6 de fevereiro de 2016

Os goleiros

Antes de entrar no assunto escolhido para hoje, quero fazer uma observação baseada na leitura que acabo de fazer, em jornais impressos e portais eletrônicos.

Comparado a Lula, o coitado do Maluf poderia ser qualificado como "ladrão de galinha”, ou seja, um pé- rapado. Lula é mais sofisticado, mais ganancioso, tem mais esquemas, é mais blindado.

Vejam que ele não se suja por pouco não.



Acessando os dois links acima, irão verificar que os goleiros Gomes, do Watford,  e Forster, do Southampton, foram barreiras intransponíveis e responsáveis diretos pelos resultados em branco, em suas partidas contra os poderosos londrinos Chelsea e Arsenal.

E assim tem sido nos últimos anos, principalmente nas ligas europeias. Grandes goleiros têm sido protagonistas em algumas partidas. E não falo apenas das equipes de ponta, como Barcelona, Real Madrid, Bayern, Manchester United, Arsenal, Chelsea, e outros de  quilate parecido. Equipes medianas também se preocupam em manter em seus elencos não um, mas pelo menos dois experiente arqueiros.

Victor Valdés era muito questionado no Barcelona. Achavam que ele não estava a altura dos demais jogadores, principalmente porque o Real Madrid tinha o Iker Casillas, também da seleção espanhola.


Casillas
Só que as falhas do Valdés não comprometiam o resultado das partidas porque o ataque fazia mais gols do que o adversário.

Lembro, aqui no Brasil, do time do Santos,  de Pelé, Coutinho & Cia.Ltda., mesmo com Gilmar no gol, tomava muitos dos adversários. Apenas, como dizia o próprio goleiro, “mesmo que eu tome quatro, o ataque vai lá mete seis e ganhamos o jogo”.


Gilmar
Tirante Castilho, no Fluminense, Barbosa, no Vasco, e o citado Gilmar (Gylmar dos Santos Neves), que atuou anos no Corinthians (onde foi contestado e barrado) e depois no Santos, que tiveram destaque, não se pode afirmar que tivemos um goleiro que fosse o melhor jogador de um determinado time ou da seleção.

Waldyr, Leão, Felix, foram até campeões mundiais, mas não eram confiáveis. Não eram referência nas equipes. Longe disso.

E a explicação me parece lógica. Nas décadas de 1940 e 1950, quando eu era garoto, nas peladas ninguém queria jogar no gol.

Para o gol ia o menos habilidoso, o perna-de-pau, a menos que ele fosse o dono da bola. Por isso fui, muitas vezes, o goalkeeper nas peladas no antigo campo do Diário Oficial (na rua Jansen de Mello) ou no campo do Vianense, na Ponta D'Areia.

Dos tempos de outrora só lembro, como lenda até hoje, do Lev Yashin, da seleção russa. O Gordon Banks, que fez a defesa milagrosa na cabeçada do Pelé, era um arqueiro mediano.


Yashin, apelidado de "Aranha Negra"

Cada vez mais me convenço que o Dadá Maravilha estava com toda a razão quando numa de suas célebres frases de efeito afirmou que um time tem nove posições e duas profissões: goleiro e centroavante.

Com efeito, o Vasco caiu por falta destes dois profissionais: um goleiro e um centroavante goleador.

Atualmente rapazes mais altos, de boa envergadura, já se interessam em iniciar, nas categorias de base, como goleiros. Está virando “profissão”, como lecionou o Dadá.

Não posso encerrar sem falar de dois excelentes goleiros que vi jogar, e que não tiveram o justo e merecido reconhecimento. Um deles teve apenas no exterior.

Falo de Veludo (Caetano do Silva Nascimento), do Fluminense e de Helton (Helton da Silva Arruda), do Vasco. Boa elasticidade, senso de colocação, saída de jogo com as mãos, firmeza nas bolas altas cruzadas na área, enfim bons em todos os fundamentos de um goleiro confiável. 


Veludo

Helton
Veludo, embora reserva de Castilho, foi convocado para a seleção de 1954; e Helton, reserva do Carlos Germano, foi convocado para a seleção olímpica de 2000.

Helton ainda joga em alto nível no F.C do Porto.


Nota do editor: vejam esta novidade em matéria de treinamento:
http://globoesporte.globo.com/pi/futebol/times/river-pi/noticia/2016/02/por-goleiros-mais-velozes-river-pi-usa-bolinha-de-tenis-e-raquete-em-treino.html

22 comentários:

Freddy disse...

Concordo com a opinião sobre as mais graves mazelas do Vasco, mas estenderia a culpa à defesa como um todo. Na frente dá até pena: os caras criam e não tem aquele finalizador, como era Romário.

Concordo sobre Yashin ser uma referência na posição. Quanto aos demais citados, não acho que Gilmar tenha sido uma garantia lá atrás. Castilho era uma parede no Flu mas na seleção não era tão confiável.

Gostaria de opinar que enquanto Andrada jogou no Vasco, eu me sentia seguro. Não vi Barbosa jogar, mas as referências sempre foram ótimas.

No futebol internacional lembrei de Buffon e de Neuer, além dos citados.

Anônimo disse...

Quando comecei a ler pensei que o titulo estava errado. Era pra ser os doleiros pela ligação com Lula (he he he he).
(SP)

Jorge Carrano disse...

Anônimo,
A tirada foi boa, só que desde a primeira linha alertei que começaria fora do tema escolhido.

Freddy,
Buffon e de Neuer, foram bem lembrados, mas não tentei esgotar os bons nomes internacionais, porque são muitos. Muitos mesmo. Quem acompanha futebol internacional tem visto exibições impressionantes.

Jorge Carrano disse...

Por coincidência meu time na Inglaterra sofreu com o mesmo problema: falta de goleiro confiável.
Desde a aposentadoria do alemão Jens Lehmann, campeão invicto na temporada 2003/2004, ficamos órfãos no gol.
Mesmo considerando que o polonês Wojciech Szczęsny não chega a ser um frangueiro, o fato é que somente com a chegada do tcheco Petr Čech o problema se resolveu.
E para confirmar o que mencionei, de que as grandes equipes têm mais de um bom goleiro, agora o reserva do Čech é o colombiano David Ospina, que brilhou na copa de 2010.

Riva disse...

Todos os citados foram ou são grandes doleiros, digo, goleiros.

Mas o MAIOR MELHOR de todos pra mim foi disparado o Sepp Maier, da Alemanha. Esse, além da incrível agilidade com uma estatura mediana, tinha um senso de colocação impressionante, que fazia com que suas defesas fossem feitas sem um grande esforço.

No futebol tive até um hoje apenas um único ídolo : Castilho. Quando garoto adorava agarrar no gol, treinava no meu quintal dando bicos contra a parede para agarrar a bola na volta.

Só fui descobrir que era bom de bola aos 14 anos, num jogo de futebol no Instituto Abel. Pela esquerda, dei um lençol num cara famoso da escola, e sem a bola cair no chão, mandei uma mamona na gaveta do goleiro !

E nunca mais fui goleiro.

Tinha/tenho uma canhota poderosa e temida, que infelizmente já até levou 2 para o hospital. Um era goleiro e o outro um infeliz numa barreira. Por isso o apelido RIVA - canhota muito forte, tricolor e bigodudo (hoje com barba branca).

Não mencionaram aqui um outro grande goleiro .... uruguaio .... quem sabe o nome ? Eu não sei escrever rsrsrsrsrs

Jorge Carrano disse...

Chamava-se Mazurkiewicz.
Veja estes lances:
https://www.youtube.com/watch?v=wAJ7SEqLLQ0

Jorge Carrano disse...

Vou promover amanhã, aqui em casa, um grito de carnaval. Mas não serão gritos individuais e isolados. Iremos nos reunir no centro da sala e em uníssono gritaremos C A R N A V A L !!!
O grito será seguido de uma feijoada (promoção da Wanda), que por sua vez será precedida de caipirinhas e cervejas.
Decorei a sala com serpentinas multicoloridas e comprei um CD de marchinhas antigas, tipo “Mamãe eu quero”, para animar o ambiente.
Sim, eu e Wanda colocaremos os indefectíveis colares havaianos no pescoço.

Jorge Carrano disse...

O Arsenal tem mais de £200 milhões em caixa e vai a arrecadar muito mais dinheiro de TV a partir da próxima temporada.

Faz a conta aí. Preste atenção que o valor está em libras esterlinas.


Enquanto isso, no Brasil ...

Jorge Carrano disse...

Quase metade da receita do Arsenal é obtida com seu estádio, o Emirates. Onde a seleção brasileira joga com frequência. Seus 60.000 lugares estão sempre tomados, em todos os jogos. E o custo do ingresso é o mais alto da Europa.
Aqui criticam os chamados “elefantes brancos” construídos para a Copa. Não vou comentar os superfaturamentos e a roubalheira desenfreada. Vou me limitar a comentar o que chamam de inutilidade de “arenas” tão grandes.
Nosso problema não está no tamanho dos estádios: eles não são grandes. O público é que é pequeno.
É uma questão de miopia. Há que planejar e promover a ocupação dos estádios, com bons espetáculos: campeonatos mais competitivos, times mais fortes, mais atrações para o público.

Riva disse...

Eu tenho uma leitura diferente no assunto estádios.

Nossa realidade é insegurança no ir e vir aos jogos, falta de estacionamentos, infraestrutura interna ridícula, apesar de novos, ingressos caros, horários inadequados no meio da semana, gramados lamentáveis, arbitragens muito ruins e um futebol medíocre, tecnicamente, taticamente, com poucas oportunidades de gols e tempo médio corrido de jogo de 40 minutos !!

Resultado ? Sofá é mais interessante, seguro, cômodo, infraestrutura da nossa casa ... só tem que torcer para o sinal do pay-per-view não cair. Jogo está ruim ? Ou muda de canal ou sai para dar um rolé.

Estádios aqui deveriam ser para um máximo de 45.000 espectadores, com um bom estacionamento e uma ótima infra interna.

Mas o grande lance mesmo seria voltarmos no tempo e sermos descobertos e colonizados por neozelandeses.

Riva disse...

Preparando a tralha para subir a Serra ... vale o sacrifício.
Leitura refestelado na minha "poltrona do papai", música, violão, um whiskinho, Pensão da Mariquinha, Rest. La Bamba ...

Bom Carnaval a todos !! Juízo, hein !!

PS: como joga esse argelino do Leicester !! que golaço.

Freddy disse...

Já tivemos no Brasil grandes públicos: 100 ou 150 mil pessoas no Maracanã,além de outros estádios menores também lotados. Só que naquela época futebol era uma grande diversão popular (assim como os cinemas, que também tinham grande público) e aos poucos foi sendo deixado de lado.
Você talvez seja capaz de declarar o time do Vasco de 1958, ou de 1970. Mas e o de hoje? Se souber agora, no final do ano será outro! Sinceramente fica difícil torcer por uma camisa, que também muda a cada ano, atendendo a interesses comerciais...
Não sou torcedor fanático, fica difícil pra mim elencar mais razões para o afastamento do público, mas com certeza o principal é o já declarado nesse e em outros posts: a má qualidade de nossos espetáculos.

Freddy disse...

Tão dizendo por aí que Olimpíadas com Zika vai ficar difícil.
Gente, pior do que o carnaval, onde a promiscuidade impera e o público envolvido e exposto ao Aedes se conta aos milhões, não vai ser!

E já que o assunto do post é futebol, fico imaginando os estádios, com aquelas imensas poças de água parada por dias a fio entre os jogos, resultante da má manutenção nas áreas periféricas ao campo... Dá-lhe Zika!

Sim, o que me assusta não é a microcefalia - não sou mulher e não teremos mais filhos, talvez netos. O que me assusta é a síndrome de Guillain-Barré. Pega qualquer um!

Jorge Carrano disse...

E aí, Riva, o goleiro uruguaio era mesmo o Mazurkiewicz?

Você acessou o endereço que coloquei lá em cima?

Riva disse...

Sim, acessei. São duas jogadas das mais sensacionais vistas em campos de futebol. O crioulo (pode escrever assim, ou vou ser processado?) era muito inteligente em campo ... em campo.

Detalhe de Manchester City 1x3 Leicester : quase 40 chutes a gol no jogo ! (fecha a tampa).

Partiu ! Vou pelo Rio mesmo. Tudo parado por aqui nas 3 opções.

Freddy disse...

Isso me lembra uma vez em que demoramos 7 horas e meia para chegar em Friburgo, tendo tentado várias opções. Demorarmos 4 horas e meia para chegar no trevo de Manilha porque àquela época não tinha nenhum retorno na autoestrada. Era uma arapuca sem fim.

Soubemos que Magé estava intransitável porque havia rompido uma adutora e a estrada estava debaixo d'água. Retornamos com intenção de desistir de subir (estávamos com Loopy no carro, pobre e valente cão). Mas no último momento Riva deu a ideia de irmos pela Rio-Petrópolis, mudando para Teresópolis e em Parada Modelo pegando o trecho que iria dar em Cachoeiras de Macacu. Pegamos a Ponte e deu certo.

Hoje o osso dessa opção é a Av. Brasil com obras e a loteria da Linha Vermelha, que pode ou não estar fechada por tiroteios...
=8-(

Riva disse...

Saímos de casa às 16h e pegamos a Ponte, Linha Vermelha, Rio-Petrópolis, Rio-Magé. Pitstop na subida da Rio-Teresópolis para degustar os maravilhosos pastéis da CASA DO QUEIJO.

Aí uma carioquice ... atravessar a pista em frente à Casa do Queijo e descer o pequeno trecho da serra até Parada Modelo, para pegar a estrada para Cachoeiras.

Chegamos em Friburgo às 19h, sem nenhum engarrafamento, e sem correr.

Deixamos a tralha em casa e fomos jantar no La Bamba, onde o dono, Hugo, mandou dizer ao Freddy que paga 1 (UMA) estadia dele em Friburgo, para ter o prazer de recebe-lo no restaurante. Mas enfatizou .... paga UMA estadia !! kkkkkkk

Nessa 1ª investida, fomos de Canelone a La Crema, Filé Mignon à Avenida e Truta.

No momento, 23º, cigarras muito cantantes nessa manhã.



Riva disse...

Em tempo : notável e inteligente o protesto da torcida do Liverpool ontem. Para marcar sua revolta pelo novo preço dos ingressos de 77 libras, abandonou o estádio aos 77 minutos de jogo.

Detalhe: o Liverpool ganhava de 2x0, e qdo a torcida saiu, tomou 2 gols !

Freddy disse...

Qualquer dia desses eu vou a Friburgo para comer no La Bamba.
É uma das coisas que sinto falta por ter parado de frequentar a cidade.
=8-)

Jorge Carrano disse...

Duas palavrinhas sobre jogos do final de semana:
Hoje o Real Madri colocou em campo, no jogo contra a Granada, 5 jogadores barbudos. Não falo de barba por fazer, falo de barba grande mesmo: Sergio Ramos, Carvajal, Benzemá, Isco e Nacho.
E alguém disse que não reparou nesta tendência.

Chovia muito em Manchester, uma chuva forte mesmo. Ainda assim esta condição de tempo, agravada com a temperatura de 8 graus Celsius, não afugentou a torcida do Manchester City, que lotou os 55 mil lugares de seu estádio, o Etihad Stadium.
O pequeno Leicester City, que é a sensação da atual temporada na Premier Leage, venceu e convenceu, no campo do adversário milionário.
Mesmo com o grande volume de chuva a gramado continuou impecável, sem uma poça d’água.
Firme na liderança o Leicester acha que pode ser campeão da temporada. Eu não acho.

Riva Sabático disse...

Eu não suportava ver jogos do campeonato inglês. Hoje não suporto ver os jogos do nosso campeonato.

Quem diria que um dia íamos admirar os campeonatos deles ? Sim, porque eram muito ruins.

Os times procuram o ataque o tempo todo. Na Espanha também, vc não vê nem os times mais fracos trancados na defesa. Partem para o ataque. Isso sem falar no entorno .... um massacre.

Aqui em Friburgo 20º. Terminamos um Serra da Estrela !

Jorge Carrano disse...

Como disse não acredito no titulo ambicionado pelo Leicester.
Acho que está mais para o Tottenham. Embora os Spurs estejam, no momento, 5 pontos atrás do líder, o fato que o time londrino tem mais camisa.
Se conseguir a classificação para disputar a Champions o feito do Leicester já terá sido histórico.