22 de abril de 2012

O Bangu e outras excentricidades


Já me preparava para gozar o Bangu, que nadou bem  a morreu na praia,  sem receio de magoar ou ferir a suscetibilidade de alguém próximo, senão o Albenir, meu concunhado. Como Albenir mora em Cachoeiro de Itapemirim, não tem acesso à internet, pois não tem computador ou  tablets e não frequenta lan house, não correria risco.

Mas me lembrei do Luvanor, internauta que vez ou outra, de forma muito educada e respeitosa aparece aqui neste espaço e torce pelo aguerrido Bangu, de tantas glórias passadas.  O Bangu não tem mais Zizinho, Décio  Esteves, Nivio, Zózimo, Paulo Borges, Parada,  Ladeira e outros.

E principalmente não tem a família Silveira ou a família Andrade (Eusébio e Castor) como patronos/provedores. Então o sonho acabou. Mas, como consolo, acabou na primeira divisão do futebol carioca. Poderia ter sido pior.


Falar do Bangu me remeteu à Exeter, pequena e deliciosa cidade de mais de 2.000 anos, da época do império romano, localizada  na região Sudoeste da Inglaterra, hoje com pouco menos de 120.000 habitantes.


Catedral de Exeter
A cidade tem um clube de futebol tradicional, atualmente disputando a 3ª divisão do campeonato inglês, chamado  Exeter City F.C.

Por que lembra o Bangu? Pelas cores de seu uniforme, em vermelho e branco.


Estadio do Exeter City F.C.
Mas o Exeter City F.C já viveu dias melhores, tendo inclusive excursionado à America do Sul, em 1914, fazendo uma longa viagem de navio.

Jogou uma partida no Rio de Janeiro e perdeu para uma seleção amadora por 2X0.

Qual é a excentricidade? O futebol brasileiro ainda é, lá naquela longínqua paragem, o melhor do mundo e motivo de orgulho para os moradores, pelo fato da equipe local já haver jogado contra uma seleção de jogadores brasileiros.

Tudo isto eu assisti, como muitos dos leitores, numa reportagem, veiculada ainda há pouco no Jornal Nacional. Duas coisas me chamaram a atenção: uma a semelhança do uniforme com o do Bangu.

Vista da cidade e o rio Exe
A outra razão é uma recíproca: eu gostaria de ter nascido em território da Gran Bretanha, como já confessei aqui o que me custou algumas criticas de falta de amor ao Brasil (não tem nada a  ver). Já os moradores de Exeter têm grande admiração pelo Brasil e como foi possível ver na matéria citada, nossa bandeira, em diferentes materiais (papel e tecido) e diferentes tamanhos, é empunhada com orgulho pela torcida local quando o Exeter City F. C. joga na cidade.


Primeiro foi uma decisão do Supremo Tribunal Federal reconhecendo a legalidade da união de pessoas de mesmo sexo (com efeitos econômicos e patrimoniais). Mais recentemente uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado, converteu em casamento uma união civil entre pessoas de mesmo sexo.

Estas decisões, principalmente a que admite "casamento" homoafetivo,  levarão a uma revisão nos conceitos e significados de duas palavras tradicionais da língua pátria: são elas, casal e casamento.
Vejamos o que diz o tio do Chico:
Casal: do lat. vulg. Casale
3. Par composto de macho e fêmea, ou homem e mulher
Casamento:
1. Ato solene de união entre duas pessoas de sexos diferentes, capazes e habilitadas, com legitimação religiosa e/ou civil.

9 comentários:

Jorge Carrano disse...

Já estava escrito, editado e programado para publicação este post, quando o Luvanor Belga, a quem me referi, voltou ao blog e fez comentário no post anterior.
Portanto, já não está aqui "vez ou outra", mas quase sempre, para minha alegria e, estou certo, dos outros amigos colaboradores que compartilham este espaço onde falamos de tudo e de todos.
Obrigado, Luvanor, e não entenda como provocação o que escrevi sobre o Bangu.
Logo mais meu Vasco sofrerá.
Por enquanto apenas o Botafogo do Gusmão está bem na foto, classificado para a final.
Ah! Sim, o Fluminense espera de camarote, não é Ricardo dos Anjos? Não é Riva52? Não é Ana Maria?
Nossa, como tem tricolor transitando por aqui.

Freddy disse...

Na verdade, o Bangu não nadou bem no campeonato. Haja vista não ter feito pontos na Taça Guanabara. O que aconteceu foi "fogo no rabo" para não ser rebaixado (vale a soma de pontos nas 2 fases), o que conseguiu com méritos. Daí a lutar por título, vai uma diferença cavalar.

Apesar de que em mata-mata tudo, absolutamente tudo, pode acontecer!
Um time pode jogar fora uma campanha inteira por conta de desacerto em UM jogo. Só que há quem diga que por causa disso é que futebol é atraente.

Abraços
Carlos

Freddy disse...

Essa do "tio do Chico" foi boa. Vou apelar para meu "guru" Houaiss, deixando de lado algumas definições que não interessam ao tema união homoafetiva:

CASAL
3) par formado por macho e fêmea
3.1) marido e mulher
4) Derivação: por extensão de sentido.
duas coisas iguais; par, parelha

CASAMENTO
1) ato ou efeito de casar
2) vínculo conjugal entre um homem e uma mulher
2.1) Rubrica: termo jurídico.
união voluntária de um homem e uma mulher, nas condições sancionadas pelo direito, de modo que se estabeleça uma família legítima
3) Derivação: por extensão de sentido.
qualquer relação comparável à de marido e mulher
6) Derivação: sentido figurado.
combinação harmoniosa de duas ou mais coisas; união estreita e íntima

Abrangente, não?
Abraços
Carlos

Gusmão disse...

Quem se lembra da locução "à bangu" para designar coisas feitas fora dos padrões normais? Fulano fez o trabalho à bangu.
Nas peladas, quando havia gol, o goleiro é que punha a bola em jogo, não havendo necessidade de colocar no meio de campo para nova saída. Este padrão era chamado de bangu: saída à bangu.
É, parece que eu e o Carrano estamos muito velhos. Desculpem as reminiscências.
Abraços

Jorge Carrano disse...

Fica frio, Gusmão. A média de idade de frequentadores habituais do blog e de passantes eventuais é muito alta.
Os jovens não se interessam pelas nossa conversas. Mesmo em se tratando de um blog que fala de generalidades (de tudo), o modo de abordar e interpretar as questões é diferente das novas gerações.
Abraço

Gusmão disse...

Parabéns!
Agora vamos ver domingo quem tem laranja para vender,enquanto os jogadores do Flamengo gozam de justas e merecidas férias.
Abraços

Ricardo dos Anjos disse...

Carrano, ilustre balipodólogo,

Pego o bonde andando pra informar, via google:

Filho de escocês com uma brasileira, e nascido no bairro paulistano do Brás, Charles William Miller viajou para Inglaterra aos nove anos de idade para estudar. Lá tomou contato com o futebol e, ao retornar ao Brasil em 1894, trouxe na bagagem a primeira bola de futebol e um conjunto de regras. Podemos considerar Charles Miller como sendo o precursor do futebol no Brasil.
O primeiro jogo de futebol no Brasil foi realizado em 15 de abril de 1895 entre funcionários de empresas inglesas que atuavam em São Paulo. Os funcionários também eram de origem inglesa. Este jogo foi entre FUNCIONÁRIOS DA COMPANHIA DE GÁS X CIA. FERROVIARIA SÃO PAULO RAILWAY.
E o primeiro time a se formar no Brasil foi o SÃO PAULO ATHLETIC CLUB,fundado em 13 de maio de 1888.

E comentarei mais, em próxima futura postagem sobre esta paixão (inter)nacional que é o football, com goal, offside, goal keeper, back, center forward, half, center half, penalty, score, e o corner que muita gente dizia "córnisse" ou "córnice", tanto faz (rsrsrs).
Como dizia o nosso sociólogo Ibrahim Sued, "depois eu conto..." Hoje ele diria: "depois eu posto..."

Jorge Carrano disse...

É isso aí, Ricardo. Como já comentei alhures, neste blog, este foi meu primeiro vocabulário em inglês.
Depois vieram as falas dos mocinhos nos bang-bangs: hands up! Get out of here!
Abraço

Luvanor Belga, MS disse...

Bangu só fica na memória afetiva, como disse, por causa do meu pai que negociava com o Dr.Silveirinha e chegou a assistir a alguns jogos no estádio proletário de Moça Bonita. Como muita gente tem um time fora de seu Estado, da sua Cidade, como Corumbá, resolvi eleger o Bangu como o clube de minha preferência fora daqui. Tipo meu segundo clube.
Também vi na TV sobre o time inglês que torce pelo Brasil.
E parabéns, Sr. Carrano, pela vitória do Vasco alijando o Flamengo.