Cumprindo rotina de início de ano, revisei as pastas do arquivo pessoal, a fim descartar o que fosse possível. E liberar espaço. Uma destas pastas, já muito antiga, contém cartas que enviei e foram publicadas pela imprensa.
Da leitura de algumas destas cartas, ressalta que não mudei nos últimos anos, no que respeita a posições políticas, aversão aos políticos, intolerância com crimes hediondos, ocupação irregular e bagunça no espaço urbano, etc.
Vejam que o que tenho escrito aqui neste blog, está em consonância com o que venho afirmando há muito. Logo, minhas criticas atuais não são fruto de um surto contestativo espasmódico.
Falar e escrever são as formas que tenho de manifestar minhas indignações. Agir, dentro da legalidade, também topo. O que não é admissível é ficar indignado e nada fazer. Há que ter consequências, que dependem de ações.
Não vou reproduzir os textos das cartas publicadas nas seções existentes nos periódicos para este fim. Vou mencionar as publicações e aditar pequenos comentários.
- Em 17 setembro de 2005, na edição do Jornal do Brasil, manifestei meu repúdio à decisão do STF, através de liminar concedida pelo ministro Nelson Jobim (sempre ele, né!?) aos cassados no congresso. Intromissão indevida de um poder da república em outro.
- Em 20 de junho, do mesmo ano de 2005 e no mesmo Jornal do Brasil, aplaudi iniciativa do Poder Judiciário do estado do Espírito Santo, que naquele ano acabou com o recesso no mês de julho. Digno de encômios e deveria ter sido seguido por outros tribunais estaduais.
- Em 30 de maio de 2000, n’O Globo, manifestei solidariedade ao jornalista (agora morto), Evandro Carlos de Andrade, que teve a coragem de se posicionar a favor da polícia na repressão a invasores. A imprensa na época estava em excitação histérica contra a ação policial. O Evandro foi duramente criticado.
- Em 2007, na coluna Fala, Niterói!, de O Globo, critiquei a desordem urbana, com ocupação irregular das calçadas pelos camelôs, com a complacência do poder municipal.
- Em 12 de julho de 1998, em O Globo, portanto há doze anos, critiquei a maneira como foram introduzidos os pardais eletrônicos. Uma medida necessária, que foi implantada de maneira equivocada, açodada, criando uma indústria de autos de infração, que interessavam mais as empresas fornecedoras dos equipamentos, que tinhas participação nas multas, do que a segurança no trânsito.
- Em 2 de julho de 1998, já agora em O Fluminense, foi publicada carta extensa sobre este mesmo tema, com criticas ao DER pela instalação, na calada da noite, dos dispositivos de controle eletrônico de velocidade, nas rodovias RJ 104 e RJ 106. Foram tantas as irregularidades na implantação do sistema, que as multas (milhares) foram todas canceladas posteriormente.
- Em 25 de abril de 1999, também n’O Globo, explicitei minha opinião sobre as mazelas do Judiciário: despreparo de juízes; decisões estranhas, verdadeiras heresias jurídicas; tráfico de influência; venda de sentença, etc. São passados onze anos e a coisa não mudou. Perdão, já me corrijo, mudou para pior.
- Finalizo, por enquanto, com carta veiculada na edição de 1º de março de 1988, em O Globo, repito, 1988, há vinte e dois anos, portanto, sobre um tema recorrente em minhas manifestações sobre criminalidade e sistema penitenciário: sou a favor da pena de morte. Não importa se vai diminuir a criminalidade, importa é diminuir o número de criminosos. Não se trata de exemplo mas sim de punição, de expurgo.
Nota explicativa: no post Implicâncias (11 de janeiro), falei da fraude perpetrada pelo ministro Nelson Jobim. Sobre o mesmo fato, inadmissível, imperdoável, escrevi carta ao jornal o Globo, que foi veiculada na edição de domingo, 12 de outubro de 2003. Isto prova que Nelson Jobim está no meu index há muitos anos. Ah! Eu tenho um rol de figuras respeitáveis.
14 de janeiro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário