5 de janeiro de 2020

Charlie Parker ou John Coltrane?



A maioria elegeria o "Bird". De minha parte fico com o Coltrane. E aqui termino a comparação. Não vou me aventurar em apreciações sobre estilos, sonoridade, harmonias e fios melódicos, se nada entendo disto.


O fato é que o CD "Ballads", no qual Coltrane conta om o acompanhamento luxuoso de McCoy Tyner, é um dos meus preferidos.  O pianista McCoy Tyner, como protagonista, liderando seu próprio trio, também tem gravações fantásticas. 

Meu parâmetro é a minha emoção. Tem que mexer com meu sentimento, levando até mesmo às lágrimas dependendo do dia, hora, estado de espírito.  Certas cações interpretadas por Ray Charles podem me levar ao extremo da emoção. E não só como cantor. Como pianista, sua origem no gênero, tem execuções dignas de todos os encômios. Sua interpretação, ao piano, no tema "The Man I Love", faixa 01, do disc 02,  do CD (duplo) Blues + Jazz é admirável. Parece que seus dedos mal encostam no teclado,  tal a delicadeza, o piano quase chora.

Já paguei minha cota de vexame ao me aventurar irresponsavelmente, publicando artigos sobre jazz num hebdomadário virtual - "Primeira Fonte" - atendendo temerário convite das jornalistas Esther Bittencourt e Ana Laura Diniz, que o editavam. Foram apenas três números, mas carregarei pelo resto de minha vida a culpa ( ou seria dolo?) por tal falta de bom senso.

Aqui, agora, a pergunta é: Muçulmanos ou Cristãos? Árabes ou Israelenses?  E agora USA ou Irã?



Claro que também não irei me aventurar em análises de cunho religioso, geopolítico ou de interesses econômicos.

Os árabes entraram em território Persa ( hoje Iraque), no século VII (ano de 633) e desde então vivem as turras. A bulha entre eles pode ter iniciado antes, mas não encontrei registro.

Então o que os livros, e agora também a rede mundial de computadores, registra é que ocorre periodicamente; um toma lá, dá cá. Invade de lá, retoma de cá; ataca de cá, revida de lá. Mortos em profusão, de ambos os lados.

Historiadores iranianos dão conta de que "ao contrário do que alegam outros, os iraniano lutaram, na realidade, contra os invasores". 

Não  estou inventando coisa alguma, apenas reproduzindo o que uma pesquisa via Google me informou.

Por que fui pesquisar?  Por causa da morte do general iraniano - Qasem Soleimani -  ocorrida em ataque aéreo (com drone) americano em Bagdá.  Primeira dúvida: o que um general iraniano, do porte e importância hierárquica do Irã, fazia no Iraque?  Só Deus, ou melhor, Alá e ele sabiam. Bem, o que sei é que no momento é forte a influência iraniana no Iraque, antiga Pérsia (a dos Sátrapas, lembram?)

Cumprindo a tradição o revide deve estar sendo engendrado. Qual será o alvo? Onde e quando ocorrerá? Não será coisa de pouca monta tendo em vista a relevância do general Soleimani.

Como irão se posicionar aliados e desafetos?  Sabe-se que a China tem interesse no gás natural iraniano. Há um gaseoduto em construção. E a vizinhança, Arábia Saudita, Líbano, Jordânia, Israel, ficarão sobre o muro?

O preço do petróleo vai mesmo disparar? A OPEP inda tem força e importância capazes de determinar o preço do barril, como no passado? No Brasil ganharemos de um lado (já somos exportadores), mas perderemos de outro. A inflação pode disparar?

Quem viver verá, e não apenas no sentido figurado, também no literal.

9 comentários:

Jorge Carrano disse...


Coleman Hawkins ou Ben Webster ?

De novo talvez contra a maioria, escolho Ben Webster. Sua interpretação de My Funny Valentine é simplesmente extraordinária.

As paletas vibrando como num sussurro.

https://www.youtube.com/watch?v=Se5KMHaOX6c

Jorge Carrano disse...


Irã diz que revide será contra militares.

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/01/05/exercito-do-ira-diz-duvidar-que-trump-tenha-coragem-de-executar-ameacas.ghtml

Ana Maria disse...

Li, por ocasião da ameaça de taxação do nosso aço, que a técnica usada por Trump é colocar "o bode na sala".
Essas provocações entre EUA e Irã são antiga e Trump sabe com quem briga.
Provavelmente esse incidente irá diminuir o embargo contra os iranianos e dar um trégua no conflito. Por outro lado, o presidente americano afasta o fantasma do impeachment.
É o que dizem os analistas.

Jorge Carrano disse...



Sim as "provocações" são antigas, como nossa dificuldade com os teclados, mormente depois dos 70 (rsrsrs). Nem vou apelar para a professora Rachel (rsrsrs).

Só não concordo, data venia, com a assertiva de que "Trump sabe com quem briga".

Já foi com o Kim Jong-un, líder norte-coreano, outro celerado; já foi inclusive com o Macron (líder de país aliado).
Relembre:
https://g1.globo.com/mundo/blog/sandra-cohen/post/2019/08/26/trump-e-macron-embate-permanente-agora-sem-confronto-direto.ghtml

O modelo, líder e inspiração de nosso presidente é um marqueteiro eficiente e está pavimentando a reeleição.

Mas acho que este movimento de agora não foi bem calculado. Virá uma conta alta para pagamento a curto prazo.

Ana Maria disse...

Cometi algum erro gramatical punível com palmatória?

Jorge Carrano disse...


A eficiência de desempenho do drone utilizado é impressionante: autonomia de voo, velocidade, precisão de disparo, altitude de navegação:

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/01/04/drone-que-matou-lider-iraniano-e-o-mais-letal-da-frota-dos-eua.ghtml

Jorge Carrano disse...

Atendendo a pedido:
Essas provocações entre EUA e Irã são antiga ...

Por isso iniciei meu comentário com: Sim as "provocações" são antigas ...

Concorda em gênero, número e grau? Rsrsrsrs

Ana Maria disse...

Sorry. Essa passou.

Jorge Carrano disse...


Se eu fosse o Mike Pompeo (Michael Richard Pompeo) iria hibernar no Alasca por um tempo.