA tem mais países a ela ligados do que a ONU, como é sabido.

São mais de uma centena de países desde as eliminatórias continentais, até que cheguem aos 32 que vão para a disputa das fases finais.

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Já louvei o José Mourinho, que reputo um dos melhores técnicos de futebol em atividade. Bom estrategista, é adépto do futebol de resultado. Privilegia a tática.

É partidário do rigor tático de tal sorte, que se poderia afirmar que ele não é um técnico ou treinador, mas sim um adestrador. Com ele no comando, cada atleta em campo tem uma função que deve assumir rigorosamente. E, lógico, é preciso que ele tenha a confiança do grupo. Que todos creiam que ele sabe o que está fazendo.

Na Europa, como regra geral, esta disciplina tática é uma característica comum a todas as grandes equipes, sejam inglesas, sejam espanholas ou italianas, só para citar os campeonatos mais festejados.

Outro dia assisti entrevista, na ESPN, do jogador André Dias, que já passou por Flamengo e São Paulo, e que atua na Lazio, em Roma, Itália.

Ele confessava que é muito mais fácil jogar na Itália, posto que ele deve apenas cumprir o que é determinado pelo técnico, como função tática. Exemplificou dizendo que assim que chegou ao clube, sempre que se aventurava um pouco em jogadas de ataque, o treinador gritava para que ele voltasse para seu lugar, na defesa. Não poderia ultrapassar a linha divisória do campo.

É evidente que a habilidade individual facilita o desempenho do papel. De atacantes em especial, mas também dos defensores. Mas a obediência ao esquema adotado é mais relevante. Afinal trata-se de confronto em busca de resultado.

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Fernando Calazans, comentarista esportivo e articulista de O Globo, e também da equipe do canal ESPN, é um destes críticos severos do futebol defensivista, e irônico e mordaz com relação aos volantes que ele chama de cabeças de bagre, brucutus. É, declaradamente, adepto do chamado futebol arte.

Bem, estou citando o Calazans porque na sua coluna deste domingo ele volta a se referir aos cabeças de bagre, tema recorrente em seus comentários, ressalvando que no passado alguns volantes, que ainda não eram assim chamados, eram jogadores habilidosos, criativos e inteligentes.

E citou o Danilo, center-half do Vasco, como exemplo de jogador que se caracterizava pelo toque fino da bola.

Já citei o Danilo como integrante da equipe do Vaco que me fez ser torcedor do glorioso gigante da colina. Ele a Ademir, grande artilheiro do Vasco e da seleção nacional que disputou a Copa do Mundo de 1950.

Danilo tinha o apelido de Príncipe, tal sua maneira elegante de jogar, sempre de cabeça erguida, com ampla visão de todo o campo, o que lhe propiciava passes e lançamentos precisos.

E usava um corte de cabelo que durante as décadas de 40 e 50, do século passado, era o adotado pela maioria dos garotos. Os dois cortes mais conhecidos, na época, eram o “príncipe danilo” e o “meia cabeleira”. Era só sentar na cadeira e o barbeiro perguntava: à príncipe Danilo?

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Uma ótima notícia para os vascainos. O Zico aceitou convite para ser dirigente de futebol no Flamengo. Pé frio emérito, vai levar à banca rota, ao fracasso, o rubro-negro carioca.
Isto não é exatamente uma profecia, está mais próximo de uma praga. Toamara que pegue!

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