6 de maio de 2010

Jorge Carrano III

Não, meu neto não foi registrado e batizado como Jorge Carrano III. Mas por meu gosto teria sido. Ainda tenho esperanças no futuro, e terei um descendente com este nome.

Quem sabe ele, meu neto, dará ao filho o nome de Jorge Carrano III. Afinal, Luis XVI era neto, e não filho, de Luis XV, aquele que perpetrou a famosa frase: “Depois de mim, o dilúvio”.

Logo, não haverá problema em ser saltada uma geração.

Não há necessidade de vínculo imediato, paterno, para adoção do nome a ser prestigiado. Napoleão III era sobrinho do Napoleão I.

Até minha neta, sabe-se lá, poderá dar ao filho o nome de seu pai, que, não por acaso, é também o meu. E não haveria como fugir do III (terceiro).

Historicamente isto já aconteceu um sem número de vezes. Ricardo I, conhecido como Coração de Leão, e que liderou a 3ª Cruzada, juntamente com Felipe IV, o Belo, não foi o pai de Ricardo II, também da Inglaterra. Este último, por sua vez, não foi o pai do Ricardo III, imortalizado por Shakespeare , que atribuiu a este monarca a conhecida frase “A horse! My kingdon for a horse!

Não vou exemplificar com o papado pois, em tese, um Papa não deixaria descendentes diretos, em linha reta. Mas as homenagens que fazem aos antigos prelados, demonstram o quanto eles se identificam com um Pontífice antecessor, mesmo que não tão imediato.

João XXIII, estava há séculos de João I. Embora João Paulo II estivesse bem próximo do João Paulo I.

E não vou recorrer a empresários, tipo Henry Ford III, pois antes a família deveria construir a fortuna deles.


N.A: O Rei-sol, o Luis XIV, da frase "L'État c'est moi", seria, há controvérsias, filho de Luis XIII. A controvérsia fica por conta do fato de Luis XIII e Ana de Austria terem sido casados por 23 anos e nada de filhos até então . O futuro Luis XIV, portanto, segundo alguns historiadores, poderia não ser filho biológico do Luis XIII.

10 comentários:

geraldo moreira barbosqa disse...

Carrano, quem é rei não perde a majestade. O prosseguimento da dinastia está assegurado. É com vc dizia há séculos atrás: macho é macho, lembra-se do detalhe.Tenho, quando posso lido suas opiniões lançadas aqui no seu blog. Gosto muito e gosto de ver que sua vida frutificou, afinal de contas torcia por vc lá na fiat lux. De lá só te dou notícias do fernando guimarães Ele está ótimo.
Continue cometendo suas projeções sobre o Vasco, não sou flamenguista, mas mesmo assim me divirto.
Um forte abraço
Geraldo

Jorge Carrano disse...

Que surpresa agradabilíssima, Geraldo.
O Fernando Guimarães, a par de ser um ótimo advogado, é uma pessoa educada e generosa. Teve sempre muita paciência comigo, ainda estudante, dando os primeiros passos no Departamento Jurídico da Fiat Lux.
Nós dois, eu e você, sofremos muito com as tarefas que ele nos delegava, obrigando-nos a peregrinar pelas diferentes seções do antigo Ministério da Fazenda acompanhando aqueles processos referentes ao Imposto de Produção (imposto do selo, atual IPI). Lembra disso?
Até bem pouco tempo eu tinha um cinzeiro da Acesita que você me deu. Meu filho mais velho (também Jorge Carrano) o surrupiou.
Quem fez contato comigo há cerca de dois anos foi a Elizabeth Ré de Paiva, que foi secretária do Caio Assis de Aragão. Também me localizou na internet.
Agradeço por demais sua visita ao blog e seu comentário. Se e quando possível recomende-me ao Fernando Guimarães.
Um forte abraço.

geraldo moreira barbosqa disse...

Enviarei ao fernando a sua resposta. Ele gostará com certeza. Realmente, ele é tudo isso que vc disse. O Rogério, filho dele, é padrinho do meu filho. Elizabeth Ré de Paiva, como esquecê-la? Foi quem me ensinou a redigir uma procuração. Lembro dela e da Julize. Boas recordações. O nosso amigo Dr. Bandeira já faleceu, esse também uma inteligência privilegiada. Naquela luta encaminhou toda a família e uma das filhas a Glorinha deve estar sendo promovida desembargadora por agora. Tínhamos o Dr. Mário, a quem hoje vejo com outros olhos.Ah... as nossas andanças pela burocracia da receita. Ainda hoje me divirto com o Fernando porque vc disse que ele estaria generoso por nos ter pago o cafezinho no Palheta. Tenho em minha lembrança a sua imagemsentado à mesa como que ritmasse com a ponta do lápis. Passou muito rápido e foi´, agora, ótimo.
Abraços e recomendações à Wanda a quem conheci pelo que vc me contava das idas ao Espirito santo

Jorge Carrano disse...

Meu caro Geraldo, você mexeu num braseiro que estava adormecido. Muitas coisas que estavam perdidas nas brumas do tempo vieram a minha memória após seu primeiro comentário, acima publicado. Trabalhei durante 10 anos na Fiat Lux, sendo 8 deles no escritório da Rua Visconde de Inhaúma. Não tenho nenhuma razão para fazer média, e posso declarar que o período que passei no Jurídico foi de extrema importância para minha formação como advogado, o que somente vim a ser depois de aposentado (trabalhei mais na área administrativa). O Bandeira era uma grande figura. Não sabia de seu falecimento e espero que seu espírito siga seu caminho em paz. Nós fomos uns felizardos tendo o Fernando da Costa Guimarães e o José Bandeira de Melo como tutores profissionais, orientadores e modelo.
Duas palavras a seu respeito, com todo o respeito. Durante muito tempo você foi minha referência de pão-duro. Quando o assunto era sobre pessoas muito econômicas, eu dizia que tive um colega de trabalho que nunca tinha dinheiro e não portava talão de cheque para não gastar. E tem a história, deliciosa, contada por você mesmo, sobre seu pai ao contratar um advogado quando do lamentável episódio do acidente de carro que você sofreu. Segundo sua narrativa - talvez o Fernando se lembre - seu pai vestiu o terno mais antigo e usado que possuía para ir ao escritório dele (advogado) e não passar a ideia de que ele seria muito rico. Rimos muito desta história. E para mim, naquela época, esta história justificava sua “sovinice” (afinal o cavaco não caíra longe do pau).
Sobre o Fernando também lembro de ótimas histórias. Mas uma que me impressionou foi a tese que ele defendeu, com brilhantismo e sucesso, quando do concurso para a Procuradoria da Fazenda, sobre as normas de arredondamento na matemática. Era importante para ele o critério de arredondamento da nota que obtivera.
Ah! E para encerrar este comentário que está quase virando um post, lembro que ele foi um dos primeiros a defender, com fundamento legal, o direito de restituição do imposto de renda retido a maior na fonte. Hoje a restituição é automática e claramente prevista em lei. Mas não era, sendo necessário requerer e comprovar o excesso. E virava um daqueles intermináveis processos tributários que nos levava quase diariamente ao Ministério da Fazenda.
Um forte abraço.

Anônimo disse...

Queridos Carrano e Geraldinho,
Adorei a leitura do blog do Carrano, e vocês trouxeram à tona um monte de recordações que eu houvera esquecido completamente.
Nunca pude imaginar que teria ensinado Geraldinho a redigir uma procuração... rsrsr E eu, que nem me formei!!!!
Do Fernando lembro de mil coisinhas, sendo uma delas que as filhinhas dele não podiam ver um livro que imediatamente achavam que se tratava de um "presente para o papai..."
Me lembro também do dia em que fui trabalhar com um vestidinho azul (que eu mesma havia costurado) e ele me encheu o dia todo, dizendo que eu estava vestida de "Minha Amiguinha", da Estrela... ahaha
Bons tempos aqueles. A gente era feliz e não sabia...
Carrano, algum dia vou lhe dizer o por quê de você não ter ido para a Xerox (o que estava líquido e certo).
A razão foi tão boba, que me deixou refletindo sobre como as coisas são quando se tem o poder nas mãos. Mesmo que seja um poder ridículo...
Lembrei-me também de quando eu aconselhava a Ju a não gastar todo o salário dela em roupas e sapatos (quando ela chegava carregada de pacotes e bolsas), achando que era ela que pagava aquilo tudo que eu, com o salário 3 vezes maior que o dela, não poderia nunca arcar... rsrsrsrs
Bem, agora que nos achamos, falar-nos-emos mais vezes.
Um beijo para vocês.

Jorge Carrano disse...

Você viu, Geraldo, o que rendeu seu comentário de dois dias atrás?
São milagres da internet.
Bem, tenho o endereço eletrônico da Beth, mas não tenho o seu e nem o do Fernando.
Se vocês quiserem se comunicar sem que seja através deste blog, sugiram como devo fazer para coloca-los em contato.
De minha parte estou contente como pinto no lixo.
Abraço

geraldo moreira barbosqa disse...

Carrano, a anõnima querida me fez morrer de rir. A julise realmente vivia às voltas com essa coisa de roupa. Havia uma prestação da São joão batista modas que eu paga para ela. Explico melhor; ela me dava o dineiro e eu ia na loja quitar a prestação. Fazia isso de boa vontade, mas sempre meio que ofendidíssimo.kkkkk, Achava que esse tipo de favor não era compatível com a estatura de um estudante de direito. Veja se pode uma coisa dessas? Realmente, esse negócio de gastação de dinheiro nunca foi meu forte mesmo. Agora, no entanto, vejo que a anônima faz parte da mesma equipe
O Fernando é mesmo fera. Não é que além de procurador do estado ele também é procurador do município!
Mandei para ele suas observações anexadas a um e-mail. Os endereços vou mandar na aletrnativa "enviar por e-mail".
Será que a nossa anônima tem notícias da Julise? O Joel e o Sergio por onde será que andam?
Realmente, hoje lembro com muita saudade

Jorge Carrano disse...

A anônima é a nossa querida Elizabeth Ré de Paiva, cujo endereço de e-mail localizei após a sua presença no blog. Mandei para ela o link e ela postou o comentário. Pensei que você identificaria pelo episódio da procuração. Ela não lembra de ter ensinado.
Ela autorizando, e não vejo porque não a faria, passarei para você o endereço eletrônico dela.
Um forte abraço.

Carrano disse...

Todos já temos os endereços eletrônicos de todos. Agora é trocar mensagem e botar em dia o que passou.
Abraços Beth, Geraldo e Fernando.

Jorge Carrano disse...

Aviso aos demais internautas, visitantes eventuais deste blog: depois do reencontro no espaço virtual, temos nos correspondido via mensagem eletrônica e estamos remexendo brasas adormecias: sejam de fofocas, de casos engraçados, mancadas, amores e desamores, etc.
Viva a internet que nos possibilitou revisitar o passado.