12 de abril de 2020

JAZZ, de novo, again, novamente?


Na literatura disponível é uníssona a opinião de que o improviso está na raiz e antecede o que está escrito sobre um gênero musical denominado ragtime, sincopado, que presumivelmente é o primeiro genuinamente norte-americano. Falta, claro, documentação sobre como era o ragtime antes das primeiras partituras. 

Mas afirmam os estudiosos, com boa chance de acerto, que o improviso era uma característica e o folclore negro berço do gênero. Como as work songs no delta do Mississippi e em Nova Orleans.

No blues, por exemplo, enraizado no gospel (profano e sagrado) o estilo pergunta e resposta estava na base do gênero.

Se o jazz é um veio d'água derivado do caudaloso ragtime, então o improviso, et pour cause, tão pouco apreciado por muita gente que torce o nariz para o jazz, é um componente importante na criação do ritmo.

Sou pelo swing, com contidas improvisações espaçadas, de sorte a não transformarem o tema em outra peça musical. 

Comecei, lá nos anos 1940, como já relatei em algum lugar, ouvindo big bands num programa que se chamava "Pelas esquinas de Beverly Hills, que era apresentado nos finais de tarde, na Rádio Metropolitana. 

E nestas grandes bandas/orquestras, havia somente brancos?
Benny Goodman

Glenn Miller
Algumas bandas lideradas por negros também fizeram sucesso e ganharam prestígio internacional, como as duas abaixo, meros exemplos.

Duke Ellington

Billy Ecksstine
Algumas eram especializadas no swing, no balanço. Ouvia muito Artie Shaw, Tommy Dorsey, Benny Goodman, Glenn Miller e outras. Alguns músicos, membros da banda, ganhavam espaço para seus improvisos e toda a orquestra depois voltava ao tema original, já então encontrável em partituras.

Grades arranjadores ganharam destaque. Então era possível ouvir roupagens diferentes para mesmas músicas.

Não, não sei isto de cor, senão um ou outro detalhe, mas disponho há muitos anos de alguma literatura a respeito, que me daria embasamento para escrever sobre este gênero musical que abriga tantos etilos. Como pretensiosamente planejei.

Atualmente, estas abaixo e outras obras impressas,  sobre jazz, tornaram-se obsoletas, pelo advento da internet. Agora está tudo lá, inclusive, com boa dose de chance, estes mesmos livros ou suas resenhas.




Recortes de jornais e revistas são duas grandes pastas abarrotadas de informações, detalhes e sugestões. Até quando as manterei? 

Provavelmente até o próximo espasmo de desapego.

3 comentários:

Jorge Carrano disse...


Na medida do possível, BOA PÁSCOA para os cristãos que frequentam o pub e para aqueles que estão apenas de passagem também.

Jorge Carrano disse...


O CD que segura a capa do livro "OPUS 86", é um dos melhores gravados por Louis Armstrong durante sua longa e exitosa carreira.

Tem por título "Louis and The Good Book", nele o Satchmo interpreta spirituals, que se assemelham ao gospel, tendo entretanto características distintas.

Bom para colocar para rodar hoje.

Jorge Carrano disse...



Bons tempos:

https://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/atuacoes-do-vasco-no-chocolate-da-pascoa-de-protagonista-a-comentarista-pedrinho-da-nota-9-para-si-e-10-a-romario.ghtml