Oskar Schindler era polonês e proprietário de uma fábrica de utensílio de cozinha. Ganhou muito dinheiro empregando judeus, que eram mão-de-obra mais barata. A estes, mais do que bom salário, importava manterem suas vidas.
Depois salvou a vida de centenas daqueles judeus, subornando, com parte dos lucros que obteve em sua fábrica, os oficiais da Gestapo, a fim de que fossem enviados para a Tchecoslováquia, e não para Auschwitz, os nomes constantes de uma lista com mais de mil nomes.
Dunga, de certa forma, mal comparando, também se manteve fiel ao grupo de jogadores que se engajaram em sua filosofia de trabalho, com entrega, atitude e determinação, recompensando-os com a inclusão de seus nomes na lista dos convocados para disputar a Copa da África do Sul, ontem divulgada.
Portanto, nenhuma novidade na lista do Dunga.
A imprensa, ou boa parte dela, vem massacrando o treinador. Menos por discordância com alguns nomes incluídos e nomes outros não incluídos, do que com o cerceamento de suas liberalidades (mais que liberdades) ou corte de seus privilégios.
Lembro bem (eu assisti) de uma entrevista concedida à Fátima Bernardes, da TV Globo, por jogadores da seleção, às duas horas da manhã, horário da Alemanha, em face das diferenças de fuso horário, na apresentação do Jornal Nacional.
Esta farra, este condenável procedimento, seja dos jogadores, seja da imprensa, não irá se repetir. É preciso que todos estejam focados na competição, que será das mais disputadas.
Fiquei muito bem impressionado com as manifestações de alegria dos jogadores convocados. Mesmo alguns veteranos se comportaram como se fosse a primeira vez que envergarão a camisa da seleção e participarão de uma Copa do Mundo.
O Brasil pode até não se sagrar campeão. Esta será uma das mais difíceis copas, pelo alto nível de muitas seleções. Mas espírito de luta e vontade de ganhar não faltarão.
Assim espero.
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